quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Lição 01 - Lições Bíblicas Adultos - 1º Trim./2016 - CPAD

A Letra Mata?
A origem desse questionamento tem como base o texto bíblico de 2 Coríntios capítulo 3. De forma geral, esse versículo é usado erroneamente quando apontamos alguma falha ou fazemos algum questionamento a alguém. Quando alguém é confrontado em relação à doutrinas mentirosas, achismos e enganos, o mesmo tenta justificar seus erros usando essa passagem. Porém, como uma premissa muito básica de interpretação bíblica, se faz necessário ler o CONTEXTO que engloba esse versículo, a fim de que possamos entender com mais clareza o que é que estava, de fato, sendo dito. Dizer “a letra mata” de forma isolada é ensinar que não se deve ler a Bíblia e nem se esforçar para compreender os ensinamentos da Palavra de Deus. É uma manobra bem comum utilizada por pastores que querem dominar os membros de sua igreja, para justificar as atitudes mais insanas possíveis. Vamos então ao CONTEXTO DO VERSÍCULO: “E é por Cristo que temos tal confiança em Deus; não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus, o qual também nos capacitou para sermos ministros dum novo pacto, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica. Ora, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fixar os olhos no rosto de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual se estava desvanecendo, como não será de maior glória o ministério do espírito?” 2 Coríntios 3:6-8. Está absurdamente claro que a “letra” que o apóstolo Paulo menciona nesse texto era a Lei que foi dada ao povo de Israel. Fica muito claro que o argumento de Paulo está apontando que a Lei tinha um papel de condenação e que aponta as nossas falhas e pecados. Estava claro que tentar ser salvo diante da lei era impossível. E que mediante o Espírito Santo podemos ser vivificados. Assim, se alguém usar esse texto como justificativa para não se dedicar a leitura da Palavra de Deus, este nega a eficácia da Palavra de Deus, e deixa muito claro que nem leu esse texto e nem se preocupou em saber do que é que, de fato, esse texto bíblico fala. A única coisa que realmente a letra mata é ignorância, e expõe aqueles que tratam a Palavra de Deus de qualquer forma.
Falsos Convertidos: Um Produto de uma Igreja sem Vida (Mark Dever)
Você já reparou como as igrejas estão cheias de falsos convertidos? Qual a raiz deste problema? Mark Dever, em uma pregação chamada “Falsas Conversões: O Suicídio da Igreja” analisa o caso. No vídeo anterior, vimos que falsos convertidos são frutos de um evangelho deturpado. Neste trecho, ele mostra como a falta de ortopraxia (a prática correta) pode gerar falsos convertidos. Dever afirma que é um erro apresentar uma igreja sem (1) santidade, (2) sofrimento e (3) amor. Uma igreja que é apresentada sem tais pontos é um lugar fácil para se ter falsos cristãos. Como Dever diz: […] se você quer reunir muitos cristãos falsos em sua igreja, apenas diga a eles que há um dom gratuito que não requer nenhum sacrifício próprio, e que a dificuldade de carregar a cruz é apenas para aqueles super-santos que escolhem “extra-grande” quando pedem suas “refeições espirituais”. A verdade, contudo, é: sem cruz, sem coroa. Sem cruz, sem coroa. Jesus nos ensinou que neste mundo teríamos aflições. Ele disse àqueles que estavam considerando segui-lo: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e me siga.” Veja a pregação completa Transcrição Observe sua vida e sua doutrina com cautela. Porque, amigos, se nossas igrejas são caracterizadas por um viver errado, isso pode ser tão condenável quanto ensino errado. Aqueles que ouvem o Evangelho também observam como vivemos. Deixe-me compartilhar três erros comuns. De novo, conforme eu olho para o Novo Testamento, eu vi algo que ameaça a saúde espiritual congregação que atormentou a igreja primitiva, e penso que nos atormenta hoje também. Número 1: É um erro apresentar uma igreja sem santidade. Apresentar uma igreja sem santidade. A falta de santidade pode florescer em algumas igrejas conforme os pastores ignorantemente evitam ensinar sobre o pecado, temendo que isso enfraqueça a graça. Estou ansioso pela mensagem que Kevin DeYoung trará nesta conferência. A falta de santidade pode florescer numa igreja sem prestação de conta. Igrejas que são edificadas na base de uma cultura de individualismo e comprometimento para com a privacidade. Mas no Novo Testamento, está claro que a vida cristã é apresentada como sendo motivada por um amor a Deus que é contrário ao amor a este mundo. Novamente, pregue em 1 João sobre este ponto. É muito útil. Ou Hebreus 12:14: Sem santidade, ninguém verá o Senhor. Amigos, quão tentador é para nós fazer outra coisa. Mas foi por isso que o Senhor nos deixou coisas como em Gálatas 5, as obras da carne e o fruto do Espírito, para tomar estas coisas e examinar nossas próprias vidas, e considerar ensinar a nossos membros o que significa viver como um cristão. Isso é, em última instância, o motivo de termos uma igreja local; para nos acordar do autoengano, quando seríamos confundidos. Se fôssemos deixados à nossa preguiça espiritual seríamos vencidos para sempre. Quão tentador é apresentar a igreja como apoiadora e tolerante com todos os pecados, mesmo aqueles que as pessoas não se arrependem a respeito. Mas a verdade é que há uma maravilhosa, bela e saudável liberdade na santidade. Conforme Deus nos dá o novo nascimento, seu Espírito nos ajuda a viver vidas que fomos, literalmente, feitos para viver. Tivemos 5 testemunhos aqui somente hoje sobre como o Espírito Santo entrou e salvou tantas pessoas. E em cada uma dessas vidas, começando a refazê-los como eles foram criados para ser. Imagine não apenas um indivíduo, mas uma comunidade inteira na qual começamos a refletir o caráter de Deus cada vez mais, e nossa mudança cada vez mais profunda à sua semelhança. Você vê quão poderoso é este testemunho? Quão poderoso é o encorajamento em nossas próprias vidas. Então é um erro apresentar uma igreja sem santidade. Admitir o mundanismo. Número 2: Também é um erro apresentar uma igreja sem sofrimento. Uma igreja sem sofrimento. Esta é uma tentação para todos nós. Se dependesse de nós, todos evitaríamos a pobreza e a doença. E alguns dizem que evitar pobreza e doença são bons objetivos para nossas vidas e nossos trabalhos, mas não como objetivos finais. Tais objetivos são pequenos demais para o cristianismo bíblico. E se admitimos que estes são os nossos objetivos, e se é isso que ensinamos e pastoreamos praticamente em nossas EBDs, e nossas igrejas, então induziremos outros ao erro sobre aquilo do que Cristo nos salvou. Ele nos salva de falência e morte finais, isso é verdade. Mas não necessariamente do sofrimento neste mundo, de fato, o cristianismo verdadeiro nos chamará para o sofrimento. C.J. estava falando disso mais cedo em 2 Coríntios 4, sobre alguns pregadores que estão morrendo. Você percebe que pregadores de saúde e prosperidade são falsos mestres? Precisamos ser claros nisso em nossa pregação! Também precisamos perguntar a nós mesmos: “Nós fazemos versões mais amenas da mesma coisa?” Na maneira pela qual apresentamos as coisas. Você pensa que uma igreja saudável é uma espécie de triunfalismo consciente em tudo, desde nossos sorrisos até nossa música? Tudo isso deve preencher a atmosfera de nossa reunião. Como Carl Trueman, em seu excelente artigo, há alguns anos trás, “O que cristãos tristes cantam?” E se eu chegar na igreja no domingo e acabo de ter uma briga terrível com minha esposa? Ou acabo de perder o emprego? Vejo que muitos dos salmos são lamentações. Não é que eu não tenha fé, não é que eu não creia em Deus, mas e se eu estou ferido? Se os cultos que temos na igreja tivessem qualquer espaço para reflexão silenciosa e séria, aqueles de nós que comparecem todos os domingos que estão feridos, como podemos guiá-los à esperança? Ou os pressionamos dizendo que eles têm de ter felicidade imediata para ambientar-se quando entram pela porta? Você tem pregado em 1 Pedro ultimamente? Eu amo esse livrinho. O capítulo 2 nos diz que Cristo sofreu deixando-lhe um exemplo e você deveria seguir seus passos. O capítulo 3 nos diz que é melhor sofrermos por fazer o bem do que o mal. Capítulo 4: Se você sofre como cristão, não se envergonhe, mas louve a Deus por carregar este nome. Os que sofrem segundo a vontade de Deus encomendem a sua alma ao fiel Criador, na prática do bem. Amigos, nós tivemos o privilégio de termos muitos não-cristãos em nossos cultos ao longo dos anos. Pude falar com muitos deles antes de partirem. Uma coisa que ouço às vezes é a apreciação deles por nossa igreja parecer abordar tópicos de maneira séria. Que nós queremos engajar com eles. E muito frequentemente eles sentem, e só estou contando coisas que eles me disseram, que em igrejas evangélicas é necessário fazer parte de um “clube feliz” para se aproximar. Ninguém os ouve seriamente e de maneira empática para saber o que estão sentindo. Penso que nossa igreja deve ter muito espaço para a alegria. Temos esperança em Jesus Cristo. Temos isso no contexto de ouvir onde as pessoas estão, e entendê-las e ministrar-lhes o Evangelho. Então, será a vontade de Deus que todos nós soframos? Bem, se você quer reunir muitos cristãos falsos em sua igreja, apenas diga a eles que há um dom gratuito que não requer nenhum sacrifício próprio, e que a dificuldade de carregar a cruz é apenas para aqueles super-santos que escolhem “extra-grande” quando pedem suas “refeições espirituais”. A verdade, contudo, é: sem cruz, sem coroa. Sem cruz, sem coroa. Jesus nos ensinou que neste mundo teríamos aflições. Ele disse àqueles que estavam considerando segui-lo: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e me siga.” Amigos, que maravilhosa realidade pode ser encontrada em nossas igrejas, que verdade e que bondade, quando francamente e realisticamente reconhecemos a queda e as trevas de nossos próprios corações, não apenas do mundo lá fora, mas de nossos próprios corações, e do mundo em que vivemos, e nos opomos a essas trevas com a força de Deus e em confiança. Também temos de dizer que há um erro número 3:Apresentar uma igreja sem amor. Uma igreja sem amor. Sabe o que quero dizer? Vamos dizer que você está buscando santidade. Você quer se comportar diferentemente do mundo de uma maneira piedosa. E você está tranquilo com o negócio do sofrimento. Você tranquilamente derrubou a ideia do determinismo. Você é são doutrinariamente, você é ortodoxo. Você tem uma disposição para sofrer. Mas, amigo, se amor não marca a igreja, então ela pode até atrair “espirituais por esporte”, pode atrair pessoas que gostam de teologia, que gostam de brincar com ideias religiosas, mas não se incomodam em amar a outros. Frequentemente digo isso em nossa classe de novos membros, que visto que eu prego sermões de aproximadamente 1 hora em nossa igreja, e espero que seja curto assim hoje à noite, temos o tipo de igreja onde muitas vêm pessoas que leem livros dos puritanos, e pesados livros de teologia, leem John Piper, esse tipo de coisa o tempo todo. E tive a oportunidade, muitas vezes, de dizer a jovens homens que leem esses livros que se você não está disposto a acordar uma hora mais cedo no domingo para dar uma carona para a igreja a um homem de 90 anos de idade, eu não sei se você conhece a Jesus. Não sei se você é sequer cristão. Eu entendo que você gosta de conhecimento teológico, mas até demônios creem e tremem. Demônios ganham nota máxima em qualquer prova de seminário. Certo? Claro que ganham. Eles ganhariam uma nota melhor do que qualquer um de nós no seminário. Mas se não há uma fé viva, isso tipifica o não-regenerado. Não há o amor que é a marca daquele que verdadeiramente se reconhece como objetos da amável misericórdia de Deus. 1 João ensina que se andarmos na luz, temos comunhão uns com os outros. É por isso que ele escreve que qualquer um que diz estar na luz, mas odeia seu irmão, ainda está em trevas. Em 1 João 3 encontramos a marca daqueles que são verdadeiramente convertidos: “Sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte.” “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.” Amigos, se vocês experimentaram a vida em uma congregação cristã que é cheia de amor, onde se toma a iniciativa de cuidar do outro, e tristezas têm empatia, e as refeições são cozinhadas, e caronas são dadas, e ofensas são esquecidas, e afeições apropriadas são expressadas, ajuda é oferecida, perdão é estendido e alegria é compartilhada livremente… Amigos, oro para que esta seja a experiência de cada um de nós aqui. Imperfeitamente, sim, mas real em nossa igreja local. Uma das mais graves necessidades que nosso mundo tem são de igrejas cheias de cristãos verdadeiros que são de fato comprometidos uns com os outros, e com os de fora, em amor. O mundo celebra imitações baratas e rendições parciais desse amor. Experimentar o amor real, com autoridade, bondade e habilidade de corrigir, auto-sacrifício, sabedoria, experimentar esse tipo de amor é estimulante. Até chocante. Sim, muitos são repelidos, mas também é verdade que, pela graça de Deus, muitos serão atraídos por esta mensagem do dedicado amor de Deus em Cristo. Por: Mark Dever. © T4G | Together for the Gospel. Todos os direitos reservados. Original: False Conversions: The Suicide of the Church (Session III) Tradução: Alan Cristie. Revisão: Vinícius Musselman Pimentel – Editora Fiel © Todos os direitos reservados. Website: ministeriofiel.com.br. Original: Falsos Convertidos: Um Produto de uma Igreja sem Vida Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais. Mark Dever Mark Dever é diretor do Ministério 9 Marcas, nos Estados Unidos, e pastor da Igreja Batista de Capitol Hill, em Washington D.C. Graduado na Universidade de Duke, obteve mestrado em Divindade no Gordon Conwell Theological Seminary e Ph.D. em História Eclesiástica na Universidade de Cambridge.

