quarta-feira, 29 de abril de 2015

Nova Lição Bíblica CPAD - Adulto - 3º Trim 2015 : As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais
Lições do 3º Trimestre 2015 Comentarista - Elinaldo Renovato de Lima. A Igreja e o seu Testemunho: As Ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais - Sumário Lição 1 Uma Mensagem à Igreja Local e a Liderança Lição 2 O Evangelho da Graça Lição 3 Oração e Recomendação às Mulheres Cristãs Lição 4 Pastores e Diáconos Lição 5 Apostasia, Fidelidade e Diligência no Ministério Lição 6 Conselhos Gerais Lição 7 Eu Sei em Quem Tenho Crido Lição 8 Aprovados por Deus em Cristo Jesus Lição 9 A Corrupção dos Últimos Dias Lição 10 O Líder Diante da Chegada da Morte Lição 11 A Organização de Uma Igreja Local Lição 12 Exortações Gerais Lição 13 A Manifestação da Graça da Salvação

sábado, 25 de abril de 2015

Lição 04 - Lições Bíblicas Adultos - 2º Trim./2015 - CPAD

CGADB - 42a. AGO em Fortaleza encerrou antes do prazo previsto
Um dia antes do previsto - na programação estava marcado para o dia 24 - encerrou-se ontem à noite à 42ª Assembleia Geral Ordinária, no Centro de Convenções do Ceará, com culto onde pregou o pastor Genival Bento, de Maceió, AL. A rigor, os trabalhos convencionais ocuparam apenas dois dias - quarta e quinta - já que terça-feira só houve o culto de abertura à noite.
O dia de ontem praticamente girou ao redor da aprovação do Código de Ética e Disciplina, embora tenha sido rejeitado o pedido de filiação à CGADB de uma nova convenção de Pernambuco, formada de pastores desligados da COMADALPE, enquanto no dia anterior foi recebida a COMADELESTE, outra convenção organizada no Estado de Minas Gerais.
As discussões sobre o Código de Ética e Disciplina transcorreram dentro da normalidade, com destaque para o pastor Cláudio Dias, que conseguiu evitar a aprovação de pontos controversos, e o pastor Jônatas Câmara, que todas as vezes em que ocupou o microfone bateu na tecla que as regras deveriam ser aplicadas não só aos convencionais em geral, mas aos membros da Mesa Diretora e demais órgãos da CGADB.
Enquanto durou a AGO, vigiu a liminar que garantiu a entrada do pastor Samuel Câmara nas sessões plenárias, todavia, o mesmo preferiu não participar dos debates.
A nota triste, para os familiares, amigos e irmãos que ficam, foi a morte do pastor Edson Guimarães, pertencente à COMIEADEPA, no Pará, presidida pelo pastor Gilberto Marques, que sofreu um acidente vascular cerebral ainda no hotel, na manhã de quarta-feira.
Convém acrescentar que, o relatório financeiro da CGADB foi aprovado no dia anterior, quarta-feira, por três dos cinco membros do Conselho Fiscal. Votaram contra os pastores Geovani Neres e Jediel Lima.
E assim se foi a 42ª AGO da CGADB.
Com informações do Blog do Pr. Geremias Couto
A TENTAÇÃO DE JESUS - SUBSÍDIO PARA LIÇÃO BÍBLICA
Qual é a principal estratégia do diabo para levar as pessoas ao pecado? Tentá-las é a resposta. Só quando percebermos e conseguimos neutralizar as ações do Inimigo, das seduções do mundo e das inclinações da carne, através da observação de alguns princípios bíblicos, é que sairemos vitoriosos sobre as tentações. O QUE É A TENTAÇÃO Conforme o Dicionário Bíblico Wycliffe, os termos hebraicos massa e nasa, podem, às vezes, ter o significado de "induzir ao pecado". Mas seu principal e predominante significado é o de "testar o valor e o caráter de homens" e, às vezes, os de Deus (Hb 3.9). "Tentação", do latin tentatione, pode significar indução ao erro. Segundo o Dicionário Vine (2003, p. 1014-1015), a palavra grega para “tentação” é peirasmós e ekpeirazõ. Esta palavra é usada com os seguintes significados: - Provas com o propósito e efeito benéficos (Lc 22.28; At 20.19; Tg 1.32; I Pe 1.6; 4.12; 2 Pe 2.9); - Com um significado bom ou neutro (Gl 4.14); - Provas de caráter variado (Mt 6.13; Lc 11.4; I Co 10.13); - Prova projetada definitivamente a conduzir à má ação, “tentação” (Lc 4.13; 8.13; I Tm 6.9); - A “tentar” ou desafiar Deus, por homens (Hb 3.8). CONCEITO TEOLÓGICO "Tentação" pode ser definida como uma influência interna ou externa, de origem divina (quando se refere ao fato de Deus "provar" o homem, 1 Pe 4.12), diabólica (Mt 4.7) ou humana (Tg 1.14), que embora, em si, não seja pecado, pode conduzir ao mesmo (Tg 1.15). OS CINCO ESTÁGIOS DA TENTAÇÃO (Tg 1.14-15) Os estágios ou processos da tentação podem ser classificados em cinco. São eles: - Inclinação. "Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça". Dá-se em virtude da natureza pecaminosa do homem; - Atração. "quando esta o atrai". A atração, percepção seguida da atenção é resultado natural da ação dinâmica dos nossos sentidos (tato, olfato, visão. audição e paladar); - Sedução. "e seduz". Sedução, conforme o Dicionário Michaelis, significa "1. Ato ou efeito de seduzir ou de ser seduzido. 2. Qualidade de sedutor. 3. Encanto, atração, fascínio." A sedução é uma ação envolvente, que de maneira sútil, embriaga, neutraliza a razão, podendo ser considerada um estágio avançado no processo da tentação; - Concepção. "Então, a cobiça, depois de haver concebido". A idéia aqui, é a do estabelecimento pleno do desejo de pecar, de transgredir, de realizar o desejo, independente das consequências. O pecado está a um passo; - Consumação. "dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado,". O pecado é o resultado da consumação de todo o processo pertinente a tentação. Este processo pode ser lento ou rápido, planejado minuciosamente ou entregue aos acontecimentos. A consequência imediata deste último estágio é a morte (Gn 2.17; Rm 6.23). É POSSÍVEL RESISTIR A TENTAÇÃO Segundo Champlin "A tentação, se não for dominada, destrói a fibra moral. Mas, uma vez que lhe oferecemos resistência, isso melhora a qualidade moral de nosso ser". A Bíblia é clara quando afirma que as tentações podem ser resistidas, suportadas e vencidas: "Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação;" (Tg 1.12) "Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós." (Tg 4.7) "Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar." (1 Co 10.13) COMO VENCER A TENTAÇÃO A observância de alguns princípios e orientações da Palavra de Deus nos conduzirá sempre para a vitória sobre a tentação. Dentre os tais, podemos citar: - Vigiar e Orar. "vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca." (Mt 26.41; Mc 14.38); - Mortificar os feitos do corpo, através de uma vida guiada pelo Espírito."Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis. Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.” (Rm 8.13-14); - Andar no Espírito. "Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne". (Gl 5.16); - Viver por fé. "porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé." (1 Jo 5.4); - Fazer a vontade de Deus. "Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente." (1 Jo 2.17). A tentação não faz acepção de pessoas. Ela se faz presente na vida de crianças, jovens, adultos e anciãos. Ela não respeita condição ou posição social, novos convertidos ou veteranos na fé. Congregados, membros, líderes e oficiais da igreja, também estão incluso. Crentes carnais ou espirituais, famosos ou anônimos, profanos ou santos, íntegros ou imorais, casados ou solteiros, verdadeiros ou hipócritas, obedientes ou insubmissos, também não escapam. Todos os dias, milhares de cristãos caem em tentação. Enquanto você lê esse texto, estou certo de que em sua vida, uma das etapas do processo da tentação está sendo vivenciada. Desperte, acorde, fuja, resista, lute, clame, rompa agora com a possibilidade do pecado. É preciso lembrar, que tentação não envolve apenas questões "sexuais", antes, inclui qualquer questão moral e espiritual. Tentação envolve desobedecer a Deus, transgredir os seus mandamentos, negar através de ações o amor que declaramos a Ele. A TENTAÇÃO DE JESUS: EGOÍSMO E disse-lhe o diabo: Se tu és o Filho de Deus, dize a esta pedra que se transforme em pão. E Jesus lhe respondeu, dizendo: Escrito está que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra de Deus. (Lc 4.3-4) Vivemos numa sociedade egoísta onde cada vez mais é enfatizada a necessidade de consumir o supérfluo, aparecer, de conquistar poder, fama e prestígio, de atrair para si os holofotes do mundo evangélico, de ser a “estrela” ou atração do momento, de se tornar o principal “produto de consumo” no mercado gospel, onde a pregação e adoração fazem parte do show business gospel, onde o ministério tem se tornado uma atividade meramente profissional, onde pastores-executivos (e não servos) se gabam de suas posses, riquezas e grandeza posicional e ministerial. O culto à personalidade e a busca pela satisfação pessoal são prioridades. Nos dias atuais, a multiplicação que acontece na vida de alguns líderes cristãos em benefício de si mesmos não é de pão, é de posses. O detalhe é que nunca ficam saciados, pois sempre estão em busca de mais coisas. A TENTAÇÃO DE JESUS: PRESTÍGIO, PODER MINISTERIAL E SECULAR E o diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe, num momento de tempo, todos os reinos do mundo. E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero. Portanto, se tu me adorares, tudo será teu. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Adorarás o Senhor, teu Deus, e só a ele servirás. (Lc 4.5-8) A síndrome da sociedade do espetáculo atinge também pastores, que no afã de aumentar seu prestígio, e de dar demonstrações de seu poderio ministerial, investem milhões de reais na construção de templos suntuosos para a própria glória, deixando com isso de dar prioridade às coisas essenciais no Reino de Deus. No âmbito da política eclesiástica disputam sem ética alguma, matam e morrem por cargos em Mesas Diretoras e demais posições de prestígio. Buscam o poder pelo poder. Estão interessados em meras demonstrações de força e influência. Famílias se tornam proprietárias de igrejas, campos eclesiásticos e ministérios regionais, se perpetuando no poder, comprando e vendendo gente para tal fim. Temos ainda o fato de que para conquistar ou se manter no poder institucional (local, regional ou nacional), muitos líderes estão apresentando novos ministros, pois a quantidade dos apadrinhados é a garantia de grandes votações para cargos eletivos, ou para garantir, quando no caso, a indicação dos mesmos em mesas diretoras, conselhos e comissões. Nunca houve tantos ministros “enfeitando” tribunas e reuniões ministeriais e convencionais (quando aparecem) como dias atuais, sem mensagem, poder espiritual, credibilidade ou vocação. Um pregador ou pastor pentecostal é visto por muitos como um mero eleitor convencional. Como sempre advirto, é preciso evitar em todos os casos o generalismo irresponsável, pois sabemos que ainda há pastores, pregadores, ensinadores e cantores sérios, que em tudo buscam a glória e a direção de Deus em seus ministérios. Como se não bastasse o poder eclesial, os famosos e poderosos da fé partem em busca do poder temporal, relativizando valores morais e espirituais para obterem poder político secular. O pior, é que boa parte destes fazem isso pelos mesmos motivos egoístas e ambiciosos que os leva e os mantém no poder eclesial. A TENTAÇÃO DE JESUS: VISIBILIDADE E FAMA
