sábado, 29 de março de 2014

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD - 2º TRIMESTRE DE 2014 No 2º Trimestre de 2014 estudaremos, através das Lições Bíblicas da CPAD, sobre o tema: “Dons Espirituais e Ministeriais – Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário”. As lições serão comentadas pelo pastor Elinaldo Renovato e estão distribuídas sob os seguintes títulos: Lição 1 – E deu dons aos homens. Lição 2 – O propósito dos dons espirituais. Lição 3 – Dons de Revelação. Lição 4 – Dons de Poder. Lição 5 – Dons de Elocução. Lição 6 – O ministério de Apóstolo. Lição 7 – O ministério de Profeta. Lição 8 – O ministério de Evangelista. Lição 9 – O ministério de Pastor. Lição 10 – O ministério de Mestre ou Doutor. Lição 11 – O Presbítero, Bispo ou Ancião. Lição 12 – O diaconato. Lição 13 – A multiforme sabedoria de Deus. OS DONS ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS 1. Os Dons Espirituais. Os Dons Espirituais são dádivas, são favores imerecidos que Deus concede aos homens que estão dispostos a servi-lo. São concessões divinas e decorrem do exercício da infinita misericórdia do concessor, não havendo, portanto, qualquer mérito por parte daqueles que são aquinhoados pelo Espírito Santo com um dom espiritual. O Dom Espiritual é concedido não porque alguém seja mais espiritual ou melhor do que outro, mas em virtude da soberana vontade do Senhor. Quem o diz não somos nós, mas a própria Palavra de Deus: "Mas um só mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer”(1Co 12:11). Muitos são os que acham que os portadores de Dons Espirituais são crentes superiores aos demais, que têm um nível maior de espiritualidade e que, em razão disto, desfrutam de uma posição diferenciada no meio da comunidade. Este pensamento, inclusive, tem feito com que muitos crentes andem à procura desses irmãos a fim de que obtenham curas divinas, maravilhas, sinais ou profecias, num comportamento totalmente contrário ao que determina a Palavra de Deus, que ensina que os sinais seguem os crentes e não os crentes correm atrás de sinais (Mc 16:17,20). Jesus não aprovou esta conduta, típica dos judeus formalistas e descrentes (Mt 12:38,39). Nenhum outro sinal deve-se buscar, como disse nosso Senhor e Salvador, senão a Sua ressurreição, que é a garantia da aceitação do Seu sacrifício e do perdão dos nossos pecados. Creiamos em Deus e em Seu Filho (João 20:29). Uma corrente da teoria cessacionista deduz, erradamente, que os Dons Espirituais cessaram após a era apostólica, pois o Evangelho, de acordo com a geografia daqueles dias, já havia chegado aos confins da terra (At 1:8; 13:47). Afirma que os Dons do Espírito são habilidades naturais, santificadas e aperfeiçoadas por Deus após a conversão do indivíduo. Uma outra corrente acredita que os Dons Espirituais não são para os tempos hodiernos, mas estiveram restritos ao período apostólico. No entanto, ao lermos as Sagradas Escrituras, não encontramos qualquer evidência de que os Dons do Espírito tenham cessado com a morte dos apóstolos e muito menos de que se trata de talentos humanos santificados. A atualidade dos Dons Espirituais é confirmada pela Escritura e experiência cristã. No primeiro caso, podemos citar os propósitos dos dons, especificamente, o de fortalecer a igreja (1Co 14:26). Se os Dons cessaram após a morte dos apóstolos, por que Paulo escreveria a igreja de Corinto para que buscasse ardentemente os dons e zelassem por eles, sabendo que os dons não durariam mais do que 50 anos? Não há qualquer analogia plausível para sustentar tal absurdo. A experiência pentecostal de incontáveis cristãos, em todas as épocas e lugares, é evidência complementar da atualidade dos dons conforme a verdade bíblica. O argumento antipentecostal é fundamentado na hermenêutica naturalista, que nega qualquer elemento sobrenatural nas Escrituras. 2. Dons Ministeriais. Os Dons Ministeriais são tratados como dádivas vindas da parte de Jesus, para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação da Igreja(Ef 4:11,12), ou seja, os Dons Ministeriais são dádivas que são concedidas à Igreja pelo seu máximo Governante – Jesus Cristo -, que escolhe, dentre os Seus servos, aqueles que devem coordenar, dirigir e orientar o povo de Deus. Os Dons Ministeriais são necessários para que os santos se aperfeiçoem, para que consigam chegar à estatura de varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo. O crente somente chegará à maturidade espiritual, à constância, à firmeza, se houver, na igreja, o exercício dos Dons Ministeriais, que não são de todos, mas são para todos. É por isso que não se pode servir a Deus isoladamente, solitariamente, sem participar de uma comunidade, pois não é este o propósito divino para o homem. “E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef 4:11-13). Objetivos, para a Igreja, dos Dons Ministeriais - Aperfeiçoamento dos santos. - Edificação do corpo. - Unidade da fé. - Conhecimento de Cristo. 3. Os Dons Espirituais não se confundem com os Dons Ministeriais. A distinção está na própria forma pela qual as Escrituras mencionam e tratam cada uma destas figuras. - Os Dons Espirituais são mencionados como sendo repartidos particularmente pelo Espírito Santo, segundo a Sua vontade, para a edificação espiritual dos crentes, para utilidade dos crentes (1Co 12:4-11) - Os Dons Ministeriais são tratados como dádivas vindas da parte de Jesus, para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação da igreja (Ef 4:11,12). Não se trata de operações episódicas, de demonstrações esporádicas e temporalmente limitadas, com vistas a um consolo, uma exortação, o suprimento de uma necessidade ou uma instantânea manifestação do poder de Deus para a Igreja, mas de uma atividade contínua, no meio do povo de Deus, para que a igreja cumpra com suas tarefas neste mundo, quais sejam, a evangelização e o aperfeiçoamento dos salvos. 4. Os Dons de Deus não são dados como presentes, mas, como instrumentos de trabalho para serem usados na Obra de Deus. Eles são dados “... conforme a medida da fé que Deus repartiu à cada um”, e, no caso dos Dons Espirituais, eles são distribuídos pelo Espírito Santo “...a cada um para o que for útil” (1Co 12:7). Portanto, cada um recebe segundo a sua capacidade e habilidade no seu uso. O Senhor Deus conhece essa capacidade e habilidade de cada um. Um estetoscópio é um instrumento de trabalho de grande utilidade nas mãos de um Médico. Porém, não terá nenhuma serventia nas mãos de um Pedreiro. Da mesma forma um prumo é um instrumento de trabalho de grande utilidade nas mãos de um Pedreiro, porém, de nada servirá nas mãos de um Médico. O Espírito Santo dá o instrumento à pessoa certa. Àquela que tem condições de usá-lo. Assim, se você recebeu um Dom é porque você pode e deve usá-lo em beneficio da Obra de Deus, nunca em beneficio pessoal, porque você é um servo. Paulo falando a respeito dos Dons Espirituais, conhecendo a importância deles e a responsabilidade de quem os recebe, disse: “Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes”(1Co 12:1). Lembre-se que a Palavra de Deus pode esclarecer todas as suas dúvidas. Preste atenção nisto: Se você receber um Dom e não usá-lo, ou se usá-lo diferente do que é exigido pela Bíblia Sagrada, você não será considerado inocente! Não se deve confundir os Dons Espirituais, que são recursos extraordinários que o Senhor colocou à disposição da Igreja através do Espírito Santo, com os Dons Naturais, que são virtudes, ou aptidões que uma pessoa nasce com elas; também, é claro, por concessão de Deus, mas que são extensivas a todos os homens, filhos, ou não de Deus. Tomando, apenas, um exemplo, diríamos que ninguém será um grande músico se não tiver nascido com o Dom Natural da música. Uma vez convertido ele não perderá esse Dom, e será de grande valia na Obra de Deus se colocado em Suas mãos e ao Seu serviço. 5. Não confundir Dons Ministeriais com “títulos ministeriais” ou com “cargos eclesiásticos”. Nos nossos dias, muitos têm confundido estas duas coisas, que são completamente diferentes. O Dom é uma concessão de Cristo, é um dom que vem diretamente do Senhor para o crente, dom este que é percebido pelo crente através da comunhão que tem com Deus e pela presença do Espírito Santo na sua vida e que independe de qualquer reconhecimento humano, mesmo da igreja local. Os “títulos ministeriais” e os “cargos eclesiásticos” são posições sociais criadas dentro das igrejas locais, posições estas que, em sua nomenclatura, muitas vezes estão baseadas na relação de Efésios 4:11, como a indicar que o seu ocupante tem o referido Dom Ministerial, mas que, nem sempre, corresponde a este Dom. Como a igreja local, via de regra, é também uma organização humana, acabam sendo criados “títulos” e “posições” com o propósito de esclarecer a hierarquia administrativa, a própria estrutura de governo da organização eclesiástica, dados que, se apenas refletem uma necessária ordem que deve existir em todo grupo social, nada tem que ver, a princípio, com os Dons Ministeriais. Por exemplo, há pessoas que tem o Dom de Evangelista, mas não têm o título de Evangelista; há pessoas que têm o título de Pastor, mas não tem o Dom de Pastor. Espero que neste 2º Trimestre/2014 tenhamos profícuos encontros, e as Aulas que serão ministradas despertem o interesse de milhares de crentes a buscarem os Dons Espirituais, e que o Senhor vocacione homens e mulheres com Dons Ministeriais, no afã de edificar, consolar, exortar e aperfeiçoar o Seu povo nestes últimos momentos da história de Sua Igreja aqui na Terra. Amém! Luciano de Paula Lourenço

terça-feira, 25 de março de 2014

Eliseu Antonio Gomes: CPAD - EBD: 2º trimestre 2014 - Dons Espirituais ...