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BLOG DO PR. ALTAIR GERMANO: ESCATOLOGIA, O ESTUDO DAS ÚLTIMAS COISAS - PR. ALT...

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sábado, 12 de dezembro de 2015

Celebrado no segundo domingo de dezembro, o Dia da Bíblia foi criado em 1549, na Grã-Bretanha pelo Bispo Cranmer, que incluiu a data no livro de orações do Rei Eduardo VI. O Dia da Bíblia é um dia especial, e foi criado para que a população intercedesse em favor da leitura da Bíblia. No Brasil a data começou a ser celebrada em 1850, quando chegaram da Europa e EUA os primeiros missionários cristãos evangélicos. Porém, a primeira manifestação pública aconteceu quando foi fundada a Sociedade Bíblica do Brasil, em 1948, no Monumento do Ipiranga, em São Paulo (SP). E, graças ao trabalho de divulgação das Escrituras Sagradas, desempenhado pela entidade, o Dia da Bíblia passou a ser comemorado não só no segundo domingo de dezembro, mas também ao longo de todas a semana que antecede a data. Desde dezembro de 2001, essa comemoração tão especial passou a integrar o calendário oficial do país, graças à Lei Federal 10.335, que instituiu a celebração do Dia da Bíblia em todo o território nacional. Hoje, as celebrações se intensificaram e diversificaram. Realização de cultos, carreatas, shows, maratonas de leitura bíblica, exposições bíblicas, construção de monumentos à Bíblia e distribuição maciça de Escrituras são algumas das formas que os cristãos encontraram de agradecer a Deus por esse alimento para a vida.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

A Bíblia foi adulterada ao longo dos séculos? Excelente resposta!

Posted by Teologia Quadrangular on Domingo, 6 de dezembro de 2015

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Esta é a capa da nova Revista Lições Bíblicas Adulto para o 1º Trimestre de 2016. Tema: O Final de Todas as Coisas - Esperança e Glória para os Salvos - Comentário: Pr. Elinaldo Renovato de Lima "Sumário" Lição 1 - Escatologia, o Estudo das Últimas Coisas Lição 2 - Sinais que Antecedem a Volta de Cristo Lição 3 - Esperando a Volta de Jesus Lição 4 - Esteja Alerta e Vigilante, Jesus Voltará Lição 5 - O Arrebatamento da Igreja Lição 6 - O Tribunal de Cristo e os Galardões Lição 7 - As Bodas do Cordeiro Lição 8 - A Grande Tribulação Lição 9 - A Vinda de Jesus em Glória Lição 10 - Milênio - Um Tempo Glorioso para a Terra Lição 11 - O Juízo Final Lição 12 - Novos Céus e Nova Terra Lição 13 - O Destino Final dos Mortos

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

CEBI regional sul. A anfitriã foi a Assembleia de Deus de Iguatu,na pessoa do seu pastor presidente: Pr. Zezinho.Representando a presidência da CONADEC Pr. José de Oliveira (2º Vice-presidente da Convenção Estadual)!

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

[Blog do Ciro]: Os limites do humor para o cristão

[Blog do Ciro]: Os limites do humor para o cristão: Minha entrevista à seção Cara a Cara da revista Geração JC , ano XIII, número 106 (CPAD, 2015). O senhor é um apologista que já usou bast...

