terça-feira, 30 de setembro de 2014

Bíblia on line

sábado, 27 de setembro de 2014

Louis Berkhof (1873-1957): O Amor de Deus -
Quando a bondade de Deus é exercida para com as Suas criaturas racionais, assume o caráter mais elevado de amor, e ainda se pode distinguir este amor de acordo com os objetos aos quais se limita. Em distinção da bondade de Deus em geral, o Seu amor pode ser definido como a perfeição de Deus pela qual Ele é movido eternamente à Sua própria comunicação. Desde que Deus é absolutamente bom em Si mesmo, Seu amor não pode achar completa satisfação em nenhum objeto falto de perfeição absoluta. Ele ama as Suas criaturas racionais por amor a Si mesmo, ou, para expressá-lo doutra forma, neles Ele se ama a Si mesmo, Suas virtudes, Sua obra e Seus dons. Ele nem mesmo retira completamente o Seu amor do pecador em seu estado pecaminoso atual, apesar de que o pecado deste é uma abominação para Ele, visto que, mesmo no pecador, Ele reconhece um portador da Sua imagem. Jo 3.16; Mt 5.44, 45. Ao mesmo tempo, Ele ama os crentes com amor especial, dado que os vê como Seus filhos espirituais em Cristo. É a estes que Ele se comunica no sentido mais rico e mais completo, com toda a plenitude da Sua graça e misericórdia. Jo 16.27; Rm 5.8; 1 Jo 3.1. Fonte: Berkhof, Louis. Teologia Sistemática. Editora Cultura Cristã, pg 64. A ressaltação em negrito não é original do texto.

John Hus O Mártire (Filme Bíblico Dublado)

PR. ESDRAS BENTHO - Vida e Obra de Jan Huss:
" João Huss " (1369-1415) Enquanto Wycliffe enfrentava as autoridades eclesiásticas na Inglaterra, Huss era o responsável pelo movimento pré-reformador na Boêmia, parte do que atualmente é a Tchecoslováquia, ligada naquele tempo ao império Alemão. Tanto na Boêmia de Huss quanto na Europa de Wycliffe, uma reforma eclesiástica era necessária, pois a simonia, a pompa dos prelados e a corrupção moral eram comuns. Gonzáles acredita que metade do território nacional estava em poder da igreja, enquanto a coroa possuía uma sexta parte. Durante estes anos, muitas das ideias de Wycliffe influenciaram Huss, especialmente aquelas que diziam respeito à espiritualidade da igreja. Huss, entretanto, não era exclusivamente um produto da teologia de Wycliffe, porque teólogos tchecos anteriores, tais como Mateus de Janov, também deram forma ao desenvolvimento teológico de Huss. É possível que Conrado de Waldhausen tenha influenciado mais a Huss do que a Wycliffe. Conrado foi um dos grandes pregadores do movimento pré-reforma na Boêmia, obtendo um grande número de discípulos, e é possível traçar uma linha de sucessão ininterrupta entre ele e o mais famoso dos reformadores boêmios, João Huss. Por esta razão, apesar de ser verdade que as ideias de Wycliffe encontraram eco nas de Huss, afirma Gonzáles que isto não deve ser exagerado ao ponto de fazer do reformador boêmio um mero discípulo do inglês. Huss nasceu na aldeia de Husinec, no sul da Boêmia. Estudou na Universidade de Praga e, em 1398, juntou-se ao corpo docente da Faculdade de Letras, como preletor. Além disso, fez os votos de sacerdote. Durante estes anos passou pela conversão, embora não sejam claros os pormenores. Passados alguns anos, Huss foi nomeado reitor e pregador na capela de Belém, em Praga, o centro do movimento da reforma tcheca, em 1402. Ali ele pregou com dedicação a reforma que tantos outros tchecos propugnavam desde os tempos de Carlos IV. Os sermões de Huss atacavam os abusos dos clérigos, especialmente a imoralidade e a luxúria do clero. Sua teologia era uma mistura de doutrinas evangélicas e católico-romanas tradicionais. Huss pregava contra a veneração do papa, ressaltando uma forte fé cristocêntrica que enfatizava a responsabilidade do indivíduo diante de Deus. Acreditava que somente Cristo podia perdoar os pecados e esperava um dia de juízo vindouro. Enfatizava a pregação da Palavra de Deus para a realização de uma transformação moral e espiritual na vida de seus ouvintes. Sua eloquência e fervor eram tamanhos que, em pouco tempo, aquela capela se transformou no centro do movimento reformador. Sua ousadia na palavra era absolutamente notável, tanto que, Venceslau IV, rei da Boêmia, e sua esposa, a rainha Sofia, o acolheram por seu confessor, e lhe deram o seu apoio. Não devemos pensar que a nobreza olhava Huss com os olhos do rei, porquanto alguns o encaravam com receio. Ao mesmo tempo em que pregava contra os abusos que havia na igreja, Huss continuava sustentando as doutrinas geralmente aceitas, e nem mesmo seus piores inimigos se atreviam a censurar a sua vida ou sua ortodoxia. As pregações e ensinos de Huss exalavam a mensagem dos reformadores, tanto que em 1407, já era identificado com os reformadores. Como teólogo, Huss ajudou a restaurar uma visão bíblica da igreja, visão esta que se concentrava nos ensinos de Cristo e no seu exemplo de pureza. Além disso, sua ênfase na pregação e no sacerdócio universal dos crentes veio a ser marca distintiva da Reforma protestante posterior. Incentivou também o cântico de hinos congregacionais, muitos dos quais eram de sua autoria. Para os tchecos, Huss não foi apenas um líder espiritual, mas também um ponto central de inspiração nacional nos séculos posteriores à sua morte. Em 1409, o Papa Alexandre V autorizou o arcebispo de Praga a erradicar a heresia na sua diocese. Quando o arcebispo pediu que Huss deixasse de pregar, ele se recusou e foi excomungado em 1410. Huss, de igual modo, continuou a pregar contra a política e autoridades papais. Em 1411, quando o Papa de Roma, João XXIII, homem de vida dissoluta e hábitos guerreiros, proclamou uma cruzada contra Ladislau, rei de Nápoles, e ofereceu em troca as indulgências a todos aqueles que se reunissem ao exército papal, Huss se opôs severamente. Vinte anos antes tinha comprado uma indulgência, mas agora transformado, havia mudado de opinião, protestando contra esse duplo abuso, ou seja, o de vender indulgências e o de proclamar uma cruzada contra outros cristãos. O povo, encantado com sua eloquência, recusou a receber os missionários do Papa. Estes revidaram, assassinando sorrateiramente três líderes que se opunham à cruzada. Huss, prevendo as consequências retirou-se para o sul da Boêmia, a fim de ensinar e pregar. Foi citado pelo Papa para comparecer perante o tribunal do Vaticano, mas ignorou a intimação, sendo por esse motivo, excomungado. Em 1414, com a promessa de salvo-conduto, Huss viajou para o Concílio de Constança. Um salvo-conduto representava para Huss que ele corria perigo. Mas Huss não desejava perder a oportunidade de pregar a reforma. Como estava cônscio de que compareceria diante de João XXIII e de sua cúria, antes de partir deixou um documento que deveria ser lido no caso de sua morte. Seu caráter e devoção eram extraordinários. Afirmava, neste documento, que seu pecado, imagine, era jogar xadrez! Huss foi recebido por João XXIII com cortesia, e este chamou o reformador para o consistório. Huss insistiu com o Papa que estava ali para expor sua fé diante do concílio e não em um recinto privado. Ali mesmo Huss foi formalmente acusado de herege. Não aceitou a acusação e respondeu que preferia morrer do que ser herege, e que o convencessem, pelas Escrituras, de que o era; caso fosse, retratar-se-ia. No dia 5 de junho de 1415, Huss compareceu diante do concílio e fora levado para a assembleia acorrentado. Novamente foi acusado de herege e de seguir as doutrinas de Wycliffe. O reformador concordou que tinha dito que “Wycliffe era um verdadeiro crente, e que sua alma estava agora no Céu, e que não podia desejar maior salvação para a sua própria alma do que a que estava gozando a alma de Wycliffe”. Huss tentou, sem sucesso, expor suas opiniões. O processo de Huss durou mais de três dias. O salvo-conduto do Imperador foi retirado, quando este cedeu aos clamores dos algozes do reformador. O concílio continuava pedindo que Huss se submetesse a ele, retratando-se de suas doutrinas. Mas o próprio concílio recusava-se a ouvir quais eram as doutrinas de que Huss era acusado de ensinar e pelas quais ele estava sendo julgado. O cardeal Zabarella preparou um documento no qual exigia que Huss se retratasse de seus erros e aceitasse a autoridade do concílio. A resposta de Huss, foi firme: “Apelo a Jesus Cristo, o único Juiz Todo-Poderoso e totalmente justo. Em suas mãos eu deponho a minha causa, pois Ele há de julgar cada um, não com base em testemunhos falsos e concílios errados, mas na verdade e justiça”. Por vários dias o deixaram encarcerado numa masmorra úmida e imunda, e com pouco alimento. Com este tratamento esperavam diminuir-lhe a força, e poderem fazer dele o que quisessem. Huss ficou gravemente doente enquanto esteve na masmorra. Muitos foram visitá-lo, pedindo-lhe que se retratasse, mas Huss continuou firme. No dia 6 de julho de 1415, Huss foi levado para a catedral de Constança. Ali, depois de um sermão sobre a teimosia dos hereges, pregado pelo bispo Lodi, sobre o tema “Para que o corpo do pecado seja desfeito” (Rm 6.6), ele foi vestido de sacerdote e recebeu o cálice, somente para que, em seguida, lhe arrebatassem a ambos, em sinal de que estava perdendo suas ordens sacerdotais. Tomaram o cálice de suas mãos, dizendo: “Maldito Judas que, tendo abandonado o conselho da paz, entraste no dos judeus, arrancamos-te das mãos este santo cálix onde está o sangue de Cristo”. “Pelo contrário”, disse Huss numa voz forte, “confio que pela graça de Deus ainda hoje hei de beber dele no seu reino”. Os bispos retorquiram então: “Nós entregamos a tua alma aos demônios do inferno”, ao que Huss respondeu: “E eu entrego o meu espírito em tuas mãos, ó Senhor Jesus Cristo; a ti entrego a alma que tu salvaste!”. Depois lhe cortaram o cabelo para estragar a tonsura, fazendo-lhe uma cruz na cabeça. Por último, lhe colocaram na cabeça uma coroa de papel decorada com três demônios e o enviaram para a fogueira. A caminho do suplício, ele teve que passar por uma pira onde ardiam seus livros. Mais uma vez lhe pediram que se retratasse, e mais uma vez ele negou com firmeza. Chegado ao lugar de execução, não lhe foi permitido falar ao povo, mas a oração que fez enquanto estava sendo amarrando ao poste chegou ao ouvido de todos, dizendo: “Senhor Jesus, por ti sofro com paciência esta morte cruel. Rogo-Te que tenhas misericórdia dos meus inimigos”. No último momento ainda fizeram uma tentativa para o induzir a assinar uma retratação, mas não conseguiram: “Tudo o que escrevi e assinei foi com o fim de livrar as almas do poder do demônio, e livrá-las da tirania do pecado; e sinto alegria em selar com o meu sangue o que escrevi e assinei”. Após essa oração acenderam a fogueira. Mas o sofrimento do mártir acabara depressa. Enquanto ainda orava a Deus decaiu-lhe a cabeça sobre o peito e uma nuvem de fumaça o sufocou. Assim, João Huss, que tinha dado uma boa confissão, obteve a coroa do martírio e partiu para estar com Cristo. Segundo a tradição, momentos antes de morrer ele proferiu as seguintes palavras: “Hoje vocês estão matando um ganso, mas daqui a cem anos Deus levantará um cisne, o qual vocês não poderão matá-lo.” Muitos interpretaram esta frase como sendo uma profecia em alusão ao reformador Martinho Lutero, que cem anos depois viria nascer e ser usado por Deus na gloriosa reforma religiosa.

