Este blog é destinado a todos que amam A infalível, Inerrante e Genuína Palavra de Deus. Aqui você vai encontrar reportagens, mensagens bíblica expositivas, noticias, vídeos, reflexões, artigos, subsídio da escola bíblica dominical...tudo isso como intuito de edificar sua fé. "...Andamos por fé e não por vista ! (2 Co 5.7) ".
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
BLOG DO PR. ALTAIR GERMANO: O ESTRESSE DE JOÃO CALVINO EM "A PROVIDÊNCIA SECRE...
BLOG DO PR. ALTAIR GERMANO: O ESTRESSE DE JOÃO CALVINO EM "A PROVIDÊNCIA SECRE...: Comecei a ler o livro "A Providência Secreta de Deus", de João Calvino, onde o mesmo responde às argumentações contra a sua teo...
A FIRMEZA DO CARÁTER MORAL E ESPIRITUAL DE DANIEL - SUBSÍDIO PARA LIÇÃO BÍBLICA
"Então, Daniel foi introduzido à presença do rei. Falou o rei e disse a Daniel: És tu aquele Daniel, dos cativos de Judá, que o rei, meu pai, trouxe de Judá?" (Dn 5.13)
Quem foi Daniel? No que sua vida e conduta são relevante como exemplo para a geração de líderes atual? São algumas questões que tentaremos responder neste breve artigo.
Daniel (Deus é meu juiz) foi descendente da alta nobreza judaica (Dn 1.3; Josefo, Anti. 10.10,1). Foi levado cativo para a Babilônia por Nabucodonosor em 605 a.C. juntamente com outros jovens judeus com as mesmas qualidades.
O Livro de Daniel nos revela que apesar das condições adversas, este grande servo de Deus conseguiu manter um padrão de conduta moral e de vida espiritual, que nos serve de exemplo para uma conduta cristã em meio a moderna Babilônia, caracterizada pela pluralidade religiosa, pelo relativismo moral, e por um academicismo frívolo e conivente com estas questões.
A INFÂNCIA DE DANIEL: TEMPO DE LANÇAR AS BASES
Não temos detalhes sobre a infância de Daniel. Há fortes evidências de que ela foi vivida em Jerusalém. Alguns historiadores afirmam que por volta dos doze e dezesseis anos de idade, Daniel já se encontrava na Babilônia. Apesar da falta de informações sobre a infância de Daniel, podemos deduzir algumas coisas.
A EDUCAÇÃO DE DANIEL
Daniel, assim como toda criança judaica, teve como referencial teórico educacional o Livro da Lei (Dt 6.1-9). As realizações, os mandamentos e as promessas de Deus para o seu povo foram por ele conhecidas e apropriadas. Sua base educacional foi a família. Não havia escolas judaicas formais no tempo de Daniel. A educação se voltava para os aspectos práticos da vida, levando em consideração a moral, a vida espiritual, a cultura e outros aspectos sociais.
Nestes termos, a condição econômica e social da criança pouco importava. Nobre ou não, todos deveriam ser educados por seus pais com o mesmo amor, observando-se os mesmos princípios e fundamentos.
Como estamos cuidando da educação de nossos filhos? Como pais ou responsáveis, estamos fazendo a nossa parte, promovendo sólidos fundamentos morais e espirituais em nossos lares a partir do culto domésticos, da leitura e do estudo da Palavra, ou como muitos, já terceirizamos para a escola e para a igreja estas responsabilidades?
AS CONVICÇÕES DE DANIEL
Acredito que Daniel não apenas aprendeu com o que ouviu de seus pais, mas, acima de tudo, pelo exemplo dos mesmos. Onde não existe o exemplo, as palavras perdem a força. Algumas questões precisam ser consideradas, e se encontram nas entrelinhas da narrativa histórica.
Imagine um jovem crente em plena adolescência, que aprendeu que o seu Deus era o criador e sustentador de todas as coisas, e que elegeu soberanamente sua nação como propriedade peculiar, vendo o templo de adoração a este Deus sendo destruído, a cidade de Jerusalém assolada, e as propriedades de sua família confiscadas. Uma verdadeira tragédia e calamidade que podem abalar as estruturas de qualquer indivíduo, removendo-o em pouco tempo de sua fé para um estado de revolta e incredulidade.