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

CARISMA E CARÁTER: QUESTÕES PRÁTICAS:
Sansão casou com uma filisteia (Jz 14.1-9), coabitou com uma prostituta em Gaza (Jz 16.1-3) e se afeiçoou de Dalila (Jz 16.4), mas não perdeu a ação do Espírito que lhe dava forças, enquanto não teve o cabelo cortado. Saul, rei reprovado por Deus, cheio de inveja e ódio contra Davi, juntamente com seus auxiliares profetizou (1 Sm 19.18-24). Jesus afirmou ser possível profetizar, expulsar demônios, fazer milagres em seu nome, e mesmo assim não ser conhecido por ele como um crente salvo (Mt 7.15-23). Na igreja em Corinto havia partidarismo (1 Co 1.10-17; 3.1-9), imoralidade sexual tolerada (5.1-5; 6.15-20), litígio entre irmãos (6.1-7), injustiças (6.8), idolatria (10.14-22), e apesar disso os dons manifestavam-se na igreja (12-14). Conclusões óbvias: A manifestação dos carismas (dons) não testificam a integridade de nosso caráter. A manifestação dos dons na vida de um indivíduo em pecado não significa que Deus está aprovando a quebra dos princípios e fundamentos espirituais e morais estabelecidos nas Escrituras. A manifestação abundante dos carismas numa igreja local não implica em que ela seja mais espiritual que outras por isso. É a maneira como a comunidade cristã vive em obediência a Deus que demonstra a verdadeira espiritualidade. Há neste momento (e sempre houve) pastores, pregadores, mestres, profetas, cantores e irmãos em geral que se encontram em pecado espiritual e moral, e mesmo assim a manifestação do Espírito ainda é uma realidade em suas vidas e ministérios. Não precisa ser um grande teólogo para perceber isso. Basta prestar atenção nas evidências bíblicas, na história e em nosso cotidiano. Como isso é possível? Não vou me deter aqui em teologizar a questão, mas apenas em demonstrar as evidências dos fatos. Em nome de Jesus, não se permita ser manipulado ou enganado por ninguém (nem engane a si mesmo) com base em fenômenos sobrenaturais, pregações inflamadas, profecias, variedade de línguas, curas, etc. Antes, observe o quanto o indivíduo ou a congregação (comunidade) é comprometid(o)a com a Bíblia. Caráter e carisma precisam ser realidades presentes e indissociáveis em nossas vidas. http://www.altairgermano.net/

sábado, 26 de setembro de 2015

No 4º Trimestre de 2015 estudaremos "O Começo de todas as coisas" Estudos sobre o Livro de Gênesis.
Sumário 01. Gênesis, o Livro da Criação Divina 02. A Criação dos Céus e da Terra 03. E Deus Criou Homem e Mulher 04. A Queda da Raça Humana 05. Caim Era do Maligno 06. O Impiedoso Mundo de Lamaque 07. A Família que Sobreviveu ao Dilúvio O8. O Início do Governo Humano 09. Bênção e Maldição na Família de Noé 10. A Origem da Diversidade Cultural da Humanidade 11. Melquisedeque Abençoa Abraão 12. Isaque, o Sorriso da Promessa 13. José, a Realidade de um Sonho Mais a frente publicaremos mais informações e materiais de pesquisa.Aguardem.... Read more: http://euvoupraebd.blogspot.com/2015/08/no-4-trimestre-de-2015-estudaremos-o.html#ixzz3mrXpplIe

sábado, 22 de agosto de 2015

Lição 08 - Lições Bíblicas Adultos - 3º Trim./2015 - CPAD

"Conservando a visão da glória de Deus" - uma reflexão sobre Isaías 6.1-8: De acordo com os estudiosos, Isaías, um dos principais nomes do Antigo Testamento, era descendente de família nobre na cidade de Jerusalém. Ele era culto, poeta, profeta de Deus e convivia com a realeza. Há quem diga ter Isaías sido conselheiro para assuntos internacionais no reino de Judá. Embora possuísse todos esses dotes, Isaías foi escolhido para ser profeta, e precisava de um toque de Deus em sua vida. Há pessoas que quando são abençoadas pelo Senhor e crescem um pouco se distanciam de Deus. Alguns chegam a imitar os crentes de Laodicéia, dizendo: “Rico sou e de nada tenho falta” (Ap 3.17). Perdem a visão da glória de Deus passando a enxergar somente as coisas negativas que se passam na vida dos outros. Como crente, veja o trabalhar de Deus na sua e na vida da Igreja! O Oleiro está fazendo a obra dEle. Ele está consertando vasos quebrados. É projeto de Deus estar constantemente mostrando coisas novas que não conhecíamos. Percebemos isso quando o profeta Jeremias foi chamado e o Senhor lhe perguntou: “O que vês?”. Ao profeta Zacarias, Ele também disse: “O que vês?”. Zaqueu precisou subir em uma figueira quando foi despertado para ver Jesus. Isaías era crente, Deus queria mostrar a ele coisas maiores, uma nova dimensão da Sua glória. Entende-se que Isaías estava tão distraído, envolvido com o reino de Judá, que se outro profeta viesse lhe mostrar algo ele provavelmente não se interessaria. Foi preciso Deus mandar serafins para lhe mostrar uma nova dimensão da Sua glória. “No ano que morreu o rei Uzias...” - seria esse o obstáculo? Deus tirou. Então, Isaías disse: “Eu vi...”. Deus está sempre disposto a nos mostrar coisas grandes e firmes que não sabemos, mas nem sempre estamos em condições de ver a glória dEle. Jesus queria ressuscitar Lázaro, mas havia um obstáculo, e Ele ordenou: “Tirai a pedra”. Há pessoas que guardam defuntos no coração que estão exalando mau cheiro. Hoje, Deus ordena-lhes: “Tirai a pedra”. O teu Lázaro vai ressuscitar! Você verá a glória de Deus! O Senhor queria debelar a tempestade, mas Jonas estava lá. Jogue o Jonas no mar, e você verá a glória de Deus. O Senhor queria dar a vitória a Josué, mas o Acã estava lá. Tire o Acã, a túnica babilônica, a cobiça do coração, e verás a glória de Deus. Quando temos uma boa visão da glória de Deus, rejeitamos as polpudas propostas mundanas. Moisés tinha uma boa visão da glória de Deus, rejeitou ser chamado neto de Faraó; José não aceitou as propostas amorosas da mulher de Potifar, e sua visão e fidelidade levaram-no a ver a glória de Deus. Deus mostrou a Isaías o Seu alto e sublime trono, ali está a soberania. Nesse alto estágio espiritual, a mensagem é: “Santo, santo, santo”. Isaías viu! Você também deseja ver? Quando vemos, os muros caem, o mar se abre, o inimigo corre, os coxos andam, os cegos vêem. Isaías precisou ter seus lábios queimados, pois Deus exige santidade. Quando perdemos a visão da glória de Deus, nos conformamos com a do mundo. É o Seu desejo revelar coisas maiores que nos levarão para uma nova dimensão em nossa vida espiritual. Pr. José Wellington

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Lição 04 - Lições Bíblicas Adultos - 3º Trim./2015 - CPAD

NOTA DE FALECIMENTO - Pr. José Antônio dos Santos - Pr. Zé Neco - Maceió - AL - 24.07.2015
NOTA DE FALECIMENTO É com muito pesar que registro neste momento o falecimento do querido pastor José Antônio dos Santos, carinhosamente mais conhecido como Pastor Zé Neco. Nascido em 05 de dezembro de 1931, aos 84 anos ele liderava a Convenção de Ministros e as Assembleias de Deus no Estado de Alagoas além de Presidir a União de Ministros das Assembleias de Deus do Nordeste e ocupar a 4º Vice-Presidência da CGADB - Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) Pastor Zé Neco faleceu na manhã desta sexta-feira, 24 de julho, as 10h35min no Hospital Santa Paula, região central de São Paulo, onde estava internado por complicações em sua saúde. O corpo será levado para Maceió ainda hoje, onde será sepultado. Acompanharemos as informações e atualizaremos este post.