Como Ter Paciência e Saber Esperar o Tempo de Deus - Hernandes Dias Lopes

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Se vistam como homens - Paulo Junior

SAUL E A MÉDIUM DE ENDOR:
De acordo com o Espiritismo é possível o contato com espírito de pessoas falecidas. Para o contato acontecer basta consultar uma pessoa que possua o “dom mediúnico”. Esta pessoa é denominada de médium. Este é um mediador entre o mundo dos vivos e dos mortos. Uma das razões porque as pessoas consultam um médium é a grande saudade de entes queridos mortos. Entretanto, não há razão para um cristão evangélico crer na possibilidade do contato entre vivos e mortos ser algo natural. Antes mesmo dos israelitas entrarem em Canaã o Senhor proibiu, entre outras coisas, a consulta aos mortos: “Quando entrares na terra que o Senhor, teu Deus, te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará entre ti [...] nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos” (Deuteronômio 18:9-11). Tal ato é incompatível com a vontade preceptiva de Deus. Segundo a ordem de Deus “é não, e ponto final”. Mas, é normal pessoas distorcerem as escrituras sagradas no intento de que a Bíblia afirme o que elas desejam – isso também acontece entre os próprios evangélicos. No caso do Espiritismo trata-se do texto de I Samuel 28:1-25. Neste texto o rei Saul consulta a médium de En-Dor. O relato é usado para respaldar o contato entre vivos e mortos bem como para atestar que Deus permitiu o aparecimento do profeta Samuel por meio de uma médium. Antes de qualquer coisa devemos atentar para a lei da não contradição. Esta lei afirma que uma coisa é o que afirmamos que é. Por exemplo, A é A. Mas se dissermos que A é B ao mesmo tempo em que afirmamos que A é A isso é uma contradição e não é possível que seja assim. Em Deus não há contradição. Ele é todo sábio e perfeito. Pois bem, como poderia Deus proibir a consulta aos mortos e ao mesmo tempo permitir? O profeta Isaías (8:19) adverte algumas pessoas que procuravam os necromantes para consultar os mortos: “Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?”. Assim sendo não somente Deus, mas os escritores bíblicos também são coerentes em repudiar esta prática. Em segundo lugar, o relato dos versículos 7-25 foi escrito por uma testemunha ocular – no caso uma das pessoas que acompanhara o rei Saul e que no texto bíblico demonstra ser muito supersticioso. Note que quando Saul diz aos seus servos para que apontassem uma mulher que fosse médium para sua consulta, um dos servos com convicção: “Há uma mulher em Em-Dor que é médium” (v.7). É muito provável que esta pessoa cria na possibilidade do contato entre vivos e mortos. O que pode nos deixar um pouco intrigado é que esta narrativa entrou para o Cânon Sagrado. Mas isso não deveria ser estranho, pois o Senhor tem seus planos com este fato. Russel Shedd apresenta seis argumentos para provar erros na suposta aparição de Samuel a Saul. Vamos a eles. 1 – Argumento Gramatical. O texto bíblico afirma, no versículo 6, que o rei Saul consultou ao Senhor, porém o Senhor não lhe respondeu. Russel Shedd diz que o verbo hebraico é completo e categórico e na situação de Saul significa que Deus não lhe respondeu, não lhe responde e não lhe responderá nunca. Entendemos com isso que jamais o suposto Samuel falaria com Saul movido pelo espírito de Deus, pois o Senhor Deus estava resolvido a não falar mais com Saul. 2 – Argumento Exegético. Deus não falava mais com Saul nem por Urim (revelação sacerdotal), nem por profetas (revelação inspiracional da parte de Deus). Se nos dois casos é Deus quem fala, e não foi Deus quem falou com Saul na consulta, também não pode ser Samuel – lembre-se que Samuel era juiz, sacerdote e profeta. 3 – Argumento Ontológico. Em vida o profeta Samuel era sabedor que Deus é contra a consulta aos mortos, e que desobedecer a Deus neste ponto é ir contra a natureza do seu próprio ser e do ser de Deus (I Samuel 15:23). Não será depois de morto que ele vai desobedecer a Deus! Bom: isso não é nem possível. 4 – Argumento Escatológico. Para aparecer a Saul, Samuel teria de vir do “seio de Abraão” onde teria experimentado e recebido conhecimento mais profundo e revelações mais gloriosas de coisas encobertas a nós. Como então desconsiderar a ordem proibitiva de Deus, e trazer revelações de outro mundo a Saul? 5 – Argumento Doutrinário. Se Deus, na Bíblia, condena consultar “espíritos familiares” é porque o suposto espírito não era o de Samuel. Se fosse possível consultar espíritos de pessoas falecidas Deus teria regulamentado esta doutrina. Mas não é isso que acontece. 6 – Argumento Profético. As profecias do suposto Samuel não passam pelo teste da precisão profética (I Coríntios 14:29). Neste caso Samuel profetizou falsamente: 1º) a morte de Saul. Ele não morreu pelas mãos dos filisteus – ele se suicidou; 2º) a morte de todos os filhos de Saul – pelo menos três filhos de Saul ficaram vivos; 3º) o tempo exato da morte de Saul – ele morreu cerca de dezoito dias após a previsão e não no dia seguinte; 4º) o local do destino eterno de Saul – entendendo que Saul não foi salvo é impossível que fosse para o mesmo lugar (“seio de Abraão”) onde estava o verdadeiro Samuel. Ou que Samuel estivesse no lugar de condenação eterna! Espíritos falsos Se os espíritos dos mortos aparecem numa sessão mediúnica, estes só podem ser falsos, pois o Senhor não regulamentou este fato como uma doutrina bíblica e proibiu a consulta aos médiuns. E se são falsos não possuem o consentimento nem aprovação de Deus, pois Nele não há falsidade nem dissimulação. Os que creem ser possível a consulta aos mortos não devem se considerar cristão nem fazer uso da Bíblia Sagrada. Não espaço para esta crença e prática no cristianismo. Gilson Barbosa