Mas isso não aconteceu com Daniel. As calamidades não se tornaram maior do que as suas convicções. Daniel não conhecia apenas parte da Lei do Senhor, dos Escritos e dos Profetas, ele sabia que a mesma Escritura que prometia bênçãos para a nação por sua obediência, alertava para as maldições face a desobediência e rebeldia do povo (Dt 28; 2 Cr 7.11-22; Jr 25.1-14). Conhecia também as promessas de restauração, quando arrependido este povo se voltasse para o Senhor (Jr 29.10-14; Dn 9.1-3); Dessa forma, submeteu-se a vontade de Deus sem reclamar, sem maldizer, sem blasfemar.
Daniel foi levado prisioneiro para Babilônia deixando para trás a sua terra, mas levando adiante a sua fé em Deus. As lembranças dos tristes acontecimentos não lhe ofuscaram a visão de uma gloriosa restauração.
A JUVENTUDE DE DANIEL: TEMPO DE CONSOLIDAR AS CONVICÇÕES
O Livro de Daniel, em seus primeiros capítulos, registra os desafios na vida de um jovem distante de sua terra, num ambiente hostil, permissivo e violento, em situações concretas de riscos e enfrentamentos.
"Disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, tanto da linhagem real como dos nobres, jovens sem nenhum defeito, de boa aparência, instruídos em toda a sabedoria, doutos em ciência, versados no conhecimento e que fossem competentes para assistirem no palácio do rei e lhes ensinasse a cultura e a língua dos caldeus. Determinou-lhes o rei a ração diária, das finas iguarias da mesa real e do vinho que ele bebia, e que assim fossem mantidos por três anos, ao cabo dos quais assistiriam diante do rei. Entre eles, se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias." (Dn 1.3-6)
Com o propósito de buscar assistentes para as diversas atividades em seu palácio, o rei promoveu um rígido processo seletivo, onde juntamente com outros jovens, Daniel foi escolhido. Estou pesquisando e buscando informações sobre a formação "em ciência", e sobre os "conhecimentos" em que Daniel era versado, visto que Israel, na época, não tinha tradição acadêmica. Como já mencionei na primeira parte deste artigo, a educação entre os judeus era ministrada para a vida prática. Não havia um conjunto de saberes científicos sistematizados, apropriados para a formação intelectual do jovem hebreu.
O fato é que um dos primeiros grandes desafios do jovem Daniel na Babilônia foi participar de um curso onde o aprendizado da cultura e da língua dos caldeus faziam parte do currículo. Literatura, astrologia, astronomia, noções de magia e adivinhação, agricultura, arquitetura, leis, matemática e língua acádica, seriam algumas das disciplinas. Os estudos científicos mesclavam-se com magia e adivinhação.
O quadro é muito parecido com o que enfrenta os nossos jovens cristãos nas universidades e faculdades norteadas pelas ideias pós-modernas, onde nestes espaços a ciência e as experiências místicas se fundem, o espírito de "tolerância" e "pluralismo religioso" dá o tom, a vida moral é relativizada e onde a felicidade é confundida e reduzida ao mero prazer.
Percebo que o grande problema da atualidade é que muitos dos nossos jovens, diferentes de Daniel, não estão preparados para lidar com este ambiente hostil. A negligência com os estudos bíblicos informais e formais (cultos de doutrinas, escola dominical, seminários, conferências, congressos etc.) contribui para isso. Mas a culpa não está apenas nos jovens. O descaso das famílias cristãs na formação moral e espiritual dos filhos, a falta de qualidade dos estudos bíblicos informais e formais, associado à dificuldade de uma leitura clara da realidade, da contextualização e aplicação dos princípios cristãos por parte da liderança, acaba agravando o quadro. O envolvimento cada vez maior dos pais e dos pastores com as coisas da igreja, em detrimento das pessoas, deixa os jovens expostos aos ataques, e o pior, sem terem em quem buscar ajuda e orientação.
O texto de Dn 1.8 nos diz que "Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se". Isto é muito bonito de ser lido e pregado, mas, esta firme decisão de Daniel não é fruto do acaso. Há uma história, há investimentos eternos, há experiências envolvidas que pesam e consolidam as convicções do jovem Daniel.