sábado, 11 de julho de 2015

12 de Julho de 2015 - TEXTO ÁUREO: “[...] contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus” (At 20.24). VERDADE PRÁTICA: O evangelho da graça de Deus é por excelência o evangelho da libertação do homem através do sacrifício salvífico de Jesus Cristo. LEITURA DIÁRIA: Segunda — 1Tm 1.7 Falsos doutores da lei que não compreendiam o que ensinavam Terça — 1Tm 1.9,10 A Lei não foi feita para os justos, mas para os injustos Quarta — 1Tm 1.17 A Deus honra e glória para sempre Quinta — 1Tm 1.20 Entregues a Satanás para que aprendam a não blasfemar Sexta — 2Tm 4.7 Combatendo o bom combate da fé cristã Sábado — Gl 1.15 Paulo foi chamado pela graça de Deus LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1 Timóteo 1.3-10. 3 — Como te roguei, quando parti para a Macedônia, que ficasses em Éfeso, para advertires a alguns que não ensinem outra doutrina, 4 — nem se deem a fábulas ou a genealogias intermináveis, que mais produzem questões do que edificação de Deus, que consiste na fé; assim o faço agora. 5 — Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida. 6 — Do que desviando-se alguns, se entregaram a vãs contendas, 7 — querendo ser doutores da lei e não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam. 8 — Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela usa legitimamente, 9 — sabendo isto: que a lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas e matricidas, para os homicidas, 10 — para os fornicadores, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para os mentirosos, para os perjuros e para o que for contrário à sã doutrina. HINOS SUGERIDOS 27, 156, 464 da Harpa Cristã OBJETIVO GERAL: Explicar o que é o evangelho da graça de Deus. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos. I. Mostrar porque as falsas doutrinas corrompem o evangelho da graça. II. Conscientizar-se de que a graça superabundou com a fé e o amor. III. Compreender o significado do bom combate. INTERAGINDO COM O PROFESSOR: Paulo foi escolhido e enviado pelo Senhor para anunciar e ensinar o verdadeiro significado da graça. No Antigo Testamento apenas Israel era o povo eleito de Deus. Porém, como prova do seu amor altruísta, Deus enviou seu filho Jesus Cristo para morrer na cruz por toda a humanidade. Jesus veio trazer salvação a todos. Em Cristo não há judeu, gentio, servo, livre, homem ou mulher (Gl 3.28). O evangelho da graça, diferente do judaísmo, não exclui ninguém. Todos são alvos do favor de Deus. Somos salvos não pelas obras da Lei, nem pelas obras que realizamos, mas recebemos o presente da salvação unicamente pela graça. Que você, juntamente com seus alunos, louvem a Deus por sua infinita e abundante graça. COMENTÁRIO: INTRODUÇÃO - Ao se despedir dos anciãos de Éfeso, Paulo expressou seu sentimento de preocupação com o rebanho de Deus, pois tinha receio de que na sua ausência as ovelhas do Senhor fossem atacadas (At 20.29,30). Sem dúvida, foi um sentimento dado pelo Senhor, pois sete anos depois, Paulo estava deixando Timóteo em Éfeso, para combater os “lobos cruéis”, que queriam “devorar” o rebanho sob seus cuidados pastorais. Nos dias de hoje, há igrejas que abrigam falsos obreiros, que pervertem a sã doutrina matando ou dispersando as ovelhas. [Comentário: Quando Paulo despediu-se dos presbíteros de Éfeso, fez um dos mais belos discursos de sua carreira. Com palavras eloquentes, desafiou os líderes daquela igreja a assumirem um compromisso solene com Deus, com a Palavra e com a igreja. Para encorajá-los, deu seu próprio testemunho, como segue: “Porém, em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus” (At 20.24). O ministério é regido por um ideal mais alto do que a própria vida. “… para testemunhar o evangelho da graça de Deus”. Quando o ideal é maior do que a vida, vale a pena dar a vida pelo ideal. Testemunhar o evangelho da graça era o grande vetor da vida de Paulo. Ele respirava o evangelho. Vivia pelo evangelho. Estava pronto a se sacrificar e a morrer pelo evangelho. Nenhuma outra motivação governava sua vida. Não buscava grandeza para si mesmo. Não cobiçava ouro nem prata. Não buscava para si riquezas nem fama. Mesmo sofrendo ameaças e passando parte de sua vida encarcerado, jamais perdeu o entusiasmo de viver nem o senso de urgência de proclamar o evangelho. Considerava-se prisioneiro de Cristo e embaixador em cadeias. Mesmo diante das mais terríveis adversidades, Paulo tinha o coração ardente, os pés velozes e os lábios abertos para proclamar Cristo, a essência do evangelho. Adaptado de “O Compromisso com o Evangelho da Graça”, Rev Hernandes Dias Lopes - http://hernandesdiaslopes.com.br/2013/08/o-compromisso-com-o-evangelho-da-graca/#.VZsophtViko. Mas o que é esse Evangelho da Graça pelo qual Paulo ‘gastou’ sua vida? Alguém já disse que se fosse definir, diria que o evangelho “é o anúncio da graça”. E o grande apóstolo Paulo escreveu em Romanos que o evangelho da graça “é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crer” (Rm 1.16 -18). O evangelho da graça é o evangelho de Cristo. O evangelho que livra o homem das algemas da religiosidade, do farisaísmo ferrenho, do tradicionalismo que mata, dos dogmas religiosos que muitas vezes nos oprimem. Em seu livro O Evangelho da Graça (Cultura Cristã), o teólogo americano e ex-pastor da 10ª Igreja Presbiteriana de Filadélfia, James Montgomery Boice, afirma “existir para chamar a Igreja, no meio de nossa cultura decadente, a se arrepender do seu mundanismo, recuperar e confessar a verdade da Palavra de Deus como os reformadores o fizeram e ver tal verdade incorporada em doutrina, culto e vida” (p 14).]. Vamos pensar maduramente sobre a fé cristã? PONTO CENTRAL: Os falsos ensinos corrompem o Evangelho da graça de Deus. I. AS FALSAS DOUTRINAS CORROMPEM O EVANGELHO DA GRAÇA - 1. O evangelho da graça. É o Evangelho libertador que Cristo trouxe ao mundo, por bondade de Deus, independente das obras humanas (Ef 2.8,9). Paulo se referiu a esse Evangelho de maneira muito eloquente (At 20.24). Ele conhecia esse Evangelho, não apenas na teoria, mas por experiência própria. De modo inexplicável, o blasfemo e perseguidor dos cristãos, foi escolhido para ser um dos maiores pregadores do Evangelho de Cristo (1Tm 1.12-14). Será que daríamos oportunidade a um indivíduo com tal histórico? [Comentário: A nossa salvação é pela graça de Deus e de Cristo (Ef 2.8). E esta graça representa um favor não merecido. O apóstolo anteriormente havia escrito sobre quem ele era alguém que não merecia a misericórdia de Deus, mas que este graça divina lhe alcançou. Sobre o Senhorio de Cristo, podemos encontrar em Filipenses 2.11 e Romanos 1.4. Nesta aliança de misericórdia divina e falhas humanas, entramos com a nossa fé, e o Senhor entra com sua superabundante graça, que supera os nossos pecados, e saímos ganhando em tudo. Assim, a religiosidade legalista mata e maltrata, ao contrário do evangelho da graça, que é libertador, restaurador (Jo 8.32). Trata-se de um evangelho que traz vida abundante (Jo 10.10). Não o evangelho do peso, nem do jugo (Mt 11.28-30), mas do alívio, da cura, da terapia, do refrigério e da restauração. Não da religiosidade da acusação, mas da graça libertadora do perdão: “Onde é que estão os teus acusadores? Nem eu tão pouco te condeno, vai-te e não peques mais” (Jo 8.9-11). No Evangelho da Graça Cristo pagou, quitou uma vez por todas para nos trazer libertação plena e completa: “Quando ele tomou o vinho, disse: “tudo está completado”. Tudo está quitado e pago” (Jo 19.30).] 