Levou-o também a Jerusalém, e pô-lo sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo, porque está escrito: Mandará aos seus anjos, acerca de ti, que te guardem e que te sustenham nas mãos, para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Dito está: Não tentarás ao Senhor, teu Deus. (Lc 4.9-12) FAMA: PERSPECTIVA BÍBLICA E SECULAR E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. E a sua fama correu por toda a Síria; e traziam-lhe todos os que padeciam acometidos de várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos e os paralíticos, e ele os curava. (Mt 4.23-24) E logo correu a sua fama por toda a província da Galileia. (Mc 1.28) E a sua fama divulgava-se por todos os lugares, em redor daquela comarca (Lc 4.37) Porém a sua fama se propagava ainda mais, e ajuntava-se muita gente para o ouvir e para ser por ele curada das suas enfermidades. (Lc 5.15) As palavras gregas traduzidas por “fama” nos versículos acima são akoe, que significa literalmente “ouvir um relato acerca de fatos acontecidos ou dos feitos de alguém”, e logos, que pode significar “as notícias acerca das realizações de alguém”. Em ambos os casos pode-se utilizar o termo “fama” como tradução, assumindo este um sentido positivo. É assim que podemos entender a fama de Jesus. Há outros casos onde a ideia de fama num sentido positivo está implícita: Ora, o SENHOR, disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu será uma bênção. (Gn 12.1-2) Agora, pois, assim dirás a meu servo, a Davi: Assim diz o SENHOR, dos Exércitos: Eu te tirei do curral, de detrás das ovelhas, para que fosses chefe do meu povo Israel. E estive contigo por toda parte por onde foste, e de diante de ti exterminei todos os teus inimigos, e te fiz, um nome como o nome dos grandes que estão na terra. (1 Cr 17.7-8) Em seu aspecto bíblico e positivo, a fama tem as seguintes características: - Não é buscada por aquele que a adquire - É resultado da ação direta e do plano de Deus na vida daqueles que Ele deseja tornar conhecidos - Tem a sua razão de ser para a glória de Deus Em sua perspectiva secular ou mundana, a fama é almejada, buscada e disputada pelo próprio indivíduo, e tem como fim último a sua glória pessoal. O filósofo e escrito francês Guy Debord, em sua obra A Sociedade do Espetáculo, interpretou de maneira bastante interessante a busca desenfreada pela fama, pelo parecer e aparecer. Em sua tese, a base da sociedade existente é o espetáculo, ou seja, o aparente, o irreal, o ilusório, uma relação social entre pessoas mediada por imagens. A vida organizada socialmente se fundamenta na simples aparência das coisas. Na sociedade do espetáculo “o que aparece é bom, o que é bom aparece”. Dessa forma, todos querem aparecer, ser vistos, ser aceitos e aplaudidos. Na sociedade do espetáculo o indivíduo não pode ficar “por baixo”, nos bastidores, pois precisa ser visto, aceito e aplaudido. Na sociedade do espetáculo, que já atingiu a igreja evangélica brasileira, é preciso aparentar ser o astro que não se é, ter o sucesso forjado através do pagamento de “ofertas-jabás”. Na sociedade do Espetáculo paga-se para aparecer. A febre da fama atingiu pregadores e cantores evangélicos. Há no Brasil grandes congressos onde para se cantar e pregar é necessário dar uma “oferta missionária”. Pregadores e cantores pagam a “oferta-jabá”, pois acreditam que após gravarem o seu CD ou DVD no referido evento (ou eventos), vão “bombar”, e com isso terão a garantia de uma agenda bastante rentável. Algumas empresas literárias e produtoras musicais “evangélicas” já se tornaram fábricas de ídolos, usando de estratégias de marketing para promover os seus contratados, e com isso multiplicar o seu capital, sem nenhuma visão de Reino. CONCLUSÃO Satanás intentou frustrar o ministério de Jesus pouco antes do seu início. Para isso ofereceu ao Senhor o mesmo que tem oferecido para os filhos de Deus nos dias atuais, numa tentativa semelhante de frustrar, comprometer e destruir ministérios. Jesus venceu Satanás pela Palavra, permaneceu fiel aos propósitos do Pai, e com isso teve autoridade para exercer o seu ministério, sem ter do que ser acusado pelo próprio Satanás, nem por homem algum. Observamos nos dias atuais o fracasso de homens e mulheres que foram levantados por Deus, no início, e até no final de seus ministérios, exatamente pela aceitação daquelas ofertas que Jesus recusou. Foram seduzidos e tragados pelo egoísmo, pela busca da fama e do poder temporal, da efêmera e passageira glória do aqui e agora. Que o Senhor tenha misericórdia de nós!

sexta-feira, 24 de abril de 2015

2º Trimestre de 2015: Lição 4 - 26 de abril de 2015; A Tentação de Jesus # TEXTO ÁUREO VERDADE PRÁTICA "Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado." (Hb4.15) Jesus firmou-se na Palavra de Deus para vencer Satanás. Assim devemos agir para obter a vitória. LEITURA DIÁRIA Segunda - Lc 4.2; 1 Co 10.13 A tentação é uma realidade para todos os crentes Quinta - Lc 4.5-8 A tentação de ser prestigiado e assim descumprirmos o propósito Terça - Lc 4.3; 1 Pe 5.8 A necessidade constante de vigilância ante a tentação Sexta - Lc 4.9 A tentação de ser notado quando Deus quer discrição Quarta - Gn 3.6; Lc 4.3,4 A tentação de ser saciado em um momento de necessidade Sábado - Lc 4.12,13 Em Jesus Cristo podemos vencer a tentação LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Lucas 4.1-13 1 - E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto. 2 - E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e, naqueles dias, não comeu coisa alguma, e, terminados eles, teve fome. 3 - E disse-lhe o diabo: Se tu és o Filho de Deus, dize a esta pedra que se transforme em pão. 4 - E Jesus lhe respondeu, dizendo: Escrito está que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra de Deus. 5 - E o diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe, num momento de tempo, todos os reinos do mundo. 6 - E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero. 7 - Portanto, se tu me adorares, tudo será teu. 8 - E Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Adorarás o Senhor, teu Deus, e só a ele servirás. 9 - Levou-o também a Jerusalém, e pô-lo sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo, 10 - porque está escrito: Mandará aos seus anjos, acerca de ti, que te guardem 11 - e que te sustenham nas mãos, para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra. 12 - E Jesus, respondendo, disse-lhe: Dito está: Não tentarás ao Senhor, teu Deus. 13 - E, acabando o diabo toda a tentação, ausentou-se dele por algum tempo. HINOS SUGERIDOS: 75, 308, 422 da Harpa Cristã OBJETIVO GERAL Mostrar que Jesus foi tentado, mas venceu toda tentação pelo poder da Palavra de Deus. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Após esta aula, o aluno deverá estar apto a: Abaixo, os objetivos específicos referem-se aos que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos. I. Compreender a realidade da tentação. II. Explicar como Jesus venceu a tentação de ser saciado. III. Saber como Jesus venceu a tentação de ser celebrado. IV. Analisar as artimanhas do Inimigo para que Jesus cedesse à tentação de ser notado. COMENTÁRIO INTRODUÇÃO A tentação é uma realidade com a qual todo crente, em algum momento, irá se deparar. Não existe ninguém que seja imune à tentação, pois até mesmo Jesus, o homem perfeito, foi tentado! A resposta à tentação não é, portanto, negá-la, mas enfrentá-la à luz da Palavra de Deus. Nesta lição iremos aprender como Jesus enfrentou a tentação e derrotou Satanás. Veremos a sutileza do Diabo em tentar o Filho de Deus em um momento de extrema carência e necessidade física, e como o Filho do Homem o derrotou ao dizer "não" a cada uma de suas propostas. Por fim, destacaremos que a vitória de Jesus é também a nossa. [Comentário: Tentação É um desejo violento da alma humana a fazer algo que pode ser certo ou errado. Do latim temptatio ou tentatio, ataque, tentativa; é o ato ou efeito de tentar; movimento interior que nos instiga a fazer o mal; apetite, desejo violento. Deus nos criou com um coração que tem desejos (Sl 37.5), depois da queda, este coração deseja o que é contrário a Deus e à Sua Palavra. Lidar com o pecado e com aquilo que nos leva a ele, tem sido o grande desafio de cada crente ao longo de todos esses séculos. É importante lembrar que a tentação está intimamente ligada ao pecado, mas não é o pecado em si. Na verdade, ela é algo que antecede qualquer ato pecaminoso. Ninguém precisa sair atrás da tentação porque ela vem muito naturalmente. Ela vem ao pobre, ao rico, aos crentes e aos descrentes. O crente novo é tentado, e também o crente antigo. Jesus Cristo foi tentado. Sem a tentação e o direito de escolher entre o bem e o mal seríamos uma máquina, e Deus não nos isenta das nossas responsabilidades na hora da escolha. Os próprios discípulos de Jesus lidaram com isso e não é diferente conosco. Naqueles momentos de agonia que antecederam sua crucificação, Jesus ainda buscava o crescimento espiritual e a preparação daqueles homens para os grandes desafios que teriam pela frente. O primeiro desafio de Jesus é claramente coordenado pelo Espírito Santo que o conduz a uma área deserta para jejuar. Em seguida, permite que o enfraquecido Salvador seja testado por Satanás. A vitória de Cristo demonstra o tema de Lucas. Jesus é um ser humano ideal, diferentemente de Adão e Eva, que caíram (4.1-13). Mateus deixa claro que foi o próprio Espírito Santo que o levou ao deserto para ser tentado. Não partiu de Satanás tal atitude. Jesus não foi guiado ao deserto por uma força maligna, mas foi conduzido pelo Espírito Santo. Foi pela expressa vontade de Deus que esta crise se produziu na vida de Jesus. Não é que o Senhor queria ver se Jesus cairia ou não, mas uma demonstração da impossibilidade da Sua queda. À semelhança de Adão, Jesus foi tentado, com uma diferença: Adão foi tentado no Jardim do Éden e caiu, Jesus foi tentado no deserto e venceu a Satanás.]. Convido você para mergulharmos mais fundo nas Escrituras! Para continuar lendo, clique abaixo: I - A REALIDADE DA TENTAÇÃO 1. Uma realidade humana. Já foram assinalados em comentários anteriores que devemos levar em conta o fato bíblico e teológico incontestável de que Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Como Deus, não podia ser tentado, mas como homem, mesmo sendo perfeito, sim (Jo 17-5; Fp 2.5-11; Hb 2.17). No mistério da encarnação, Jesus não perdeu a sua natureza divina, nem tampouco os atributos da divindade, mas, como diz a tradução americana de Philips, Ele "abdicou de seus privilégios" (Fp 2.7). Como homem Ele foi tentado em todas as coisas, assim como nós, porém, não transgrediu (Hb 4.15). À luz do ensino bíblico, portanto, a tentação de Jesus Cristo foi real e não apenas uma encenação. 0 homem perfeito, Jesus, foi tentado em tudo, mas não pecou! (1 Pe 2.22) [Comentário: Lawrence O. Richards comentando Lc 4.2 em sua obra Guia do Leitor da Bíblia. Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo (CPAD), escreve: “As palavras gregas peirazo (απόδειξη - lê-se apóviquici) e peiras mossãa (δίκη - Lê-se leiquim) igualmente traduzidas por “prova” e “julgamento” bem como por “tentar” e “tentação” (προσπαθώ - Lê-se prustraufão). O que há de comum é a situação que nos coloca sob grande pressão. O texto em Tiago 1 é especialmente útil para nos ajudar a tratar essas situações, ao nos lembrar que Deus jamais tenta as pessoas, no sentido de induzi-las ao mal (Tg 1.13). Deus, contudo, nos prova da mesma maneira que permitiu que Satanás o fizesse com Jesus, a fim de demonstrar a nós e a todos que podemos vencer pela sua força. Adão e Eva falharam no teste. Por meio de Cristo você e eu somos vitoriosos”. RICHARDS. Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo.Editora CPAD. pag. 655. Mas como seria possível Jesus ser tentado? William Hendriksen esclarece sobre esse fato em sua obra Comentário do Novo Testamento (Cultura Cristã): “Em nossa tentativa de responder a essa pergunta devemos antes de mais nada observar que o que foi tentado foi sua natureza humana. Jesus não só era Deus; ele era também homem. Além do mais, sua alma não era dura como uma pederneira nem fria como um bloco de gelo. Era uma alma plenamente humana, profundamente sensível, afetada e comovida pelos sofrimentos de todo gênero. Foi Cristo quem disse: “Tenho um batismo com o qual hei de ser batizado; e como me angustio até que o veja concretizado” (Lc 12.50). Jesus foi capaz de expressar carinho (Mt 19.13, 14), compaixão (Mt 23.37; Jo 11.35), piedade (Mt 12.32), ira (Mt 17.17), gratidão (Mt 11.25) e profundo anseio pela salvação dos pecadores (Mt 11.28; 23.37; Lc 15; 19.10; Jo 7.37) para a glória do Pai (Jo 17.1-5). Sendo não só Deus mas também homem, ele sabia o que era estar cansado (Jo 4.6) e sedento (4.7; 19.28). Portanto, realmente não deveria surpreender-nos que, depois de um jejum de quarenta dias, ele sentisse muita fome, e que a proposta de converter pedras em pães se constituía numa tentação bem real para ele, tanto mais sabendo que estava revestido do poder para fazer milagres! Não obstante, não deixa de ser verdade que a possibilidade e realidade da tentação de Cristo vai além de nossa compreensão. Mas não é esse um fato em relação a cada doutrina? O que sabemos realmente sobre nós mesmos, sobre nossa alma e a interação que existe entre alma e corpo? Pouco, aliás, bem pouco! Como poderíamos, pois, penetrar nas profundezas da alma de Cristo e analisá-la suficientemente a fim de fornecer uma explicação psicológica absolutamente satisfatória de suas tentações?” HENDRIKSEN. William. Comentário do Novo Testamento. Lucas I. Editora Cultura Cristã. pag. 315-316. Jesus, como homem, exibia elevadíssima espiritualidade. Suas qualidades espirituais não eram automáticas, mas resultavam de uma luta muito intensa, através da vitória sobre o pecado, diante do qual, jamais cedeu. Entrementes, ele desenvolveu elevadas virtudes morais positivas. (Veja Gálatas 5.22,23, quanto a essas virtudes). Assim sendo, Jesus foi o Pioneiro do caminho, tendo-nos mostrado, como devemos desenvolvermos espiritualmente, através da dedicação absoluta. Jesus possuía nosso tipo de natureza, juntamente com as suas fraquezas. Não obstante, triunfou!] 2. Vencendo a tentação. Lucas revela que Cristo foi conduzido pelo Espírito Santo ao deserto para ser tentado pelo Diabo. Jesus, em sua condição humana, foi capacitado pelo Espírito Santo para enfrentar Satanás. A capacitação de poder sobre Jesus revela o lado messiânico da sua missão. Na teologia lucana, o Messias seria revestido pelo Espírito para realizar a obra de Deus, e isso incluía desfazer as obras do Diabo. A vitória de Jesus sobre a tentação é também a nossa vitória. Jesus, o homem perfeito, venceu a sedução do pecado com oração, com a Palavra e por andar no Espírito. Todos os que estão em Cristo podem sim, também, vencer a tentação (1 Co 10.13). [Comentário: Por que o Espírito Santo impeliu Jesus ao deserto para ser tentado? Qual era o propósito? Que Deus tinha um propósito ao permitir que Jesus fosse tentado no deserto é evidente pela declaração "foi levado pelo Espírito ao deserto". Uma finalidade é assegurar-nos de que temos um sumo sacerdote capaz de Se relacionar conosco em todas as nossas debilidades e fraquezas (Hebreus 4.15) porque Ele mesmo foi tentado em todos os pontos nos quais também somos. A natureza humana do Nosso Senhor permite que Ele compreenda as nossas próprias fraquezas por ter sido submetido à fraqueza também. "Porque, tendo em vista o que ele mesmo sofreu quando tentado, ele é capaz de socorrer aqueles que também estão sendo tentados" (Hebreus 2.18). A palavra grega traduzida "tentado" aqui significa "pôr à prova". Então, quando somos colocados à prova e testados pelas circunstâncias da vida, podemos ter certeza de que Jesus entende e se solidariza como alguém que sofreu as mesmas provações. O Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal (CPAD), sobre a expressão “foi tentado”, afirma: “descreve uma ação contínua; Jesus foi tentado constantemente durante os quarenta dias. O Espírito levou Jesus ao deserto onde Deus pôs Jesus à prova - não para ver se Jesus estava pronto, mas para mostrar que Ele estava preparado para a sua missão. Satanás, no entanto, tinha outros planos; ele esperava distorcer a missão de Jesus tentando-o para fazer o mal. Por que era necessário que Jesus fosse tentado? A tentação faz parte da experiência humana. Para que Jesus fosse completamente humano, Ele tinha que enfrentar a tentação (veja Hb 4.15). Jesus tinha de desfazer o que Adão tinha feito. Adão, embora criado perfeito, cedeu à tentação, e assim o pecado entrou na raça humana. Jesus, o segundo Adão, por outro lado, resistiu a Satanás. A sua vitória oferece a salvação aos descendentes de Adão (veja Rm 5.12-19). Durante estes quarenta dias, Jesus não comeu coisa alguma, de modo que ao final Ele teve fome. A condição de Jesus como Filho de Deus não tornava o seu jejum mais fácil; o seu corpo físico sofria a fome severa e a dor de estar sem alimento. As três tentações registradas aqui ocorreram quando Jesus estava na sua condição física mais enfraquecida” Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 341.] SÍNTESE DO TÓPICO I A tentação é uma realidade para todos os filhos de Deus. II - A TENTAÇÃO DE SER SACIADO 1. A sutileza da tentação. A primeira tentação de Jesus se dá na esfera dos apetites. A essa tentação Jesus respondeu: "Escrito está que nem só de pão viverá o homem" (Lc 4.3,4). O Diabo, por certo, sabia que por ocasião do batismo de Jesus, Deus, o Pai, falara-lhe da sua filiação divina (Lc 3.22). Jesus, como o homem perfeito que era, precisava enfrentar a tentação em sua condição humana, e não fazer uso de seus atributos divinos como queria o Diabo. Como Filho de Deus que era, evidentemente Jesus poderia usar os atributos da divindade para transformar todo aquele deserto em pão. Todavia, se assim procedesse, negaria a sua missão de homem perfeito. Quer o Diabo estimule um apetite legítimo, quer não, o seu alvo é sempre o mesmo — colocar tropeços no caminho do servo de Deus. [Comentário: Na luta do cristão contra o diabo, o principal campo de batalha é a tentação. O discípulo precisa vencer o inimigo superando as tentações. Não estamos sós, contudo. Jesus tornou-se um homem, foi tentado como somos, obteve a vitória, assim mostrando como nós podemos triunfar sobre Satanás (Hb 2.17-18; 4.15). É essencial, portanto, que analisemos cuidadosamente de que forma Jesus venceu. Embora Jesus fora tentado várias vezes, ele enfrentou um teste especialmente severo logo depois que foi batizado. A sutileza é mencionada como característica distinta da serpente (Mt 10.16). Com grande astúcia ela oferece sugestões, as quais, ao serem abraçadas, abrem caminho a desejos e atos pecaminosos. Em Gênesis, ela começa falando com uma mulher, o vaso mais frágil, que além dessa circunstância, não tinha ouvido diretamente a proibição divina (Gn 2.16-17). E ela espera até que Eva esteja só. Note-se a astúcia na aproximação. Ela torce as palavras de Deus (Gn 3.1;2.16-17) e então finge surpresa por estarem assim torcidas; dessa maneira ela astutamente semeia dúvida e suspeitas no coração da ingênua mulher, e ao mesmo tempo insinua que está bem qualificada para ser juiz quanto à justiça de tal proibição. "Se és o Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães" (Lc 4.3). O diabo é um mestre das coisas aparentemente lógicas. Jesus estava faminto; ele tinha poder para transformar as pedras em pão. O diabo simplesmente sugeriu que ele tirasse vantagem de seu privilégio especial para prover sua necessidade imediata. As questões: Era verdade que Jesus necessitava de alimento para sobreviver. Mas a questão era como ele o obteria. Lembre-se de que foi Deus quem o conduziu a um deserto sem alimento. O diabo aconselhou Jesus a agir independentemente e encontrar seus próprios meios para suprir sua necessidade. Confiará ele em Deus ou se alimentará a seu próprio modo? Há aqui, também, uma questão mais básica: Como Jesus usará suas aptidões? O grande poder que Jesus tinha seria usado como uma lâmpada de Aladim, para gratificar seus desejos pessoais? A tentação era ressaltar demais os privilégios de sua divindade e minimizar as responsabilidades de sua humanidade. E isto era crucial, porque o plano de Deus era que Jesus enfrentasse a tentação na área de sua humanidade, usando somente os recursos que todos nós temos a nossa disposição. A resposta de Jesus ao conselho de Satanás foi uma expressão de confiança filial ao cuidado do Pai. Sem dúvida, aquele que providenciara o maná quando não havia pão, e que bem recentemente dissera: “Tu és o meu Filho, o Amado”, não falharia a seu amado nesta hora de provação. Matthew Henry esclarece: “O Senhor Jesus respondeu utilizando as Escrituras (v. 4): Está escrito. Esta é a primeira palavra registrada como sendo falada por Cristo depois da instalação de seu ofício profético; e é uma citação do Antigo Testamento, para mostrar que Ele veio para declarar e manter a autoridade das Escrituras como algo que não se pode controlar; Satanás não é capaz de controlá-la. E embora o Senhor Jesus tivesse o Espírito sem medida, e tivesse uma doutrina própria para pregar e uma religião para fundar, ela estava de acordo com Moisés e os profetas. O Senhor Jesus estabelece os escritos destes homens como uma regra para si mesmo, e nos recomenda que os tenhamos como uma resposta a Satanás e às suas tentações. A Palavra de Deus é a nossa espada, e a fé nesta preciosa Palavra é o nosso escudo; devemos, portanto, ser poderosos nas Escrituras, e seguirmos nesta força, avançarmos, e continuarmos na nossa batalha espiritual, conhecendo o que está escrito, porque ela é para o nosso aprendizado, para o nosso uso. O texto das Escrituras que o Senhor Jesus menciona é Deuteronômio 8.3. Em outras palavras: “O homem não viverá só de pão. Eu não preciso transformar as pedras em pão, porque Deus Pai pode enviar o maná para o meu sustento, assim como Ele fez por Israel; o homem pode viver de toda Palavra de Deus, e ser alimentado por aquilo que Ele determinar”. Como é que Cristo pode ter vivido confortavelmente durante estes últimos quarenta dias? Não pelo pão, mas pela Palavra de Deus, pela meditação sobre esta Palavra, e pela comunhão com ela, e com Deus nela e por ela; e de uma maneira que Ele ainda pudesse viver, embora agora Ele começasse a ter fome. Deus tem muitas maneiras de sustentar o seu povo, sem os meios comuns de subsistência. Portanto, não se deve em nenhuma circunstância perder a confiança nele, mas em todo o tempo devemos depender dele, no caminho da obediência. Se faltar o alimento, Deus pode tirar o apetite, ou dar graus de paciência que permitam que um homem ria da assolação e da fome (Jó 5.22). O Senhor também pode tornar os legumes e a água mais nutritivos do que toda a porção do manjar do rei (Dn 1.12,13), permitindo que o seu povo se alegre nele, mesmo que a figueira não floresça, Habacuque 3.17. Uma crente vigorosa disse que fez das promessas a sua refeição nas ocasiões em que sofreu a escassez de alimentos”. HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa.Editora CPAD. pag. 547.] 