quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Viva a democracia! Pastores comemoram nova regra para as eleições da CGADB:
Com a aprovação, por consenso, da votação online e a derrota do sistema de voto em chapa fechada, os ministros que participaram da 7ª Assembleia Geral Extraordinária da CGADB, que aconteceu neste final de semana em São Paulo, deram uma importante passo na democratização das eleições da maior entidade assembleiana do país. Histórica e pacífica Contrariando as expectativas, a maioria dos ministros que participaram do evento saíram satisfeitos e esperançosos de dias mais harmoniosos para a liderança da AD no país, tendo em vista que com essa nova regra da votação online o número dos “excluídos” do processo eleitoral baixará muito, pois agora qualquer um dos ministros inscritos e em dias com suas obrigações na entidade, poderá votar de qualquer lugar do mundo usando a grande rede. O primeiro-vice presidente da CGADB, pastor Ival Teodoro, chamou a AGE de “histórica”. Para o pastor Ival é necessário “entender que a convenção também é igreja e que Deus precisa ter liberdade para agir em seu meio”. O tocantinense pastor Jediel Lima, que também é Conselheiro Fiscal da CGADB/CPAD, detalhou que para que se chegasse a um consenso geral o ponto de partida foi um entendimento entre a Comissão nomeada pela presidência para este fim, e uma equipe de juristas que apoiam o Pr. Samuel Câmara, por consenso, o que obteve apoio de todo o plenário e a aprovação das medidas anteriormente citadas. Lima disse ainda que o ambiente foi tão pacífico e de paz que ao final, viu alguns pastores chorando de alegria em vivenciar novamente momentos tão agradáveis. “O Pr. José Wellington conduziu os trabalhos com muita sabedoria. Boa parte dos créditos desse momento de paz, credita-se a forma sábia da sua direção“, disse Jediel Lima ao JM Notícia. Avanço O pastor Geremias do Couto também comentou sobre o resultado das votações da 7ª AGE. Ele que sempre se preocupou com a polarização tomada pela entidade, chegando ao ponto inclusive de ser um dos nomes mais expressivos na proposta da chamada Terceira Via, que surgiu como uma alternativa de democratizar um pouco mais o processo de escolha da direção da entidade no país, demonstrou ter ficado satisfeito e achou que “a emenda ficou melhor do que o soneto”. “É democrático e um avanço. Espero que a partir disso se viva um novo clima e a CGADB possa voltar-se para bandeiras que venham honrar o Reino de Deus. Porque de feudos, estamos fartos!”, disse o pastor. O pastor Antonio Mesquita, do blog Fronteira Final, chamou a escolha pela votação online de avanço e frisou que “essa mudança solucionará um problema até então insolúvel, pois não existem meios e espaços próprios e adequados para abrigar o número de pastores interessados na eleição”. Jônatas Câmara, pastor presidente da Ceadam, convenção amazonense, também achou a decisão um avanço significativo para escolha do próximo presidente da Convenção. Para ele, este resultado vai permitir os mais de 80 mil pastores, credenciados nas mais de 40 Convenções, escolher seu novo Presidente em 2017, sem sair de casa ou do seu Estado, através da internet, salvo ainda em localidades sem nenhuma possibilidade logística. O Pr Samuel Câmara, presidente da igreja-mãe e provável candidato na próxima eleição da CGADB, afirmou que a descentralização das “Eleições da Convenção é um marco na história da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, principalmente em relação a dificuldade que existe para reunir um número tão grande de pastores de todo o Brasil em um único lugar“. Agora, como Ele sempre defendeu, existe possibilidade de todos os convencionais participarem da próxima Eleição, pela primeira vez na história da Igreja. Nova Regra Com a escolha pela votação online, todos os que forem credenciados e estiverem em dia com sua anuidade junto à CGADB poderão votar pela internet. A entidade contratará, vias regrais legais e de fiscalização, uma empresa para gerenciar o processo eleitoral. O acesso será pelo site e as instruções deverão publicadas posteriormente para orientar o acesso.