Eliseu Antonio Gomes: CPAD - EBD: 2º trimestre 2014 - Dons Espirituais ...: Dons Espirituais e Ministerias - servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Este é o nome da revista Lições Bíblicas (CPAD)...
Sumiço do avião da Malaysia Airlines é uma pequena mostra do que acontecerá no arrebatamento, diz filha de Billy Graham:
Sumiço do avião da Malaysia Airlines é uma pequena mostra do que acontecerá no arrebatamento, diz filha de Billy Graham O desaparecimento do avião da Malaysia Airlines mobilizou equipes de busca e investigação de 25 países, causou dúvida e desespero nos familiares dos passageiros e comoveu o mundo pela enorme incógnita que o fato se tornou. Nesse contexto, Anne Graham Lotz, filha do evangelista Billy Graham, afirmou que a tragédia serve de amostra do que ocorrerá no mundo quando Jesus Cristo buscar a Igreja. O voo MH 370 desapareceu dos radares há 14 dias com 239 passageiros a bordo, e um pastor nigeriano reivindicou a previsão de que o sumiço do avião aconteceria. A declaração da filha de Billy Graham foi feita em seu blog, onde a pergunta “Onde estão todas as pessoas?” serve de paralelo para os questionamentos que serão feitos quando os fiéis forem arrebatados. “As respostas não parecem estar próximas enquanto escrevo isso. Eu não posso ajudar, mas pergunto… Seria este sentimento de choque e desamparo, dúvdas e confusão, medo e dor, um vislumbre do que está por vir? Isso é um pequeno retrato do que todo o mundo irá experimentar um dia após o arrebatamento da igreja? Porque a Bíblia é clara. Está chegando um momento em que Jesus vai voltar a reunir junto a Si todos os mortos e vivos – que colocaram sua confiança n’Ele. E, naquele dia, o mundo vai estar se perguntando: Onde todas as pessoas foram? Não apenas 239 de nós, mas milhões de nós”, escreveu Anne Graham Lotz. Como ressaltou o Christian Post em sua matéria, o arrebatamento é a doutrina de que, durante a segunda vinda de Cristo, todos os crentes serão levados a “encontrar o Senhor no ar”, marcando visivelmente o período da Grande Tribulação. Compartilhar “Naquele dia, com milhões de pessoas diretamente afetadas pela ausência de seus próprios amigos e membros da família… Este é um pensamento que eu não consigo me livrar, então eu compartilho com vocês. Será que a sua vida, e a minha, têm sido uma luz para o mundo (Mateus 5:14) que aponta as pessoas para Jesus… depois do arrebatamento?”, questionou.
Bíblia é o documento mais historicamente fidedigno da Antiguidade: Josh McDowell quer ajudar cristãos a entender melhor como as Escrituras foram preservadas - Bíblia é o documento mais historicamente fidedigno da Antiguidade Chad Hovind, pastor da megaigreja Horizon Community, de 5.000 membros, em Cincinnati, Ohio, quer ajudar os cristãos a entender melhor por que a Bíblia é o documento “mais historicamente correto de todos os tempos”. Segundo Hovind, a visita do conhecido pregador Josh McDowell à sua igreja ajudou muitas pessoas a “abrirem os olhos” para alguns fatos fascinantes. O autor de Minha Jornada do Ceticismo à Fé, Jesus está vivo e Verdade Crua e Nua (títulos da CPAD) usou em suas palestras um rolo com os cinco primeiros livros da Bíblia (Torá) com cerca de 500 anos de idade. Ele permitiu que os presentes o tocassem e examinassem. Depois, explicou que aquele era um dos poucos manuscritos completos da Torá do mundo que não está em algum museu. Durante sua apresentação, mostrou como eram as técnicas detalhadas dos antigos escribas judeus para certificarem-se que a Bíblia que temos em nossas mãos hoje ficasse livre de erros. Para McDowell, as tentativas constantes de atacar a credibilidade histórica da Bíblia são a ameaça mais comum, pois ela é a base da fé cristã. Lamentou que até mesmo os cristãos acreditam em ‘bobagens’ que visam desacreditar a maneira que o texto bíblico foi passado de geração em geração. O pastor Hovind enfatiza que as explicações de McDowell fizeram muitos dos presentes repensar a maneira como veem as Escrituras Sagradas e que essas verdades deveriam ser mais divulgadas. Para isso, pretende produzir um DVD com esse material, visando a multiplicação do conhecimento. O rolo que McDowell usa para ensinar sobre o assunto foi copiado por escribas por volta de 1450 dC. Possui grande valor histórico pois naquela época era muito comum que material religioso deste tipo fosse proibido e muitas vezes queimado, como resultado da perseguição judaica por parte da Igreja Católica. O compromisso de copiar as Escrituras era uma tarefa sagrada. Havia milhares de métodos de controle de qualidade destinados a assegurar sua confiabilidade. Os escribas eram obrigados a memorizar mais de 4000 leis antes de começar a escrever. Nada poderia ser escrito a partir da memória. Cada letra das copiadas obedecendo um sistema de três escriba. Depois que um escrevia, outro verificava cuidadosamente cada letra e um terceiro escriba verificava a obra final. A maioria das cópias completas da Torá tinham cerca de 70 metros de comprimento e levavam mais de três anos para serem terminadas. Após a conclusão, três escribas verificavam o documento antes que ele pudesse ser usado. Sabe-se que os escribas literalmente contavam as letras do começo ao fim. São exatamente 304.805 letras na Torá, parando a contagem na 152.402a letra (em Levítico 11:42). Ficou estabelecido que a próxima letra era a chamada “letra central”. Se ela não estivesse certa, o pergaminho todo precisava ser reexaminado. Se estivesse correta, continuavam contando para ver se a última letra do pergaminho totalizava 152.402. As Escrituras eram confirmadas por meio de um rolo de papel que servia como um certificado de que seguira todos os processos necessários, incluindo a verificação de três escribas e o sistema de contagem para confirmação. Até hoje, não se conhece na história da humanidade nenhum processo de cópia com tamanho compromisso com o controle de qualidade. Hovind e McDowell querem enfatizar aos leitores da Bíblia e também aos seus críticos que as antigas histórias de que as Escrituras foram alteradas ao longo do tempo são bobagem. Embora as traduções possam variar, é possível ver cópias do documento mais historicamente confiável da história expostas em diversos museus. Ainda que se possa atacar seus ensinamentos, os fatos mostram que não há como questionar a seriedade do processo de cópia e a enorme quantidade de sangue que foi derramado para que o que Deus revelou ao homem fosse preservado. Letra por letra. Fonte: Gospel Prime

quarta-feira, 12 de março de 2014

Ilustração - O dono do muro Parábola da Indecisão É engraçado, mas é sério... Havia um grande muro separando dois grandes grupos. De um lado do muro estavam Deus, os anjos e os servos leais de Deus. Do outro lado do muro estavam Satanás, seus demônios e todos os humanos que não servem a Deus. E em cima do muro havia um jovem indeciso, que havia sido criado num lar cristão, mas que agora estava em dúvida se continuaria servindo a Deus ouse deveria aproveitar um pouco os prazeres do mundo. O jovem indeciso observou que o grupo do lado de Deus chamava e gritava sem parar para ele: - Ei, desce do muro agora... Vem pra cá! Já o grupo de Satanás não gritava e nem dizia nada. Essa situação continuou por um tempo, até que o jovem indeciso resolveu perguntar a Satanás: - O grupo do lado de Deus fica o tempo todo me chamando para descer e ficar do lado deles. Por que você e seu grupo não me chamam e nem dizemnada para me convencer a descer para o lado de vocês? Grande foi a surpresa do jovem quando Satanás respondeu: - É porque o muro é MEU!!! Nunca se esqueça: Não existe meio termo. O muro já tem dono.

Renato Vargens: O Papa Francisco está errado

Renato Vargens: O Papa Francisco está errado: Por Renato Vargens O Papa Francisco está errado.  P ermita-me explicá-lo porque.  O  Pontífice  romano afirmou (leia a reportag...

domingo, 9 de março de 2014

" A mulher foi feita de uma costela de Adão. Não foi tirada dos seus pés para ser por ele pisada, mas do seu lado, para lhe ser igual, debaixo do braço, para ser protegida, e de perto do coração, para ser amada. " -MATTHEW HENRY -

segunda-feira, 3 de março de 2014

Não perca o seu proposito - Mestre: Aldery Nelson

PR.JOSÉ ANTÔNIO DOS SANTOS-CHAMADOS E ESCOLHIDOS NO 1º SEMINÁRIO SENTADO...

Jimmy Swaggart - Antes que a lâmpada de Deus se apague no templo do Senh...

David Wilkerson no Brasil

06 - João Bunyan (Heróis da Fé)

04 - Jerônimo Savonarola (Heróis da Fé)

20 - Carlos Spurgeon (Heróis da Fé)

22 - Dwight Lyman Moody (Heróis da Fé)

19 - Hudson Taylor (Heróis da Fé)

09 - Jorge Whitefield (Heróis da Fé)

15 - Carlos Finney (Heróis da Fé)

16 - Jorge Muller (Heróis da Fé)