A PROSPERIDADE DO JOVEM DANIEL
A prosperidade de Daniel, resultado de sua aplicação aos estudos e da bênção de Deus sobre a sua vida (Dn 1.9, 17-21), não mudou o seu caráter. Há ainda muitos jovens que querem a bênção de Deus, a prosperidade nos estudos e nas realizações, mas não querem se aplicar, não investem em sua formação e carreira. Apesar das dificuldades que ainda vivenciou (Dn 2.1-13), Daniel via em cada situação a oportunidade de glorificar ao seu Deus, o que naturalmente fazia com que continuasse crescendo e prosperando em terras estranhas (Dn 2.46-48), além de ser canal de bênção para o crescimento e a prosperidade de seus amigos, que também se encontravam devidamente qualificados para os cargos e funções que ocupariam (Dn 2.49). Atualmente existem milhares de vagas de emprego, que não são preenchidas por falta de mão-de-obra qualificada.
Muitos jovens se esquecem de Deus quando alcançam o "sucesso" acadêmico e profissional. Cuidado! Não se embriague, não se entorpeça, não se iluda com as ofertas, com os prazeres e com o sistema babilônico moderno. Continue temente a Deus. Consagre e mantenha dedicado a Ele todo o teu ser, todo o teu saber, todo o teu fazer.
A MATURIDADE E A VELHICE DE DANIEL: TEMPO DE VIGIAR E DE CONTINUAR CRESCENDO
Na vida moral e espiritual não basta começar bem, é preciso terminar bem. Na medida em que o tempo passava, o agora maduro e velho Daniel crescia em intimidade e experiências com Deus. Muitos, a partir dos 40 anos, e proporcionalmente no avançar destes anos, dão uma certa "acomodada" e descuidam-se um pouco da moralidade e da espiritualidade. Muitos homens e mulheres de Deus, nesta fase da vida, caem e fracassam, causando grandes prejuízos para si mesmos e para o Reino de Deus.
O DESEJO PELO PODER
Vários pesquisadores e escritores já afirmaram que nesta fase da vida surge certo desejo e busca desenfreada pelo "poder". Não foi o caso do maduro Daniel, cujo poder foi uma consequência natural do patrimônio sapiencial, moral e espiritual que construiu ao longo dos anos, e acima de tudo, dentro da vontade de Deus (Dn 5.29; Dn 6.28).
Nesta fome e sede de poder, características nesta fase da vida, o patrimônio sapiencial, moral e espiritual desaba, na medida em que o indivíduo, a todo o custo, tenta usurpar cargos, conquistar espaços e dominar sobre pessoas, negociando a própria alma com Satanás, quebrando todos os princípios éticos e morais, e passando por cima de todos que atravessam o seu caminho.
O desejo de ir além das possibilidades, da legalidade e da legitimidade no exercício do poder, o orgulho e a arrogância, derrubou Lúcifer e continuará derrubando todos os que pensam e agem desta forma (Is 14.12-15; Ez 28.11-19).
FRUTOS, VISÕES E SONHOS PROFÉTICOS
Os capítulos 5 a 12, fazem parte de um período que se inicia em aproximadamente 538 a.C, ou seja, quando Daniel já beirava os 70 anos de idade. Nesta época, encontramos o velho Daniel em plena atividade, atuando e prosperando nos negócios do reino (Dn 5.29; 6.1-3, 28), e melhor, mantendo uma vida de regularidade nas orações (Dn 6.10) e na leitura das sagradas escrituras (Dn 9.1-3).
O resultado desta vida devocional exemplar, foi que as visões, as revelações e a unção profética lhe acompanharam até ao final de seus dias (Dn 5.18-28; Dn 7.1ss; 8.1ss; 9.20ss; 10.1ss; 12.13).
Cumpre-se em Daniel o que diz a Bíblia:
"O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro no Líbano. Plantados na Casa do SENHOR, florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice darão ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor, para anunciar que o SENHOR é reto. Ele é a minha rocha, e nele não há injustiça." (Sl 92.12-15)
Como crentes e líderes, assim como Daniel, mantenhamos o padrão, o equilíbrio e o crescimento em todo o tempo, e em todas as áreas de nossas vidas, para o louvor e a glória do nome do Senhor!
* O texto acima foi publicado na obra "Uma Igreja com Saúde", sob o título "O Profeta Daniel: Crescimento em tempos de crise.
sábado, 4 de outubro de 2014
Luiz de Carvalho está internado em estado grave:
Desde o último sábado, 30/09, o cantor e evangelista Luiz de Carvalho está internado, após ter sofrido uma parada cardíaca.