2.Gratificação pessoal. Depois de 40 dias de jejum total, Jesus, sem dúvida alguma, encontrava-se debilitado fisicamente. Todo o seu ser, por certo, exigia ser saciado. Tanto a água quanto o pão são elementos necessários para a manutenção do corpo. Não há, portanto, nada de errado com o desejo de comer ou beber. Todavia, se esse desejo é apenas para uma gratificação pessoal, como queria o Diabo, então ele se converte em pecado. Satanás queria que Jesus visse as coisas materiais como sendo mais necessárias do que as espirituais. Jesus mostra que mais importante do que o pão material era o pão espiritual, a Palavra de Deus. Ainda hoje, o Diabo usa a mesma artimanha quando convence os homens de que ter abundância, fartura ou prosperidade material é melhor do que desfrutar da comunhão com Deus. [Comentário: Em cada teste, Jesus se voltava para as Escrituras, usando um meio que nós também podemos empregar para superar a tentação. A passagem que ele citou foi a mais adequada naquela situação. No contexto, os israelitas tinham aprendido durante seus 40 anos no deserto que eles deveriam esperar e confiar no Senhor para conseguir alimento, e não tentar conceber seus próprios esquemas para se sustentarem. Depois de quarenta dias de jejum Jesus estava com seu corpo totalmente debilitado. Nesse período Jesus jejuou e orou incessantemente – o Espírito estava pronto, mas a carne estava para entrar em tentação. A fome castigava seu estômago. É nessa oportunidade que Satanás se aproxima e lhe diz: “Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães”. Satanás propôs a Jesus usar seu poder para satisfazer sua necessidade, ou seja, fazer uma coisa boa de modo errado: mitigar a fome atendendo a voz do diabo. O intento de Satanás de levar Jesus transformar pedras em pães era maior que um apelo à fome. Havia a sugestão de evitar a cruz, tornando-se um reformador social popular. Isso quase ocorreu quando Jesus multiplicou os pães e os peixes em João 6. Mas veja o resultado da multiplicação e o que o Senhor Jesus fez: “Vendo, pois, os homens o sinal que Jesus fizera, disseram: Este é, verdadeiramente, o profeta que devia vir ao mundo. Sabendo, pois, Jesus que estavam para vir com o intuito de arrebatá-lo para o proclamarem rei, retirou-se novamente, sozinho, para o monte” (Jo 6.14,15). Não era e não é esse tipo de Reino que o Senhor veio estabelecer na terra, mas um reino espiritual. Mas quantas igrejas estão embarcando na Teologia da Missão Integral que na verdade é uma nova roupagem da Teologia da Libertação. É bom deixar claro que a Teologia da Missão Integral dialoga com o marxismo. E os que defendem essa teologia ainda dizem que é impossível dialogar com o mundo sem dialogar com o marxismo. O marxismo mudou a face do Ocidente por, pelo menos, setenta anos. O tempo todo Satanás tentou impedir que o Senhor fosse até a cruz. E hoje tenta evitar que a mesma seja pregada também pela igreja. Transformar pedras em pães, à primeira vista, parece ser um ato relativamente inofensivo, até mesmo uma sugestão piedosa. Jesus rinha muita fome, então por que não usar os recursos sob o seu comando e transformar uma pedra em pão? Neste caso, entretanto, o pecado não estava no ato, mas na razão por trás dele. O diabo estava tentando fazer Jesus tomar um atalho para resolver o seu problema imediato à custa de seus objetivos de longo prazo, procurando o conforto através do sacrifício da sua disciplina. Satanás normalmente trabalha desta forma - persuadindo as pessoas a realizar uma ação, até mesmo uma boa ação, por um motivo errado ou na hora errada. O fato de que alguma coisa não seja propriamente errada não significa que é boa para alguém em determinado momento. Muita gente peca tentando satisfazer desejos legítimos não incluídos na vontade de Deus, ou, antes do momento definido por Ele.] SÍNTESE DO TÓPICO II Jesus foi tento do o satisfazer suo necessidade de ser saciado. III-A TENTAÇÃO DE SER CELEBRADO 1. O príncipe deste mundo. No texto de Lucas 4.5-8, o Diabo oferece a Jesus domínio sobre os reinos do mundo. Jesus não contestou as palavras de Satanás quando este afirmou que possuía autoridade sobre este mundo (Lc 4.6). De fato, o próprio Cristo afirmou que Satanás é o príncipe deste mundo (Jo 16.11). O apóstolo João nos diz que "o mundo está no maligno" (1 Jo 5.19). E o apóstolo Paulo diz que o Diabo é "príncipe das potestades do ar" (Ef 2.2). Vivemos em um mundo caído e com um sistema iníquo, mas, assim como Jesus Cristo, não fazemos parte dele (Jo 8.23; 17-9; 18.36). É lamentável quando crentes não apenas vivem de acordo com os padrões deste mundo, mas também ficam totalmente comprometidos com ele. [Comentário: A frase "deus deste mundo" (ou "deus deste século") indica que Satanás é a maior influência sobre os ideais, opiniões, metas, desejos e pontos de vista da maioria das pessoas. Sua influência também abrange filosofias, educação e comércio mundiais. Os pensamentos, ideias, especulações e falsas religiões do mundo estão sob o seu controle e surgiram a partir de suas mentiras e enganos. Satanás também é chamado de "príncipe das potestades do ar" em Efésios 2:2. Ele é o "príncipe deste mundo" em João 12:31. Estes títulos e muitos outros representam as capacidades de Satanás. Dizer, por exemplo, que Satanás é o "príncipe das potestades do ar" significa que, de alguma forma, ele governa o mundo e as pessoas. Isso não quer dizer que ele governa o mundo completamente; Deus ainda é soberano. Entretanto, significa que Deus, em Sua infinita sabedoria, permitiu que Satanás operasse neste mundo dentro dos limites que Deus estabeleceu para ele. Quando a Bíblia diz que Satanás tem poder sobre o mundo, devemos nos lembrar de que Deus deu a ele domínio apenas sobre os incrédulos. Os crentes não estão mais sob o domínio de Satanás (Colossenses 1:13). Os incrédulos, por outro lado, estão presos "no laço do diabo" (2 Timóteo 2:26), encontram-se no "poder do maligno" (1 João 5:19) e são escravos de Satanás (Efésios 2:2). Assim, quando a Bíblia diz que Satanás é o "deus deste mundo", ela não está dizendo que ele tem autoridade máxima. Está transmitindo a ideia de que Satanás governa o mundo descrente de uma maneira específica. Em 2 Coríntios 4:4, o incrédulo segue agenda de Satanás: "o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus". O esquema de Satanás inclui a promoção de falsas filosofias no mundo - filosofias que cegam o incrédulo para a verdade do Evangelho. As filosofias de Satanás são as fortalezas nas quais as pessoas são presas, e elas devem ser libertas por Cristo. Um exemplo de tal filosofia falsa é a crença de que o homem possa ganhar o favor de Deus por um determinado ato ou atos. Em quase todas as religiões falsas, merecer o favor de Deus ou ganhar a vida eterna é um tema predominante. Ganhar a salvação pelas obras, no entanto, é contrário à revelação bíblica. O homem não pode trabalhar para ganhar o favor de Deus; a vida eterna é um dom gratuito (ver Efésios 2:8-9). E esse dom gratuito está disponível por meio de Jesus Cristo e só por Ele (João 3:16; 14:6). Você pode perguntar por que a humanidade não simplesmente recebe o dom gratuito da salvação (João 1:12). A resposta é que Satanás - o deus deste mundo - tem tentado a humanidade a seguir o seu orgulho em seu lugar. Satanás define a agenda, o mundo incrédulo a segue e a humanidade continua a ser enganada. Não é à toa que a Bíblia chama de Satanás de um mentiroso (João 8:44). Leia mais: http://www.gotquestions.org/Portugues/Satanas-deus-esse-mundo.html#ixzz3XiUacbQB] 2. A busca pelo poder terreno. Por trás desse sistema iníquo existe toda uma filosofia de domínio. Esse poder pode estar presente tanto na esfera material como na espiritual. É a busca pela glória e poder terreno. 0 Diabo sabe que o desejo de ser celebrado, de ser chamado "senhor", é algo que fascina os homens. Satanás sabia que derrubaria Adão se o convencesse de que ele poderia se tornar poderoso ao adquirir conhecimento. Adão acreditou que até mesmo poderia ser como Deus (Gn 3.5). A isca foi Lançada e Adão a engoliu! O Diabo por certo acreditava que o mesmo aconteceria com Jesus, o Filho do Homem. Mas Jesus não se dobrou diante de Satanás. Por certo, muitos estão exercitando poder e domínio neste mundo, mas provavelmente também estão se curvando diante de Satanás. [Comentário: Para Jesus, obter o domínio do mundo mediante a adoração de Satanás seria não apenas uma contradição (Satanás ainda estaria no comando), mas também romperia o primeiro mandamento, “Adorarás o Senhor, teu Deus, e só a ele servirás” (Dt 6.4,5, 13). Para realizar a sua missão de trazer salvação ao mundo, Jesus precisaria seguir o caminho da submissão a Deus. Matthew Henry em seu Comentário do Novo Testamento MATEUS A JOÃO (CPAD), escreve: “Satanás exigiu dele honra e adoração: Portanto, se tu me adorares, tudo será teu, v. 7. Em primeiro lugar, Satanás deseja que o Senhor o adore. Talvez ele não queira dizer nunca mais adorar a Deus Pai, mas adorá-lo junto com a adoração oferecida a Deus Pai; porque o diabo sabe, que se ele conseguir apenas uma vez se fazer sócio, logo será o único proprietário. Em segundo lugar, Satanás faria um contrato com o Senhor Jesus, de que quando, de acordo com esta promessa, Ele tomasse posse dos reinos deste mundo, não faria nenhuma alteração nas religiões do mundo, mas toleraria as nações como havia feito até aquele momento, permitindo que sacrificassem aos demônios (1 Co 10.20). Por esta proposta, o Senhor Jesus deveria ainda manter o culto aos demônios no mundo, e então deixá-lo tomar todo o poder e a glória dos reinos se lhe agradasse. Que a riqueza e a grandeza desta terra fiquem para quem quiser; porém, quanto a Satanás, este nada terá se não tiver o coração dos homens, bem como os seus sentimentos e a sua adoração. O diabo só pode operar nos filhos da desobediência, e é assim que ele eficazmente os devora. (2) Como o nosso Senhor Jesus triunfou sobre esta tentação. Ele deu à tentação uma repulsa terminante, e a rejeitou com veemência (v. 8): “Vai-te, Satanás, não suporto a menção disto. O que? Adorar o inimigo do Deus a quem eu vim servir? e do homem a quem eu vim salvar? Não, Nunca farei isto.” Uma tentação como esta não era para ser analisada, mas recusada imediatamente; o assunto foi liquidado com uma única palavra, Está escrito: Adorarás o Senhor, teu Deus, e só a Ele servirás; e não somente isto, mas somente a Ele adorarás; a Ele e a nenhum outro. Portanto, Cristo não adorará a Satanás, e quando tiver os reinos do mundo entregues a si por seu Pai, como espera em breve receber, jamais permitirá que qualquer adoração ao diabo continue neles. Onde quer que chegue o seu Evangelho, tudo o que for maligno será perfeitamente arrancado e abolido. Cristo não fará nenhum acordo com o diabo. O politeísmo e a idolatria deverão sucumbir, quando se levantar o reino de Cristo. Os homens devem se converter do poder de Satanás para Deus, do culto aos demônios para o culto ao único Deus vivo e verdadeiro. Esta é a grande lei divina que Deus restabelecerá entre os homens, e por sua santa religião reduzirá o homem à obediência: só Deus deve ser adorado e servido; portanto, qualquer que toma qualquer criatura como objeto de culto religioso - mesmo que seja um santo ou um anjo, ou a própria virgem Maria - frustra diretamente o desígnio de Cristo, e cai no paganismo”. HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa.Editora CPAD. pag. 547-548.] SÍNTESE DO TÓPICO III Como homem, Jesus foi tentado a buscar honra e celebração para si. IV - A TENTAÇÃO DE SER NOTADO 1. A artimanha do Inimigo. O Diabo não desiste nas primeiras derrotas e arrisca tentar Jesus mais uma vez com seu jargão predileto: "Se tu és" (Lc 4.9). Todavia, agora ele acrescenta a frase: "porque está escrito" (Lc 4.10). Satanás tenta derrotar Jesus usando a Bíblia! Evidentemente que ele usa o Salmo 91 fora do seu contexto! Quando a Palavra do Senhor tem exatamente o sentido do que o Criador disse, então ela é de fato a Palavra dEle. Porém, quando passa a possuir um sentido particular, isto é, que Deus não disse, não é mais a Palavra dEle, mas palavras de Satanás. A Bíblia usada fora do seu contexto, como fez o Diabo e as seitas que ele criou, não é a Palavra de Deus, mas uma arma do Maligno. É preciso muito cuidado quando se vê alguém manusear a Bíblia. Pode ser que esse "manuseio" não esteja a serviço de Deus! [Comentário: Aqui, pela primeira