OITO REGRAS PARA UMA MINISTÉRIO CRISTOCÊNTRICO 1. Não se una a pessoas que buscam fama e sucesso ministerial a todo e qualquer custo, nem que para isso tenham que infamar publicamente os supostos concorrentes. 2. Não aceite todo convite para não sacrificar a família, o trabalho, e o estudo acadêmico. 3. Não faça do ministério um “pé de meia” para o futuro, quando tudo o mais der errado. 4. Não busque o sucesso, a fama e honra para si, fazendo da piedade uma autoafirmação da sua personalidade e talentos naturais. 5. Jamais use a simplicidade e acriticidade do povo de Deus como esteio para popularidade e sucesso pessoal. 6. Não fique teologicamente em cima do muro para agradar gregos e troianos, mas expresse o que a Bíblia diz sem vacilação. 7. Não use a linguagem da piedade para incensar os próprios feitos. 8. Seja amigo daqueles que compartilham da mesma visão.
Exegese de 1 Co 2: apontamentos inacabados -
As epístolas paulinas são produtos de uma ação pastoral e apostólica dentro de um contexto histórico-cultural específico. Ao lermos o capítulo 2 da 1 epístola aos Coríntios, identificamos a principal preocupação paulina: 1) Descrever a natureza, simplicidade e eficácia do querigma, centrado na proclamação da cruz de Cristo (vv.1-5). Nesta primeira seção, Paulo faz um contraste entre a pregação cristocêntrica, centrada na autoridade e poder de Deus, e a sabedoria humana, focada na retórica e filosofia grega, e no misticismo judaico. a. Neste particular, conforme 1 Co 1.20, o Apóstolo dos Gentios dirige sua invectiva contra o sofo,j (o sábio), o grammateu,j (o escriba), e o suzhthth.j tou/ aivw/noj (o arguidor deste século). Quem são esses três personagens? Paulo, provavelmente, está citando indiretamente o texto de Is 33.18, a respeito da Assíria (Onde está o escrivão? Onde está o pagador? Onde está o que conta as torres?). b. A.T. Robertson, sugere que o sofo,j é uma referência ao filósofo grego; o grammateu,j ao escriba judeu; e o suzhthth.j, uma palavra rara nas páginas do Novo Testamento, aos contestadores judeus e gregos de Corinto (At 6.9; 9.29; 17.18). Note que os substantivos sofo,j, grammateu,j e suzhthth.j são anartros, isto é, não estão acompanhados de artigo. Logo, são ucrônicos, isto é, atemporais, não se situam em qualquer tempo, mas podem referir-se a qualquer período. Outro aspecto interessante é o fato de que o grego também usa a ausência do artigo para apresentar a indefinição do sujeito. Estes sujeitos, muitos deles pré-gnósticos, consideravam o Evangelho uma forma de filosofia ou sabedoria que poderia ser apreendido através do raciocínio, da razão, da retórica e da própria filosofia (1 Co 1.18). Mas para os judeus em foco, a sabedoria era uma manifestação milagrosa da deidade (1 Co 1.22). Os sábios talmúdicos relacionavam a sabedoria divina à Sh’knah e ao Bat kol. Um acreditava na capacidade cognitiva humana, outro, na manifestação visível da sabedoria. c. A partir desta explicação é que podemos compreender a segunda preocupação paulina: distinguir a verdadeira sabedoria da falsa (vv.6-16). Esta distinção fora apresentada no capítulo 1, tendo o versículo 17 como intermezzo (entreato): "Cristo enviou-me não para batizar, mas para evangelizar; não em sofi,a lo,gou (sabedoria de palavra), para que o` stauro.j tou/ Cristou/ (a cruz de Cristo) se não faça vã (kenwqh/)" isto é, ser esvaziada, perder o sentido. A palavra da cruz (o` lo,goj tou/ staurou/) "é loucura para os que perecem" (v.18). d. Nesta seção, o propósito paulino é descrever o Espírito como intérprete dos mistérios de Deus: a) (v.10a) Ele é o meio pelo qual Deus revela sua sabedoria, mistério e propósito; b) (v.10b) Ele é o que perscruta até a profundidade oculta de Deus; c) (v.11b) Ele conhece os pensamentos de Deus; d) (v.12a) Ele procede diretamente de Deus; e) (v.13) Ele ensina a sabedoria de Deus; f) (v.14) Ele é o Espírito de Deus. A razão pela qual os homens não compreendem a revelação da sabedoria divina é a própria vaidade e natureza carnal do homem. e. Neste aspecto, nos vv.14-16 e 3.1, Paulo descreve três tipos de pessoas o a;nqrwpoj yuciko.j (homem natural – o incrédulo); o a;nqrwpoj pneumatikoj (homem espiritual – o crente); e o a;nqrwpoj sarki,noj (homem carnal – o crente). Análise Lexicográfica (1) sofi,aj lo,goij: “sabedoria de palavras”(v.4) - exibição retórica; (2) sofi,a| a;nqrw,pwn: “sabedoria de homens”(v.5) - discursos filosóficos; (3) sofi,an tou/ aivw/noj: “sabedoria do mundo”(v.6)– conhecimento humano e mundano Agora observe a relação entre essas três expressões com os agentes de 1 Co 1.20: (1) sofi,aj lo,goij : “sabedoria de palavras” com sofo,j, “sábio” – grego (2) sofi,a| a;nqrw,pwn: “sabedoria de homens” com grammateu,j, “escriba” – judeu (3) sofi,an tou/ aivw/noj: “sabedoria do mundo” com suzhthth.j tou/ aivw/noj – qualquer um o` stauro.j tou/ Cristou/ (a cruz de Cristo, 1.27) o` lo,goj tou/ staurou/ (a palavra da Cruz, 1.28) “O discurso eloquente pode convencer o homem de uma verdade, mas jamais convertê-lo a ela”. Segundo Tozer, o cristianismo não apresenta uma nova filosofia, mas uma nova vida.
Alimentando as ovelhas ou divertindo os bodes
Por Charles Haddon Spurgeon C.H. Spurgeon (1834-1892) era pregador, autor e editor britânico. Foi pastor do Tabernáculo Batista Metropolitano, em Londres, desde 1861 até a data de sua morte. Fundou um seminário, um orfanato e editou uma revista mensal chamada “Sword na Trowel”. Conhecido como “Príncipe dos Pregadores”, Spurgeon escreveu muitos livros e artigos, particularmente na área devocional. Deixou um legado de vida piedosa, marcada por um profundo amor ao Senhor Jesus Cristo e por dedicados esforços ara alcançar almas perdidas. "Existe um mal entre os que professam pertencer aos arraiais de Cristo, um mal tão grosseiro em sua imprudência, que a maioria dos que possuem pouca visão espiritual dificilmente deixará de perceber. Durante as últimas décadas, esse mal tem se desenvolvido em proporções anormais. Tem agido como o fermento, até que toda a massa fique levedada. O diabo raramente criou algo mais perspicaz do que sugerir à igreja que sua missão consiste em prover entretenimento para as pessoas, tendo em vista ganhá-las para Cristo. A igreja abandonou a pregação ousada, como a dos puritanos; em seguida, ela gradualmente amenizou seu testemunho; depois, passou a aceitar e justificar as frivolidades que estavam em voga no mundo, e no passo seguinte, começou a tolerá-las em suas fronteiras; agora, a igreja as adotou sob o pretexto de ganhar as multidões.Minha primeira contenção é esta: as Escrituras não afirmam, em nenhuma de suas passagens, que prover entretenimento para as pessoas é uma função da igreja. Se esta é uma obra cristã, por que o Senhor Jesus não falou sobre ela? .Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. (Mc 16.15) . isso é bastante claro. Se Ele tivesse acrescentado: .E oferecei entretenimento para aqueles que não gostam do evangelho., assim teria acontecido. No entanto, tais palavras não se encontram na Bíblia. Sequer ocorreram à mente do Senhor Jesus. E mais: .Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres. (Ef 4.11). Onde aparecem nesse versículo os que providenciariam entretenimento? O Espírito Santo silenciou a respeito deles. Os profetas foram perseguidos porque divertiam as pessoas ou porque recusavam-se a fazê-lo? Os concertos de música não têm um rol de mártires. Novamente, prover entretenimento está em direto antagonismo ao ensino e à vida de Cristo e de seus apóstolos. Qual era a atitude da igreja em relação ao mundo? .Vós sois o sal., não o .docinho., algo que o mundo desprezará. Pungente e curta foi a afirmação de nosso Senhor: .Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos. (Lc 9.60). Ele estava falando com terrível seriedade! Se Cristo houvesse introduzido mais elementos brilhantes e agradáveis em seu ministério, teria sido mais popular em seus resultados, porque seus ensinos eram perscrutadores. Não O vejo dizendo: .Pedro, vá atrás do povo e diga-lhe que teremos um culto diferente amanhã, algo atraente e breve, com pouca pregação. Teremos uma noite agradável para as pessoas. Diga-lhes que com certeza realizaremos esse tipo de culto. Vá logo, Pedro, temos de ganhar as pessoas de alguma maneira! . Jesus teve compaixão dos pecadores, lamentou e chorou por eles, mas nunca procurou diverti-los. Em vão, pesquisaremos as cartas do Novo Testamento a fim de encontrar qualquer indício de um evangelho de entretenimento. A mensagem das cartas é: .Retirai-vos, separai-vos e purificai-vos!. Qualquer coisa que tinha a aparência de brincadeira evidentemente foi deixado fora das cartas. Os apóstolos tinham confiança irrestrita no evangelho e não utilizavam outros instrumentos. Depois que Pedro e João foram encarcerados por pregarem o evangelho, a igreja se reuniu para orar, mas não suplicaram: .Senhor, concede aos teus servos que, por meio do prudente e discriminado uso da recreação legítima, mostremos a essas pessoas quão felizes nós somos.. Eles não pararam de pregar a Cristo, por isso não tinham tempo para arranjar entretenimento para seus ouvintes. Espalhados por causa da perseguição, foram a muitos lugares pregando o evangelho. Eles .transtornaram o mundo.. Essa é a única diferença! Senhor, limpe a igreja de todo o lixo e baboseira que o diabo impôs sobre ela e traga-nos de volta aos métodos dos apóstolos. Por último, a missão de prover entretenimento falha em conseguir os resultados desejados. Causa danos entre os novos convertidos. Permitam que falem os negligentes e zombadores, que foram alcançados por um evangelho parcial; que falem os cansados e oprimidos que buscaram paz através de um concerto musical. Levante-se e fale o alcoólatra para quem o entretenimento na forma de drama foi um elo no processo de sua conversão! A resposta é óbvia: a missão de prover entretenimento não produz convertidos verdadeiros. A necessidade atual para o ministro do evangelho é uma instrução bíblica fiel, bem como ardente espiritualidade; uma resulta da outra, assim como o fruto procede da raiz. A necessidade de nossa época é a doutrina bíblica, entendida e experimentada de tal modo, que produz devoção verdadeira no íntimo dos convertidos. Por último, a missão de prover entretenimento falha em conseguir os resultados desejados. Causa danos entre os novos convertidos. Permitam que falem os negligentes e zombadores, que foram alcançados por um evangelho parcial; que falem os cansados e oprimidos que buscaram paz através de um concerto musical. Levante-se e fale o alcoólatra para quem o entretenimento na forma de drama foi um elo no processo de sua conversão! A resposta é óbvia: a missão de prover entretenimento não produz convertidos verdadeiros. A necessidade atual para o ministro do evangelho é uma instrução bíblica fiel, bem como ardente espiritualidade; uma resulta da outra, assim como o fruto procede da raiz. A necessidade de nossa época é a doutrina bíblica, entendida e experimentada de tal modo, que produz devoção verdadeira no íntimo dos convertidos.
Exegese de Filipenses 4:
1. Exórdio (v.1). A conjunção “portanto” (hōste) liga o capítulo 4 ao texto precedente (cap.3) e o conclui. Os temas anteriores, como por exemplo, “a cidade celeste”, “a vinda do Senhor” e a “transformação de nossos corpos corruptíveis” (3.19-21) são esteios da firmeza cristã nos grandes vendavais da vida. “Portanto”, diz Paulo, “estai assim firmes no Senhor”. O verbo stēkete é uma ordem bíblica (imperativo), e deve ser uma condição permanente (aoristo). Todavia, a segurança do crente não está fundamentada na “incerteza das riquezas” (1 Tm 6.17), e muito menos na “falibilidade dos projetos humanos” (Tg 4.13-17), mas “no Senhor” (en Kyriō). É firmado na Rocha Eterna que temos completa segurança salvífica. Esta afabilíssima admoestação é entrecortada com expressões afetuosas que recordam a bondade dos cristãos filipenses: “irmãos amados e saudosos”, “alegria e coroa”. 2. Exortação à unidade teológica (vv.2,3). Nesta seção, Paulo exorta duas possíveis diaconisas da igreja em Filipos: Evódia e Síntique. O verbo “exortar” ou “instar” (parakalō) é usado duas vezes e atribuído a cada personagem. Com isto Paulo demonstra o quanto é imparcial nesta querela. Saulo insta para que elas “sintam o mesmo no Senhor”. Vejo aqui um jogo de palavras, uma vez que o significado do nome Evódia (viagem próspera) relaciona-se ao de Síntique (afortunada). Embora o texto bíblico não apresente o motivo pelo qual as duas cristãs estavam em desacordo, acredito que a causa era teológica. O verbo phroneō , “pensar”, é usado freqüentemente com o sentido de “formar uma opinião” ou “emitir um juízo”, como em At 28.22 e 1 Co 13.11; e o uso do dativo “no Senhor” (en Kyriō), “reflete o fato de que este assunto não estava relacionado a brigas insignificantes, mas, antes, a um assunto relacionado à mensagem do evangelho dentro da igreja”. [1] Para por fim a esta rixa, Paulo apela à benignidade de seu “autêntico companheiro” incógnito. Apela, provavelmente também a Clemente, ou “o Benigno”. Tanto Clemente quanto Evódia e Síntique eram “ajudadores” (sullambanō) e “lutadores” (synēthēsan) na causa do evangelho. Estes dois vocábulos gregos, mantêm a tônica da comunhão cristã presente em toda epístola por meio da conjunção associativa sun e do nominativo koinōnia – Veja 1.7,27; 2.2;3.17,21 etc. Esses “companheiros de armas” têm seus nomes escritos no Livro da Vida (Biblō Dzōēs) – Cf. Êx 32.32; Sl 69.28; 139.16; Dn 12.1; Ap 3.5; 13.8; 17.8; 20.15; 21.27. 3. Tema da Epístola e sua relação com a vida cristã integral (v.4). Nesta perícope, Paulo apresenta o tema-chave de toda epístola. O verbo no imperativo presente, “Regozijai-vos, sempre” (Khairete), e a forma dativa “no Senhor” (en Kyriō) atesta a alegria contínua e independente das circunstâncias. Nesta última acepção, a verdadeira alegria é fruto de nossa permanência em Cristo. A preposição “en” não é apenas dativa – de relação – mas também locativa – de lugar. É tanto um estado quanto um lugar. É na relação melíflua com Cristo que alcançamos a ataraxia, a imperturbabilidade desejada pelos filósofos gregos. A alegria deve conduzir o crente à eqüidade. No original, epieikes, significa “magnanimidade”, “gentileza”, “tolerância”, “clemência”. Esta virtude é exigência àqueles que aspiram ao ministério (1 Tm 3.3; Tt 3.2). A aproximação da volta de Cristo é o termômetro do andar magnânimo do crente: “Perto está o Senhor” (v.5). Junto a esta alegria opera o contentamento cristão, assunto dos versículos 11-18. Paulo sintetiza seus infortúnios e prosperidade com a frase: “já aprendi a contentar-me com o que tenho” (v.11). O termo grego para "contentamento" é autarkeia, que exerce a função de predicado nominativo com infinitivo do adjetivo autarkēs (A.T.Robertson). Este estado supremo de felicidade é resultado tanto da posição e relação do crente com Cristo quanto de nossas orações (proseukhē), súplicas (deēsei) e ações de graças (eukharistias) diante de Deus (v.6). Quando deixamos no altar do Senhor todo o nosso clamor, retira-se de nossos ombros as cargas soturnas da inquietação, desesperança e temor, pois Deus supre todas as necessidades dos crentes, através da glória, por Cristo Jesus (v.19). A oração é o antídoto contra a dilaceradora inquietação. Portanto, afirma o apóstolo, “Não estejais inquietos por coisa alguma” (v.6). Esta expressão ecoa o Sermão de Mateus 6.25: “Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida”. Segundo Matthew Henry, a recomendação é para que “em nossa inquietude não desconfiemos de Deus e nos tornemos desqualificados para o seu serviço”. [2] Somente assim, “a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus” (v.7). A “paz de Deus” é um dos atributos comunicáveis divinos que outorga a mesma imperturbabilidade que há em Deus. É, segundo Henry, “o benefício de seu favor”. Já a “paz com Deus” de Rm 5.1 descreve o restabelecimento da comunhão com Deus através do sacrifício vicário de Cristo. A preposição “prós” quer dizer “face a face com” (Jo 1.1). 4. Virtudes Cristãs (vv.8-9). Nesta perícope Paulo descreve as virtudes teologais da vida cristã magnânima. A saber: Verdade – o que se opõe à falsidade; Honesto – tudo o que é honroso; Justo – de acordo com a justiça divina; Puro – tudo o que é santo; Amável – o que procede do amor; Boa Fama – o que é livre de ofensas. Para encerrar a lista das virtudes teologais, Paulo assevera: “se há alguma virtude”. “Virtude” é no original o termo aretē , isto é, “excelência moral” ou apenas “excelência”. Esdras Bentho Notas [1] ARRINGTON, F.L.; STRONSTAD, R. Comentário bíblico pentecostal: Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 1309. [2] HENRY, Matthew. Comentário bíblico Novo Testamento: Atos a Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, Vl. II,