sábado, 2 de janeiro de 2016

A crucificação de Jesus na visão de um médico:
----------------------------------------------------------------------------- "Sou um cirurgião, e dou aulas há algum tempo. Por treze anos vivi em companhia de cadáveres e durante a minha carreira estudei anatomia a fundo. Posso, portanto escrever sem presunção a respeito de morte como aquela. Jesus entrou em agonia no Getsêmani e seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra. O único evangelista que relata o fato é um médico, Lucas. E o faz com a precisão de um clínico. O suar sangue, ou "hematidrose", é um fenômeno raríssimo. É produzido em condições excepcionais: para provocá-lo é necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo. O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus. Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra. Conhecemos a farsa do processo preparado pelo Sinédrio hebraico, o envio de Jesus a Pilatos e o desempate entre o procurador romano e Herodes. Pilatos cede, e então ordena a flagelação de Jesus. Os soldados despojam Jesus e o prendem pelo pulso a uma coluna do pátio. A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos. Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferente estatura. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue. A pele se dilacera e se rompe; o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor. As forças se esvaem; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue. Depois o escárnio da coroação. Com longos espinhos, mais duros que os de acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar (os cirurgiões sabem o quanto sangra o couro cabeludo). Pilatos, depois de ter mostrado aquele homem dilacerado à multidão feroz, o entrega para ser crucificado. Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da Cruz; pesa uns cinqüenta quilos. A estaca vertical já está plantada sobre o Calvário. Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular, cheia de pedregulhos. Os soldados o puxam com as cordas. O percurso é de cerca de 600 metros. Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro, freqüentemente cai sobre os joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de chagas. Quando ele cai por terra, a viga lhe escapa, escorrega, e lhe esfola o dorso. Sobre o Calvário tem início a crucificação. Os carrascos despojam o condenado, mas a sua túnica está colada nas chagas e tirá-la produz dor atroz. Quem já tirou uma atadura de gaze de uma grande ferida percebe do que se trata. Cada fio de tecido adere à carne viva: ao levarem a túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas. Os carrascos dão um puxão violento. Há um risco de toda aquela dor provocar uma síncope, mas ainda não é o fim. O sangue começa a escorrer. Jesus é deitado de costas, as suas chagas se incrustam de pé e pedregulhos. Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Os algozes tomam as medidas. Com uma broca, é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos. Os carrascos pegam um prego (um longo prego pontudo e quadrado), apoiam-no sobre o pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira. Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. O nervo mediano foi lesado. Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor lancinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se pelos ombros, atingindo o cérebro. A dor mais insuportável que um homem pode provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos: provoca uma síncope e faz perder a consciência. Em Jesus não. O nervo é destruído só em parte: a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego: quando o corpo for suspenso na cruz, o nervo se esticará fortemente como uma corda de violino esticada sobre a cravelha. A cada solavanco, a cada movimento, vibrará despertando dores dilacerantes. Um suplício que durará três horas. O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da trava; elevam Jesus, colocando-o primeiro sentado e depois em pé; consequentemente fazendo-o tombar para trás, o encostam-se à estaca vertical. Depois rapidamente encaixam o braço horizontal da cruz sobre a estaca vertical. Os ombros da vítima esfregam dolorosamente sobre a madeira áspera. A ponta cortante da grande coroa de espinhos penetram o crânio. A cabeça de Jesus inclina-se para frente, uma vez que o diâmetro da coroa o impede de apoiar-se na madeira. Cada vez que o mártir levanta a cabeça, recomeçam pontadas agudas de dor. Pregam-lhe os pés. Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde anterior. Seu corpo é uma máscara de sangue. A boca está semiaberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta, seca, lhe queima, mas ele não pode engolir. Tem sede. Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara, uma esponja embebida em bebida ácida, em uso entre os militares. Tudo aquilo é uma tortura atroz. Um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus. Os músculos dos braços se enrijecem em uma contração que vai se acentuando: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os dedos, se curvam. É como acontece a alguém ferido de tétano. A isto que os médicos chamam tetania, quando os sintomas se generalizam: os músculos do abdômen se enrijecem em ondas imóveis, em seguida aqueles entre as costelas, os do pescoço, e os respiratórios. A respiração se faz, pouco a pouco mais curta. O ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco se torna vermelho, depois se transforma num violeta purpúreo e enfim em cianítico. Jesus é envolvido pela asfixia. Os pulmões cheios de ar não podem mais se esvaziar. A fronte está impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita.Mas o que acontece? Lentamente com um esforço sobre-humano, Jesus toma um ponto de apoio sobre o prego dos pés. Esforça-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços. Os músculos do tórax se distendem. A respiração torna-se mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial. Por que este esforço? Porque Jesus quer falar: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem". Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo, e a asfixia recomeça. Foram transmitidas sete frases pronunciadas por ele na cruz: cada vez que quer falar, deverá levar-se tendo como apoio o prego dos pés. Inimaginável! Atraídas pelo sangue que ainda escorre e pelo coagulado, enxames de moscas zunem ao redor do seu corpo, mas ele não pode enxotá-las. Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde: de repente a temperatura diminui. Logo serão três da tarde, depois de uma tortura que dura três horas. Todas as suas dores, a sede, as câimbras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancam um lamento: "Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?". Jesus grita: "Tudo está consumado!". Em seguida num grande brado diz: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". E morre. Em meu lugar e no teu lugar."