Blog do pastor José Gonçalves: Por Que Não Sou Calvinista - 1º vídeo divulgação

Blog do pastor José Gonçalves: Por Que Não Sou Calvinista - 1º vídeo divulgação
O QUE UM DEUS SOBERANO NÃO PODE FAZER (DAVE HUNT):
Uma das expressões mais comuns que escutamos em círculos cristãos, especialmente quando se quer reassumir a confiança quando as coisas não estão dando certo, é que “Deus esta no controle, Ele ainda está no trono.” Os cristãos se confortam com estas palavras – mas o que elas significam? Deus não estava “no controle” quando Satã rebelou e quando Adão e Eva desobedeceram, mas agora Ele está? Deus estar no controle significa que todos os estupros, assassinatos, guerra e o mal proliferado é exatamente o que Ele planejou e deseja? Cristo nos pede para orar, “Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6.10). Por que a oração se nós já estamos no reino de Deus com Satã preso, como João Calvino ensinou e os Reconstrucionistas alegam hoje? Poderia um mundo de mal excessivo ser realmente o que Deus deseja? Certamente não! “Espere um minuto!” alguém se opõe. “Você está sugerindo que nosso Deus onipotente é incapaz de realizar Sua vontade sobre a terra? Que heresia esta! Paulo claramente diz que Deus ‘faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade’ (Ef 1.11).” Sim. Mas a própria Bíblia contém muitos exemplos de homens desafiando a vontade de Deus e desobedecendo-o. Deus se lamenta, “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles se rebelaram contra mim” (Is 1.2). Os sacrifícios que eles oferecem a Ele e suas vidas corruptas não são obviamente de acordo com a Sua vontade. Somos informados de que “os fariseus e os doutores da lei rejeitaram o conselho de Deus” (Lc 7.30). A declaração de Cristo em Mt 7.21 mostra claramente que todos nem sempre fazemos a vontade de Deus. Isto está implícito em Is 65.12, 1Ts 5.17-19, Hb 10.36, 1Pe 2.15, 1Jo 2.17 e muitas outras passagens. De fato, Ef 1.11 não diz que tudo que acontece é de acordo com a vontade de Deus, mas de acordo com “o conselho” de Sua vontade. Claramente o conselho da vontade de Deus deu ao homem liberdade para desobedecê-lo. Não há nenhuma outra explicação para o pecado. Todavia, em seu zelo para proteger a soberania de Deus de qualquer desafio, A. W. Pink argumenta ardentemente, “Deus preordena tudo que acontece… Deus inicia todas as coisas, controla todas as coisas…”[1] Edwin H. Palmer concorda: “Deus está por trás de tudo. Ele decide e faz todas as coisas acontecerem… Ele preordenou tudo ‘segundo o conselho de Sua vontade’ (Ef 1.11): o mover de um dedo… o erro de um datilografista – até o pecado.”[2] Estamos aqui diante de uma distinção vital. Uma coisa é Deus, em Sua soberania e sem diminuir esta soberania, dar ao homem o poder para rebelar contra Ele. Isto abriria a porta para o pecado, sendo o homem unicamente responsável por sua livre escolha. Outra totalmente diferente é Deus controlar tudo de tal maneira que Ele deve efetivamente causar o pecado do homem. É uma falácia imaginar que, para Deus estar no controle de Seu universo, Ele precisa, por essa razão, preordenar e iniciar tudo. Deste modo, Ele causa o pecado, depois pune o pecador. Para justificar esta opinião, é argumentado que “Deus não tem nenhuma obrigação de conceder Sua graça àqueles que Ele predestina para o julgamento eterno.” De fato, obrigação não tem nenhuma relação com graça. Na verdade diminui a soberania de Deus sugerir que Ele não pode usar para seus propósitos o que Ele não preordena e origina. Não há razão lógica nem bíblica por que um Deus soberano, por Seu próprio plano soberano, não poderia conceder a criaturas feitas à Sua imagem a liberdade de escolha moral genuína. E há razões convincentes por que Ele faria dessa forma. Muitas vezes um ateísta (ou um sincero indagador que está perturbado pelo mal e o sofrimento) lança em nossas faces, “Você alega que seu Deus é todo-poderoso. Então por que Ele não interrompe o mal e o sofrimento? Se Ele pode e não faz, Ele é um monstro; se Ele não pode, então Ele não é todo-poderoso!” O ateísta pensa que nos encurralou. A resposta envolve certas coisas que Deus não pode fazer. Mas Deus é infinito em poder, então não deve haver nada que Ele não possa fazer! Sério? O próprio fato que Ele é infinito em poder significa que Ele não pode falhar. Há muito mais que seres finitos fazem todo o tempo que o infinito, absolutamente soberano Deus não pode fazer por Ele ser Deus: mentir, trapacear, roubar, pecar, se enganar, etc. De fato, muito mais que Deus não pode fazer é vital para nós entendermos quando enfrentamos desafios de céticos. Tragicamente, há muitas questões sinceras que muitos cristãos não podem responder. Poucos pais têm tirado um tempo para pensar nos muitos desafios intelectuais e teológicos que suas crianças progressivamente enfrentam, desafios para os quais a juventude de hoje não encontra respostas de tantos púlpitos e lições das escolas dominicais. Como resultado, números crescentes daqueles criados em lares e igrejas evangélicos estão abandonando a “fé” que nunca adequadamente entenderam. A soberania e o poder é a panacéia? Muitos cristãos superficialmente acham que sim. Todavia há muito para o qual a soberania e o poder são irrelevantes. Deus age não apenas soberanamente, mas com amor, graça, misericórdia, justiça e verdade. Sua soberania é exercitada somente em perfeita harmonia com todos os Seus outros atributos. Há muito que Deus não pode fazer, não apesar do que Ele é, mas por causa de quem Ele é. Até Agostinho, descrito como o primeiro dos assim chamados primeiros Pais da Igreja que “ensinou a absoluta soberania de Deus,”[3]declarou, “Por conseguinte, Ele não pode fazer algumas coisas justamente por ser onipotente.”[4] Por causa de Sua absoluta santidade, é impossível para Deus praticar o mal, fazer com que outros pratiquem ou até tentar alguém ao mal: “Ninguém, sendo tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele a ninguém tenta,” (Tg 1.13). Mas e quanto às muitas passagens na Escritura onde diz que Deus tentou alguém ou foi tentado? Por exemplo, “Deus tentou a Abraão” (Gn 22.1). A palavra hebraica aí e por todo o Velho Testamento énacah, que significa testar ou provar, como num teste de pureza de um metal. Não tem nada a ver com tentar para pecar. Deus estava testando a fé e a obediência de Abraão. Se Deus não pode ser tentado, por que Israel é alertado, “Não tentareis o Senhor vosso Deus” (Dt 6.16)? Somos até informados de que em Massá, ao pedir água, “tentaram ao Senhor, dizendo: Está o Senhor no meio de nós, ou não?” (Êx 17.7). Mais tarde eles “tentaram a Deus nos seus corações, pedindo comida segundo o seu apetite… dizendo: Poderá Deus porventura preparar uma mesa no deserto?… provocaram o Deus Altíssimo” (Sl 78.18-19, 56). Deus não estava sendo tentado para realizar o mal, Ele estava sendo provocado, Sua paciência estava sendo testada. Ao invés de esperar obedientemente que Ele supra suas necessidades, Seu povo estava pedindo que Ele usasse Seu poder para lhes dar o que queriam para satisfazer seus desejos. A “tentação” de Deus era um desafio blasfemo forçando-o a, ou ceder ao desejo deles, ou puni-los pela rebelião. Quando Jesus foi “tentado pelo Diabo” para lançar-se do pináculo do templo para provar que os anjos Lhes sustentariam em suas mãos, Ele lembrou, “Não tentarás o Senhor teu Deus” (Mt 4.1-11). Em outras palavras, colocar-nos deliberadamente em um lugar onde Deus deva agir para nos proteger é tentá-lo. Tiago então diz, “Cada um, porém, é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.” A tentação ao mal não vem de fora mas de dentro. O homem que não poderia possivelmente ser “tentado” para ser desonesto nos negócios pode sucumbir à tentação de cometer adultério e, assim, ser desonesto com sua mulher. Dizem que “todo homem tem seu preço.” Deus não estava tentando Adão e Eva para pecar quando Ele lhes diz para não comerem de uma árvore em particular. Eva foi tentada por sua própria cobiça e desejo egocêntrico. Até na inocência o homem podia ser egoísta e desobediente. Vemos isto em jovens infantes que por enquanto não sabem a diferença entre o certo e o errado. Além disso, há muitas outras coisas que Deus não pode fazer. Deus não pode negar a Si mesmo ou se contradizer. Ele não pode mudar. Ele não pode voltar atrás em Sua Palavra. Especialmente em relação à humanidade, há algumas coisas que Deus não pode fazer que são muito importantes para entender e explicar aos outros. Um dos conceitos mais fundamentais (e menos entendido pelas pessoas “religiosas”) é este: Ele não pode perdoar o pecado sem a pena ser paga e aceita pelo homem. Estamos dizendo que apesar de Sua soberania e infinito poder Deus não pode perdoar quem Ele quer, Ele não pode simplesmente apagar o passado deles no registro celestial? Exatamente: Ele não pode, porque Ele é também perfeitamente justo. “Então você está sugerindo,” alguns se queixam, “que Deus quer salvar toda a humanidade mas falta o poder para fazer isso? É uma negação da onipotência e soberania de Deus se houver algo que Ele deseja mas não possa realizar.” De fato, onipotência e soberania são irrelevantes em consideração ao perdão. Cristo no Jardim na noite anterior da cruz gritou, “Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice…” (Mt 26.39). Certamente se tivesse sido possível proporcionar salvação de outra forma, o Pai teria isentado Cristo dos excruciantes sofrimentos físicos da cruz e a agonia espiritual infinita de sofrer a pena que Sua perfeita justiça tinha pronunciada sobre o pecado. Mas até para o Deus onipotente não houve outro jeito. É importante que nós claramente explicamos esta verdade bíblica e lógica quando apresentamos o evangelho. Suponha que um juiz tenha diante dele um filho, uma filha ou outra pessoa amada considerada culpada de múltiplos assassinatos pelo júri. Apesar de seu amor, o juiz deve confirmar a pena exigida pela lei. O amor não pode anular a justiça. O único modo que Deus poderia perdoar pecadores e continuar justo seria que Cristo pagasse a pena pelo pecado (Rm 3.21-28). Há duas outras questões de vital importância em relação à salvação do homem que Deus não pode fazer: ele não pode forçar ninguém a amá-lo; e Ele não pode forçar ninguém a aceitar um presente. Pela própria natureza do amor e da doação, o homem deve ter o poder de escolha. A recepção do amor de Deus e do dom da salvação através de Jesus Cristo pode somente ser por um ato do livre-arbítrio do homem. Alguns argumentam que se a vontade de Deus fosse que todos os homens fossem salvos, o fato de todos não serem salvos significaria que a vontade de Deus seria frustrada e Sua soberania aniquilada pelos homens. É também argumentado que, se o homem pudesse dizer sim ou não a Cristo, ele teria a palavra final em sua salvação e sua vontade é mais forte do que a vontade de Deus: “A heresia do livre-arbítrio destrona Deus e entroniza o homem.”[5] Não há nada na Bíblia ou na lógica que sugere que a soberania de Deus requer que o homem seja impotente para fazer uma escolha real, moral ou de qualquer outra maneira. Dar ao homem o poder para fazer um escolha genuína, independente, não diminui o controle de Deus sobre Seu universo. Sendo onipotente e onisciente, Deus certamente poderia arranjar as circunstâncias para impedir que a rebelião do homem possa frustrar Seus propósitos. De fato, Deus poderia até usar o livre-arbítrio do homem para ajudar a cumprir Seus próprios planos e por meio disso ser ainda mais glorificado. O grande plano de Deus desde a fundação do mundo para conceder ao homem o dom de Seu amor impede qualquer faculdade para forçar esse dom sobre qualquer uma de Suas criaturas. Tanto o amor quanto os dons de qualquer espécie devem ser recebidos. A força perverte a transação. O fato que Deus não pode falhar, mentir, pecar, mudar ou negar a Si mesmo não diminui Sua soberania em qualquer proporção. Nem é Ele menos soberano porque não pode forçar alguém a amá-lo ou a receber o dom da vida eterna por Jesus Cristo. E do lado humano, a limitação reversa prevalece: não há nada que alguém possa fazer para merecer ou ganhar o amor ou um dom. Eles devem ser dados livremente do coração de Deus sem qualquer razão que não seja o amor, a misericórdia e a graça. Maravilhosamente, em Sua graça soberana, Deus assim constituiu o homem e teve a intenção que o homem recebesse esse dom voluntariamente por um ato de sua vontade e respondesse com amor ao amor de Deus. Alguém uma vez disse, “O livre-arbítrio do homem é a mais maravilhosa das obras do Criador.”[6] O poder de escolha abre a porta para algo maravilhoso além de nossa compreensão: comunhão genuína entre Deus e o homem por toda a eternidade. Sem o livre-arbítrio o homem não poderia receber o dom da vida eterna, por isso Deus não poderia dar este dom a ele. Pusey aponta que “Sem o livre-arbítrio, o homem seria inferior aos menores animais, que têm uma espécie de liberdade limitada de escolha…. Seria auto-contraditório que o Deus Todo-Poderoso criasse um livre agente capaz de amá-lo, sem também ser capaz de rejeitar Seu amor…. sem o livre-arbítrio não poderíamos livremente amar Deus. Liberdade é uma condição do amor.”[7] É o poder de escolha genuína do próprio coração e vontade do homem que Deus tem soberanamente dado a ele que possibilita Deus a amar o homem e ao homem receber esse amor e a amar Deus em resposta “porque ele nos amou primeiro” (1Jo 4.19). É impossível que o poder de escolha pudesse desafiar a soberania de Deus visto que é a soberania de Deus que conferiu este dom ao homem e estabeleceu as condições para amar e dar. Sugerir que Deus estaria faltando em “poder” (assim negando Sua soberania) se Ele oferecesse salvação e alguns a rejeitasse é errar o alvo. Poder e amor não são partes da mesma discussão. De fato, das muitas coisas que temos visto que Deus não pode fazer, uma falta de “poder” não é a razão para qualquer uma delas, nem é Sua soberania mitigada de maneira alguma por qualquer uma destas. Assim, Deus ter dado à humanidade o poder de escolher amá-lo ou não e receber ou rejeitar o dom gratuito da salvação, longe de negar a soberania de Deus, admite o que a própria soberania de Deus amorosa e maravilhosamente proporcionou. Que possamos desejosamente responder de coração a Seu amor com nosso amor, e em gratidão por Seu enorme dom proclamar as boas novas aos outros. Dave Hunt – Tradução: Paulo Cesar Antune Extraído do site arminianismo.com em 27/10/2013 [1] Pink, The Sovereignty of God, 240. [2] Edwin H. Palmer, The Five Points of Calvinism (Baker Books, 1999), 25. [3] C. Norman Sellers, Election and Perseverance (Schoettle Publishing Co., 1987), 3. [4] Augustine, The City of God, V. 10. [5] W.E. Best, Free Grace Versus Free Will (Best Book Missionary Trust, 1977), 35. [6] Junius B. Reimensnyder, Doom Eternal (N.S. Quiney, 1880), 257; citado em Fisk, Calvinistic Paths Retraced, 223. [7] Edward B. Pusey, What Is Of Faith As To Everlasting Punishment? (James Parker & Co., 1881), 22-23; citado em Samuel Fisk, Calvinistic Paths Retraced (Biblical Evangelism Press, 1985), 222. Fonte:www.cacp.org.br