A TENDA NA ROCHA: Uma dose diária de coragem - Atos 23:11

A TENDA NA ROCHA: Uma dose diária de coragem - Atos 23:11: Wilma Rejane O Senhor, pondo-se do lado dele disse: Coragem! At 23:11 Esse verso do livro de Atos, me fez parar e refletir sobre...
Romanos: A Epístola da Justiça Divina-
A epístola de Paulo aos Romanos foi considerada pelo reformador Martinho Lutero o principal livro do Novo Testamento e o mais puro Evangelho. O impacto que as magistrais palavras desta carta causaram no ‘Cisne de Eisleben’ fê-lo afixar na capela de Wittemberg suas ‘noventa e cinco teses’. Outros estudiosos e fiéis têm encontrado semelhante conforto e segurança salvífica ao perlustrar os temas doutrinários contidos em Romanos: A justiça divina; a universalidade do pecado; a fé; a salvação; a justificação; a santificação; Adão e Cristo; a salvação de Israel; e o ministério cristão. Ocasião e Data A Carta de Paulo aos Romanos (1.1) foi escrita provavelmente em 57 d.C. na cidade de Corinto, pouco antes da visita do apóstolo à Jerusalém (Rm 15.25-29). A epístola foi ditada pelo Doutor dos Gentios ao amanuense Tércio (Rm 16.22) e entregue à igreja em Roma por Febe, auxiliar da igreja de Cencréia, porto oriental de Corinto (Rm 16.1,2). A Cidade de Roma Roma era uma cidade imperial e cosmopolita com cerca de um milhão de habitantes no tempo do Novo Testamento, conhecida, principalmente pela frouxidão moral e relativização dos costumes. A cidade acolhia diversos grupos étnicos e religiosos, dos quais o judaísmo e os judeus eram um dos mais numerosos e importantes. A preocupação do império com a cultura, proselitismo e o fervor da religião judaica desencadeou, em 49 d.C., por meio de um decreto de Cláudio, a expulsão dos judeus de Roma (At 18.2). A Igreja em Roma A igreja que estava na capital do Império era mista, composta por cristãos de origem pagã (1.5,6, 18-32), grega (Epêneto, Apeles, Trifena e Trifosa), judaica (Priscila, Áquila, Maria) e romana (Rufo, Júlia). Compunha-se a igreja também de pessoas provenientes das camadas pobres de Roma, sejam escravos ou livres (Amplíato, Asíncrito, Hermas, Nereu, cf. 16.1-23). Síntese Aos Romanos está dividido em duas seções principais: doutrinária (1-11) e práticas cristãs (12-16). O vocábulo justiça e o tema Justiça de Deus (1.17), são dois inabaláveis fundamentos que sustentam toda estrutura doutrinária em Romanos. Experiências de fé salvífica em Romanos Martinho Lutero: Enquanto professor de Teologia na Universidade de Wittemberg, lecionou a Carta aos Romanos, de novembro de 1515 a setembro de 1516. À proporção que se aprofundava na epístola, apreciava cada vez mais a doutrina bíblica da justificação pela fé. Segundo Lutero ele ‘ansiava por compreender a Epístola de Paulo aos Romanos’, mas o tema da ‘justiça de Deus’ o incomodava. O reformador considerava a doutrina da justiça divina como a punição de Deus sobre o injusto. Até que, depois de muito refletir sobre o assunto, entendeu tratar-se da ‘justiça pela qual, mediante a graça e a misericórdia, Deus nos justifica pela fé’. Desde então, afirma Lutero, “senti-me renascer e atravessar os portais abertos do paraíso. Toda a Escritura ganhou novo significado e, ao passo que antes a justiça de Deus me enchia de ódio, agora se tornava indizivelmente bela e me enchia de amor. Este texto veio a ser uma porta para o céu”. John Wesley: O Avivamento Evangélico do século XVIII teve na figura de John Wesley, o seu mais destacado representante. Mas, nem todos sabem que a Carta aos Romanos foi responsável pela profunda renovação espiritual de Wesley. O renovo espiritual que sacudiu a Inglaterra, na verdade, iniciou em 24 de maio de 1738, quando Wesley visitou uma comunidade cristã na rua Aldersgate. Naquela noite, estava sendo lido o Prefácio de Lutero concernente a Epístola aos Romanos. Assim se expressou Wesley em seu diário, às oito horas e quarenta e cinco minutos: “[...] enquanto ele estava descrevendo a mudança que Deus opera no coração pela fé em Cristo, senti meu coração aquecer-se estranhamente. Senti que confiava em Cristo, somente em Cristo, para a minha salvação. Foi me dada a certeza de que Ele tinha levado embora os meus pecados, sim, os meus. E me salvou da lei do pecado e da morte”. A Doutrina da Justificação em Romanos 1-4 Paulo inicia o tema da Justificação em 1.18 e só o conclui em 4.25. Estes capítulos incluem: a necessidade da justificação (1.18-20), o meio da justificação (3.21-31) e, exemplos da justificação (4.1-25). O assunto principal dos quatro primeiros capítulos de Romanos é a Revelação da Justiça Salvífica de Deus (1.18 a 4.25). A fim de provar a universalidade do pecado (3.9-20,23) e a necessidade de justificação geral (3.22), Paulo apresenta o juízo divino sobre os pagãos (1.18-32) e judeus (2.1-3.20). Do capítulo 3.21 a 4.25, o apóstolo discursa sobre a atuação da justiça salvífica de Deus em Cristo, a fim de justificar a todos os homens (3.24-26). No capítulo 4, a justiça de Deus é demonstrada por meio da vida de Abraão. Este patriarca ao ser justificado pela fé (4.1-12) tornou-se exemplo dos que pela fé são justificados (4.16.25). Breve Conceito de Justiça Bíblica O sentido de “justiça” no Antigo Testamento procede de dois termos hebraicos: “tsedeq”, cujo sentido primário é “ser retilíneo”, “ser reto”, “retidão”; e, “mishpāt”, traduzido por “justiça” e “juízo” (cf. 2 Cr 12.6; Ec 12.14; Sl 1.5; Sl 11.7). Os dois termos descrevem tanto o caráter e a justiça divina quanto à fidelidade de Deus em sua Aliança para com os homens (Dt 32.4; Sl 31.1; 45.7; 119.137,144; Pv 16.33; Is 30.18). O Novo Testamento emprega a palavra “dikaiosynē” para designar os termos “justiça”, “retidão”, “justo”, “reto” e “justificação”. O tema da Justiça de Deus inclui uma série de conceitos que abrangem: aprovar o que é bom em detrimento do que é mal (Êx 34.7; Ec 12.4; Hb 1.9); condenar o ímpio e justificar o justo (2 Cr 6.23); à fidelidade do Senhor em seus atos (Ne 9.3; Is 49.7; 2 Ts 3.3); à ira de Deus (Sl 7.11; Na 1.2,3; Mq 7.8-10); a imparcialidade do juízo divino (2 Cr 19.7; Na 1.3); aos seus mandamentos (Mq 6.8) e, a relação entre justiça e salvação (Sl 98.2; Is 45.21;51.5-8; 56.1). A Bíblia afirma que a justiça e o juízo são à base do governo sempiterno de Deus (Sl 89.14; Hb 1.8). São esses, portanto, os fundamentos pelos quais os politeístas e monoteístas serão julgados (Rm 1.18-32; 2.17-29). O primeiro grupo é os sem lei, enquanto o segundo, aqueles a quem a lei foi dada, isto é, pagãos e judeus (Rm 2.12-29). A Justificação em Romanos 3.21-31 Esta perícope pode ser dividida em: Exposição da doutrina da justificação (vv.21-26) e, insuficiência humana para justificar-se (vv.27-31). Segue abaixo dez sentenças extraídas do texto bíblico em apreço que sumariza a doutrina da justificação.1. A Justiça manifestada no Antigo Testamento independe da lei (vv.21,31). 2. A justiça de Deus se realiza mediante a fé em Cristo, a favor de todos os que crêem (vv.22, 29,30). 3. Todos pecaram, logo, todos necessitam da justificação em Cristo (vv.23,24). 4. A justificação é gratuita por meio da graça e redenção que há em Cristo (v.24). 5. A base inamovível da justificação é a morte substituta e expiatória de Cristo (v.25). 6. A morte vicária de Cristo, satisfez a justiça de Deus (v.25). 7. Deus é justo ao justificar quem vive da fé em Jesus (v.26). 8. A fé é o meio pelo qual o homem alcança a justificação em Cristo (v.26-28). 9. Ninguém tem qualquer mérito para ser justificado à parte da fé em Cristo (v.27). 10. A fé não anula a lei, mas a estabelece (v.31). A Justificação Exemplificada: Capítulo 4 Como observamos anteriormente, os três primeiros capítulos de Paulo aos Romanos são os pilares que sustentam toda a estrutura da obra. Nessas três colunas encontramos: 1) a definição do kerygma cristão (1.1-4); 2); o tema da epístola (1.16,17); 3) a condenação dos pagãos (1.18-32); 4) as bases do julgamento divino (2.1-16); 5) a culpa e privilégio dos judeus (2.17-3.8); 6) o pecado e a justificação pela fé em Cristo (3.21-31). Contexto Judaico O capítulo 4 é uma apologia contra uma das interpretações rabínicas prevalecente nos dias de Paulo. De acordo com a exegese judaica, Abraão recebera a justiça de Deus (Gn 15.6) por meio de seus méritos e virtudes (Josefo[1]; Ec 44.20; 1 Mc 2.52). Para exaltar o patriarca, um partido judeu afirmava que Abraão cumpriu a lei antes de o Senhor a ter entregue a Moisés (2 Baruque 57.1,2). Alguns deles chegaram ao extremo: afirmavam que não foi o Senhor quem escolhera Abraão, mas Abraão quem escolhera o Senhor.[2] Segundo essa escola, Abraão era o modelo dos que são justificados pelas boas obras, ele mereceu conforme a lógica do trabalho e recompensa. Contra essa abordagem é que Paulo desenvolve o texto do capítulo 4. Estrutura O presente capítulo possui três divisões principais: 1. Argumento contra a tese rabínica da justificação pelas obras (vv.1-8): Proposição: Não foi as obras, mas a fé que justificou a Abraão. 2. Argumento contra a tese rabínica da lei cumprida por Abraão (vv.9-15): Proposição: Abraão não foi justificado com base na circuncisão. 3. Argumento a favor da adesão da fé de Abraão (vv.16-25): Proposição: Abraão confiou incondicionalmente n’Aquele que realiza e cumpre suas promessas a partir do nada. A Experiência dos Justificados: Capítulo 5.1-11 Contexto Uma vez provada a tese da justificação unicamente por meio da fé, Paulo, a partir do capítulo 5, muda de palavras-chaves. Antes, o binômio justificação (dikaiosynē) e fé (pistis), agora, justificação e vida (dzōē). Não é mais preciso defender a justificação pela fé, mas apresentar os seus benefícios (v.9). Um fato muito importante é a experiência salvífica: “nós”. Estrutura O presente capítulo possui duas principais divisões: vv.1-11 e vv.12-21. O estilo literário da segunda parte difere-se completamente da primeira, principalmente pelo paralelismo antitético entre Cristo e Adão, marcado principalmente pela conjunção comparativa “como” (hōs). 1. A experiência dos justificados (vv.1-11); a) Paz com Deus (v.1); b) Acesso ao Pai (v.2); c) Esperança (vv.3-5a); d) Habitação de Deus (v.5b); e) Reconciliação (vv.10,11). 2. O triunfo da graça e vida sobre o pecado e a morte: Contraste entre Adão e Cristo (vv.12-21). [1] Josefo afirma: “Mas Deus, louvando sua virtude, disse: Não lhe faltará a recompensa, que é justo dar-lhe pelo muito que você realizou” (Antiguidade Judaica, I, 10.3). [2] O livro apócrifo de Jubileu (12.19) afirma que Abraão aos 14 anos havia abandonado a idolatria, escolhendo ao Senhor: “E naquela noite orou, dizendo: Deus meu, altíssimo Deus, só tu és o meu Deus, foi a ti e à tua soberania que eu escolhi”.
Regresso a Casa de Pão “Ele te será Recriador da alma...”Rt. 4:15