Até este momento, a informação que se tem é que ele está na UTI, recebendo todos os cuidados necessários e o seu estado de saúde é delicado.
Em uma breve nota, a assessoria de imprensa do Grupo Bom Pastor, pediu orações pelo estado de saúde de Luiz e também pelo momento difícil que sua família está passando.
Histórico
Além de cantor e evangelista, Luiz de Carvalho também é o fundador da gravadora Bom Pastor - uma das mais antigas dedicadas à música cristã.
Luiz também protagonizou outros momentos de pioneirismo no mercado fonográfico cristão, como a gravação do primeiro LP de 33 RPM e a introdução do violão nos momentos de culto, em 1955 - quando o instrumento ainda era considerado por muitos líderes, como "profano".
SEXO ANTES DO CASAMENTO É PECADO?
Ao participar de uma palestra para adolescentes,o Pr. Almtair Germano foi surpreendido com o volume de perguntas enviadas sobre a prática sexual antes do casamento. Ele traz aqui algumas considerações sobre o assunto.
SOBRE O TERMO GREGO PORNEÍA
Em primeiro lugar, é importante considerar o significado do termo grego porneía. O termo foi traduzido por “fornicação” na seguinte passagem da Almeida Revista e Corrigida:
Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Bem vos vá. (At 15.29)
A mesma passagem na Almeida Revista e Atualizada ficou assim:
que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Saúde.
Conforme Louw e Nida, o termo porneía significa “imoralidade sexual de qualquer tipo”, e faz alusão às passagens bíblicas que seguem[1]:
Fugi da impureza. Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo. (1 Co 6.18, ARA)
Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. (1 Co 6.18, ARC)
Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição; (1 Ts 4.3, ARA e ARC)
como Sodoma, e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregado à prostituição como aqueles, seguindo após outra carne, são postas para exemplo do fogo eterno, sofrendo punição. (Jd 7, ARA)
assim como Sodoma, e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se corrompido como aqueles e ido após outra carne, foram postas por exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno. (Jd 7, ARC)
Haubeck e Siebenthal definem porneía como: “indecência, relação sexual ilícita de todo tipo, prostituição, ato de contrair matrimônios proibidos.”[2]
Taylor traduz porneía como “fornicação, co-habitação, adultério,[3] e Barclay afirma que a palavra é usada geralmente para as relações e relacionamentos sexuais ilícitos e imorais.[4]
Encontramos no final do Novo Testamento a seguinte advertência:
Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros (pórnois), aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte. (Ap 21.8, ARA)
Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores (pórnois), e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte. (Ap 21.8, ARC)
SOBRE A LEGITIMAÇÃO DO SEXO ATRAVÉS DO CASAMENTO
Paulo, ao alertar a igreja de Corinto sobre o perigo da impureza (porneías), orienta a prática sexual dentro casamento:
Quanto ao que me escrevestes, é bom que o homem não toque em mulher; mas, por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido. (1 Co 7.1-2, ARA)
Ora, quanto às coisas que me escrevestes, bom seria que o homem não tocasse em mulher; mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido. (1 Co 7.1-2, ARC)
A vida sexual no mundo grego-romano dos tempos bíblicos era um caos sem lei. Na Grécia, não havia nenhum sentimento de vergonha nas relações sexuais antes do casamento ou fora dele. Paulo coloca-se contra essa imoralidade sexual, e chega a espantar-se com o fato de que os coríntios não estão envergonhados diante do caso do homem que está mantendo relações sexuais com a esposa de seu pai (1 Co 5.1).[5]
Deus foi o realizador do primeiro casamento (Gn 2.18-25). Estando o casamento não sujeito a um padrão cerimonial bíblico, entende-se que Deus o concebe conforme o tempo, cultura, costume e padrões locais normativos da sociedade, desde que tais padrões não infrinjam alguns princípios estabelecidos na Bíblia Sagrada, dentre os quais, a heterossexualidade e a fidelidade conjugal (Gn 1.27, 2.22-25; Ex 20.14, 17; 1Tm 3.2;). O casamento envolve compromisso público e formal, e a observação das leis locais.