sábado, 20 de setembro de 2014

“Pregue a palavra”:
Exposição bíblica na pregação é de suma importância para os membros da igreja - Uma pequena pesquisa realizada por um professor do Seminário Batista de Brasília ressaltou a necessidade de exposição bíblica na pregação. A questão que os alunos deveriam responder foi: qual era a opinião que os membros das igrejas faziam das mensagens que seus pastores pregavam? As opiniões foram as seguintes: 1) eles lêem, mas não explicam a Bíblia; 2) não aplicam os ensinamentos bíblicos às vidas dos membros; 3) dão mais atenção aos negócios da igreja do que ao crescimento espiritual dos membros. O remédio mais eficaz para estas omissões da parte de alguns dos pastores depende de três passos: 1) exegese cuidadosa do texto; 2) busca e desenvolvimento textual do ensinamento central da passagem bíblica; 3) Uma vez concluído este trabalho básico, organize uma aplicação o ensinamento às vidas dos ouvintes. Talvez uma exposição resumida de Romanos 12.1,2 ajude. Primeiro, Paulo apela aos irmãos de Roma a oferecerem, cada um, o seu corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Esse sacrifício pode ser feito unicamente pelas misericórdias de Deus. Refere-se ao sacrifício do corpo de Jesus Cristo na cruz do Calvário. Por meio do sacrifício dele, nós todos podemos receber a justificação pela fé. Como Deus aceitou o sacrifício e aplicou seus benefícios a nós, nossos corpos são santificados e aceitáveis a Deus. Segundo, o verbo "ofereçam" se encontra no infinitivo aoristo, indicando uma oferta feita uma vez para sempre. É definitivo. O casamento bíblico também ilustra este relacionamento permanente ("Até a morte nos separar" – Rm 7.1-3). Uma vez sacrificado, pertence a Deus para sempre. Terceiro, o corpo que oferecemos a Deus, agora não nos pertence mais. Como o escravo judeu que amava ao seu mestre e não queria deixá-lo, deveria ter a orelha furada (Dt 15.16,17), a vida sacrificada deve ser para sempre. Quarto, aquele que sacrifica o seu corpo assim, descobre que tem um relacionamento agradável, prazeroso, porque agrada a Deus. Não há ninguém tão importante para agradar como ele. Quinto, "culto racional ou espiritual" deve comunicar mais do que adoração. A palavra latreia fala de um compromisso de serviço (compare "idolatria"). Consideremos agora a conexão entre os dois versos. 1. Todos os cristãos sacrificados precisam passar por mudanças. A cultura do mundo tem como seu deus o próprio Satanás (2 Co 4.4). O estilo de vida de um escravo de Deus e o de um escravo do "senhor deste mundo" são incompatíveis. Tem de haver uma transformação de mentalidade que somente é possível pela poderosa ação do Espírito Santo. Constitui um novo padrão de pensamento (Fp 4.8). Tal como um homem pensa, ele é. 2. Essa metamorfose, de acordo com o ensino da Bíblia, confirma (dokimazein) para nós que a vontade de Deus é boa, agradável e perfeita. Esse processo de aprendizado e rejeição dos valores e práticas do mundo se chama santificação. O uso dos verbos na voz passiva e no tempo presente contínuo explica que, gramaticalmente, santificação é um processo que avança durante toda a vida. Conclusão: Exposição da Palavra reconhece em primeiro lugar que a Bíblia é a Palavra de Deus. Explicar o que diz o texto deveria, portanto, ser obrigatório. Oferecer opiniões humanas, contar histórias e comentar eventos políticos do país e do cenário mundial não satisfazem as necessidades prementes dos cristãos sedentos para saberem se não há alguma palavra do Senhor. "Pregue a palavra" é a ordem de Paulo para Timóteo; não é menos necessário hoje do que no século primeiro. Dr. Russell Shedd é Ph.D. em Novo Testamento pela Universidade de Edimburgo (Escócia), pastor, professor, escritor e conferencista
EM NOME DE JESUS, NO PODER DO ESPÍRITO E PARA A GLÓRIA DO PAI:
Milagre pode ser entendido como o ato especial de Deus que interrompe o curso natural dos eventos, na definição de Norman Geisler, em sua Enciclopédia de apologética (Editora Vida). Podemos afirmar que a crença em milagres está estritamente relacionada com a convicção da inerrância e da absoluta inspiração das Sagradas Escrituras. Em outras palavras, não crer em milagres é não crer na autenticidade e verdade da narrativa bíblica. Ora, os eventos miraculosos não apenas são possíveis, mais reais e atuais. A fé no Deus que cria o universo a partir do nada faz da criação não apenas o primeiro ato miraculoso registrado na história, mas também, o maior evento sobrenatural já ocorrido. A partir dali, e ao longo de todo o Antigo Testamento, uma sucessão de milagres, intervenções divinas sobrenaturais e sinais operados por servos do Senhor se sucedem, numa maravilhosa mostra do poder absoluto de Deus sobre a natureza e a vida humana. Temos, no Gênesis, relatos sobre eventos espantosos, como o Dilúvio; a confusão de línguas na torre de Babel; e a interpretação dos sonhos do faraó, através de José, para citar apenas alguns. O livro do Êxodo também está repleto de testemunhos fidedignos acerca de milagres operados pelo Todo-poderoso – as pragas do Egito, a passagem dos israelitas em fuga pelo meio do mar, a transformação das águas de Mara e o fornecimento, ao povo hebreu, de alimentação em pleno deserto, na forma do maná e das codornizes. Tudo, é bom que se diga, contrariando completamente a ordem natural das coisas, de modo que não há explicação plausível para tais eventos senão o poder do Deus de Israel. A passagem do Jordão, narrada no livro de Josué, assim como a queda dos muros de Jericó, são outros fatos miraculosos que entraram para a história. Da mesma forma, temos a descida do fogo divino no Monte Carmelo (I Reis 18); a cura de Naamã (II Reis 5) e de Ezequias (Isaías 38); e o livramento dos jovens hebreus fiéis a Deus da fornalha de Nabucodonosor e de Daniel da cova dos leões. Todos esses fatos, resultantes da intervenção consciente e sobrenatural de Deus, apontam para a sua soberania sobre todas as coisas, e sobre todos os seres humanos. IMPORTÂNCIA FUNDAMENTAL Em continuidade ao testemunho das Sagradas Escrituras sobre a realidade dos milagres, encontramos nas páginas do Novo Testamento outra sucessão de eventos espetaculares, muitos deles protagonizados pelo próprio Filho de Deus. Já a concepção do Messias, gerado pelo Espírito Santo no ventre de uma virgem, é um fato sem paralelo na história da humanidade. Já no ministério terreno do Salvador, os sinais se sucederam: transformação de água em vinho, cura de enfermos, ressurreição de mortos e, por fim, a vitória do Cordeiro sobre a morte, consolidando o plano de salvação. Mais tarde, houve o derramamento do Espírito Santo, no dia de Pentecostes (Atos 2); a cura do coxo, pelas mãos dos apóstolos (Atos 3), a conversão de Saulo, após uma aparição do próprio Cristo que o derrubou do cavalo e deixou-o cego por uns dias; a ressurreição de Dorcas – relatada em Atos 9 –; a libertação de Paulo e Silas da prisão, em Filipos etc. Pelo destaque que as Escrituras dão a tais acontecimentos, é possível perceber a importância fundamental dos milagres para o teísmo e para a fé cristã, sem os quais a criação de todas as coisas a partir do nada, e a esperança da vida eterna mediante a ressurreição dos corpos ficariam seriamente comprometidos. Contudo, com o processo de institucionalização da Igreja, que se inicia na Patrística, fica evidente a diminuição dos eventos miraculosos. A ação poderosa e miraculosa do Espírito Santo foi praticamente extinta; a ausência da manifestação do falar em línguas na comunidade cristã, visto que as pessoas não sabiam mais do que se tratava, pois há muito que o dom de falar em línguas havia deixado de ser normal nas comunidades cristãs, foi uma realidade. A deterioração que estava surgindo na Igreja data de anos anteriores a 130-140, quando o entusiasmo do Cristianismo primitivo estava desaparecendo. A fé cristã passava a assumir formas mais concretas, através do processo de institucionalização. Lado a lado com formas mais rígidas e hierarquizadas na organização das comunidades, o surgimento de uma teologia cessacionista é notório nos escritos de João Crisóstomo (347-407) e de Agostinho de Hipona (354-430). É após o período da Reforma Protestante do século 16, mais especificamente nos denominados grandes despertamentos – séculos 18 e 19 –, que a história começa a mudar. Nomes como os de John Wesley, George Whitefield, Jonathan Edwards, Charles Finney e D.L. Moody ganham destaque, e com eles se evidenciam em crescente escala os eventos sobrenaturais. No diário de Wesley encontra-se a seguinte narrativa: "Tive a oportunidade de falar-lhe a respeito desses sinais externos que tão frequentemente