No livro de Rute, no Antigo Testamento, conta-se a história de uma família de imigrantes que sai de Belém para peregrinar nos campos de Moabe, uma faixa de terra montanhosa onde atualmente se localiza a Jordânia, ao longo da margem Oriental do Mar Morto. Ao todo, seis pessoas em busca de sobrevivência:O pai Elimeleque (Meu Deus é rei), a esposa Noemi (agradável), os filhos Malom (fraco,doentio), Quiliom (triste) com as respectivas esposas Órfa e Rute. Após dez anos de peregrinação todos os homens da família morrem, ficando apenas as mulheres. Noemi, a matriarca, cheia de amargura no coração, abatida e sem esperança despede as noras. Rute se nega a abandoná-la: “Onde quer que tu fores, irei eu, e onde quer que pousares, pousarei eu, porque o teu povo é o meu povo, e o teu Deus o meu Deus” Rt 1:16. O convívio entre Rute e Noemi, regara sementes e elas já brotavam, existia raízes que não poderiam ser arrancadas sob pena de ressecamento. Já não era o parentesco que as unia, mas o espírito, a fé em um só Deus, o amor as atraia a um relacionamento rico em altruísmo. A verdade, é que a família de Elimeleque jamais deveria ter saído de Belém, os que lá ficaram “foram visitados por Deus fartando-se de alimento” Rt 1:5. Ainda assim, Deus converte o final dessa triste história, fazendo com que Rute (a semente) gere filhos e herdeiros a Noemi de cuja descendência nasceria o Rei Davi. No final do livro, lê-se: “Deus seja teu Recriador da alma...” A palavra "recriador" vem de shub (strong 07725) que significa: “Voltar”, “ir de encontro ao ponto de partida, em sentido espiritual”; “arrepender-se”. Deus mudou a direção da vida de Noemi, restituiu a dor, concedendo-lhe alegria. O Deus que ela servia não a desamparou em momento algum, apesar dos pesares. Essa narrativa tem a ver comigo e com você. Por quantas vezes não tomamos decisões erradas, seguimos em direção a lugares para fugirmos da morte e ainda assim ela nos alcança? Quantas vezes partimos sorrindo e nos encontramos em meio a lágrimas, desilusão e solidão? Quantas vezes partimos cheios de expectativas, cheios de coragem e somos alcançados pela desesperança, o medo e a vergonha? Partimos de lugares físicos e espirituais, em busca da felicidade e mais tarde percebemos que tudo que fizemos foi fugir: De nós mesmos, da dificuldade, dos outros, dos desafios. Isso já aconteceu comigo: Assim como Elimeleque, partimos cheios de esperança com novos empregos e expectativa de uma vida mais saudável e segura . No litoral, eles podiam correr e brincar na praia sem medo, podíamos viver de forma mais simples, sem a preocupação de contas e contas. E a adversidade mais uma vez nos alcançou. Passamos por tragédias e dores que nos fizeram refletir sobre a vida. Aprendemos que a resposta não estava nos lugares para onde partimos, mas dentro de nós. Não adiantava dar voltas ao redor da mesma montanha esbararíamos em lugares comuns. Era preciso mudar a direção, e, sobretudo, mudar nossos corações. De outra forma, a infelicidade continuaria nos perseguindo. E assim, “voltamos para Belém". E Belém quer dizer “casa de Pão”. Elimeleque ao deixar Belém, deixou o sustento, o pão. Voltamos. Para Aquele que seria o nosso Sustento, O Deus que nos guardou em todo o tempo, que em meio aos pesares, nos consolou.Encontramos Lugar Seguro, Porto que ao desembarcar nos faz andar sobre as águas. A Ele toda glória! Ao entregarmos nossos corações a Jesus, Ele mudou nossa história. Todo o passado foi apagado: “Eu, eu mesmo sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro” Is 43:25. Também regressamos a Teresina, de onde havíamos saído. Sempre somos fortalecidos na fé, ao recordarmos nossa trajetória de "peregrinos em Moabe". Do nosso passado transgressor, ainda restava uma dívida de quinze mil reais na Receita Federal, essa Jesus também apagou! Orávamos todos os dias por isso, até que os computadores da RF nos brindaram com a sentença: Nada consta! Glorificado seja o Senhor! Nossa história foi recriada a partir do regresso, já não eramos imigrantes em terra de fome, mas cidadãos em terra firme com fartura de víveres em Cristo que nos salvou. “Ele te será Recriador da alma...” Rt 4:15 Se você encontra-se em fuga, em busca de um lugar Seguro e Abundante, posso te apontar a direção: Jesus! Ele é Belém, Casa de Pão, de onde jamais deveríamos nos afastar. O tempo de regressar é hoje, de arrepender-se é agora. Somente Ele pode mudar o rumo de sua história, como mudou a minha e a de Noemi. Ele te recria, gera de novo, te faz andar sobre as águas, em meio à tempestade. E ao olhar para trás, verás que valeu a pena, que o futuro já não se apresenta como trevas e incertezas. “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” I Pedro 1:3. Jesus transforma maus começos em finais felizes e tudo começa com o regresso a Casa de Pão.
Gálatas: a Epístola da Liberdade Cristã (cap.3)-
Exórdio No capítulo 3 da Epístola aos Gálatas, Paulo prossegue com os argumentos favoráveis ao genuíno (1) evangelho de Cristo, e ao seu apostolado. Todavia, nos capítulos 1 e 2, os defendera com argumentos históricos e autobiográficos, agora com argumentos doutrinários e teológicos. Nos capítulos antecedentes, o testemunho e a experiência de Paulo no evangelho provam à origem divina e a veracidade de sua pregação e apostolado. Neste capítulo, Paulo desdobrará a proposição dos versículos 18-21 do capítulo 2, a fim de provar teologicamente a veracidade e autenticidade do evangelho e da fé salvífica em Cristo. Tema A defesa essencial da doutrina paulina neste capítulo é: a fé em Cristo constitui a única via histórica capaz de conduzir o homem à salvação (vv.6-29). Nestas perícopes Paulo prova a doutrina da justificação pela fé com base nos seguintes argumentos: a) No exemplo da justificação de Abraão (vv.6-14); b) Na natureza e características da Lei (vv. 15-22); c) No testemunho do próprio Antigo Testamento (vv.23-25); d) Na estabilidade do pacto abraâmico (vv.26-29). Fontes da Argumentação Na Argumentação Teológica desta seção, Paulo recorre à autoridade histórica e doutrinária das Escrituras Sagradas do Antigo Testamento. Sua apologia demonstra que alguns desses textos estavam no ardor da exegese e polemia entre os gálatas, são eles: v. 6 – Gn 15.6; vv. 7,8, 16 – Gn 12.2,3,7; v.10 – Dt 27.26 (cf. os vv.12,13,16; 4.22,23,27,30). Enquanto os gálatas interpretavam a Cristo a partir do Antigo Testamento; Paulo interpretava o Antigo Testamento a partir de Cristo (interpretação cristológica – cf. Lc 24.44-46). Estrutura 1. Primeira Prova: A experiência pentecostal dos gálatas (vv.1-5); 2. Segunda Prova: A experiência fidedigna de Abrão (vv.6-14); 3. Terceira Prova: A irrevogabilidade pactual da Lei (vv.15-22); 4. Quarta Prova: O caráter didático e condutor da Lei (vv.23-29). Conteúdo Doutrinário Na exposição do capítulo, Paulo destaca sete doutrinas basilares da fé cristã, a saber: 1) A justificação pela fé (vv.3,6,8,11,21,24); 2) A bênção divina pela fé (vv.8,9,14); 3) A irrevogável e gratuita herança do crente (vv.18,29); 4) A filiação divina (v.26,27); 5) O dom do Espírito (vv.2,3,5,14); 6) A vida pela fé (vv.11,12,21); 7) A queda da barreira étnica, social, histórica e religiosa em Cristo (v.28). Exposição Paulo inicia o primeiro argumento com uma expressão grave: “Ó insensatos gálatas! Quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade” (v.1). Esta invectiva interjetiva, mais do que uma expressão retórica, demonstra o quanto Paulo estava admirado de os crentes gálatas terem passado do “evangelho da graça” para um “evangelho de natureza diferente” (1.6). O termo “insensato” (2) literalmente quer dizer “descabeçados”, “desajuizado”. Em sua verve, o apóstolo emprega um termo raro nas páginas do Novo Testamento, “fascinou” (3), isto é, “enfeitiçou” (NVI). Embora “Jesus Cristo crucificado” fosse apresentado poderosamente aos gálatas (v.5), eles estavam sendo dissuadidos tanto da verdade cognitiva do evangelho como da experiência pneumatológica do Espírito (vv.3-5). Nos versículos 6-29, Paulo apresenta aos crentes gálatas os fundamentos doutrinários de seu argumento principal: a fé em Cristo constitui a única via histórica capaz de conduzir o homem à salvação (vv.6-14). Na seção dos vv.15-22, Paulo responde a verdadeira função da Lei: a) A Lei foi acrescentada à promessa por causa da transgressão (v.19); b) A Lei foi dada aos homens para convencê-los da necessidade de um Salvador (vv.19,20); c) A Lei foi planejada como aio para levar o homem a Cristo (v.24). 1. Contrário ao “outro evangelho” ( heteron euaggelion). Paulo chama também de “evangelho segundo os homens” (euaggelion kata anthropon) – Gl 1.11. 2.No grego, anoētoi é vocativo plural do adjetivo anoētos, isto é, “tolo”. 3. No grego ebaskanen está no 1º.aoristo indicativo ativo de baskaíno.
Exórdio No capítulo 3 da Epístola aos Gálatas, Paulo prossegue com os argumentos favoráveis ao genuíno (1) evangelho de Cristo, e ao seu apostolado. Todavia, nos capítulos 1 e 2, os defendera com argumentos históricos e autobiográficos, agora com argumentos doutrinários e teológicos. Nos capítulos antecedentes, o testemunho e a experiência de Paulo no evangelho provam à origem divina e a veracidade de sua pregação e apostolado. Neste capítulo, Paulo desdobrará a proposição dos versículos 18-21 do capítulo 2, a fim de provar teologicamente a veracidade e autenticidade do evangelho e da fé salvífica em Cristo. Tema A defesa essencial da doutrina paulina neste capítulo é: a fé em Cristo constitui a única via histórica capaz de conduzir o homem à salvação (vv.6-29). Nestas perícopes Paulo prova a doutrina da justificação pela fé com base nos seguintes argumentos: a) No exemplo da justificação de Abraão (vv.6-14); b) Na natureza e características da Lei (vv. 15-22); c) No testemunho do próprio Antigo Testamento (vv.23-25); d) Na estabilidade do pacto abraâmico (vv.26-29). Fontes da Argumentação Na Argumentação Teológica desta seção, Paulo recorre à autoridade histórica e doutrinária das Escrituras Sagradas do Antigo Testamento. Sua apologia demonstra que alguns desses textos estavam no ardor da exegese e polemia entre os gálatas, são eles: v. 6 – Gn 15.6; vv. 7,8, 16 – Gn 12.2,3,7; v.10 – Dt 27.26 (cf. os vv.12,13,16; 4.22,23,27,30). Enquanto os gálatas interpretavam a Cristo a partir do Antigo Testamento; Paulo interpretava o Antigo Testamento a partir de Cristo (interpretação cristológica – cf. Lc 24.44-46). Estrutura 1. Primeira Prova: A experiência pentecostal dos gálatas (vv.1-5); 2. Segunda Prova: A experiência fidedigna de Abrão (vv.6-14); 3. Terceira Prova: A irrevogabilidade pactual da Lei (vv.15-22); 4. Quarta Prova: O caráter didático e condutor da Lei (vv.23-29). Conteúdo Doutrinário Na exposição do capítulo, Paulo destaca sete doutrinas basilares da fé cristã, a saber: 1) A justificação pela fé (vv.3,6,8,11,21,24); 2) A bênção divina pela fé (vv.8,9,14); 3) A irrevogável e gratuita herança do crente (vv.18,29); 4) A filiação divina (v.26,27); 5) O dom do Espírito (vv.2,3,5,14); 6) A vida pela fé (vv.11,12,21); 7) A queda da barreira étnica, social, histórica e religiosa em Cristo (v.28). Exposição Paulo inicia o primeiro argumento com uma expressão grave: “Ó insensatos gálatas! Quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade” (v.1). Esta invectiva interjetiva, mais do que uma expressão retórica, demonstra o quanto Paulo estava admirado de os crentes gálatas terem passado do “evangelho da graça” para um “evangelho de natureza diferente” (1.6). O termo “insensato” (2) literalmente quer dizer “descabeçados”, “desajuizado”. Em sua verve, o apóstolo emprega um termo raro nas páginas do Novo Testamento, “fascinou” (3), isto é, “enfeitiçou” (NVI). Embora “Jesus Cristo crucificado” fosse apresentado poderosamente aos gálatas (v.5), eles estavam sendo dissuadidos tanto da verdade cognitiva do evangelho como da experiência pneumatológica do Espírito (vv.3-5). Nos versículos 6-29, Paulo apresenta aos crentes gálatas os fundamentos doutrinários de seu argumento principal: a fé em Cristo constitui a única via histórica capaz de conduzir o homem à salvação (vv.6-14). Na seção dos vv.15-22, Paulo responde a verdadeira função da Lei: a) A Lei foi acrescentada à promessa por causa da transgressão (v.19); b) A Lei foi dada aos homens para convencê-los da necessidade de um Salvador (vv.19,20); c) A Lei foi planejada como aio para levar o homem a Cristo (v.24). 1. Contrário ao “outro evangelho” ( heteron euaggelion). Paulo chama também de “evangelho segundo os homens” (euaggelion kata anthropon) – Gl 1.11. 2.No grego, anoētoi é vocativo plural do adjetivo anoētos, isto é, “tolo”. 3. No grego ebaskanen está no 1º.aoristo indicativo ativo de baskaíno.
Cavar é Preciso - Gn. 26.17-22:
Introdução: O valor da água no Oriente Médio, uma região seca. Podemos comparar a água às bênçãos que precisamos, sejam espirituais ou naturais. 1- Fontes opcionais. Deus poderia ter enviado Isaque para morar à margem de algum rio. Poderia tê-lo enviado a uma região de chuvas constantes, mas Deus lhe enviou para um lugar árido. A facilidade não gera experiência (Rm.5.3-4) nem contribui para o desenvolvimento de habilidades ou do próprio caráter. Filhos que sempre têm tudo fácil podem se tornar pessoas acomodadas e relativamente incapazes. 2- Fontes profundas. Naquela terra havia água, mas estava em grande profundidade. Deus não deseja que sejamos superficiais. Precisamos buscar ao Senhor (Mt.7.7), conhecê-lo e ter intimidade com ele. A vida cristã exige envolvimento, compromisso, imersão total. 3- Fontes difíceis. Para encontrar água era necessário muito esforço. Antes de achar água era preciso enfrentar muita terra seca. Era preciso cavar e depois lutar pelos poços. Existem dificuldades naturais e inimigos espirituais. Precisamos trabalhar com esforço e perseverança, seja na vida natural ou espiritual (jejum, oração, obediência, etc). O poço de Abraão não foi suficiente. Isaque precisou cavar seu próprio poço. A experiência alheia, mesmo dos próprios pais, pode ser útil, mas não será suficiente. 4- A vitória da perseverança. O nome dos poços trazem significados interessantes: Eseque significa "luta". Sitna significa "luta". Reobote significa "espaços largos". A luta é constante mas não é eterna. Antes de alcançarmos "espaços largos" precisaremos passar por caminhos apertados e portas estreitas. Autor: Anísio Renato de Andrade