vez, Satanás fez uso das Escrituras. Os rabis deram uma interpretação messiânica ao Salmo 91.11 e seguintes. Jesus não argumentou contra o uso feito por Satanás dessa passagem, desde que esse não era o conflito básico. A tentação pedia que Jesus criasse uma situação de perigo, enquanto na primeira tentação a crise (fome) já existia. Era como se Satanás estivesse dizendo: “Você não poderá conhecer- se, nem a veracidade da promessa de Deus, enquanto não fizer um teste. Satanás é um ser oportunista. Ele é como um vírus oportunista que ataca quando a nossa imunidade está baixa. Se a nossa imunidade espiritual estiver baixa ele irá atacar com todas as forças, embora ele ataque todos os dias, mas se a nossa imunidade espiritual estiver baixa ele irá triunfar sobre nós. Temos como exemplo Davi que caiu em adultério. Era tempo de guerra e ele estava em casa. O diabo cita a Escritura; ele põe como isca no seu anzol os versículos da Bíblia. Pessoas frequentemente aceitam qualquer ensinamento, se está acompanhado por um bocado de versículos. Mas cuidado! O mesmo diabo que pode disfarçar-se como um anjo celestial (2 Coríntios 11:13-15) pode, certamente, deturpar as Escrituras para seus próprios propósitos. O diabo fez três enganos: Primeiro, não tomou todas as Escrituras. Jesus replicou com: "Também está escrito". A verdade é a soma de tudo o que Deus diz; por isso precisamos estudar todos os ensinamentos das Escrituras a respeito de um determinado assunto para conhecer verdadeiramente a vontade de Deus. Segundo, ele tomou a passagem fora do contexto. O Salmo 91, no contexto, conforta o homem que confia e depende do Senhor; ao homem que sente necessidade de testar o Senhor nada é prometido aqui. Terceiro, Satanás usou uma passagem figurada literalmente. No contexto, o ponto não era uma proteção física, mas uma espiritual. Jesus venceu em uma área, então o diabo se mudou para outra. Temos que estar sempre em guarda (1 Pedro 5:8). A confiança não experimenta, não continua pondo condições ao nosso serviço a Deus, e não continua exigindo mais prova. Em vista da abundante evidência que Deus apresentou, é perverso pedir a Deus para fazer algo mais para dar prova de si.] 2. A busca pelo prestígio. Quando o Diabo quer ver a queda de alguém, procura levá-lo até o ponto mais alto (Lc 4.9). É a tentação de ser visto, de ser notado. Era algo muito tentador saber que dezenas, talvez centenas de pessoas, estariam ali para ver e aplaudir aquela cena com características cinematográficas. Jesus não se dobrou frente aos apelos de Satanás. Há um reconhecimento e uma fama que são bíblicas e não há nada pecaminoso nisso (Gn 12.2; 2 Sm 7.9). Todavia, quando o desejo por publicidade se torna um fim em si mesmo, então passa-se a fazer o jogo do Diabo. Infelizmente, muitos não medem esforços para se exibir. Isso é pecado, mesmo que seja na esfera religiosa ou espiritual. [Comentário: A confiança verdadeira aceita a palavra de Deus e não necessita testá-la. Matthew Henry em sua obra Novo Testamento MATEUS A JOÃO (CPAD ), comenta: “O diabo o tentou a ser o seu próprio assassino, em uma presunçosa confiança da proteção de seu Pai, da qual Ele não tinha nenhuma garantia. Observe: (1) O que o diabo pretendia com esta tentação: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo, v. 9. [1] Ele queria que Cristo buscasse uma nova prova de que era o Filho de DEUS, como se a prova que o seu Pai havia lhe dado, pela voz do céu, e a descida do Espírito sobre Ele não fossem suficientes. Isto seria uma desonra para Deus, como se Ele não tivesse escolhido o meio mais adequado de lhe dar esta garantia; e teria sido uma falta de confiança de que o Espírito habitava nele, o que era a maior prova e a prova mais convincente de que o Senhor Jesus era o Filho de DEUS, Hebreus 1.8,9. [2] Ele queria que Cristo buscasse um novo método de proclamar e anunciar isto ao mundo. O diabo, na verdade, sugere que o Senhor Jesus foi confirmado como sendo o Filho de Deus em uma região afastada, na companhia de pessoas comuns, que compareceram ao batismo de João, e que estas honras foram proclamadas nestas condições desfavoráveis; mas se Ele agora declarasse no pináculo do templo, em meio a todas as pessoas importantes que compareciam ao serviço no templo, que Ele era o Filho de Deus, e então, para prová-lo, se lançasse de lá de cima e saísse ileso, com certeza seria recebido por todos como um mensageiro enviado do céu. Assim Satanás teria feito com que o Senhor Jesus buscasse honras conforme um plano diabólico (desprezando tudo o que Deus havia feito a respeito dele), e assim se manifestasse no templo de Jerusalém. Porém Deus Pai planejou que o Senhor Jesus se manifestasse mais entre os penitentes de João, por quem a sua doutrina seria mais bem recebida do que pelos sacerdotes. [3] E provável que o diabo tivesse alguma esperança de que, embora não pudesse lançá-lo abaixo, causando-lhe algum dano, pudesse convencê-lo a se lançar abaixo, e a queda poderia ser a sua morte; então o diabo o teria finalmente fora do caminho”. HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa.Editora CPAD. pag. 548.] SÍNTESE DO TÓPICO IV Jesus venceu o tentação de ser notado petos homens. CONCLUSÃO Jesus venceu Satanás no deserto e em todas as outras situações em que o confrontou durante o seu ministério terreno (Lc 4.1-13; 10.18,19). Na cruz do Calvário, o Filho de Deus derrotou Satanás de forma definitiva (Cl 2.15; Hb 2.14). Posteriormente, o apóstolo Paulo ensinaria à Igreja que todos aqueles que se encontram em Cristo também participam dessa vitória (Ef 1.20-22; 2.6). Em Cristo somos mais do que vencedores (Rm 8.37; 1 Co 15.57), todavia, como cristãos criteriosos, não devemos subestimar o mal (Lc 22.31-34). [Comentário: Depois de percorremos todos os tópicos desta lição, podemos concluir com uma afirmativa: “Todos nós devemos esperar tempos de provas”. Se Satanás não desistiu de Jesus, ele também não desistirá de nenhum de nós. Por isso devemos vigiar e orar o tempo todo e em todo tempo. O Adversário é um ser maligno e perseverante, nunca desistirá de suas investidas, não pense que ele se afasta e não volta. O apóstolo Paulo nos deixou isso bem claro quando escreveu a sua carta aos Efésios 6.10-13. Mas nós temos um grande conforto, Deus sempre está ao nosso lado. Ele nunca nos abandona. Aliás, o Senhor nos diz também que “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1Co 10.13). O texto de Mateus termina dizendo que “com isso, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram”. Lute até o fim, não esmoreça. Não ceda à tentação. O Senhor também enviará o sustento para você e para mim também!]. NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”, Francisco Barbosa Campina Grande-PB Abril de 2015 PARA REFLETIR Sobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda: De que forma a lição explica a tentação de Jesus? Ela explica que a tentação é uma realidade humana. Como homem Jesus também sofreu várias tentações. Porém, Ele venceu todas. Qual foi a primeira tentação de Jesus? A primeira tentação foi a sugestão do Diabo de Jesus transformar as pedras do deserto em pães. Ele sabia que Jesus estava em jejum e, certamente, estava com fome. Qual foi a segunda tentação? A segunda tentação foi a oferta que o Diabo fez a Jesus de autoridade sobre os reinos da terra (Lc 4.5-8). Satanás tentou derrotar Jesus usando até mesmo o quê? Ele usou até mesmo a Palavra de Deus. Porém, que fique claro, o Diabo utilizou a Palavra de Deus de forma errada, fora do seu contexto. Quando Jesus derrotou Satanás de forma definitiva? Quando da sua morte e ressurreição na cruz do calvário. CONSULTE Revista Ensinador Cristão - CPAD, n° 62, p. 39. Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos. NOTAS BIBLIOGRÁFICAS Revista Lições Bíblicas Mestre - 2º Trim./2015 – CPAD – Comentarista: José Gonçalves Tema: "Jesus, o Homem Perfeito; O Evangelho de Lucas, o Médico Amado

terça-feira, 21 de abril de 2015

O azeite, o vinho e o fermento:
João Cruzué - E um certo doutor da Lei levantou-se e disse: Mestre que farei para herdar a vida eterna? E Jesus devolveu a pergunta: O que está escrito na Lei? E então o doutor citou o grande mandamento: "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo." -- Faze isto e viverás! Disse Jesus. -- E quem é o meu próximo? Insistiu o doutor. E na sequência o Senhor Jesus Cristo expôs uma parábola, mais tarde intitulada "A Parábola do Bom Samaritano". Hoje pela manhã quando ia para o trabalho, passei pela região do Viaduto do Chá, no Centro de São Paulo. E neste trajeto veio a mim escrever alguma coisa sobre esses três elementos: O azeite, o vinho e o fermento. Nós encontramos o azeite no Velho Testamento na botija da viúva endividada; no reservatório do candeeiro da Casa do Senhor. Na unção de Davi, ainda adolescente, no quinto verso do Salmo 23, e, entre tantos outros, na visão do profeta Zacarias. Azeite fala de sabedoria; azeita pode ser um rosto brilhando pelo perdão de Deus; azeite é uma bênção surpresa quando tudo o mais se acabou. Azeite é o gosto da vitória; azeite é a unção da promessa de Deus.
Na parábola do samaritano o vinho foi usado para limpar as feridas. Azeite e vinho falam de solidariedade, de compaixão, de cuidados. Azeite e vinho são as atitudes do cristão verdadeiro que vai além das palavras; além da teologia. A sequência de uso é azeite e vinho. Primeiro a unção do Espírito em seguida a alegria do Espírito. O azeite amacia e refresca um coração ferido e o vinho lava as impurezas e a maldade do pecado. Para adquirir deste azeite e deste vinho é preciso ir à fonte da misericórdia e da compaixão. É preciso depender de Jesus. Quem ama vai atrás, busca e procura até achar. Quem tem azeite e vinho anda na presença de Deus e navega como um barco cuja vela se faz cheia sob o vento da vontade do Espírito Santo. Isto não se aprende com a leitura de compêndios e comentários. Não vem junto com um canudo de teologia, mas em andar com o Senhor. O fermento é a substância que incha, estufa, azeda, que enche de vento uma massa. O fermento para fazer efeito precisa ser misturado. Espiritualmente falando o fermento é o mundo sendo misturado no coração cristão. O fermento é a hipocrisia. É uma santidade de aparências. É uma cristã falsificada, mascarada. O sacerdote e o levita viram o ferido, mas a sua religião estava acima de qualquer coisa. Sabiam o sagrado, mas não tinham mais o Espírito de Deus. Eram vazios de sentimentos, de compaixão. O sacerdote e o levita eram como barcos cujas velas já tinham apodrecido pela falta de uso. Coisa interessante. Esta parábola é muito atual. Está surpreendentemente contextualizada em nosso tempo e país. Uma geração de sacerdotes e levitas têm trabalhado em nossas Igrejas. Eles estão muito ocupados com o que acontece no mundo. Estão encantados com o poder, com a política, com o dinheiro. O fermento já arruinou a vida espiritual deles. Não têm mais tempo para a compaixão. Não se preocupam mais com os feridos nem com os perdidos, pois já não há mais sinal de azeite e vinho em seus corações. O Espírito Santo já foi apagado de suas vidas, de tantas atitudes mesquinhas, avarentas, falsas aparências. O óleo da unção já não brilha mais em suas faces. É muito provável que também estejam perguntando: E quem é meu próximo? Por que já se esqueceram. E, se eu não tomar cuidado, posso me tornar um hipócrita do mesmo jeito. Por isso o exercício da compaixão deve ser sempre lembrado, praticado. Não basta ter uma biblioteca cristã na cabeça, é preciso muito mais que isso para ser um bom samaritano: manter a alegria de servir, de visitar, de sorrir e chorar junto, de ajudar, de amar, de perdoar pela presença do Espírito Santo.