têm acompanhado a obra interior de Deus. Na verdade, achei que suas objeções eram fundamentadas, principalmente, em rudes deturpações do assunto. Mas, no dia seguinte, ele teve a oportunidade de se informar melhor: porque não muito antes dele começar (na aplicação do seu sermão) a convidar todos os pecadores a crerem em Cristo, quatro pessoas se prostraram diante dele, quase no mesmo momento. Uma delas, estendida, sem sentido e movimento. A segunda, tremendo excessivamente; a terceira teve convulsões fortes por todo o corpo, mas não fez nenhum ruído, a não ser através de gemidos. A quarta, igualmente convulsionou, invocando a Deus com gritos fortes e lágrimas. Desde este dia, creio eu, todos permitiremos que Deus leve adiante sua obra da maneira como lhe agradar". Jonathan Edwards, considerado o maior teólogo do primeiro grande despertamento, descreve alguns acontecimentos dignos de nota em suas reuniões na América do Norte: "O contágio propagou-se rapidamente por todo o salão. Muitos jovens e crianças (...) pareciam vencidos pelo senso de grandeza e glória das coisas divinas. Portavam-se com admiração, amor, alegria, louvor e compaixão para com os que se consideravam perdidos. Outros achavam-se vencidos pela agonia em razão de seu estado pecaminoso. Enfim, no salão não havia senão choros, desmaios e coisas parecidas. (...) Era mui frequente ver uma casa repleta de clamores, desmaios, convulsões, tanto em meio à agonia quanto em meio à admiração e à alegria (...) Isso acontecia com tanta frequência que alguns, nem conseguiam voltar para casa, mas permaneciam a noite inteira onde estavam. O Movimento de Santidade, nascido com a ida dos metodistas ingleses para a América do Norte em 1766, de onde se originaram as igrejas independentes que enfatizavam, dentre outras questões, as curas sobrenaturais – conforme nos lembra Isael de Araújo em seu Dicionário do movimento pentecostal (CPAD), contribuiu para o nascimento do pentecostalismo norte-americano na virada dos séculos 19 para 20. Ali começou o desabrochar de uma era onde os milagres ganhariam grande importância na vida cotidiana da Igreja. Nem o cessacionismo, disseminado entre as várias denominações evangélicas existentes, nem o liberalismo teológico, como o defendido por Rudolf Bultmann (1884-1976), foram capazes de refrear o avanço na crença, na pregação e na crescente manifestação de milagres. Os pentecostais priorizaram a conversão radical, manifesta através da separação do mundo (vida santa), o batismo com o Espírito Santo com a evidência do falar em línguas, a atualidade dos dons do Espírito, a cura divina e a segunda vinda de Cristo. Frank Bartleman, ao escrever sobra a história do avivamento na Rua Azusa, expressa bem a ênfase pentecostal na possibilidade e realidade dos milagres: "Qualquer pessoa com a menor sensibilidade espiritual possível sentia logo no ambiente que algo maravilhoso estava prestes a ocorrer. Um misterioso e poderoso transtorno no mundo espiritual está às portas. A reunião dá a sensação de 'céu aqui na terra' com a certeza que o sobrenatural existe e em um sentido muito real. (...) Os demônios estão sendo expulsos, os doentes, curados, muitos abençoados com salvação, restaurados e batizados com o Espírito Santo e poder. Deus está conosco com grande autenticidade. Não ousamos pensar em ninharias. Homens fortes ficam durante horas prostrados sob o poder de Deus, cortados como grama. O avivamento será mundial sem dúvida." CONTEMPORANEIDADE No Brasil, o movimento pentecostal é geralmente compreendido como "três ondas" de implantação de igrejas, onde a primeira seria a década de 1910, com a chegada da Congregação Cristã e da Assembleia de Deus; a segunda envolve os anos 1950 e início de 60, com o surgimento, principalmente, da Igreja do Evangelho Quadrangular, O Brasil para Cristo e a Deus é Amor. Segundo tal perspectiva, a terceira onda, que se inicia no final dos anos 70, ganhando força na década de 80, tem a sua maior representação na Igreja Universal do Reino de Deus, de acordo com Paul Freston. Essa terceira onda logo passaria a ser denominada de movimento neopentecostal. Em meio a tantas abordagens e alguns evidentes exageros, a resistência ao fenômeno miraculoso, ou a dúvida quanto a sua autenticidade no atual contexto evangélico brasileiro, dá-se por alguns fatores. Um deles é a manutenção das ideias tradicionais cessacionistas em algumas denominações; outro, e na direção oposta, a extravagância dos métodos, associada ao exibicionismo midiático e ao utilitarismo mercadológico bem presentes no movimento neopentecostal, que já começa a seduzir outros grupos evangélicos – processo de neopentecostalização das igrejas históricas e pentecostais clássicas – por seu grande poder de atrair e mobilizar multidões. Tenho a certeza da atualidade e da autenticidade de milagres, mesmo diante da possibilidade de sua "fabricação" mentirosa, através do uso de técnicas de manipulação psicológica, e de outros artifícios humanos ou diabólicos. É preciso, também, saber diferenciar entre o milagre genuíno e o falso profeta, que prega o verdadeiro Evangelho e que ora pelas pessoas, movido por interesses espúrios, pela ganância, e pelo egoísmo. Sobre estes, disse Jesus: "Nem todo o que me diz: 'Senhor, Senhor!' entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: 'Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres?' Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade (Mateus 7.21-23)." Creio em milagres, sinais e maravilhas autênticos, na atualidade, por convicção bíblica e teológica, fundamentada em textos como Marcos 16.15-18; Atos 2.37-40; I Coríntios 12.4-11, e por experiência pessoal. Já fui curado de enfermidades de forma miraculosa; recebi livramentos de morte por intervenção divina, inclusive prenunciada em sonhos e por percepções espirituais. Por outro lado, já orei por pessoas que também foram curadas de suas enfermidades e por outras que foram libertas da opressão e possessão demoníaca. Nenhuma posição teológica, quer institucional ou pessoal, deveria ser classificada ou qualificada de "equilibrada" pelo simples fato de excluir a possibilidade da contemporaneidade dos milagres. Ser equilibrado teologicamente é ser coerentemente bíblico; é considerar ortodoxia, ortopraxia e ortopatia, pois uma destas condições não anula necessariamente a outra. O milagre não deve ser considerado pela Igreja como um fim em si mesmo – antes, precisa ser entendido como fenômeno consequente da pregação do Evangelho, na autoridade do nome de Jesus, no poder do Espírito Santo, e para a glória de Deus Pai. Altair Germano é mestre em Teologia com especialização em Ministério pelo Seminário Teológico Pentecostal do Nordeste. Escritor e conferencista, é pastor auxiliar na Igreja Assembleia de Deus em Abreu Lima (PE) Fonte: Cristianismo Hoje

sábado, 13 de setembro de 2014

Teologia Reformada: Uma Breve Reflexão para Jovens Arminianos Simpatizantes das Ideias Calvinistas - Deus quer que todos sejam salvos, mas decide salvar apenas alguns. Deus quer que todos se arrependam, mas concede o arrependimento apenas a alguns. Deus quer que todos creiam, mas concede o dom da fé apenas a alguns. Dessa forma, Deus diz que quer a bênção da salvação para todos, mas somente os predestinados poderão obtê-la. Deus já decidiu quem vai para o inferno, e também como irá. Se através de uma morte rápida e não muito dolorosa, ou de uma morte lenta e bastante sofrida. Preguemos o evangelho da graça para todos, embora tal graça somente será eficaz para aqueles que Deus assim resolveu que fosse. Deus muda a vontade de alguns para recompensá-los com a vida eterna, enquanto deixa a vontade de outros intocável para condená-los à perdição eterna. Mesmo assim, não tendo escolha, pois Deus já escolheu tudo, sou moralmente responsável por minhas ações. Sou um arminiano que amo, respeito e tenho muitos amigos calvinistas, mas que não concordo com ideias tão contraditórias e extremadas. Aos jovens arminianos, simpatizantes das ideias calvinistas, a plena maturidade que somente é adquirida com o passar dos anos vos conduzirá a uma maior moderação em vossos posicionamentos e argumentos. Predestinação e livre-arbítrio são realidades bíblicas que coexistem e não se excluem, desde que bem conciliadas. Cuidado, pois uma grande paixão teológica, sem muita reflexão, pode resultar numa frustração na mesma proporção. Uma inundação de textos para defesa do calvinismo geralmente surge diante das questões aqui expostas, mas vale lembrar que uma enchente de textos em defesa do arminianismo normalmente logo se segue. Altair Germano, um perdido pecador, salvo pela graça de Deus em Cristo Jesus.