A TENDA NA ROCHA: Quatro significados para tempo

A TENDA NA ROCHA: Quatro significados para tempo: Os dias talvez sejam iguais para um relógio, mas não para um homem. Marcel Proust Wilma Rejane Falar sobre o tempo é algo transcende...
Efésios: A Epístola das Regiões Célicas (Cap. 2): Ruínas da cidade de Éfeso-
Este glorioso capítulo faz uma interseção entre os estados salvífico (vv.1-3) e étnico (vv.11,19) dos efésios com a obra de nosso Senhor Jesus (vv.4-10,13-18). O texto, dividido em duas seções (vv.1-10; 11-22), descreve, assim como o capítulo 1, a “revelação” (ἀποκάλυψιν) de Paulo acerca do “mistério” (μυστήριον) “da dispensação (οἰκοδομίαν) da graça de Deus” (3.1-4). Portanto, essa perícope não se limita aos efésios, mas se estende a todos os que são “morada de Deus no Espírito” (v.22). I. Da Morte à Vida: O Estado dos Efésios (vv.1-10 [11]) Antes da conversão 1 E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, 2 em que, noutro tempo, andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência; 3 entre os quais todos nós também, antes, andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também. Comentário 1-3. E vos vivificou. Esta expressão não consta no texto original [ver 1.1], mas foi extraída provavelmente do contexto do versículo 5. Ainda não consegui identificar a origem dessa glossa. Provavelmente é um caso de elipse ou anacoluto. Deve-se entender que os vv.2,3 são parentéticos, e, que encontramos aqui, um caso comum de digressão. O início do capítulo nas edições gregas é: “Estando vós mortos em ofensas e pecados”, obviamente está unido logicamente ao v. 4: Mas Deus [...]”. A situação pincelada por Paulo é trágica: mortos espiritualmente em ofensas (παράπτωμα - Mt 6.14, lit. “passo em falso”) e pecados (ἁμαρτίαις - lit. “errar o alvo”). Noutro tempo, refere-se ao estado anterior dos efésios (ver At 19;20). Andastes, o pretérito perfeito concorda com “noutro tempo”. Era uma situação passada. O verbo andar (περιπατέω) era usado em sentido ético pelos judeus [Halakhah – ver Mc 7.5; At 21.21]. Na epístola é repetido em 2.3,10;4.1;5.2,8,15. Os crentes andavam segundo (κατὰ - descreve a norma que rege algo): o curso do mundo, o príncipe das potestades do ar, nos desejos da carne e dos pensamentos. Logo, não eram filhos de Deus, mas “da desobediência e da ira”. Filhos (υἱοῖς) é um hebraísmo para afirmar a natureza, identidade e procedência de alguém. Depois da conversão 4 Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, 5 estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), 6 e nos ressuscitou juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; Comentário 4-6. Mas Deus. A conjunção adversativa (δέ) exerce também uma função transicional, pois tanto envolve a mudança de ênfase quanto de estado: da morte para vida, do diabo para Deus, da ira para a graça. Deus é o sujeito das três ações indicadas pelos verbos vivificar, ressuscitar e assentar. No v.5 a morte, ressurreição e ascenso de Cristo são tipos da morte, ressurreição e ascenso do crente. Observe a força dos verbos, aos quais Paulo acrescenta, no grego, o prefixo syn (συν-εξωοποίησεν, ήργειρεν, εκάθισεν). O sujeito é Deus, mas o objeto da ação é dirigido àqueles que estão em Cristo. Lembrar-se que "em" aqui é locativo. Resta-nos apenas adorá-lo por sua ação histórico-redentora. A respeito dos lugares celestiais devemos ler: 1.3; 2.6, 3.10, 6.12. Propósito da conversão 7 para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça, pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus. Comentário 7. Para (ἴνα), “a fim de que”. O propósito de Deus ultrapassa a temporalidade e a compreensão do mistério salvífico pelos salvos: séculos vindouros. As riquezas da graça, a benignidade, a sabedoria e o “mistério desde os séculos, oculto em Deus” (ver. 3.9) são revelados através da ação histórico-salvífico de Deus na Igreja aos incontáveis seres espirituais (3.10) e, por último, no fim-início de todas as coisas. O meio da conversão 8 Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. 9 Não vem das obras, para que ninguém se glorie. 10 Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas. Comentário 8-9. Porque (γὰρ). Esta conjunção explicativa indica uma informação adicional àquilo que já foi dito. Nesta importante perícope temos um dativo de causa: pela graça ou “com base na graça” (τῇ χάριτι). A graça é a causa, “a base de”, ou motivo de nossa salvação. Todavia, através da fé (διὰ πίστεως) expressa o meio pelo qual isso ocorre. A graça de Deus é a base de nossa salvação, e a fé o meio pelo qual a recebemos. A primeira é a base da obra salvífica, mas a segunda, diz respeito à resposta pronta e pessoal do homem ao que Deus preparaou para sua salvação. Uma das dúvidas nesta passagem refere-se à frase: e isso não vem de vós. Refere-se à fé, à graça ou à salvação? O problema está na intrepretação do pronome demonstrativo e isso (τουτο). Neste caso, o pronome (e isso) relaciona-se à salvação, à graça, ou à fé? Sendo o pronome touto neutro no grego e as palavras graça e fé femininas, a melhor aplicação do texto é o “conceito de salvação pela graça mediante a fé”. II. Da Separação Étnica à Unidade Espiritual em Cristo (11-22) A situação étnica e espiritual dos efésios 11 Portanto, lembrai-vos de que vós, noutro tempo, éreis gentios na carne e chamados incircuncisão pelos que, na carne, se chamam circuncisão feita pela mão dos homens; 12 que, naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos aos concertos da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo. A obra reconciliadora de Cristo 13 Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto. 14 Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derribando a parede de separação que estava no meio, 15 na sua carne, desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, 16 e, pela cruz, reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades. 17 E, vindo, ele evangelizou a paz a vós que estáveis longe e aos que estavam perto; 18 porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito. A nova situação em Cristo 19 Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos Santos e da família de Deus; 20 edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; 21 no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor, 22 no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito.
A graça de Deus, muito difundida, mas pouco compreendida
Por Flávio Santos A graça comumente é conhecida como o favor imerecido de Deus ao homem pecador. A teologia divide a graça em comum e especial. A graça comum é aquela que é comunicada a todos os homens, dando-lhes bênçãos sem medida. É por meio dela que Deus controla o mundo para que este não sucumba. A graça especial é soteriológica, pois é por ela que o homem é salvo. É a comunicação da salvação de Deus ao pecador. A reforma protestante do século XVI afirmou que é tudo pela graça. O termo “sola gratia” define isso, pois, tudo que o homem possui, e, em especial, a salvação, é pela graça somente. A graça de Deus é muito difundida, mas pouco compreendida. Neste sentido, precisamos compreender o que é a graça de Deus para que a difundamos com discernimento e verdade. I – A GRAÇA É UM ATRIBUTO DO SER DE DEUS. E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoará, confirmará, fortificará e fortalecerá”. I Pe 5. 10 Deus tem em seu ser toda graça. É pleno de graça e favor. A graça é um atributo do ser de Deus. Isto quer dizer que Deus é gracioso em essência e ação. Ele a revela como qualidade de sua essência. A graça é eterna como Deus é eterno. Paulo escrevendo ao jovem Timóteo diz que: “Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos;”. Tm 1. 9. A graça já existia Nele, na eternidade, antes de ser exercida aos homens. Ou seja, Deus é graça em si mesmo, mesmo se não a tivesse comunicado na criação de todas as coisas. A graça não depende de sua comunicação para ser graça, ela é simplesmente graça porque faz parte dos atributos perfeitos de Deus. Por outro lado, Deus é gracioso ao comunicar sua graça aos homens. Paulo escrevendo aos efésios diz:“Para mostrar nos século vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela benignidade para conosco em Cristo Jesus”. Ef 2.7. Apesar de Deus ser satisfeito em si mesmo pela essência graciosa que há Nele, Paulo mostra que Deus é gracioso na demonstração e comunicação de sua graça aos homens em Jesus Cristo. Aqui fica evidente que Deus comunicou o seu atributo aos homens. Este atributo nos dá uma visão verdadeira de quem é Deus e, nos mostra, que não faz nada que não seja fruto de Sua infinita graça. Mesmo o exercício de sua justiça e ira são cheios de graça II – A GRAÇA MANIFESTADA EM JESUS CRISTO. “E o verbo se fez carne, e habitou entre vós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”. Jo 1.14 O Verbo eterno de Deus se encarnou e revelou plena e perfeitamente a graça de Deus. Um dos propósitos do Evangelho de João era combater a heresia conhecida gnosticismo, que afirmava que a matéria era má, e Deus, neste aspecto, não poderia tocar a matéria, não poderia de maneira alguma ter criado o mundo, e muito menos se tornado prisioneiro em um corpo. Para os gnósticos, quem criou o mundo foi uma das emanações de Deus, e não o próprio Deus. Neste sentido, João escreve que o divino Filho de Deus, que também era Deus, encarnou-se e habitou entre os homens, e quem O viu, contemplou a Sua glória como a do unigênito do Pai cheio de graça e de verdade. Daí ser Jesus a encarnação, manifestação e personificação plena da graça divina. Jesus é a plenitude da graça divina. João. 1.16 “E todos nós recebemos da sua plenitude, e graça por graça”. A palavra usada para plenitude é “pleroma”, que quer dizer, neste contexto, a soma de tudo o que se encontra em Deus. Em Cristo estava manifestada e encarnada toda a graça divina. João, também, diz que recebemos desta plenitude graça por graça, graça sobre graça, graça em lugar de graça. A graça manifestada por Cristo é dinâmica, quem a recebe sempre estará mergulhado em graça, saindo de uma graça para outra graça. 