CGADB: Fortaleza - Ce sedia 42ª AGO
A Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), realiza com culto de abertura na noite desta terça-feira, 21 de abril, sob a presidência do pastor José Wellington Bezerra da Costa a sua 42ª Assembleia Geral Ordinária (AGO), na cidade de Fortaleza, Ceará.
Os cultos à noite serão abertos a todos que desejarem participar. Assessoria e Imprensa AD Ministério do Belém CONFRADESP
O MARTÍRIO DOS SACERDOTES DE NOBE: ARTIGO MP ABRIL/2015 -

quarta-feira, 15 de abril de 2015

2º Trim 2015_Lição 3: A Infância de Jesus
TEXTO ÁUREO - “E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens” (Lc 2.52). VERDADE PRÁTICA - “E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens” (Lc 2.52). Crescer de forma integral e uniforme, como Jesus cresceu, deve ser o alvo de todo cristão. LEITURA DIÁRIA - Segunda - Lc 2.40,52; Mc 6.31,32 Jesus ensina a respeito do cuidado com o corpo Quinta - Lc 12.50 Jesus e o desenvolvimento da personalidade Terça - Lc 2.51 Jesus e o seu proceder familiar impecável Sexta - Lc 20.19-26 Jesus e o controle emocional diante das dificuldades Quarta - Lc 4.16 Jesus Cristo e a cultura do seu tempo Sábado - Lc 2.46-49 Jesus e o fortalecimento do espírito LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Lucas 2.46-49; 3.21,22. Lucas 2 46 — E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. 47 — E todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas. 48 — E, quando o viram, maravilharam-se, e disse-lhe sua mãe: Filho, por que fizeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu, ansiosos, te procurávamos. 49 — E ele lhes disse: Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai? Lucas 3 21 — E aconteceu que, como todo o povo se batizava, sendo batizado também Jesus, orando ele, o céu se abriu, 22 — e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba; e ouviu-se uma voz do céu, que dizia: Tu és meu Filho amado; em ti me tenho comprazido. HINOS SUGERIDOS: 179, 184, 190 da Harpa Cristã - OBJETIVO GERAL - Apresentar a infância de Jesus Cristo segundo o Evangelho de Lucas. OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a: Abaixo, os objetivos específicos referem-se aos que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos. · I. Mostrar que Jesus cresceu fisicamente. · II. Conhecer como se deu o crescimento social de Jesus. · III. Saber como se deu o desenvolvimento cognitivo de Jesus. · IV. Aprender como se deu o desenvolvimento espiritual de Jesus.
COMENTÁRIO: INTRODUÇÃO - As Escrituras revelam que Jesus era plenamente Deus e plenamente homem! Ao dizerem que Jesus é cem por cento Deus e cem por cento homem, teólogos cristãos estão afirmando essa mesma verdade de uma outra forma. Deus se humanizou em Cristo (2Co 5.19) e isso é conhecido na teologia cristã como o grande mistério da encarnação. Conhecer o Jesus divino é maravilhoso e bíblico, mas conhecer o Jesus humano o é da mesma forma. Aqui, vamos aprender que Jesus cresceu como qualquer ser humano. Ele cresceu física, social, psicológica e espiritualmente. Em cada uma dessas dimensões, Ele deixou ricos aprendizados para todos nós. [Comentário: São poucos os registros bíblicos a respeito da infância de Jesus, o Evangelho de Lucas, em especial, narra os acontecimentos dos dias da infância de Cristo, ainda que de forma sucinta. Além de Lucas 2.41-52, a Bíblia se cala num silêncio inquietante sobre a juventude de Jesus. O que podemos inferir da passagem acima elucida algumas coisas sobre a Sua infância: Primeiro, Ele era filho de pais muito devotos a seus rituais religiosos. Como exigido pela sua fé, José e Maria faziam a sua peregrinação anual a Jerusalém para a festa da Páscoa. Além disso, eles trouxeram seu filho de 12 anos para comemorar a Sua primeira festa em preparação ao Seu Bar Mitzvá aos 13 anos, quando os meninos judeus comemoravam a sua passagem à idade adulta. Aqui vemos um típico menino de uma família típica daquela época. Vemos também nessa história que a permanência de Jesus no templo não era nem maliciosa nem desobediente, mas um resultado natural de saber que tinha a tarefa de cuidar dos interesses do Pai. O fato de que Ele estava surpreendendo os professores do templo com a Sua sabedoria e conhecimento fala de Suas habilidades extraordinárias, enquanto que Sua escuta e perguntas aos anciãos mostram que era absolutamente respeitoso, assumindo o papel de um estudante, assim como era apropriado para uma criança da Sua idade. Desta ocasião ao Seu batismo aos 30 anos, tudo o que sabemos da juventude de Jesus foi que Ele deixou Jerusalém e voltou para Nazaré com Seus pais e "era-lhes obediente" (Lucas 2.51). Ele cumpriu o Seu dever para com os Seus pais terrenos em submissão ao quinto mandamento, uma parte essencial da perfeita obediência à lei de Moisés que Jesus executou em nosso favor. Além disso, sabemos apenas que "Jesus ia crescendo em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens" (Lucas 2.52). Toda literatura que ultrapassar os textos sagradas devem ser vistos com desconfiança, o que está revelado, evidentemente, foi Deus quem determinou que seria tudo o que precisamos saber. Há fontes extra-bíblicas que tentam contar fatos desse período da vida de Jesus, entretanto, não temos como saber se essas histórias são verdadeiras e confiáveis, no mais, Deus escolheu não nos dizer muito sobre a infância de Jesus, por isso temos de confiar na Sua decisão de nos informar de tudo o que precisamos saber.]. Convido você para mergulharmos mais fundo nas Escrituras! Para continuar lendo, clique abaixo: I. JESUS CRESCEU FISICAMENTE: 1. A dimensão corpórea de Jesus. A Bíblia nos ensina que Jesus nasceu e cresceu como qualquer ser humano (Lc 2.40,52). Jesus em tudo era, semelhante a nós, mas sem, pecado (Fp 2.6,7; Hb 4.15). Como todo ser humano, Ele possuía um corpo físico que era limitado pelo tempo e pelo espaço. A palavra grega helikia, traduzida em português como estatura, no versículo 52, ocorre oito vezes no texto grego do Novo Testamento, com o sentido de tamanho ou idade. É a mesma palavra usada por Lucas quando se refere à pequena estatura de Zaqueu, o publicano (Lc 19.3) e, também, a mesma palavra usada pelo apóstolo João para se referir à idade do cego a quem Jesus curou (Jo 9.21,23). A Escritura, de forma alguma, nega a dimensão corpórea e física de Jesus como fazem as heresias. [Comentário: O Comentário do Novo Testamento (Editora Cultura Cristã), comentando o texto de Lc 2.52, afirma que “Entremetes, Jesus continuava fazendo progresso em sabedoria e em estatura e em favor diante de Deus e dos homens. Em sabedoria, como já foi explicado em conexão com o semelhante versículo 40; em estatura, ou seja, em crescimento físico, não em extensão da vida (como em Mt 6.27; Lc 12.25); e em favor diante de Deus e dos homens. A última frase significa que ele continuou experimentando de forma crescente a bondade de seu Pai e também a amizade das pessoas que o rodeavam. As palavras de Provérbios se cumpriram nele. Há uma estreita semelhança entre essa descrição e o que se disse de Samuel (em I Sm 2.21b, 26). Não obstante, note que no caso de Jesus acrescenta-se “em sabedoria”. Há também um grau de semelhança entre o que se disse acerca de Jesus e o que se disse acerca de João Batista (1.80). Ainda, porém, que João crescesse e se fortalecesse em espírito, é somente em relação com Samuel e Jesus que temos o acréscimo: "... continuava a progredir ... em favor diante de Deus e dos homens". Quanto ao progresso da fé de Maria, veja João 2.5; Atos 1.14. Quanto a José, salvo a menção de seu nome na genealogia (Lc 3.32), não há mais referência a ele no terceiro Evangelho. Possivelmente, tenha morrido antes que Jesus começasse seu ministério público”. HENDRIKSEN. William. Comentário do Novo Testamento. Lucas I. Editora Cultura Cristã. pag. 258-259.] 2. O cuidado com o corpo. Como todo ser humano que possui um corpo físico, Jesus também viveu os limites dessa dimensão corpórea. Ele também se cansava (Jo 4.6). Jesus sabia a importância que tem o corpo humano e, para isso, tratava de dar o devido cuidado ao seu corpo. Para recuperar suas energias físicas, por exemplo, Marcos relata que Ele procurou o descanso necessário (Mc 6.31,32). A palavra grega anapauo, traduzida como repousar, significa “parar com todo movimento a fim de que se recupere as energias”. Se o Mestre deu os devidos cuidados ao seu corpo, não deveríamos nós fazer o mesmo? [Comentário: Outra vez cito o Comentário do Novo Testamento (Editora Cultura Cristã), comentando que “Até mesmo Jesus, devido a sua natureza humana e a grande responsabilidade que pesava sobre os seus ombros, necessitava de períodos de tranquilidade (1.35). E, pelo fato de conhecer completamente todas as necessidades dos seus discípulos, ele os convidou a ir com ele para um lugar solitário, onde poderiam descansar. O que revelou a urgência da necessidade do descanso foi o fato de uma multidão tumultuada e exigente, com as pessoas constantemente indo e vindo, haver tomado até mesmo a tarefa básica de se alimentarem, uma coisa impossível. Resultado: “Foram sós”, ou seja, Jesus e os Doze, sem ninguém mais, retiraram-se para um lugar tranquilo, na vizinhança de Betsaida (Lc 9.10). Eles usaram um barco para deslocarem-se para o lado nordeste do mar. Era aquele barco o mesmo mencionado em 3.9; 4.1 e 5.2? Ou é esse um caso onde o artigo grego não deveria ser traduzido, de modo que a tradução mais exata seria “de barco”, em vez de “no barco”? A passagem paralela de Mateus 14.13 parece favorecer essa possibilidade. No entanto, qualquer uma das duas opções são boas alternativas, e traduções excelentes de ambas podem ser citadas”. HENDRIKSEN. William. Comentário do Novo Testamento. Marcos. Editora Cultura Cristã. pag. 317-318..] SÍNTESE DO TÓPICO I - Jesus teve um crescimento físico normal, igual às crianças de sua idade. II. JESUS CRESCEU SOCIALMENTE: 1. Jesus e a família. No antigo Israel do tempo de Jesus, havia uma estrutura familiar consolidada. Os estudiosos observam que a família hebraica obedecia a seguinte estrutura social: endógama — casam-se com parentes; patrilinear — descendência pai-filho; patriarcal — poder do pai; patriolocal — a mulher vai para a casa do marido; ampliada — reúne os parentes próximos todos no grupo, e polígena — tem muitas pessoas. A Bíblia fala da família de Jesus dentro desse contexto. Como homem perfeito, Jesus aprendeu a viver em família (Lc 2.51). Como membro da família, Ele viveu em obediência a seus pais. Isso mostra que os papeis sociais dentro da família precisam ser respeitados. Somente dessa forma, a família continua sendo um instrumento importante na formação do caráter. [Comentário: O Comentário Bíblico de Matthew Henry (Editora CPAD), comentando acerca da submissão de Jesus a seus pais terrenos, esclarece: “Ele era sujeito aos seus pais. Embora uma vez, para mostrar que era mais do que um simples homem, Ele tivesse se afastado dos seus pais, para tratar dos negócios do seu Pai celestial, Ele não fez disto um hábito, por muitos anos depois disto, mas “era-lhes sujeito”. Jesus obedecia às suas ordens e ia e vinha conforme eles lhe diziam, e, aparentemente, trabalhava com o seu pai no ofício de