2. As falsas doutrinas (v.3). Os falsos mestres seriam presbíteros, a quem cabia a tarefa de ministrar o ensino à igreja (1Tm 5.17; 3.2). As falsas doutrinas eram apresentadas como “fábulas ou genealogias intermináveis” (1.4). As “fábulas” (gr.mythoi) eram narrativas imaginárias, lendas, ficção. Na literatura, têm seu lugar. Mas, na Igreja, não deve haver espaço para fábulas ou mitos. No texto, não fica claro qual o conteúdo das “genealogias”, mas, ao lado das fábulas, eram ensinos que traziam especulações e controvérsias inúteis que não edificavam os irmãos em nada. Timóteo foi o mensageiro, enviado por Paulo, para enfrentar e combater tais ensinos. Há igrejas evangélicas que aceitam esse tipo de ensino e permitem que o emocionalismo tome lugar do verdadeiro avivamento espiritual. [Comentário: Note-se que Paulo não está proibindo o uso do recurso didático ‘fábulas’ (A fábula é uma narrativa em prosa ou poema épico breve de caráter moralizante, protagonizado por animais, plantas ou até objetos inanimados. Contém geralmente uma parte narrativa e uma breve conclusão moralizadora, onde os animais se tornam exemplos para o ser humano, sugerindo uma verdade ou reflexão de ordem moral.) durante uma exposição das Escrituras ou o ensino delas, mas ele fala de pessoas que estariam se apegando a fábulas como elas fossem um fim ou a verdade em si mesmas. Em outras traduções, ao invés de "fábulas" encontramos "mitos" e "lendas", o que parece fazer mais sentido. Como ele fala de doutrina no versículo 3, acredito que uma leitura mas atual seria: "nem se deem a doutrinas fantasiosas, mitos, lendas ou a genealogias". “OU A GENEALOGIAS INTERMINÁVEIS” - Os Judeus se gastavam em suas intermináveis comprovações genealógicas para demostrarem de que pertenciam as mais importantes linhagens familiares. Usando instrumentos legalistas da antiga aliança é que se ufanavam de pertencerem às tribos das personagens que se destacaram na história de Israel. Já os gnósticos se utilizavam das árvores genealógicas para batizarem seus filhos em nome dos heróis históricos de suas nações. Na atualidade os mórmons são praticantes destes rituais, é tanto que em Salt Lake, nos Estados Unidos, possuem os mais completos registros genealógicos do mundo e que pertencem aos mórmons. Tudo isso o apóstolo refuta como descartáveis comparados ao evangelho de Cristo. “QUE MAIS PRODUZEM QUESTÕES” - Coisas mais importantes do que as fábulas judaicas e as intermináveis genealogias era se voltar para as coisas que pertencem ao evangelho de Cristo. O religioso se ocupa de coisas pequenas que não levam a nada, enquanto que o cristão verdadeiro se aplica as coisas que produzem edificação espiritual. As escrituras falam sobre mandamentos de homens que são regras religiosas dos líderes tentando dominar os outros com suas intermináveis filosofias e ideologias pessoas. O evangelho é simples e qualquer pessoa que tem o Espírito de Deus tem condições de entender sua mensagem principal. A principal função do gnosticismo dentro das igrejas era para deturpar o evangelho de Cristo. “DO QUE EDIFICAÇÃO DE DEUS” - O evangelho genuíno, esse sim produz na vida da igreja a benéfica edificação espiritual. A tentativa de implantar no cristianismo os elementos confusos da antiga aliança de Deus com Israel, só trazia confusão e divisão dentro da comunidade cristã. Assim como a bagagem mitológica do gnosticismo, nada de bom acrescentava no bem estar da igreja. Pelo contrário, estes chamados mistérios ocultos produzidos por mentes diabólicas, mas trazem confusão e destruição do que edificação da de Deus. Nem tudo que há nas igrejas vem da parte de Deus. “QUE CONSISTE NA FÉ, ASSIM O FAÇO AGORA” - O evangelho de Cristo tem um fator primordial no crescimento de nossa fé, e na esperança que temos segundo nos promete a nova aliança de Deus com a humanidade. Tendo feito muitas atividades missionárias, agora, Paulo se ocupava na edificação das igrejas por ele fundadas. Transmitindo os ensinos do reino de Deus e provando que Cristo era o Messias prometido.] 3. O “fim do mandamento” e a finalidade da Lei. Paulo chamou a atenção de Timóteo, seu enviado a Éfeso, para a doutrina de Deus e de Cristo, a que ele resumiu no “mandamento”, e sua finalidade (1Tm 1.5,6). Em seguida, Paulo ensina acerca do objetivo da Lei, e para quem ela se destinava, discriminando, no texto, uma longa lista de tipos de pessoas ímpias que eram alvo dos preceitos legais (1Tm 1.9-11). [Comentário: “SABENDO ISTO, QUE A LEI NÃO FOI FEITA PARA O JUSTO” - Os justos no tempo da nova dispensação da graça, diz respeito daqueles que foram comprados pelo sacrifício vicário do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Justo, não porque é bom ou perfeito, mas porque é justificado por Cristo perante a justiça divina. Então, a lei, seja ela a de Moises ou dos homens, não foi feita para os remidos por Cristo, porque aquele que vive piamente para o reino de Deus, não vive transgredindo nem as leis religiosas nem as leis governamentais. Quem é verdadeiramente convertido faz sempre o que for possível para viver corretamente. Para quem foi feita a lei? “MAS PARA OS INJUSTOS E OBSTINADOS” - Conforme as escrituras, os injustos são todos aqueles que vivem no paganismo, sem Deus na vida, vivendo sem limites nem regras. Biblicamente falando, os injustos são aqueles que vivem como se Deus não existisse para eles, são os ateus confessos ou práticos. São os incrédulos que vivem para o mundo conforme suas próprias vontades, pensando que não haverão de prestar contas perante o Criador. Já os obstinados, sobre os quais o escritor se refere, diz respeito aos que se mantem conscientemente no sentimento de rebelião contra Deus. São os alienados das coisas do reino de Deus e das coisas que são de cima. “PARA OS ÍMPIOS E PECADORES” - Conforme os mandamentos e estatutos de Deus, os ímpios são todos aqueles que são dominados pelo mau e pelos prazeres nas coisas erradas da vida. Os ímpios são todos aqueles que vivem continuamente em busca de oportunidades para prejudicar ao seu próximo. São os que tem prazer em fazer o mal aos outros só para tirar proveito de todas as situações. Os pecadores que Paulo cita neste texto, são aqueles que não têm sentimento de erro em suas ações maléficas. Estes nunca se arrependem dos seus atos malignos praticados contra o seu semelhante. Estes são chamados de pecadores obstinados, porque erram por prazer. “PARA OS PROFANOS E IRRELIGIOSOS” - Estes profanos dos quais fala o apóstolo são aquelas pessoas que vivem longe de Deus, voltados completamente para as coisas do mundo, para a devassidão dos vícios e os prazeres da carne. Os irreligiosos são aqueles que desprezam as sagradas escrituras, e nunca se volta para o verdadeiro cristianismo. Ignoram os mandamentos de Deus e não se preocupam em como agradar ao criador. A religião não salva, mas tem ajudado as pessoas a serem melhores. “PARA OS PARRICIDAS E MATRICIDAS, PARA OS HOMICIDAS” - A lei é feita na tentativa de coibir os erros dos injustos e obstinados, dos ímpios e dos prevaricados, dos profanos e dos que não dão importância às coisas de Deus, dos que tiram a vida dos seus próprios progenitores e tem prazer em derramar o sangue do seu próximo, tirando-lhe a vida. Se não fossem as leis, este mundo seria um verdadeiro caos. “PARA OS DEVASSOS” - O escritor continua enumerando a lista dos transgressores para quem foi feita a lei. Estes devassos aos quais Paulo fala diz respeito aos impuros no tocante aos pecados sexuais. São aqueles que valorizam mais os prazeres sexuais desregrados do que os mandamentos de Deus que falam sobre como viver o sexo de forma pura e correta. Certamente o escritor estava denunciando a prostituição, que é o sexo fora do casamento. O adultério que é o sexo entre duas pessoas casadas, mas não entre o marido e mulher, legalmente casados. A prevaricação que é o sexo entre uma pessoa casada e outra solteira. E a fornicação que é o sexo entre duas pessoas solteiras, sem serem casadas, conforme manda a lei do matrimônio. “PARA OS SODOMITAS” - Conforme as sagradas escrituras, este tipo de pecado sexual, diz respeito ao homossexualismo. De acordo com a bíblia esta palavra trata do ato sexual entre dois homens ou duas mulheres, coisa que é reprovada pelas sagradas escrituras e por consequente por Deus, porque as sagradas escrituras expressão a vontade de Deus. Em (Romanos 1:26-27) o apóstolo ataca de forma radical o homossexualismo masculino, como também o feminino. Esta expressão aparece nesta lista de vícios para indicar um desvio sexual irracional e maligno referindo se a um uso extremamente depravado do impulso sexual. Sodomita, também se refere ao que ocorreu com a cidade de Sodoma que foi destruída por causa do homossexualismo. “PARA OS ROUBADORES DE HOMENS” - Em uma interpretação mais simplista, poderia dizer: Para os que roubam os homens. Tanto na época em que foi escrito este conteúdo da epístola pastoral de Paulo a Timóteo, Como nos tempos mais remotos da história da humanidade, era comum a prática da venda de escravos. Felizmente este mal foi extirpado das civilizações modernas. Mas, o escritor se refere aos que capturavam seres humanos para serem vendidos como se fosse uma mercadoria qualquer. Nos tempos das guerras antigas, nações inteiras eram deportadas para os países saqueadores, e os deportados eram transformados em escravos. “PARA OS MENTIROSOS” - A lei foi escrita para combater os mentirosos. A mentira é vista pelas sagradas escrituras como algo maligno e associada ao Diabo, que é o pai da mentira (João 8:44). A pessoa que é dominada por essa falha grave em sua conduta se torna alguém absolutamente desprovido de credibilidade. A pessoa mentirosa, até mesmo quando fala uma verdade, os outros custam a acreditar em suas palavras. Já se diz que a mentira é amiga gemia da falsidade. A mentira também tem tudo a ver com o falso testemunho, isso quando se inventa algo que não aconteceu só para prejudicar a alguém. Mas, como se diz um ditado popular: A mentira tem pernas curtas, ela só prevalece ate quando a verdade não aparece. Só