2 Co 8.9 “Conhecereis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rica, se fez pobre por amor de vós, para que pela sua pobreza vos tornásseis ricos”. Jesus é manifestação da graça divina. “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens”. Tito 2.11. A graça divina se manifestou, apareceu de modo súbito e surpreendente em Jesus Cristo. A graça se manifestou, e é uma pessoa, e seu nome é Jesus. Esta Graça manifestada trouxe salvação a todos os homens. Aqui há uma epifania da graça de Deus. III – A GRAÇA APLICADA PELO ESPÍRITO SANTO. A Graça é aplicada ao homem pelo Espírito Santo. Um dos principais pontos da teologia reformada ou calvinista é a graça irresistível. É a afirmação de que Deus por meio do Espírito Santo age no coração do pecador, tornando-o inclinado a não mais resistir à graça de Deus. A graça é irresistível para aqueles que o Espírito Santo regenerou. A graça é irresistível para aqueles que foram vivificados por Deus. A graça é irresistível porque é operada pelo Espírito Santo, regenerando o rebelde, e fazendo-o não mais resistente ao amor gracioso de Deus. Por outro lado, a graça é totalmente resistível. Os pecadores que não foram iluminados pelo Espírito Santo, a resistem em todo o tempo. Os pecadores que ainda não foram vivificados estão impermeáveis às ações da graça de Deus. Os pecadores que não foram transplantados por Deus, que não trocaram o coração de pedra pelo de carne, ainda estão endurecidos à graça de Deus. A melhor forma de entender a graça aplicada pelo Espírito Santo é discernindo a sua eficácia. A graça é irresistível porque é eficaz. Ela cumpre o propósito soberano de Deus na salvação do pecador. Ela é implantada eficazmente no coração do que outrora era resistente à vida de Deus. Para melhor entendermos a ação e aplicação irresistível da graça de Deus é necessário apreciar alguns textos das Escrituras. Em Atos 7.51 lemos: “Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais”. Este texto corrobora com a graça irresistível, dizendo que o homem em todo o tempo resiste à graça Deus. Quem resiste à graça, são homens que ainda estão com os corações incircuncisos, endurecidos pelo pecado, homens que ainda não receberam a “circuncisão da graça”, que não receberam um novo coração de carne, que pode receber os mandamentos da vida. Homens que ainda não foram regenerados pelo Espírito Santo. Em 2 Coríntios 4.4-6 lemos: “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo”. Este texto, também, afirma a graça irresistível, porque mostra que os olhos dos incrédulos foram cegados pelo diabo, e estão impedidos de receber a luz do Evangelho de Cristo. Isto acontece até que Deus, em sua soberania diga: “Haja luz”, e os que estavam em trevas são iluminados e são resplandecidos em seus corações pela luz da graça, que os traz ao conhecimento da glória de Deus. Em João 1.12-13 lemos: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”. Todos aqueles que o receberam e creram em seu nome, não nasceram de sua vontade, mas foram regenerados pelo Espírito. Em João 6.44 lemos: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia”. Não há possibilidade de alguém que está resistindo à graça de Deus ir até Jesus, se o Pai, pela vocação interna do Espírito santo, não o trouxer. Este trabalho de trazer o pecador a Deus é feito pela graça irresistível. O termo “trouxer”, no texto grego, é “trazer à força”, para uma melhor compreensão do significado da passagem, é preciso ter em mente alguns pescadores puxando com força a rede cheia de peixes para dentro do barco. Mesmo que os peixes continuem resistindo, não havia a mínima possibilidade de saírem da rede. São trazidos à força. Isto quer dizer que a “força” da graça irresistível de Deus vence a nossa irrestibilidade. A Graça tem o seu nascedouro em Deus, a sua revelação em Jesus Cristo e a sua aplicação pelo Espírito Santo. Assim, com esta compreensão, devemos difundi-la ao mundo.
Tessalonicenses II (Προς Θεσσαλονικεις β):
Introdução Na magnífica capital da Macedônia, Tessalônica, floresceu na Via Ignatia uma comunidade de fiéis como fruto do labor do apóstolo Paulo em sua segunda viagem missionária. O apóstolo dos gentios, impedido de continuar ministrando pessoalmente, escreve à igreja com o propósito de fortalecer a fé, instruí-la quanto à santidade cristã, e alertá-la quanto à apostasia (1 Ts 3.1). A fim de instruir os crentes a permanecerem firmes na fé até a volta do Senhor (1 Ts 3.2), o apóstolo Paulo trata da Vinda de Cristo em cada capítulo da Primeira Epístola aos Tessalonicenses. Por esse motivo, as duas epístolas de Paulo aos cristãos macedônios são denominadas de O Evangelho do Advento ou Cartas Escatológicas. II Tessalonicenses foi escrita da cidade de Corinto pelo apóstolo Paulo, pouco depois da primeira epístola, aproximadamente em 51 d.C. Veja o gráfico. A epístola está dividida em três capítulos, nos quais o tema “o Dia do Senhor”, ou “parousia” (παρουσία), ocupa a maior parte. A estrutura literária da epístola pode ser assim dividida: (1) Saudações e Ação de Graças (1.1-3); (2) Encorajamento (1.4-12); (3) O Dia do Senhor (2.1 – 3.5); (4) Restauração dos ociosos (3.6-18); (5) Considerações finais (3.16-18). Assim, em perspectiva temos: No capítulo 1 Arrebatamento do Senhor Alento Pastoral Glorificação No capítulo 2 A Ira do Senhor Iluminação Profética Tribulação No capítulo 3 A Vontade do Senhor Exortação Prática Consagração Distribuição do tema da παρουσία em Tessalonicenses: A vinda de Cristo anunciada (1 Ts 2.19); A vinda de Cristo com todos os santos (1 Ts 1.13); A vinda de Cristo, a ressurreição e o arrebatamento (1 Ts 4.13-18); A vinda de Cristo é repentina (1 Ts 5.1-10); A vinda de Cristo exige completa santidade (1 Ts 5.23); A vinda de Cristo e o julgamento dos ímpios (2 Ts 1.7-10); A vinda de Cristo e a reunião de todos os salvos (2 Ts 2.1); A vinda de Cristo e o Anticristo (2 Ts 2.3-12). Não muito tempo depois de enviar a primeira epístola, escrita para suprir à falta de fé dos tessalonicenses (1 Ts 3.10), Paulo, por meio de uma fonte desconhecida,[1] é informado que alguns problemas ainda persistem entre os irmãos, a saber: (1) heresias a respeito do Dia do Senhor, falsamente atribuídas a Paulo (2 Ts 2.1,2); e, (2) ociosidade entre os crentes (2 Ts 3.8-12). Para dirimir tais controvérsias, o apóstolo escreve II Tessalonicenses (2 Ts 3.14). Estrutura do Capítulo 1 O presente capítulo está dividido em dois parágrafos: vv. 1,2 e vv. 3-12. Estas seções seguem a divisão original do grego, exceto o Texto Majoritário e o Texto Recebido, que subdividem o primeiro parágrafo em dois: v.1 e v.2. Todavia, a Almeida Corrigida (1995), cujo texto neotestamentário é baseado no Texto Recebido, conserva a divisão em dois parágrafos, conforme o Texto Crítico. Assim, podemos classificar os dois blocos em: (1) Apresentação e Saudação (vv.1-2); (2) Ação de Graças e Encorajamento (vv.3-12). Comentário do Capítulo 1 (1) Apresentação e Saudação (vv.1-2). O versículo 1 divide-se em: remetentes e destinatário (1.1). Os remetentes. Paulo, Silvano e Timóteo são os três apóstolos dos gentios que endereçam o estenógrafo à igreja tessalonicense, no entanto, a autoria é reservada unicamente a Paulo, que se despede com a doxologia tradicional de “própria mão”, ou “de próprio punho” (3.17). Silvano (Σιλουανός) e Silas são as mesmas pessoas, sendo Silas a contração de Silvano. Ele era judeu helenista, “uma vez que seu nome é a forma grega do nome aramaico She’ila’, equivalente ao hebraico Sha’ul ou Saulo”.[2] Este discípulo de Jesus desfrutava de grande confiança dos apóstolos, motivo pelo qual foi comissionado pelos de Jerusalém para comunicar o decreto do Concílio de jerosolimitano aos fiéis de Antioquia (At 15.22,27,32). Timóteo (Θιμόθεος), nome composto, provavelmente formado por timē (τιμή) e theós (θεός), literalmente “que honra ou adora a Deus”. A forma carinhosa como Paulo se refere a ele, teknon mou agapēton (τέκνον μου αγαπητόν - 1 Co 4.17), sugere se tratar do discípulo que Paulo mais amava. (1.2) Os destinatários. A missiva é dirigida “à igreja dos tessalonicenses” (τη εκκλεσία Θεσσαλονικέων), isto é, à comunidade dos remidos que está em Tessalônica, conforme o uso dativo grego. O uso de ekklēsia neste texto é particular e antropológico (v.4). Todavia, o locativo “em Deus” sugere que a εκκλεσία dos tessalonicenses era o resultado da ação de Deus na história. A Igreja de Deus é a “comunidade salvífica” do Novo Testamento. É o Senhor que chama os homens do mundo para constituí-los “povo de Deus”. A Igreja é o ‘ām ’Ĕlohîm (עם אלהים ) – povo de Deus (Nm 11.29; 16.41; Jz 20.2; 2 Sm 14.13). Esta fórmula de aliança, tão comum ao Antigo Pacto, é empregada e aplicada de modo inovador em o Novo Testamento, referindo-se à Igreja como laos Theou (λαός Θεου) – o povo de propriedade exclusiva de Deus (Tt 2.14; 1 Pe 2. 9,10). A saudação kharis kai eirēnē, “graça e paz” (χάρις και ειρήνη), não se trata da saudação comum dos gregos, mas do “favor imerecido do Senhor que sobeja em paz”. É tanto a “paz com Deus”, quanto “a paz de Deus” (Rm 5.1; Fp 4.7). Está além da ataraxia dos estóicos. (2) Ação de Graças e Encorajamento (vv.3-12). Embora não haja qualquer divisão nessa perícope, várias doutrinas se entrecruzam formando uma unidade em torno do eixo sofrimento-julgamento-glorificação. Os assuntos desta seção: (1) Ação de graças pela crescente fé dos crentes, apesar das tribulações (vv.3,4); (2) A tripulação comprova a fidelidade dos crentes (v.5); (3) O castigo dos ímpios não tardará, pois a Vinda do Senhor será julgamento para os incrédulos, mas glorificação para os santos (vv.6-10); (4) Súplica e doxologia final (vv.11,12). O crescimento da fé (vv.3,4). O texto diz literalmente “prospera intensamente a vossa fé”. À medida que os crentes progrediam na fé, também cresciam no amor “uns para com os outros”. Fé (πίστις) e amor (αγάπη) são binômios necessários à vida cristã integral. Alguns crentes têm fé “como grão de mostarda”, mas são incapazes de amar e ter relacionamentos fraternos, afáveis. Esse logion paulino apresenta três paradoxos com a realidade da igreja moderna. Primeiro, a verdadeira fé redunda em completo amor fraterno. Segundo, o sofrimento é a argamassa que une o crente a Jesus e uns para com os outros. Terceiro, a tribulação autentica a fé e o amor do cristão (v.5). Há dois tipos de julgados e duas formas de sofrimentos mencionados em toda a perícope (vv.5-10): Os perseguidos (v.5) e os perseguidores (v.6); o sofrimento dos perseguidos (v.5) e o sofrimento dos perseguidores (vv.6-10). A Tribulação ajudará: 1. A Crescer na Fé (v.3a); 2. A Crescer em Amor (v.3b); 3. A Crescer em Constância (v.4); 4. Preparar-se para o Reino de Deus (v.5) 5. Fará com que o Nome de Cristo seja Glorificado (v.12). Em todos os dois casos, Deus é intuitivamente o agente principal. A perseguição e sofrimento por amor a Jesus são indícios “da justiça de Deus ao julgar os crentes como candidatos dignos de seu reino” (v.11).[3] Mas o sofrimento e o julgamento dos ímpios são a manifestação da ira e da vingança divinas. Contudo, há que se aguardar o καιρός divino por ocasião da παρουσία a Vinda de Cristo, para glorificar os salvos e retribuir o justo castigo aos ímpios. Afirma Glubish que “saber que qualquer tipo de injustiça cometida um dia terá seu julgamento, é um grande incentivo que gera um sentimento de bem-estar”. Paulo inicia e termina com ação de graças (v.12). Notas [1] GLUBISH, Brian. II Tessalonicenses. In: ARRINGTON, F.L.; STRONSTAD, R. Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 1411. [2] BROOMALL, Wick. Verbete: Silas. In: PFEIFFER, C.F. (et al) Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 1813. [3] GLUBISH, Brian, id.ibid., p.1414.
Estudo Bíblico sobre Nossas Vidas Como Sacrifício Vivo ao Senhor Romanos 12.1,2