carpinteiro. Ele deu às crianças um exemplo para que sejam obedientes e respeitosas aos seus pais, no Senhor. Tendo “nascido de mulher”, Ele estava sob a lei do quinto mandamento, para ensinar à descendência de crentes que assim deveriam ser para que Ele os aprovasse, como uma descendência fiel. Embora os seus pais fossem pobres e humildes, embora o seu pai fosse apenas o seu suposto pai, ainda assim Ele era sujeito a eles; embora Ele estivesse fortalecido no espírito, e cheio de sabedoria, ou melhor, embora Ele fosse o Filho de Deus, ainda assim era sujeito aos seus pais; como, então, responderão aqueles que, sendo tolos e fracos, ainda assim são desobedientes aos seus pais? 2. A sua mãe, embora não compreendesse perfeitamente as palavras do seu Filho, ainda assim as guardava no coração, esperando que no futuro elas lhe fossem explicadas, e então ela as compreenderia completamente, e saberia como fazer uso delas. Ainda que possamos negligenciar as palavras dos homens, por serem obscuras (Si non vis intelligi debes negligi - Se não for compreensível, não tem valor), não devemos pensar a mesma coisa a respeito das palavras de Deus. Aquilo que, a princípio, é obscuro, para que não saibamos o que fazer pode, no futuro, ficar claro e fácil; portanto, nós devemos guardá-lo para o futuro. Veja João 2.22. Nós podemos, em outra ocasião, encontrar uso para aquilo que não nos parece ter utilidade agora. Um aluno memoriza aquelas regras gramaticais cujo uso ele não compreende no presente, porque lhe foi dito que no futuro elas lhe terão utilidade; a mesma coisa nós devemos fazer com as palavras de Cristo”. HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa.Editora CPAD. pag. 538..] 2. Jesus e a cultura local. A Bíblia afirma que o “Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1.14). O vocábulo habitar traduz o verbo grego skenoo e tem o sentido de “fazer a sua tenda”. Deus se humanizou e fez a sua tenda ou morada entre nós. Como homem perfeito, Jesus viveu no meio da cultura dos seus dias. Fazia parte dessa cultura, qual seja, o povo, o espaço geográfico, a língua e a família. Jesus foi criado em Nazaré da Galileia e, como nazareno, Ele possivelmente espelhava a cultura desse lugar. Jesus aprendeu a ler as Escrituras (Lc 4.16); aprendeu uma profissão (Mc 6.3) e até mesmo aprendeu a maneira de falar que era peculiar dos habitantes dessa região (Mt 26.73. Mc 14.70). Todavia, um fato fica em evidência — Jesus estava pronto a confrontar a cultura quando esta contrariava os princípios da Palavra de Deus (Lc 11.38,39). [Comentário: O Dicionário Bíblico Wycliffe (Editora CPAD) traz o seguinte acerca da educação judaica: “era primeiramente religiosa e, até a época do Novo Testamento, dava-se em casa. Era dever do pai instruir seu filho sobre as tradições religiosas (Ex 12.26,27; Dt 4.9; 6.7). Era essencial que a criança aprendesse a ler as Escrituras. Felizmente, o alfabeto hebraico com suas vinte e duas letras era muito mais fácil do que as centenas de caracteres cuneiformes e hieroglíficos dos vizinhos de Israel. Em Isaías 28.10, "mandamento e mais mandamento" é literalmente "s após s, e q após q", uma referência ao ensino do alfabeto. Em Isaías 10.19, lemos: "E o resto das árvores da sua floresta será tão pouco, que um menino as poderá contar". O homem jovem de Juízes 8.14 "escreveu" os nomes dos anciãos da cidade. O ensino formal longe de casa não foi atestado até a era intertestamentária. Ben Sirach (aprox. 180 a. C.) fala de uma "casa de aprendizagem" (gr. oikos paideias, em heb. bethmidrash). Sob Jason (175-171 a. C), o sumo sacerdote helenizante, um ginásio foi estabelecido em Jerusalém (1 Mac 1.14; 2 Mac 4.9; Josefo, Ant. xii.5.1). No helenismo, o ginásio era a principal instituição educacional. Simon ben Shetah (aprox. 75 a. C.) decretou uma lei que estabelecia que as crianças deveriam ir à escola. O desenvolvimento decisivo, entretanto, veio com a ordem de Josué ben Gamala, sumo sacerdote em 63-65 a. C, de que cada cidade deveria ter uma escola para crianças a partir de seis anos de idade. De acordo com a declaração de Judah ben Tema (século II a. C) em Pirke Aboth 5.21, o programa de estudos a ser desempenhado era: (a) as Escrituras - aos cinco anos; (b) o Mishnah - tradições orais - aos dez anos; (c) a chegada da idade - aos treze anos; e (d) o Talmude - comentários sobre o Mishnah - aos quinze anos. Esperava-se que os rapazes se casassem aos dezoito anos. As meninas recebiam educação em casa, e frequentemente eram feitos casamentos arranjados quando tinham doze ou treze anos. Elas iam à sinagoga, e algumas conheciam bem as Escrituras (cf. alusões do Antigo Testamento no "Magnificai" de Maria, Lc 1.46-55). A maioria dos pais não podia permitir que seus filhos tivessem mais do que o ensino primário. Alguns rabinos desprezavam aqueles que haviam estudado somente as Escrituras, tendo-os como ignorantes, 'am-ha'arets, "pessoas da terra" (cf. Jo 7.15; At 4.13). Aqueles que estudavam para se tornarem rabinos continuavam sua educação na academia de Jerusalém, e eram ordenados com aproximadamente vinte e dois anos de idade. As classes do primário reuniam-se nas sinagogas, tendo o hazzan, ou responsável pelos rolos, como professor. O professor tinha que ser um homem casado; nenhuma mulher tinha permissão para ensinar (cf. 1 Tm 2.12). As crianças de várias idades sentavam-se no chão diante do professor. A criança aprenderia a ler as Escrituras em voz alta, começando por Levítico. Em continuação, a criança prosseguia no conhecimento da maior parte das Escrituras, embora alguns livros do AT, como, por exemplo, Cantares de Salomão, não eram ensinados aos alunos imaturos. A ênfase era colocada na memorização, e o método era a repetição. Dizia-se que um professor do Mishnah chegava a repetir uma lição 400 vezes! Os açoites eram usados nos casos de alunos recalcitrantes. O Mishnah não considerava o professor culpado se o aluno morresse em consequência de tais repreensões. A palavra hebraica para educação, musar, origina-se da raiz ysr, "castigar, disciplinar". O ensino dos meninos começava ao amanhecer e frequentemente continuava até o pôr-do-sol. Algumas pessoas têm questionado se eles tinham horário de almoço! O período de aulas era reduzido para quatro horas durante os meses quentes de julho e agosto. No dia que antecedia o sábado havia apenas meio período de aulas, e as aulas eram suspensas por ocasião das festividades religiosas. A academia de Jerusalém para futuros rabinos era famosa por ter professores como Hilel e Samai (século I a. C). Aqui Paulo estudou aos pés do ilustre neto de Hilel, Gamaliel (At 22.3). Gamaliel era um dos poucos rabinos que permitia que os alunos aprendessem o grego. Os rabinos, como regra geral, não recebiam qualquer pagamento por ensinarem, mas se sustentavam trabalhando como moleiros, sapateiros, alfaiates, oleiros etc. (cf. At 18.3). De fato, cada pai tinha o dever de ensinar um ofício a seu filho”. PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 598-599.] SÍNTESE DO TÓPICO II - Jesus, enquanto criança, teve um desenvolvimento social saudável. III. JESUS CRESCEU PSICOLOGICAMENTE: 1. A dimensão psicológica de Jesus. O texto de Lucas 2.52 informa que Jesus crescia em “sabedoria”. Crescer em sabedoria é crescer em conhecimento. É desenvolver-se intelectual e mentalmente. É o desenvolver da psique humana. Como homem perfeito, Jesus também possuía uma dimensão psicológica. Ele, por exemplo, angustiou-se em sua alma (Lc 12.50; Mt 26.37; Jo 12.27). Lucas ainda diz que Jesus “enchia-se de sabedoria” (Lc 2.40). Esse crescimento mental e intelectual vem pela assimilação dos conhecimentos da vivência humana do dia a dia. É o acúmulo cultural que se forma ao longo dos anos. Como todo menino judeu de sua época, Jesus tinha o seu intelecto treinado pelo estudo das Sagradas Letras (2Tm 3.15). [Comentário: O teólogo americano Russel Norman Champlin escreve em sua obra O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo (Editora Candeias): “«...infância...» O termo grego é «brephos», palavra usada para indicar «embrião humano» ou «feto». (Ver Plutarco Mor. 1052; Dióscuro 5,74; Josefo, Antiq. 20,18). Mas também era usado com o significado de «bebê», «infante». (Ver I Macabeus 1:61; II Macabeus 6:10 e Josefo, Guerras dos Judeus 6,205). Esse vocábulo indica que desde a idade mais infantil possível, quando uma criança começa a falar, Timóteo já vinha recebendo treinamento religioso específico. Esses mui dificilmente se afastam da fé, embora possa haver modificações posteriores, ao passo que a experiência humana mostra-nos que aqueles que se converteram mais tarde na vida se afastam mais facilmente da fé, em favor de alguma outra coisa. Os costumes judaicos comuns obrigavam os pais a darem início ao treinamento religioso sério de seus filhos ao chegarem ao seu quinto ano de vida. Filo, em «Led ad Caium», pág. 562, cap. 16; Josefo, em «Apion» I. 12; o terceiro capítulo de Susana e IV Macabeus 18:9 confirmam isso. «...sagradas letras...» No original grego temos «...escritos santos...» ou «...Sagradas Escrituras...», uma alusão ao A .T ., pois, naquele tempo, não havia ainda o «cânon» do N. T., e nem mesmo todos os livros do N. T. tinham sido escritos. Sendo normalmente uma alusão às Escrituras do A. T., essa expressão algumas vezes se reduz a «as Escrituras», conforme se vê em Mat. 21:42; 22:29; Luc. 24:27; João 5:39 e I Cor. 15:3. Algumas vezes tal palavra é usada para indicar alguma passagem particular das Escrituras, um trecho selecionado. Algumas vezes essa palavra aparece no singular, e de outras vezes aparece no plural. (Ver a forma plural em I Ped. 2:6 e em II Ped. 1:20 e A s referências dadas acima são exemplos de seu uso no plural. O trecho de Rom. 1:2 diz «Santas Escrituras» («graphais agiais»), ao passo que aqui temos «Sagradas Escrituras», expressão que aparece exclusivamente aqui, em todo o N. T. Essa expressão se encontra em Josefo, Proem. to Ant. 3; Apion I e em Filo, Vit. Mos. 3:39, etc. Os livros do A. T. são focalizados nessa expressão (porquanto havia vários «cânones» do A. T. nos dias de Paulo), segundo se vê nas notas expositivas sobre o versículo seguinte, acerca das «Escrituras». Essas «Sagradas Escrituras», pois, são contrastadas com as fontes «estranhas» utilizadas pelos gnósticos, como seus mitos, suas imaginações, suas religiões misteriosas e seus livros de mágica e encantamento. (Ver Atos 19:19). «...tornar-te sábio...» Temos aqui menção à sabedoria espiritual. As promessas messiânicas, bem como as interpretações que lhes dão a igreja cristã, mostram claramente como é que DEUS outorga aos homens a salvação, e como ela pode e deve ser recebida. Aqueles que são «sábios» perceberão o significado de tudo isso, tirando benefícios espirituais dessa sabedoria celestial. A aceitação da mensagem bíblica, em que o indivíduo se firma fortemente sobre ela, permitindo assim que a sua vida seja transformada, produzirá o conhecimento teórico, doutrinário, prático e místico, bem como a experiência espiritual, o que leva um ser humano à vida eterna. (Comparar com João 5:39, quanto ao fato que as autoridades judaicas criam que, nas «Escrituras», um homem recebe a vida eterna; e esses são aqueles que falam acerca de Cristo, de tal modo que ele é o meio dessa vida. CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 5. pag. 394.] 