se vence a mentira com a verdade. “PARA OS PERJUROS, E PARA OS QUE FOREM CONTRÁRIOS À SÃ DOUTRINA” - A lei foi feita contra os perjuros, ou seja, para aqueles que fazem juramentos falsos para prejudicarem suas vítimas. E para os que são contrários a sã doutrina. O escritor não se refere a um código de ética cristã, mas as boas novas do evangelho de Cristo Jesus.] SÍNTESE DO TÓPICO (I) - Paulo alerta a respeito das falsas doutrinas, pois elas acabam corrompendo o evangelho da graça. SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO - “Sete anos antes de Paulo escrever esta epístola, advertira os presbíteros de Éfeso de que os falsos mestres procurariam distorcer a verdadeira mensagem de Cristo. Agora que isso já estava acontecendo, Paulo exorta Timóteo a confrontá-los com coragem. Este jovem pastor não devia transigir com esses falsos ensinos que corrompiam tanto a lei quanto o evangelho. Ele deveria travar contra eles o bom combate mediante a proclamação da fé original, conforme o ensino de Cristo e dos apóstolos (2Tm 1.13,14). A expressão ‘outra doutrina’ vem do grego heteros e significa ‘estranha’, ‘falsificada’, ‘diferente’” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.1864). II. A GRAÇA SUPERABUNDOU COM A FÉ E O AMOR: 1. Gratidão a Deus. Uma das características marcantes do caráter de Paulo é o ser grato a Deus (Rm 7.25; 1Co 1.4; 14.18; 2Tm 1.3). Nesta parte da Epístola, ele expressa sua gratidão a Cristo por tê-lo escolhido e posto no ministério apostólico e pastoral, apesar de ter sido um terrível opositor do Evangelho de Jesus (1Tm 1.12,13). É mais uma demonstração do que o “evangelho da graça de Deus” pode fazer na vida de um homem. Deus tem seus santos caminhos. O evangelho é a expressão do amor de Deus, em Cristo Jesus, que alcança um homem no mais baixo nível de pecado e o faz uma “nova criatura” (2Co 5.17), e mais, ainda, o faz parte da “família de Deus” (Ef 2.19). Paulo reconhece que “[...] a graça de nosso Senhor superabundou com a fé e o amor que há em Jesus Cristo” (1 Tm 1.14). Foi Jesus quem o salvou e o transformou mediante sua graça. [Comentário: Graça – eucharisteuo; Strong 2168: De eu, “bem”, e charizomai, “dar livremente”. Ser grato, expressar gratidão, estar agradecido. Onze das trinta e nove ocorrencias da palavra no Novo Testamento referem-se à participação na Cia do Senhor, enquanto que vinte e oito ocorrências descrevem as palavras de louvor ditas ao Ente Supremo. Durante o século II, “Eucaristia” tornou-se o termo genérico para a Ceia do Senhor. Não há pensamento mais maravilhoso e mais rico em conforto do que este de sabermos que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo superabundou, pela fé, em nossas vidas. Deus não apenas a fez abundar (a graça), mas a fez superabundar em nós. Paulo estava considerando o seu passado de blasfemo, perseguidor, opressor, mas a quem Deus expressou a Sua misericórdia, fazendo habitar nele a Sua superabundante graça. A sua religião judaica tinha sido insuficiente, mas a sua fé em Jesus levou-o ao perdão e à maravilhosa graça de Deus.] 2. Humildade. Paulo não era mais um novo convertido ou neófito quando escreveu suas cartas a Timóteo. Ele não estava usando de falsa modéstia quando declarou ser o principal pecador que Jesus veio salvar (1Tm 1.15). Paulo tinha convicção de que fora salvo pela graça, e não por seus méritos. Mesmo na condição de salvo, o crente deve saber que não merecíamos o dom (presente) da salvação. Como salvos em Jesus Cristo, não temos mais prazer no pecado. Aquele que ainda tem prazer no pecado, não experimentou o novo nascimento: “Qualquer que é nascido de Deus não vive na prática do pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode viver pecando, porque é nascido de Deus” (1Jo 3.9). [Comentário: Cristo veio salvar os “pecadores”. E estes pecadores que são beneficiados com a salvação do Cristo de Deus são justamente os que reconhecem que são fracos e falhos e que precisam do perdão de Cristo. São os que se arrependem dos seus pedados e se convertem dos seus maus caminhos para se tornarem em uma nova criatura. Paulo se achava o pior deles. Paulo não se caracterizou assim antes de sua conversão. Pelo contrário, na medida em que crescia em Cristo, Paulo tornou-se mais e mais consciente de sua própria pecaminosidade. Ele não esqueceu o havia sido; não se gloriava em si mesmo, mas sim, no Deus que o redimira e que o mudara! O texto de 1 João 3.9, se não entendido corretamente, entrará em choque com o que ele escreve em 1.8: “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós”, e 1.10: “Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso (DEUS), e a sua palavra não está em nós”. É fato bíblico que o crente peca (Pv 20.9; 24.16; Ec 7.20), pois, ele é enfraquecido pela carne (Jo 3.6, “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.”). Tanto a realidade da presença do pecado na vida do crente quanto à nova natureza são vistas claramente na doutrina da santificação que envolve a correção de Deus (Hb 12.5-13). O texto de 1º João 3.9 afirma claramente que uma pessoa nascida de Deus não pode pecar. Isto não quer dizer, como alguns ensinam, que tal pessoa não peca. O versículo afirma que aquela parte nascida de Deus, do crente em Jesus Cristo, não pode pecar. É óbvio que se uma pessoa é incapaz de pecar, ela não pode perder a salvação. Há quem ensine que uma pessoa pode se tornar santificada - a tão chamada segunda bênção - o batismo no Espírito Santo - quando a pessoa é capaz de viver sem pecar. Mas, estes também ensinam que uma pessoa que é capaz de não pecar, também pode pecar e se perder. Mas, nosso texto diz enfaticamente que uma pessoa nascida de novo – nascida de Deus – não pode pecar, isto é, não é capaz de pecar.] SÍNTESE DO TÓPICO (II) - Paulo reconhece que a graça de Jesus superabundou com a fé e o amor que há em Jesus Cristo. SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO: “Não obtemos por boas obras (a essência da religião legalista) o direito à libertação do pecado e da morte. Jamais! Graça significa que tudo começa e termina com Deus. A salvação é, então, um presente de nosso Criador. Nós criamos a nossa própria ruína, mas nele reside nosso socorro. O Criador restaura com as próprias mãos sua obra-prima arruinada. Enquanto a graça é a origem ou fonte da nossa salvação, a fé é o seu meio ou instrumento. A fé não faz reivindicações, para que não seja dito que foi por ‘mérito’ ou ‘obra’” (Comentário Bíblico Beacon. 1ª Edição. Volume 9. RJ: CPAD, 2006, p.136). III. UM CONVITE A COMBATER O BOM COMBATE (vv.18-20) - 1. A boa milícia. Depois de orientar Timóteo sobre a difícil missão de combater as heresias, na igreja de Éfeso, Paulo dá uma palavra de ânimo, encorajamento e incentivo ao jovem pastor. Como um verdadeiro “pai na fé”, o apóstolo diz: “Este mandamento te dou, meu filho Timóteo, que, segundo as profecias que houve acerca de ti, milites por elas boa milícia” (1Tm 1.18). Paulo lembra a Timóteo que seu ministério foi confirmado por profecia. Deduz-se, do texto, que as profecias eram tão consistentes, que Timóteo deveria militar “a boa milícia”, ou o bom combate, com base naquilo que Deus lhe havia falado (1Tm 1.18). [Comentário: Paulo passa a fazer suas recomendações a seu filho na fé Timóteo de como ele devia proceder para combater os legalistas e os falsos mestres do gnosticismo filosófico grego infiltrados no meio da igreja. O fato de o apóstolo falar em termos de mandamento, nos dá a entender que era mesmo uma ordem ou um decreto apostólico de sua parte para que o líder da igreja de Cristo em Éfeso fosse revestido de autoridade em defender a genuína fé crista, em detrimento aos falsos ensinos dos gnósticos. A maioria dos comentaristas bíblicos concordam de que o ministério de Timóteo foi sendo a cada dia confirmado por meio de profecias a seu respeito e do que ele se tornaria no reino de Deus e de Cristo. Neste tempo em que Paulo lhe envia esta epístola pastoral ele já era a uma das principais lideranças da igreja de Cristo em Éfeso, mas isso não foi por um acaso, nem do dia para a noite. Sendo ele Filho na fé do grande apóstolo Paulo, isso não era suficiente para ocupar posições de destaques o quanto ele vinha galgando. Fazia-se necessário a confirmação de Deus para tanto, por meio de profecias. Diante das constantes oposições que se levantavam contra ele naquela igreja, Timóteo precisava desta palavra de apoio da parte de Paulo. O apóstolo usa uma metáfora militar para indicar a tonalidade da tarefa a que o seu filho na fé devia executar. Neste caso, ele Paulo seria um comandante, enquanto que Timóteo seria um soldado, que cumpriria suas ordens. E a ordem dada era que o soldado, combatesse diligentemente contra as heresias que estavam na igreja.] 