BLOG DO PR. ALTAIR GERMANO: DAVE HUNT: SOBRE CALVINISMO

BLOG DO PR. ALTAIR GERMANO: DAVE HUNT: SOBRE CALVINISMO
O JULGAMENTO E A SOBERANIA PERTENCEM A DEUS - SUBSÍDIO PARA LIÇÃO BÍBLICA Marcadores: LIÇÕES BÍBLICAS, VIDA CRISTÃ O texto de Tiago 4.11-17, além de tratar sobre o julgamento e a soberania de Deus, aborda também sobre o pecado da maledicência e a arrogância humana. O PECADO DA MALEDICÊNCIA Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Aquele que fala mal do irmão ou julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; ora, se julgas a lei, não és observador da lei, mas juiz. Um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer; tu, porém, quem és, que julgas o próximo? (Tg 4.11-12) A Bíblia nos ensina que é possível entre os crentes regenerados haver quem fale mal do seu irmão. Falar mal significa: expressar hostilidade, caluniar, injuriar, insultar, ofender, ultrajar, vilipendiar, falar coisas ruins, etc. O pecado da maledicência é veementemente proibido em vários textos: O caluniador não se estabelecerá na terra; ao homem violento, o mal o perseguirá com golpe sobre golpe. (Sl 140.11) Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia. (Ef 4.31) Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais. (1 Co 5.11) Da mesma sorte, quanto a mulheres, é necessário que sejam elas respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo. (1 Tm 3.11) Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas e de toda sorte de maledicências, (1 Pe 2.1) O verbo grego no imperativo presente katalaleite (falar mal), antecedido da negativa me (não) em Tiago 4.11, revela que a ação já estava em andamento na igreja, e que precisava ser refreada continuamente. O juízo feito entre irmãos não tinha como propósito a motivação correta de reparar um dano, antes, estavam causando danos uns aos outros através da maledicência. Tratava-se de crítica destrutiva, em vez de construtiva. A MALEDICÊNCIA, O JULGAMENTO E A LEI A declaração de Tiago de que o maledicente fala mal e julga a própria Lei, pode ser compreendida das seguintes maneiras: - Ao falar mal de um irmão, falamos mal da Le e a julgamos, pois ela nos proíbe que o façamos (Lv 19.16, 18) (J. Gill); - Quando falamos mal e julgamos os irmãos, geralmente o fazemos em áreas da vida sobre as quais as leis de Deus não se pronunciam com clareza ou que nos deixa a liberdade de agir como quisermos. Dessa forma, acabamos achando defeito na própria lei de Deus por não se pronunciar sobre esses assuntos (M. Henry); - Ao falar mal de um irmão e ao julgá-lo, tomamos a lei em nossas mãos e assumimos o papel de legisladores. Ao fazer isso, julgamos a lei e até achando falta nela. (J. Calvino) Vale lembra que o julgamento condenado por Tiago não diz respeito ao ato de avaliar os erros e pecados dos irmãos com o objetivo de corrigi-los e conduzi-los ao arrependimento (Mt 7.6; 18.15; Lc 17.3; Gl 6.1; 1 Jo 4.1; Ap 2.2). O procedimento que conduz a conversão de um irmão pecador é recomendado pelo próprio Tiago (5.19, 20). Somente Deus, o único Legislador e Juíz soberano, através de suas leis, pode julgar os homens no âmbito em que Tiago censura a maledicência/julgamento (Tg 4.12). A SOBERANIA DE DEUS E A ARROGÂNCIA HUMANA Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo. Agora, entretanto, vos jactais das vossas arrogantes pretensões. Toda jactância semelhante a essa é maligna. (Tg 4.13-16) A soberania de Deus, o faz Senhor absoluto sobre toda a criação, e nos é revelada conforme abaixo: Soberania não é uma propriedade da natureza divina, mas uma prerrogativa oriunda das perfeições do Ser Supremo. Se Deus é Espírito, e portanto uma pessoa infinita, eterna e imutável em suas perfeições, o Criador e preservador do universo, a soberania absoluta é um direito seu. A infinita sabedoria, bondade e poder, com o direito de posse que pertence a Deus no tocante às suas criaturas, são o fundamento imutável de seu domínio (cf. Sl 115.3; Dn 4.35; 1 Cr 29.11; Ez 18.4; Is 45.9; Mt 20.15; Ef 1.11; Rm 11.36) (Charles Hodge, p. 331, 2001). Os textos abaixo nos falam sobre a soberania e a autoridade de Deus: No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada. (Sl 115.3) Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes” (Dn 4.35) Teu, SENHOR, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu, SENHOR, é o reino, e tu te exaltaste por chefe sobre todos.” (1 Cr 29.11) Ai daquele que contende com o seu Criador! E não passa de um caco de barro entreoutros cacos. Acaso, dirá o barro ao que lhe dá forma: Que fazes? Ou: A tua obra não tem alça. (Is 45.9) Porventura, não me é lícito fazer o que quero do que é meu? Ou são maus os teus olhos porque eu sou bom? (Mt 20.15) [...] nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade, (Ef 1.11) Deus não condena o planejamento em si mesmo, mas a maneira como ele algumas vezes é feito. Excluir a ajuda de Deus dos nossos planos, ou simplesmente pedir que ele os aprove sem opinar, é pecado de arrogância, pois transmite a ideia de que não precisamos ou dependemos dele para conseguir os nossos objetivos pessoais, profissionais, ministeriais, eclesiais, etc. Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Onde está Deus no projeto acima? Pelo contrário, há uma clara manifestação da presunção humana, da auto-suficiência, da independência de Deus. Tal atitude é condenada pela seguinte sentença: Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo. Agora, entretanto, vos jactais das vossas arrogantes pretensões [...] A efemeridade da vida é citada por Tiago, assim como o fez Oséias, demonstrando a falibilidade dos projetos meramente humanos; Por isso, serão como nuvem de manhã, como orvalho que cedo passa, como palha que se lança da eira e como fumaça que sai por uma janela. (Os 13.3) O salmista diz o mesmo: Com efeito, passa o homem como uma sombra; em vão se inquieta; amontoa tesouros e não sabe quem os levará. (Sl 39.6) Porque os meus dias, como fumaça, se desvanecem, e os meus ossos ardem como em fornalha. (Sl 102.3) Ninguém pode garantir o sucesso de seus próprios planos. Somente com a ajuda de Deus poderemos prosperar e realizar conquistas para a sua glória. [...] se o Senhor quiser. Essa é a atitude que deve nortear os planos de um homem e mulher de Deus: Então, disse o rei a Zadoque: Torna a levar a arca de Deus à cidade. Se achar eu graça aos olhos do SENHOR, ele me fará voltar para lá e me deixará ver assim a arca como a sua habitação. (2 Sm 15.25) Mas, despedindo-se, disse: Se Deus quiser, voltarei para vós outros. E, embarcando, partiu de Éfeso. (At 18.21) mas, em breve, irei visitar-vos, se o Senhor quiser, e, então, conhecerei não a palavra, mas o poder dos ensoberbecidos. (1 Co 4.19) Porque não quero, agora, ver-vos apenas de passagem, pois espero permanecer convosco algum tempo, se o Senhor o permitir. (1 Co 16.7) Isso faremos, se Deus permitir. (Hb 6.3) Em relação aos planos futuros, o sábio nos ensina: Muitos propósitos há no coração do homem, mas o desígnio do SENHOR permanecerá. (Pv 19.21) Que o Senhor nos ajude, e nos trate, nos curando e libertando de toda maledicência, orgulho, presunção, prepotência, soberba, altivez e arrogância. De tudo aquilo que não busca o bem do próximo, nem a glória de Deus. Quem sabe o bem que deve fazer e não o faz, peca (Tg 4.17). O conhecimento do dever que não é usado é pecado, o pecado de omissão (A. T. Robertson) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FRIBERG, Barbara; FRIBERG, Timothy. O Novo Testamento Grego Analítico. São Paulo: Vida Nova, 2006. HODGE, Charles. Teologia Sistemática. São Paulo: Hagnos, 2001. LOPES, Augustus Nicodemus. Interpretando a Carta de Tiago. São Paulo: Cultura Cristã, 2006. SHEDD, Russel P.; BIZERRA, Edmilson F. Uma exposição de Tiago: a sabedoria de Deus. São Paulo: Shedd Publicações, 2010.

sábado, 6 de setembro de 2014

Uma curiosidade inédita sobre Jonas

Para compreendermos o significado dos acontecimentos do livro de Jonas capítulo 3 é necessário saber que os ninivitas adoravam o deus-peixe, Dagom, parte humano e parte peixe. Eles acreditavam que ele tinha saído do mar, fundado sua nação e que lhes enviava mensageiros do mar de tempos em tempos. Se Deus, pois, houvesse de enviar-lhes um pregador, nada mais razoável que trouxesse seu plano para o nível de conhecimento dos assírios, mandando-lhes um profeta que saiu do mar! Sem dúvida muitos viram Jonas ser tirado do mar e acompanharam-no a Nínive, servindo de testemunha do fato inédito. Há dois argumentos suplementares que confirmam a veracidade desse acontecimento. Em primeiro lugar, ‘Oannes’ é o nome de uma das encarnações do deus-peixe. Esse nome, com J inicial, é a forma de escrever ‘Jonas’ no NT. Em segundo lugar, houve, por muitos séculos, uma colina assíria chamada ‘Yunnas’, nome assírio, que significa Jonas, e foi o nome dessa colina que deu aos arqueólogos a primeira pista de que possivelmente a antiga cidade de Nínive estivesse soterrada sob essa colina. O arqueólogo Botta associou ‘Yunnas’ com Jonas e, assim, começou o trabalho de escavação, e encontrou os muros da cidade. Nele, Pr Marcello Fonte: Christian Worker’s Comentary, by Dr. Gray