I. Introdução Nestes versos do capitulo 12, Paulo trata de como nós cristãos podemos viver de maneira prática as ricas verdades do cristianismo. Para isso, ele nos pede que entreguemos a nossa vida cotidiana, a Deus como se fosse uma oferta. Assim, Paulo nos ensina nestes versos que devemos nos oferecer a Cristo como sacrifício vivo, procurando obedecer suas ordens, amar nossos semelhantes e tomar especial cuidado com aqueles que são fracos na fé. Consagração pessoal, capacidade de nos doarmos para o serviço e compromisso com a obra, são qualidades importantes para que sejamos aprovados por Deus como servos. Nestes versos aprendemos um principio importante: SE NOS RELACIONAMOS BEM COM DEUS ENTÃO TAMBÉM NOS RELACIONAREMOS BEM COM AS PESSOAS QUE FAZEM PARTE DE NOSSAS VIDAS. Nos lembremos do que diz o apóstolo: “Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso” (I Jo. 4:20). II. Começaremos nossa reflexão pela pergunta: Mas, o que é a verdadeira consagração? Começaremos por esta pergunta, pois o apostolo Paulo centraliza sua discussão nesta questão. E aqui faço questão de mencionar a experiência de Moody, o grande evangelista do século 19, que certa vez ouviu alguém dizer: 'Nossa época ainda está para ver o que Deus pode fazer usando um homem cuja vida seja inteiramente comprometida com Ele'. Moody disse: 'Eu serei esse homem'. E por meio da vida de Moody, multidões se converteram a Cristo. Uma grande verdade a ser conhecida por nós meus irmãos, é que uma vida consagrada nas mãos do Senhor pode ser um instrumento poderoso para realizar grandes conquistas. Uma vida consagrada ao Senhor esta disposta a reconhecer a soberana vontade de Deus. Jesus nos ensina a orar dizendo: “Venha o teu reino”. Mas nós precisamos estar dispostos a dizer a Deus: “Que o meu reino se vá, que o meu eu morra, e Cristo viva e mim”. Assim irmãos, uma vida consagrada ao Senhor é uma vida rendida aos pés do Senhor. Tenho observado que as pessoas mais constantes na obra de Deus, são aquelas que mais se esforçam para serem consagradas. E saiba meu irmão, que quem se entrega a Deus jamais será abandonado por Ele. Se você se colocar aos pés de Cristo, Ele o tomará em seus braços e te sustentará. 1. A verdadeira consagração implica numa entrega do corpo. (V.1) Antes de conhecer a Cristo, usávamos o corpo para prazeres e propósitos pecaminosos: agora que pertencemos ao Senhor, usamos nosso corpo para a sua glória. Lembremos que o corpo do Cristão é o templo de Deus, conforme I cor. 6:19, pois o Espírito de Deus habita nEle. Assim como Jesus precisou dispor de seu corpo para ser um sacrifício vivo na cruz, nós devemos entregar os nossos membros para que estes sejam usados por Deus como “instrumentos de justiça”. (Rm. 6:13) No verso 1, Paulo usa o verso APRESENTAR. No texto original, apresentar significa entregar-se de uma vez por todas. Esta palavra indica uma entrega definitiva do corpo ao Senhor, assim como os noivos entregam-se um ao outro numa cerimônia casamento. Quando entregamos o nosso corpo ao Senhor, passamos a usa-lo com mais responsabilidade. Quantas pessoas tem promovido a destruição de seus corpos ao fazerem uso do vício, ou por terem um estilo de vida totalmente agressivo ao corpo. 2. A verdadeira consagração implica numa entrega da mente a Deus. John Bunyan costumava dizer que “…Se não tivermos tranqüilidade em nossa mente, o conforto exterior não fará por nós mais do que fará um chinelo de ouro em um pé com reumatismo.” Do mesmo modo como um chinelo de ouro não pode ajudar um com pé reumatismo, as riquezas, o conforto, etc, são incapazes de ajudar alguém que está com a mente enferma por ter pensamentos de destruição. Temos constatado que existem pessoas, que apesar de desfrutarem de extrema prosperidade, estão com mentes e corações cheios de pensamentos e sentimentos destrutivos e vivem com semblantes descaídos. Rick Warren, em seu livro “O poder para ser vitorioso” sabiamente ensina que o pecado sempre começa na mente. É por isso que há um campo de batalha em nossa mente. O Mundo quer controlar nossa mente, mas Deus que transformá-la. Paulo diz no verso 2: “…transformai-vos pela renovação da vossa mente….”. o termo transformar equivale aqui a palavra metamorfose. Assim sendo, esta palavra trata de uma mudança que ocorre de dentro pra fora. Não mudamos pessoas, apenas mudando suas roupas ou impondo regras duras e rígidas. Pessoas são mudadas quando seus pensamentos são transformados. As grandes transformações e progressos ocorridos na história começaram quando conceitos e formas de pensamento foram mudados. As vezes me coloco na situação de um pai que quer ver seu filho liberto das drogas. A libertação física de um corpo so ocorrerá completamente quando a mente e a forma de pensar forem mudados e libertos da influência do pecado atraves do poder do evangelho. Jesus declarou: “conheceis a verdade e a verdade vos libertará”. A capacidade de Conhecer é uma das qualidades essenciais que a mente humana tem. E Jesus esta nos ensinando no verso acima, que a libertação tem que começar em nossa mente, em nossa forma de pensar, e em nosso modo de ver e interpretar o mundo. Se você deseja ter uma vitoriosa sobre os pensamentos maus e contrários ao plano do Senhor, recorra a graça do Senhor. Quando nossa mente é transformada, poderemos experimentar o que Paulo esta dizendo no fim do verso 2: “…qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”. 3. Uma vida consagrada implica numa entrega da volição (v.2b) Mas o que é volição? A volição é aquilo que determina nossos desejos e vontades pessoais. Quais são os desejos mais comuns de algumas pessoas? Talvez a casa própria, um bom emprego, acesso a tratamento médico, ou quem sabe encontrar alguém que você não vê há muito tempo; para aqueles que estão sós, talvez seja encontrar um grande amor. Talvez tenhamos em nosso coração muitos desejos, ou sonhos que gostaríamos de ver realizados. Porem, Paulo esta dizendo que precisamos experimentar a vontade de Deus em nossas vidas. Mas como podemos experimentar a vontade de Deus? A resposta para esta questão está vinculada ao exemplo de Jesus. Quando estava no Getsêmani Jesus declarou: Faça-se a tua vontade e não a minha”. Jesus nos ensina que devemos entregar nossos desejos e sonhos ao Senhor através da oração. E só assim, iremos descobrir qual é a vontade de Deus. III. Conclusão Quero terminar esta palavra lhe convidando a fazer o seguinte exercício espiritual, através de uma oração, dizendo: Pai, entrego o meu corpo ao Senhor. Me ensine a usa-lo de forma agradável e saudável. Entrego também a minha mente. Transforme os pensamentos negativos e ruins que estão nela. E por fim diga: Entrego também os meus planos e peço ao Senhor que me revele qual é a tua vontade para que mais tarde eu não venha a me frustrar por insistir em levar adiante planos errados. Gostaria que você lembre sempre desta frase: Para que conheçamos a vontade de Deus, é preciso querer a vontade de Deus. O nosso eu irmãos, é como uma barreira que se coloca entre nós e o conhecimento da vontade de Deus.
Crescer Como Cedro no Líbano: "O justo florescerá como palmeira; crescerá como cedro no Líbano" Sl 92:12 -
1- Crescimento Lento Mas Consistente. Sabemos acerca do Cedro do Líbano que ele cresce devagar, mas chega a atingir a altura de até 40 metros. Nos primeiros três anos de vida, as raízes crescem até um metro e meio de profundidade, enquanto a planta tem somente cerca de cinco centímetros. Somente a partir do quarto ano é que a árvore começa a crescer. O Cristão é como o cedro do Líbano, e portanto, tem a promessa de crescer. Ainda que o seu crescimento seja lento conforme a experiência do cedro, ele acontecerá e se tornará visível a todos. A preocupação do filho de Deus, principalmente nos primeiros anos da vida cristã, não deve estar no crescimento em si, mas no lançar das suas raízes. Lembre-se do fato de que nos três primeiros anos o cedro possui raízes de um metro e meio de profundidade enquanto a planta apresenta apenas cinco centímetros. Entendemos, portanto, que o foco está no lançar das raízes muito mais do que nas evidências externas. Notamos muitas pessoas preocupadas porque não percebem que estão crescendo espiritualmente. Provavelmente estejam esperando frutos visíveis, ministérios estabelecidos, ou alguma evidência externa de que estão crescendo em Deus. No entanto, como o cedro, não deveríamos estar tão focados nessas evidências externas, se verdadeiramente nos ocuparmos em aprofundar as nossas raízes. Fazemos isso através da leitura da Palavra, da assimilação dos Seus princípios e da devida aplicação na vida prática. A essência da Palavra de Deus é o AMOR. Quanto mais nos exercitamos no Amor a Deus e ao próximo, mais profundas serão nossas raízes, e depois, no seu devido tempo, passaremos a manifestar um crescimento gradativo. “e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade” (Efésios 3:17-18 ) 1. Raízes que Buscam as Águas Profundas Outra verdade interessante é que o cedro do Líbano é muito resistente e suporta vento e calor. Suas raízes profundas buscam água nos lençóis freáticos e por isso ele não depende de chuva. Assim deve ser o cristão. Para crescer à semelhança do cedro ele não pode viver na dependência dos fatores externos. Ele precisa aprender a aprofundar as suas raízes a fim de buscar alimento e provisão mesmo em condições desfavoráveis de seca, calor e ausência de chuvas. Há quem diga que deixou de crescer espiritualmente por causa da falta de espiritualidade da sua igreja local. Às vezes nos queixamos da própria família por não nos propiciar as condições favoráveis para o êxito em alguma área da vida. Nas mais diversas ocasiões, se nos descuidarmos, estaremos sempre achando um bode expiatório para os nossos fracassos. No entanto, o ensino bíblico nos mostra que apesar da ausência de chuvas ou de fatores externos extremamente desfavoráveis, há de se encontrar as águas mais profundas. Aquelas que se acham quando são buscadas. Não estão na superfície da indiferença nem da preguiça. Não estão no limiar do conformismo ou da apatia espiritual. Elas estão no lugar da fome e da sede de Deus. Elas se encontram no lugar do desejo de ser alguém para Deus e para o mundo. “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.” (Jeremias 29:13 ) 1. Raízes Que Abraçam a Rocha Há informações de que toda raiz quando cresce muito e atinge a rocha pára de crescer. No caso do cedro do Líbano a raiz continua a crescer em volta da rocha, abraçando-a. Enquanto algumas raízes vêem na rocha um impedimento para a sua expansão, para o cedro, justamente o contrário. Quanto mais abraçado à rocha mais firme ficará. Para muitos o encontro com a rocha fará cessar o seu crescimento. Refiro-me aos que vivem fora da Palavra de Deus. Eles vão crescendo e desenvolvendo seus projetos pessoais até esbarrarem em Cristo e em Seus imutáveis princípios. Não podem prosperar à maneira de Deus porque seus métodos, fórmulas, motivações e ações são condenados por Ele. Não é assim com o justo que continua crescendo até suas raízes se firmarem na rocha, abraçando-a e estabelecendo uma relação de maior intimidade. Para vós outros, portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para os descrentes, A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular e: Pedra de tropeço e rocha de ofensa. São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos.” (1 Pedro 2:7-8 ) CONCLUSÃO O nosso desejo é o de assimilar as verdades paralelas expressas pela figura do cedro do Líbano. Devemos fazer isso porque foi Deus quem disse que cresceríamos como ele.