2. A rejeição da fé e suas consequências (1Tm 1.5). Quem rejeita “a fé não fingida” e a “boa consciência” cristã colhe os resultados de sua má escolha. O resultado é o “naufrágio na fé”. Paulo toma como exemplo Himeneu e Alexandre, obreiros que entraram por esse caminho. Quanto a Himeneu, sua postura é tão terrível que ele é citado em 2 Timóteo 2.17. Seu nome deriva deHimen, “deus do casamento”, na mitologia grega. Não se sabe ao certo qual “doutrina” falsa ele semeava. Estudiosos dizem que ambos eram representantes do gnosticismo no meio da igreja de Éfeso. Com relação a Alexandre, aliado de Himeneu na semeadura das falsas doutrinas, era tão pernicioso, que Paulo o considera desviado ou “naufragado” na fé. Sua influência era tão maliciosa que Paulo os entregou “a Satanás, para que aprendam a não blasfemar” (1Tm 1.20). Que o Senhor livre sua Igreja dos falsos mestres. [Comentário: “E entre esses foram Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar” (1Tm 1.20). A maioria dos teólogos entende que o texto aponta para uma espécie de disciplina ou exclusão da comunhão com a Igreja, O Corpo de Cristo. Como entender o fato de Paulo mandar entregar dois obreiros da Igreja a Satanás? na igreja de Éfeso. Por conta disso, o apóstolo Paulo lhe escreveu uma carta encorajando-o a manter a ordem entre os irmãos. Os falsos mestres estavam deturpando os ensinos originais nos quais a igreja tinha sido instruída e, entre os tais, Paulo cita dois nomes: Himeneu e Alexandre. Quando recebeu o ministério eclesiástico pela imposição das mãos do presbitério, o jovem Timóteo recebeu juntamente a responsabilidade de combater as heresias que possivelmente surgiriam no seio da igreja (1Tm 1.18; 4.14; 6.12). Não há menção específica a respeito das heresias com as quais aqueles dois falsos obreiros se envolveram. Entretanto, parece que a carta de Paulo a Timóteo visava tratar problemas de crenças religiosas e idéias filosóficas. O contexto sugere que esses obreiros estavam envolvidos com questões pertinentes ao gnosticismo, sendo que Himeneu é citado por Paulo em 2Timóteo 2.17,18 como que ensinando que a ressurreição já tinha acontecido, alegorizando-a e minando a esperança futura dos irmãos. A sentença para esses obreiros seria que fossem “entregues a Satanás”, o que a maioria dos teólogos entende como uma espécie de disciplina ou exclusão da comunhão com a Igreja, o Corpo de Cristo. Este procedimento visava tanto a correção como a punição. Quanto a este fato, a Bíblia de estudo de Genebra afirma o seguinte: “Portanto, foram devolvidos ao mundo – domínio de Satanás (Jo 12.31; 14.30; 16.11; 2Co 4.4; Ef 2.2)”. No mesmo sentido, a Bíblia de estudo Pentecostal considera: “Ser desligado da Igreja; por outro lado, deixa a vida da pessoa aberta aos ataques destrutivos e satânicos (Jó 2.6,7; 1Co 5.5; Ap 2.22)”. Aprofunde-se mais em http://www.icp.com.br/72responde.asp] SÍNTESE DO TÓPICO (III) - Paulo convida Timóteo a combater o bom combate, mesmo diante das dificuldades. SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO: “Conforme Timóteo 1.18, houve profecias concernentes à vontade de Deus para o ministério de Timóteo na igreja (1Co 14.29). Paulo exorta a Timóteo a permanecer fiel àquela vontade revelada para sua vida. Como pastor e dirigente da igreja, Timóteo devia permanecer leal à verdadeira fé apostólica e combater as falsas doutrinas que estavam penetrando insidiosamente na igreja. Paulo adverte Timóteo várias vezes a respeito da terrível possibilidade da apostasia e abandono da fé” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.1865). CONCLUSÃO - O cristianismo nasceu debaixo de perseguição e confronto com heresias e ensinos desvirtuados. Na consolidação de igrejas abertas em suas viagens missionárias, Paulo teve que oferecer resistência e ação decidida contra os “lobos vorazes”, que haveriam de surgir, até mesmo no seio das igrejas, como no caso da igreja de Éfeso. Com a graça de Deus e o apoio de homens fiéis, como Timóteo e Tito, o apóstolo Paulo fez frente aos falsos mestres que se levantaram para prejudicar o trabalho iniciado e desenvolvido em muitas igrejas cristãs. [Comentário: Paulo cuidou zelozamente das igrejas que fundou, isso fica claro nos textos de sua autoria. Não obstante esse cuidado do apóstolo, vemos já em apocalipse, Jesus glorifiacado fazendo uma análise sincera das igrejas, “tenho porém contra ti ... abandonaste o teu primeiro amor”. Esta igreja tinha mais de quarenta anos quando Jesus ditou esta carta. Outra geração havia surgido. Os filhos não experimentavam aquele entusiasmo intenso, aquela espontaneidade e o ardor que havia revelado os pais quando tiveram o primeiro contato com o evangelho. Não apenas isso, mas faltava à geração seguinte a devoção a Cristo. A igreja de Éfeso tornou-se farisaica, pois ela deixou de herança o zelo pela Palavra, mas como se fosse uma lei, mas não deixou de herança o amor que é o vínculo da perfeição. A igreja havia abandonado o seu primeiro amor. O problema da igreja de Éfeso é, com certeza, o problema da maioria das igrejas de hoje: fazer as coisas sem solidariedade amorosa. Não são poucas as amarras que dificultam o viver em liberdade. Absorvidos por uma sociedade consumista e midiática, somos pesonagens interpretando um roteiro mal escrito e mal dirigido. Quando abandonamos o primeiro amor, significa que abrimos mão de algo e elegemos outras coisas em seu lugar. Quando fazemos as coisas por fazer, por causa da instituição ou da denominação, pela sedução do crescimento numérico da igreja, pela fama e pelo status que se obterão na cidade ou coisas do tipo, essas são provas evidentes de que nossas motivações são impuras e estão prostituídas. Pense e ajude seus alunos a pensar maduramente a fé cristã!]. NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”, Francisco Barbosa Campina Grande-PB Julho de 2015 PARA REFLETIR: A respeito das Cartas Pastorais: Segundo a lição, o que é o evangelho da graça? É o evangelho libertador de Cristo. Como eram apresentadas as falsas doutrinas? Eram apresentadas como fábulas ou genealogias. De acordo com a lição, cite uma característica marcante do caráter de Paulo? Sua gratidão a Cristo. O ministério de Timóteo havia sido confirmado mediante o quê? Havia sido confirmado por profecia. Segundo a lição, qual o resultado da rejeição à fé? O resultado é o naufrágio na fé. SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO: O Evangelho da Graça - Professor, iniciando a aula, leia o seguinte versículo: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2.8). Faça uma reflexão com os alunos mostrando que se hoje estamos firmes com Cristo é porque um dia nós fomos alcançados pela maravilhosa Graça de Deus. Além de nos salvar pelo ato da sua graça, Deus nos preparou as boas obras para que andássemos por elas. Explique que as boas obras não salvam, mas dá um poderoso testemunho diante da sociedade sobre o quanto fomos alcançados pela graça divina. A doutrina da Graça de Deus é uma das verdades mais gloriosas das Sagradas Escrituras. A convicção de que não há nada na pessoa humana capaz de preencher o vazio da alma, isto é, o restabelecimento da nossa ligação com Deus e o significado do sentido último da vida, e saber que só Deus é capaz de fazer esse milagre em nós, mostra-nos o quão miserável nós somos e quão misericordioso Deus é. A doutrina da Graça apresenta-nos o misericordioso Deus, que em Jesus Cristo estava reconciliando o mundo consigo mesmo (2Co 5.19), operando em nós para o reconhecermos Pai amoroso. Por isso, apresentar a doutrina da Graça ao pecador é conceder-lhe libertação da prisão do pecado, a autonomia da fé em Cristo e o privilégio em sabermos que não há nada que pode separar-nos do amor de Deus (Rm 8.33-39). Caro professor, quando falamos da Graça de Deus, inevitavelmente, chegaremos ao tema da eleição divina. Como a graça de Deus nos alcançou? A graça de Deus é arbitrária sem levar em conta a responsabilidade humana? Qualquer estudo sobre a eleição divina tem de partir obrigatoriamente da Pessoa de Jesus. Em Jesus não achamos qualquer particularidade divina em eleger alguns e deixar outros de fora, resultado de uma escolha divina arbitrária e individualizada antes da fundação do mundo. A escolha de Deus se deu em Jesus (Ef 1.4; Rm 8.29). Nele, a salvação é oferecida a todos (2Pe 3.9; cf. Mt 11.28), e, pela sua presciência, o nosso Senhor sabe quem há de ser salvo ou não. A eleição de Deus leva em conta a volição humana, pois é um dom dEle mesmo à humanidade. Assim, quando levamos em conta a volição humana não esvaziamos a soberania de Deus e da sua Graça. Pelo contrário, afirmamos a sua soberania, pois Deus escolheu fazer um homem autônomo. Afirmamos também que a graça de Deus opera, restaurando a capacidade do homem de se arrepender e crer no Evangelho (1Tm 4.1,2; Mt 12.31,32).