Onesíforo, um bálsamo na vida de Paulo

Paulo havia exortado Timóteo a guardar o evangelho, pois diante da perseguição, muitos cristãos abandonariam o evangelho. Ao longo de 2º Timóteo, Paulo encoraja Timóteo a não se envergonhar do evangelho nesse tempo de prova e intensa perseguição (cf. 2Tm 1.8,12; 2.3,9; 3.12). É durante a provação que conhecemos os verdadeiros amigos e os verdadeiros cristãos. Em virtude do incêndio de Roma no ano 64 d.C., e da imputação desse crime bárbaro aos cristãos, e ainda, em virtude da prisão de Paulo, o grande bandeirante do cristianismo e, conseqüentemente do seu iminente martírio, todos os amigos e companheiros de Paulo o abandonaram. Fígelo e Hermogenes talvez tenham sido os líderes dessa deserção. Muitos cristãos da Ásia poderiam ter ido a Roma testemunhar a favor de Paulo, mas não o fizeram. Sentiram vergonha. Na primeira defesa de Paulo, ninguém se manifestou a seu favor (2 Tm 4.16). Aquele era um tempo difícil e a fé apostólica corria sérios riscos. A ameaça vinha de dois fatores: da perseguição política e da invasão de falsos mestres. Depois do grande despertamento ocorrido em Éfeso (cf. Atos 19), quando as pessoas denunciaram publicamente suas obras e abandonaram a idolatria, rompendo com a feitiçaria, seguiu-se uma grande deserção. Parecia que o evangelho estava à beira da extinção. No meio dessa debandada geral, aparece Onesíforo, cujo nome significa “portador de préstimos”, ele é como um lírio que floresce no lodo. É um exemplo de lealdade no meio de tanta deserção. O erudito W. Hendriksen diz que: “a beleza de seu caráter e nobreza de suas ações se destacam claramente no obscuro transfundo da triste conduta de todos os que estão na Ásia”. A fidelidade de Onesíforo constitui num estímulo para Timóteo permanecer firme em seu ministério, sem se envergonhar do evangelho e de seu embaixador em cadeias. Vejamos quatro características desse precioso amigo de Paulo: Onesíforo, um amigo abençoador. [...] e tu sabes, melhor do que eu, quantos serviços me prestou ele em Éfeso (1.18b). Durante os três anos que Paulo passou em Éfeso, ele se desdobrou para servir Paulo em diversas circunstâncias e ocasiões, uma vez que ali possuía residência ( 4.19). Ele era um homem prestativo. Estava sempre buscando formas e meios para ajudar Paulo em sua missão de pregar o Evangelho. Onesíforo, um amigo consolador. “Porque, muitas vezes, me deu ânimo e nunca se envergonhou das minhas algemas” (1.16). Ele não apenas serviu Paulo de forma multiforme em Éfeso, mas também o encorajou muitas vezes, quando o apóstolo estava vivendo os dias cinzentos da prisão, na antessala de seu martírio. Diferentemente de outras pessoas da Ásia, não fugiu de Paulo por causa de sua prisão, mas o incentivou várias vezes a não se envergonhou de sua prisão. O termo grego para ânimo “anepsixen” significa “refrescar”, e a frase poderia ser traduzida por “envolveu-me em ar fresco”. Onesíforo foi uma espécie de “brisa fresca” para Paulo em seus momentos de provação. 3. Onesíforo, um amigo encorajador. “Antes, tendo ele chegado a Roma, me procurou solicitamente até me encontrar” (1.17). Ele fez uma longa viagem de Éfeso a Roma, num tempo em que os cristãos eram queimados vivos ou decapitados. Desconhecendo o paradeiro de Paulo, ou seja, em que prisão se encontrava, procurou-o perseverantemente até encontrá-lo. Ele poderia ter desistido após várias buscas inglórias. Mas não desistiu até encontrar Paulo, para estar ao seu lado nos momentos mais difíceis da sua vida. Sem dúvidas, Onesíforo foi um homem de caráter nobre, coração quebrantado e amigo incomparável. Que as marcas deste personagem esquecido da Bíblia, desperte em nós o desejo de imitarmos seu exemplo, bem como suas atitudes. Pr Marcelo de Oliveira

TEM ALGUMA COISA ERRADA COM A IGREJA...

Aos meus amigos que me honra com sua leitura em nosso humilde blog, prometi que o proximo artigo nosso doeria bastante! Estou com ele quase pronto, trata sobre Pastores e a sucessão pastoral nos mais diversos aspectos! Mas me deparei com o presente assunto no Blog do Pastor Guedes, com a vênia reverbero aqui o assunto muito oportuno e para uma reflexão profunda sobre o que está errado com a Igreja! Vale a pena ler todo o artigo! Boa leitura
O TEXTO É UM POUCO LONGO, MAS QUERO LHE CONVIDAR A LÊ-LO TODO. Tem alguma coisa errada com a igrejacujos membros não têm desejo de irem ao culto. Algo está errado quando se prefere as novelas e os esportes à casa do Senhor. Quado trocamos a Escola Dominical pela Fórmula 1. Quando deixamos a Bíblia e abraçamos literaturas outras, que não edificam. Quando não valorizamos o Reino e nos envolvemos com um comportamento mundano nocivo. Tem alguma coisa errada com a igrejaquando os pastores disputam tamanho e importância de seus ministérios em detrimento de outros ministérios. Quando disputam espaço na mídia, seja no rádio ou na televisão. Quando se esforçam para comprar um terreno maior que o outro como se fossem adversários. Quando criam seus próprios parques gráficos para obterem independência e autonomia. Quando investem pesado na mídia para não perderem a visibilidade. Tem algo de errado quando um líder tem sua igreja como a única capaz de evangelizar o mundo. Quando se quer exclusividade e se declara como a igreja que veio para mudar a história. Quando não se adere ao discurso inclusivo e união para fazer os outros crescerem. Quando se compra espaço midiático que pertencia a outro somente para vê-lo fora do seu caminho. Quando um líder entende que o crescimento de sua igreja tem que continuar a qualquer preço. Quando para se manter no poder, faz-se aliança com o poder secular e poderes opressores. Algo não está bem quando um pastor critica os outros e desdenha das igrejas menores. Quando em sua igreja não se prega a Bíblia Sagrada e a Mensagem da Cruz fica esquecida. Quando o louvor no culto de sua igreja visa agradar o povo e não a Deus. Quando a liturgia é moderninha e satirizada para não perder a membresia. As coisas não andam bem quando um pastor apoia candidato ou partido que defende a causa gay. Quando não se tem uma filosofia em termos de política e sociedade. Quando não se tem uma visão bem definida do que venha ser a causa homossexual. Quando não se importa com alianças espúrias, desde que tragam “benefícios” para sua comunidade. Quando se deixa o púlpito para fazer campanhas políticas nos palanques dos ímpios. Alguma coisa está fora dos trilhos quando líderes de igreja inventam modas para atrair multidões. Quando o funk ou “pancadão gospel” tem livre acesso à sua liturgia. Quando a contextualização vai para além do significado e vira mundanização. Quando o carnaval gospel e as paradas sugerem trazer algum tipo de louvor a Deus. Quando pastores dão entrevistas a revistas pornográficas para continuarem destacados. Quando outros vão a programas infames e liberam todo o seu sarcasmo em rede nacional. Alguma coisa está fora do lugar quandoum líder traz para o seu púlpito um grupo que não concorda com a sã doutrina somente para ter a “casa cheia”. Quando se prefere “Voz da Verdade”, heréticos e zombeteiros da Trindade, à música sacra cristã. Quando se fazem movimentos trazendo grupos reconhecidamente envolvidos com o G12. Quando se introduz na igreja a dança exótica e sensual em seus cultos somente para atrair os jovens. Quando se fazem “trabalhos” com pessoas reconhecidamente caídas moralmente. Quando se usa o púlpito para promover cd de artista, como se púlpito fosse palco e culto um show. Algo está fora de ordem quando os apologetas, supostos defensores da sã doutrina, se curvam diante de igrejas que ofendem a sã doutrina somente para vender livros. Quando se realiza grande congresso para dar evidência a um pregador supostamente carismático. Quando se usa o púlpito como plataforma para o sucesso e promoção da agenda dos pregadores. Quado se usa o altar como base para comercialização de livros, cds e coisas afins. Quando se usa a igreja para arrecadar milhões de reais e não realiza os projetos que prometem. Quando promete e não cumpre. Projeta e não faz. Arrecada e não produz. Tem algo de condenável nos bastidores das igrejas que se dizem defensoras da verdade, mas praticam as mesmas obras das igrejas neopentecostais e aderentes à teologia da prosperidade. Quando um líder copia o modelo das heresias neopentecostais, posto que o modelo deu certo lá. Quando se muda a nomenclatura das reuniões dos gedozistas e das reuniões dos empresários. Quando aderem às festas juninas com nomes de festas “jesuínas”. Algo não vai bem quando uma igreja trata a salvação de almas como negócio. Quando se entende que igreja repleta é sinal de grandes arrecadações e grandes negócios. Quando se não tem um alicerce doutrinário, cujo líder não ensina com medo de perder o povo. Quando não se disciplina o membro para não perder o seu dízimo, sua oferta ou sua influência. Quando se faz acepção de pessoas e dão preferência aos ricos para não perder os empresários. Quando se crê que o mais importante é casa cheia (ou seria salvas cheias e cofres cheios?). Portanto, o evangelho do negócio está fadado ao fracasso. Pode-se aludir a grandes projetos movidos pela baboseira da “sementeira” que proclama: “semeie no meu ministério e você será abençoado”. Pode-se alegar que se realiza obras nos quatro cantos do mundo. Os Swargatts, entre outros, também alegavam tais coisas e hoje têm um patrimônio milionário. Embora Donnie Swargatt pregue contra a teologia da prosperidade, sua família foi a que mais se beneficiou com as ofertas advindas dos quatro cantos da terra. Nada está bem quando um líder arrogante e presunçoso prospera. Há algo de torto na conduta de um pastor falastrão e desafiador, que toca na moral dos outros e se comporta como inatingível. Presumo que nada está bem em uma igreja que não tem liderança forte. Liderança forte não é aquela que fala alto, que esbraveja, mas a que tem autoridade enquanto orienta, que tem moral enquanto dirige e tem respeito de seus liderados pelo fato de ser humilde e honesto em tudo o que faz. Ah, quanta escassez de virtudes, qualidades éticas e padrão moral de comportamento! E quanta máscara nos púlpitos, quanto culto ao dinheiro e ao poder! Quantas alianças espúrias com os governos corrompidos! Quanta lama na base do altar por conta de concertos com empresários ímpios! Quantos líderes que venderam seus ministérios ao diabo somente para terem sucesso! Por vezes, ouço a voz do nosso Amado Senhor para esses líderes: “Tenho, porém, contra ti que...” O mundo está pior e a igreja evangélica brasileira não está melhor. Contudo, ainda existe uma liderança sadia. Todavia, essa liderança aos poucos está sendo engolida pela tentação de ser diferente, de ser moderna, de atender os interesses do povo e não de Deus, interesses religiosos e não da Bíblia e interesses ecumênicos e não da genuína fé cristã. Deus trará à luz todas as obras dos cães, dos falsos obreiros e dos ministros da sinagoga de satanás. O Senhor desmascarará todo aquele que a si mesmo se autointitula apóstolo e não é, mas mente. Toda falsa profetiza, todo falso mestre, todo falso irmão, toda falsa igreja. Todo agente da corrupção na igreja será removido da presença do Senhor e todo aquele que defende seus interesses e não o do Reino, será “lançado fora”. Todo aquele que não está ligado a Ele, será cortado e lançado fora para ser queimado.
Acordemos! Que Deus tenha misericórdia de nós e nos dê graça para permanecermos em pé. Qual a saída? Despertamento! Mudança rigorosa! Conversão! Enquanto é tempo!!! Deus abençoe a todos!!! Fonte BLOG PASTOR GUEDES