É dessa maneira que o sexo antes do casamento se enquadra na categoria de imoralidade sexual, e na condição de imoralidade sexual, os seus praticantes são reprovados nas Escrituras (Ef 5.5; 1 Tm 1.10; Hb 12.16; Ap 21.8). Destacamos aqui o texto bíblico abaixo:
Fugi da impureza (porneían). Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade (porneíon) peca contra o próprio corpo. (1 Co 6.18, ARA)
Fugi da prostituição (porneían). Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui (porneíon) peca contra o seu próprio corpo. (1 Co 6.18, ARC)
Comentando o referido texto, McDoweel nos escreve:
Quando um jovem se envolve com sexo pré-nupcial, ocorre muitas vezes uma profunda perda de respeito, não somente pelo próprio corpo, mas também pelo do companheiro. E quando esse respeito deixa de existir, fica muito mais fácil para uma pessoa tornar-se promíscua.[6]
Escrevendo aos solteiros e viúvos que tinham que lidar com o “abrasamento” (gr. pyrousthai, arder em desejo sexual, ser consumido pela paixão), Paulo não recomenda a prática do sexo antes do casamento para atenuar ou saciar tal condição, antes, diz:
E aos solteiros e viúvos digo que lhes seria bom se permanecessem no estado em que também eu vivo. Caso, porém, não se dominem, que se casem; porque é melhor casar do que viver abrasado. (1 Co 7.8-9, ARA)
Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu. Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se. (1 Co 7.8-9, ARC)
O jovem cristão que já se envolveu em carícias íntimas no namoro, ou que já chegou ao ponto da prática sexual antes do casamento, sabe o quanto isso comprometeu sua vida espiritual, emocional e social. A quebra de princípios bíblicos sempre resulta em diversos males para o transgressor.
SOBRE O VALOR DA VIRGINDADE (CASTIDADE) NA BÍBLIA
Há várias passagens bíblicas que destacam o valor da virgindade, do se manter “puro” antes do casamento. Vejamos algumas:
Viúva, ou repudiada, ou desonrada, ou prostituta, estas não tomará (o sumo sacerdote), mas virgem do seu povo tomará por mulher. (Lv 21.14, ARA)
Se um homem casar com uma mulher, e, depois de coabitar com ela, a aborrecer, e lhe atribuir atos vergonhosos, e contra ela divulgar má fama, dizendo: Casei com esta mulher e me cheguei a ela, porém não a achei virgem, então, o pai da moça e sua mãe tomarão as provas da virgindade da moça e as levarão aos anciãos da cidade, à porta. O pai da moça dirá aos anciãos: Dei minha filha por mulher a este homem; porém ele a aborreceu; e eis que lhe atribuiu atos vergonhosos, dizendo: Não achei virgem a tua filha; todavia, eis aqui as provas da virgindade de minha filha. E estenderão a roupa dela diante dos anciãos da cidade, os quais tomarão o homem, e o açoitarão, e o condenarão a cem siclos de prata, e o darão ao pai da moça, porquanto divulgou má fama sobre uma virgem de Israel. Ela ficará sendo sua mulher, e ele não poderá mandá-la embora durante a sua vida. (Dt 22.13-19, ARA)
Jerusalém é chamada de virgem:
Que poderei dizer-te? A quem te compararei, ó filha de Jerusalém? A quem te assemelharei, para te consolar a ti, ó virgem filha de Sião? Porque grande como o mar é a tua calamidade; quem te acudirá? (Lm 2.13)
A Igreja é comparada a uma virgem:
Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo. (2 Co 11.2)
Observamos então, que apesar de não encontrarmos um texto que literalmente diga: “o sexo antes do casamento é pecado”, é possível compreender através da Bíblia que o sexo antes do casamento é reprovado, considerado impureza sexual, e por isso, passivo de repreensão e das consequências negativas aqui expostas.
Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo. (1 Co 6.19-20)
[1] LOUW, Johannes; NIDA, Eugene. Léxico Grego-Português do Novo Testamento: baseado em domínios semânticos. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2013, p. 685.
[2] HAUBECK, Wilfrid; SIEBENTHAL, Heinrich Von. Nova chave lingüística do Novo Testamento Grego. São Paulo: Targumim/Hagnos, 2009, p. 804.
[3] TAYLOR, W. C. Dicionário do Novo Testamento Grego. 10. Ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1991, 181.
[4] BARCLAY, William. As obras da carne e o fruto do Espírito. São Paulo: Vida Nova, 2000, p. 25.
[5] Ibid., p. 26-28.
[6] McDOWELL, Josh. Como evitar que o jovem sofra com as paixões sexuais. 2 ed. São Paulo: Bom Pastor, 1994, 162.
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