2. Jesus e as emoções. A Escritura mostra que Jesus, como homem perfeito, possuía domínio completo sobre suas emoções. Ele não sofria de nenhum distúrbio mental, nem tampouco era desajustado emocionalmente. Quando pressionado, não cedia à pressão do grupo (Jo 8.1-11). Seus próprios algozes reconheceram que Ele agia movido por suas convicções internas e não pelo que os outros achavam (Lc 20.19-26). Sua presença revelava serenidade e paz (Jo 14.27; Lc 7.50). É evidente que essa paz era uma consequência natural da íntima comunhão com Deus que Ele cultivava. Jesus passava horas em oração, às vezes, até mesmo noites inteiras em oração (Lc 6.12), um claro exemplo para todos os seus seguidores. [Comentário: Deus nos criou com um coração que tem desejos (Sl 37.5). Nós temos sentimentos que são expressos pelas emoções. As emoções básicas são: ira, alegria, medo e afeto. A Bíblia afirma que perder o equilíbrio emocional não é saudável (Jó 5.2; 18.4). Jesus não reprimia suas emoções, isto fica claro nos evangelhos. A questão não é que não podemos expressá-las, mas como fazer de forma saudável! Havia equilíbrio em cada situação, como em Lc 19.43 onde Ele manifestou ira quando viu o templo dedicado a Deus tornando-se um mercado. No Getsêmani, Ele manifestou tristeza paralisante! (Mt 26.38). Jesus não agia dominado pela emoção. As palavras do Senhor evidenciam o equilíbrio correto entre o dever e a obrigação perante as autoridades e perante Deus..] SÍNTESE DO TÓPICO III - O menino Jesus teve um desenvolvimento cognitivo saudável, compatível com cada fase da vida. IV. JESUS CRESCEU ESPIRITUALMENTE: 1. Crescendo na graça e fortalecendo o espírito. Nos dois textos bíblicos citados por Lucas para se referir ao crescimento de Jesus Cristo, o homem perfeito, a palavra “graça” se destaca (Lc 2.40,52). A palavra grega traduzida como graça é charis. Graça é um favor de Deus. Jesus cresceu na graça quando viveu a vida como ela é. Ele aprendeu a viver com as limitações que uma família pobre possuía na Palestina do primeiro século. Graça é ter consciência de que, em meio a tudo isso, a vocação e chamada tiveram origem em Deus. Graça é saber que Deus está em nosso crescimento enquanto vivemos em comunidade, enquanto o adoramos, meditamos, contemplamos e, também, quando vivemos a vida, mesmo quando ela se mostra dura em sua rotina. [Comentário: Ele cresceu em graça diante de Deus e das pessoas. Aqui temos de pensar em um crescimento da graça da aprovação divina e da benignidade paterna sobre esse menino Jesus. Desde o começo ele foi objeto da graça, porém quanto mais ele crescia e o poder de Deus se disseminava nele, quanto mais ele superava todas as tentações com fé e sabedoria, aprendendo a obediência, tanto mais também se avolumava a graça de Deus sobre ele. Novamente deparamo-nos aqui com uma parte de sua humilhação, que é inegavelmente a maior e mais misteriosa. Ele despojou-se até mesmo de seu relacionamento original com o Pai. O Criador se rebaixou até sua criatura, que cresce e amadurece interiormente por meio da obediência. No entanto, Jesus também cresceu em graça diante das pessoas. Afinal, de agora em diante o rapaz de doze anos mantinha cada vez mais contato com as pessoas. Em breve, pois, sua natureza amável, obediente, solícita, afetuosa e correta conquistou os corações das pessoas, de sorte que o tratavam com amizade e favor. Apesar de sua profunda condição pecaminosa, o mundo sempre respeita secretamente a grandeza de uma mentalidade inatacável, das obras e virtudes da bem-aventurança. Foi isso que também aconteceu com o Senhor. É uma maravilhosa dádiva de Deus quando alguém encontra graça também diante dos seres humanos. Essa amabilidade repleta e santificada da mente de Cristo, em atitude e caráter, que atrai e conquista involuntariamente as pessoas, é algo sumamente belo. Fritz Rienecker. Comentário Esperança Evangelho de Lucas. Editora Evangélica Esperança. Nós nascemos como filhos de Deus “pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade" (Tg 1:18). Devemos, pois, desejar “ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação” (1Pe 2:2). Mas o crescimento a partir daí é esperado. “Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo” (1Co 3:1). Na medida que avançamos no tempo, devemos avançar no desenvolvimento da nossa fé, para não ouvirmos o Espírito nos repreender dizendo “Quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido” (Hb 5:12). O nosso alvo é crescer “até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef 4:13).] 2. Jesus e sua maioridade. Lucas mostra o desenvolvimento espiritual em duas outras passagens do seu Evangelho (Lc 2.46-49). Na situação do Templo, Jesus se mostra como alguém que já tem consciência da sua missão. Ele veio para cuidar dos negócios de seu Pai, Deus. Por outro lado, Lucas mostra no relato do batismo de Jesus como Ele se identifica com o povo e recebe a capacitação divina para o exercício do seu ministério (Lc 3.21-23). Até os trinta anos, Jesus permaneceu na cidade de Nazaré e trabalhou como carpinteiro. O Salvador esperou pacientemente até o momento determinado pelo Pai para exercer seu ministério. Vivemos em uma sociedade imediatista; por isso, atualmente, as pessoas não querem esperar o tempo de Deus em suas vidas e ministério. O tempo do Senhor é perfeito. Temos que esperar o seu agir.. [Comentário: «...não sabíeis...» Este versículo fornece-nos as primeiras palavras registradas que saíram dos lábios de Jesus. Ele deu início à sua manifestação extraordinária entre os homens que atuavam no templo de Deus, na companhia daqueles que eram reputados os homens mais eruditos e santos. Foi um começo digno para a tradição que envolve a Jesus; e, mesmo quando ainda menino, demonstrou possuir aquela—grande energia mental—que sempre caracterizou a sua vida. Podemos contrastar esta narrativa simples sobre o precoce menino Jesus com a história de Josefo, contada por ele mesmo, e que o mostra aos catorze anos de idade, ao tornar-se «filho da lei», admirando os mais velhos com a sua grande sabedoria e erudição, de tal modo que até mesmo alguns dentre os principais sacerdotes vinham consultá-lo acerca de pormenores difíceis da lei. Seja como for, isso é instrutivo, porquanto demonstra que aqueles doutores pelo menos se interessavam por jovens e promissores eruditos, dedicando tempo a conversar com eles, ensinando-os e encorajando-os. Em algumas traduções encontramos aqui as palavras ocupar-me dos negócios de meu Pai», que substitui a tradução mais literal «nas coisas que são de meu Pai». A palavra «casa», segundo encontramos na tradução portuguesa AA, não aparece no texto grego, pelo que as palavras dessa citada tradução— «estar na casa de meu Pai» também são uma interpretação, e não uma tradução. A versão siríaca, contudo, traduz tal e qual a tradução portuguesa AA (Almeida Atualizada); mas isso parece estreitar o sentido tencionado. Apesar do fato que alguns intérpretes defendem esse sentido mais estreito, a indicação textual é antes que Jesus percebeu que seu destino e propósito na vida deveriam centralizar-se em torno das coisas de Deus, as coisas espirituais, e que elas serviriam como verdadeira expressão de sua existência terrena. Alford traduz aqui por «entre as questões de meu Pai», isto é, dando atenção aos interesses de Deus Pai. Naturalmente que este texto tem por intenção ensinar algo sobre as relações especiais existentes entre Jesus e Deus Pai, além de destacar algo sobre a sua missão especial. Devemos compreender que Jesus mantinha uma relação sem-par com Deus Pai, embora essa relação não tenha sido definida neste texto. CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 2. pag. 39.] SÍNTESE DO TÓPICO IV Enquanto criança, Jesus também teve um desenvolvimento espiritual saudável. CONCLUSÃO Ao escrever a sua segunda carta, o apóstolo Pedro exortou os cristãos a desejarem o crescimento: “Antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A Ele seja dada a glória, assim agora como no dia da eternidade. Amém!” (2Pe 3.18). O alvo do crente é o crescimento. Mas esse crescimento não acontece de qualquer forma; antes, ocorre nas esferas da graça e do conhecimento do Senhor. Crescimento sem conhecimento é uma deformação, assim como o é, também, o crescimento sem a graça. O cristão deve atentar para o fato de que onde se privilegia apenas o conhecimento intelectual, sem a adição da graça, o levará a uma vida árida. Da mesma forma, esse mesmo crescimento, onde se privilegia apenas a revelação e menospreza a razão, o conduzirá ao fanatismo. O crente deve, a exemplo do seu Senhor, crescer de forma integral. [Comentário: A dádiva da graça é uma iniciativa do Senhor e o crescimento nela é uma responsabilidade do crente (2Pe 3.18 ). O cristão que reconhece seu pecado e crê em Jesus não pode permanecer somente neste primeiro passo da graça divina, a salvação dada por Jesus Cristo, mas deve crescer na graça. A expectativa da Bíblia é que cresçamos na graça divina. Em outras palavras, o Senhor quer que conheçamos a potência do Seu amor em tantas áreas de nossa vida, quanto possível. Isto significa vivenciar a graça tanto na saúde, quanto na doença, no emprego, como no desemprego, na gratidão, quanto na injustiça. A graça do Senhor tem a capacidade de se envolver em todas as dimensões de nossa vida. A graça divina somente não nos abençoa quando não deixamos. Ou por ignorância ou por medo. Crescer na graça é nosso desafio diário. Mas é, acima de tudo, nosso privilégio e nossa benção.] NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”, Francisco Barbosa Campina Grande-PB Abril de 2015 PARA REFLETIR - Sobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda: De que forma a lição mostra a dimensão corpórea de Jesus? A lição mostra que Jesus cresceu como qualquer ser humano e, como tal, Jesus viveu os limites dessa dimensão corpórea. De que forma era estruturada a família nos dias de Jesus? Os estudiosos observam que a família hebraica obedecia à seguinte estrutura social: endógama — casam-se com parentes; patrilinear — descendência pai-filho; patriarcal — poder do pai; patriolocal — a mulher vai para a casa do marido; ampliada — reúne os parentes próximos todos no grupo, e polígena — tem muitas pessoas. Como as Escrituras demonstram o equilíbrio psicológico de Jesus? As Escrituras mostram que Jesus tinha total domínio sobre suas emoções. Ele não sofria de nenhum distúrbio mental ou emocional. De que forma a lição ilustra o crescimento de Jesus? Ilustra como um crescimento saudável, perfeito. Para você, o que é crescer de forma integral? Apesar de a resposta ser pessoal, havendo entendido a lição é necessário que o aluno responda, mais ou menos, nestes termos: É crescer de forma completa — corpo, alma, espírito. CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, n° 62, p. 38. Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos. NOTAS BIBLIOGRÁFICAS Revista Lições Bíblicas Mestre - 2º Trim./2015 – CPAD – Comentarista: José Gonçalves Tema: "Jesus, o Homem Perfeito; O Evangelho de Lucas, o Médico Amado