Pesquisadores descobrem papiro de 1.500 anos:

Um papiro de 1.500 anos com relatos da Igreja Primitiva sobre a Última Ceia foi encontrado por pesquisadores da Universidade de Manchester e classificaram o documento como o mais antigo com referências ao encontro entre Jesus e seus discípulos antes da crucificação. “Esta é uma descoberta importante e inesperada, um dos primeiros documentos encontrados que faz referência à Última Ceia”, disseram os pesquisadores. Segundo informações da agência Europa Press, o texto completo do papiro diz: “Temam todos aqueles que reinará sobre toda a terra. Que as nações e os povos saibam que Cristo é o nosso Deus, pois ele falou e eles começaram a ser; Ele mandou e foram criados; Ele pôs tudo sob os nossos pés e se livrou da vontade de nossos inimigos. Nosso Deus preparou uma mesa no deserto sagrado e deu-lhes o maná para comer para um novo pacto: o corpo imortal do Senhor e o sangue que Cristo derramou por nós na remissão dos pecados”. Segundo os estudiosos, o texto do papiro é uma combinação de passagens bíblicas, incluindo o Salmo 78: 23-24 e Mateus 26: 28-30, entre outros. O papiro contém uma das mais antigas referências documentadas sobre a Última Ceia e o maná. O responsável pela pesquisa, Roberta Mazza, afirmou que estava “animada” por conta da descoberta de que o conhecimento da Bíblia era mais enraizado no Egito do século VI d. C. do que se acreditava até agora. Na opinião de Roberta Mazza, a descoberta lança nova luz sobre o cristianismo primitivo, pois o documento foi concebido apenas 300 anos após o imperador romano Constantino se converter ao cristianismo. A equipe de especialistas encontrou este papiro enquanto trabalhava com milhares de fragmentos de documentos inéditos históricos preservados nos cofres da biblioteca da universidade. “Embora não sabemos quase nada sobre o proprietário do documento, apesar de que poderia ter sido um residente da aldeia Hermoupolis (el Ashmunein), é duplamente fascinante porque o fabricante sabia claramente sobre a Bíblia, mas ele cometeu um monte de erros. Poucas palavras contém erros ortográficos e outras estão na ordem errada. sugerindo que ele estava escrevendo de memória, ao invés de copiar de outro texto”, disse Mazza.

“Confederação do Anticristo” é lançada no mundo árabe:

Embora nem todo árabe seja muçulmano, durante séculos o chamado Mundo Árabe reuniu a maior parte dos seguidores de Maomé do planeta. O último grande império a levar a mensagem de submissão a Alá foi o Otomano, cuja sede ficava na atual Turquia. Foi justamente a capital Istambul que hospedou o que está sendo chamado por especialistas em profecias bíblicas de “Confederação do Anticristo”. O sheik Yusuf al-Qaradawi, presidente da União Internacional de Sábios Muçulmanos, que representa o maior grupo de estudiosos muçulmanos em todo o mundo, anunciou: “Diferentemente de como era no passado, o califado dos dias de hoje deve ser estabelecido através de uma série de Estados, governados pela sharia [lei islâmica], e apoiado por autoridades e o povo na forma de uma federação ou confederação”. Liderados por Qaradawi, estão estabelecendo segundo a teologia islâmica, a formação de uma confederação futura de nações muçulmanas que serão criadas e estarão centrada na terra do califado muçulmano na Turquia, antiga Pérgamo na Bíblia. Um dos centros desse pensamento é a chegada iminente do grande Mahdi, pensamento disseminado nos últimos anos em diferentes países. Uma pesquisa do Instituto Pew Research afirma que dois terços dos muçulmanos que vivem no planeta esperam que o Mahdi venha logo. Para a maioria deles, o Mahdi será o último imã profeta islâmico, que viria para unir todos os muçulmanos fiéis, governar o mundo e derrotar os inimigos dos que servem a Alá. A expectativa é mais difundida no Afeganistão (83%), Iraque (72%), Tunísia (67%), Turquia (68%) e Malásia (62%). O que está sendo anunciando parece o cumprimento da profecia de uma confederação de dez nações, mencionada em quatro conhecidas passagens das Escrituras (Daniel 2: 31-35, 40-45, 7: 7-8, 19-24; Apocalipse 13: 1-2, 17: 3, 7, 12-16). Somente com o tempo será possível determinar se esse é um grande passo na preparação de uma confederação que dará o poder ao Anticristo. Para os especialistas, a confederação desses dez reinos será um aspecto importante da situação política do fim dos tempos. O crescimento do movimento dos terroristas do Estado Islâmico estabeleceu um perigoso precedente, “ressuscitando” a ideia de um califado que estava extinta havia quase um século. Até o momento não há notícias do EI agindo na Turquia, mas para os estudiosos, o alerta de Apocalipse 2: 12-13 é que naquele país está o “trono de Satanás”. Um dos próximos passos esperados será a Turquia invadir o Egito (Daniel 11:42). Afinal, o sheik é um dos líderes espirituais do movimento “Irmandade Muçulmana” que foi deposta do governo egípcio recentemente. Qaradawi deu uma longa entrevista à agência de notícias turca “Anatolia” sobre o assunto, onde afirmou: “Há países grandes como a China, que tem uma população de cerca de 1,5 bilhão de pessoas. Segundo as estatísticas, nesse momento o número de muçulmanos no mundo chegaria perto de 1,7 bilhão. Portanto, não podemos desprezar a ideia de formar uma União”. Disse ainda que “grupos militantes como o EI que aparecem entre os muçulmanos é resultado da corrupção pelos governantes seculares. Os jovens muçulmanos acreditam que estão lutando pela causa de Deus, mas o que esses movimentos representam ainda é um grande problema que o novo califado da Turquia vai resolver “. Acrescentou que “a sucessão anunciada pelo Estado Islâmico (ex-ISIS) no Iraque e Síria não satisfazem as condições exigidas para ser um Califado global”. Qaradawi finalizou lembrando algumas promessas do Alcorão e disse veementemente que um “exército angelical em breve descerá sobre a terra” quando do estabelecimento do Califado na Turquia. “As hostes angelicais descerão [à terra] na mesmo espírito por ordem do seu Senhor. A paz estará feita até o romper da Estrela da Manhã” (Q 97). Em textos como Isaías 14, esse é um título dado a Satanás. Estudiosos retomam textos de Isaías 14 e Ezequiel 28, 30 e 32, que mencionam nações que hoje são islâmicas como Filístia (Palestina) o Sudão (Cuxe) e estados norte-africanos (Pute), Lídia (Turquia) e toda a Arábia e Egito, além da Assíria (Iraque – Síria), Elão (Irã) e Meseque e Tubal (Ásia menor, que inclui os estados muçulmanos do sul da Rússia). Com informações Your Middleeast, CII Broadcasting e Prophecy News Watch

Arena Castelão foi palco das comemorações do Centenário da AD no Ceará

Foi realizado neste sábado, 6 de setembro, uma grande festa de celebração pelos da Assembleia de Deus do Ceará. O evento aconteceu na Arena Castelão, que tem capacidade para receber 63 mil pessoas. O preletor do evento foi o pastor Josué Brandão, da Bahia. Esteve presente também o cantor Nani Azevedo, do Rio de Janeiro. Ao longo dos últimos meses, as ADs no Ceará, sob a liderança da AD em Fortaleza, tradicionalmente denominada de IEADTC – Igreja Evangélica Assembleia de Deus Ministério Templo Central – desenvolveram um calendário de eventos para celebrar os cem anos de pentecostalismo. Um dos principais acontecimentos deste conjunto de eventos ocorreu no dia 03 de Agosto, o Batismo do Centenário. O Batismo foi oficiado no Aterro da Praia de Iracema, tradicional ponto turístico de Fortaleza, onde se reuniram cerca de vinte mil pessoas para celebrar o nome do Senhor pela vida dos 3 mil novos convertidos que desceram às águas batismais naquela manhã. Vários outros eventos foram realizados para a comemoração do Centenário das ADs no Ceará, entre eles, a sessão solene na Câmara Municipal de Fortaleza; Relógio de Oração durante 100 dias, ininterruptamente; Congresso de Missões do Centenário; festa do 52º aniversário do Círculo de Oração; a Cantata do Centenário; e o Impacto Evangelístico “Fortaleza par Cristo” no qual foram realizadas ações evangelísticas em pontos estratégicos da cidade e em todos os bairros de Fortaleza, no último dia 30 de agosto. O entusiasmo do pastor Antonio José Azevedo Pereira, pastor-presidente da IEADTC, é plenamente justificado quando afirma: “Eis o tempo oportuno para redescobrirmos a nossa história, para ensinarmos aos nossos filhos o seu valor e para celebrarmos ao Senhor nosso Deus por tão grandes e extraordinárias vitórias”. O Ceará foi o segundo estado no Brasil onde a mensagem pentecostal assembleiana foi semeada, tendo sido levada pela irmã Maria de Nazaré em 1914 à Fazenda Lagoinha situada no atual município de Itapajé-Ceará.