Lição 02 - Lições Bíblicas Adultos - 3º Trim./2015 - CPAD

terça-feira, 16 de junho de 2015

O culto e os seus princípios:
O culto e os seus princípiosI – Introdução Este brevíssimo ensaio versa sobre o tema em relevo através de três perguntas: (1) o que é o culto, (2) a quem é prestado culto, e (3) como oferecer culto? II – O que é cultuar? A palavra “culto” deriva do Latim, cultu, e significa adoração ou homenagem a Deus.1 Etimologicamente, o termo latino cultu envolve a raiz colo, colere, que indica “honrar”, “cultivar”, etc. Classicamente, os reformados ortodoxos definiram “religião” como recta Deum colendi ratio, “a maneira correta de honrar a Deus”. 2 Os principais termos que descrevem o ato/atitude de “culto” são o Hebraico, החָשָׁ (shachah) e o Grego, προσκυνέω (proskuneo). Essas duas palavras e seus derivados correspondem a 80% do uso cúltico bíblico. O primeiro vocábulo, shachah, significa “inclinar-se, prostrar-se”, como, por exemplo: “E acontecerá que desde uma lua nova até a outra, e desde um sábado até o outro, virá toda a carne a adorar [lit. “prostar”] perante mim, diz o Senhor” (Is. 66:22). A segunda palavra, proskuneo, indica originalmente “abaixar-se para beijar”, vindo a indicar “prostrar-se para adorar”, “reverenciar”, “homenagear”, etc.3 O exemplo clássico sai da boca de Jesus: “Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram [προσκυνοῦντας] o adorem [προσκυνεῖν] em espírito e em verdade” (Jo. 4:24). Há ainda dois importantes termos que expressam ideias de culto. O primeiro é דבַעָ (abad), “servir”, “trabalhar”. Por exemplo, Yaweh diz a Moisés: “Certamente eu serei contigo; e isto te será por sinal de que eu te enviei: Quando houveres tirado do Egito o meu povo, servireis a Deus neste monte” (Êx 3:12). A segunda palavra é λατρεία (latreia), “servir”, como visto no diálogo de Cristo com o Diabo: “Então ordenou-lhe Jesus: Vai-te, Satanás; porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás [προσκυνήσεις], e só a ele servirás [λατρεύσεις]” (Mt 4:10). É interessante notar que um dos locus classicus de adoração e culto utiliza este termo para descrever a entrega do corpo a Deus como “culto racional” [λογικὴν λατρείαν] (Rm. 12:1). O que se pode concluir deste rápido estudo etimológico? “Cultuar” envolve tanto a ‘homenagem ou reverência’ a Deus, quanto o ‘serviço’ a sua Pessoa! III – Quem é cultuado? (Deus enquanto sujeito) Antes de qualquer asserção a respeito do Deus que se pretende “definir”, é mister salientar que toda tentativa de descrever o Ser de Jeová envolve a sua própria auto revelação. Enquanto sujeito, Deus é conhecido tão somente de acordo com as condições que Ele mesmo deseja e impõe através da revelação. Ele jamais deve ser objetificado, pois o mesmo é completamente livre e não uma coisa e/ou criatura que pode ser manipulável por seres humanos.4 A divindade da revelação Judaico-Cristã é o Criador de tudo (Gn.1). Este mesmo ser Criador estabeleceu aliança com um povo em particular (Abraão, Isaque e Jacó; Gn. 12-35; Israel; Êx. 19:1-24:18, Concerto Sinaítico; etc.), e redimiu esse povo (Êx. 3:1-16:36). Esse Ente é transcendente e imanente! Ou seja, Ele é santo, inacessível e misterioso (Sl. 99), mas também está perto “de todos os que o invocam... Ele acode a vontade dos que o temem; atende-lhes o clamor e os salva”. (Sl. 145:18-19). Um exemplo bem forte e pontual de ambas características divinas (transcendência e imanência) vem do profeta Isaías. “Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: ‘Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e o abatido de Espírito, para vivificar o Espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos’” (Is. 57:15). Como consequência direta da citada imanência, esse ser é (contrário ao Deísmo) capaz de intervir na criação. Por outro lado, devido a sua transcendência, Deus não pode ser (contrário ao Panteísmo) equiparado e/ou confundido com a criação. Ele é totalmente outro, Ele é um Rei que age segundo o seu beneplácito, e nunca um ídolo manuseável (cf. doutrina da aseidade divina). Desde o início da revelação, o Criador tem se mostrado plural em unidade. A unidade, por sinal, era a ênfase do monoteísmo veterotestamentário. O fato que Deus é um pode ser visto no Shemá, recitado pelos judeus: “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força”. Muitas outras referências poderiam ser apresentadas atestando o monoteísmo Judaico. Por exemplo: “Eu Sou o Senhor, e não há outro; além de mim não há Deus; Eu te fortalecerei, ainda que tu não me conheces. Para que se saiba, até ao nascente do sol e até o poente, que além de mim não há outro; Eu Sou o Senhor, e não há outro” (Is. 45: 5-6). Por outro lado, como já dito, há pluralidade no seio do Altíssimo. Logo no começo da Bíblia já se vê que a estrutura da Deidade não é monolítica. Ao decidir criar, Ele assevera: “Façamos o homem a nossa imagem e conforme a nossa semelhança” (Gn. 1:26). Nota-se nesse texto que tanto o verbo quanto os pronomes são utilizados na primeira pessoa do plural. A mesma coisa é observada mais tarde na Queda edênica: “Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal” (Gn. 3:22). Há muitas outras ocasiões no Antigo Testamento que mostram que Deus é plural em seu interior.5 Levando em conta a revelação orgânica apresentada pelas Escrituras, no Novo Testamento a pluralidade de Deus apresenta-se como Trindade. A unidade de Deus é inferida como Trindade de pessoas. O quadro clássico dessa apresentação é a cena do Batismo de Jesus. Temos aqui a pessoa do Filho sendo batizado, a pessoa do Pai aparecendo em forma de voz, e a pessoa do Espírito Santo mostrando-se em forma de ave (Mt. 3:16-17). Apoiando tal interpretação, a Grande Comissão é articulada Trinitariamente: “Fazei discípulos de todas as nações, batizando no nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. De igual modo, a bênção paulina é efetuada em nome do Deus Trino: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós” (2Co. 13:13). Note-se que tanto na Grande Comissão como na citada benção, o Espírito Santo é colocado em pé da igualdade com a pessoa do Pai e a pessoa do Filho. Consequentemente, a pessoa do Espírito possui o mesmo status que as pessoas do Pai e do Filho. Outros muitos exemplos poderiam ser dados apontando na direção da doutrina Trinitária do Deus que adoramos.6 A ortodoxia cristã acabou por definir o ser divino como existente em três pessoas, porém com a mesma essência (οὐσία). Pai, Filho e Espírito Santo, respectivamente, Primeira, Segunda e Terceira Pessoas da Trindade possuem o mesmo poder, glória e eternidade. Para concluir da forma mais sumária e direta possível, como poderíamos responder a pergunta: quem é Deus? O maior teólogo do século XX, o Suíço Karl Barth (1886-1968) dizia o seguinte: “Você quer saber quem é Deus? Você deseja saber quem criou este universo com bilhões de estrelas, e com distâncias inimagináveis? Olhe para o rosto barbado de Jesus de Nazaré”. 7 IV – Como Deus deve ser cultuado (princípios) À guisa de melhor elucidação, é de bom siso verificar-se “como Deus não deve ser cultuado”, antes de tentar-se estabelecer “como Deus deve ser cultuado”. Para tanto, dois princípios de antropologia hebraica podem ser úteis, a saber, (1) unidade individual e (2) unidade corporativa. IV.1. – Unidade individual A ‘unidade’ do ser humano ou ‘integridade’ 8 do indivíduo—como articulada no Antigo Testamento—apresenta um excelente contra ponto ao Dualismo Platônico Ocidental. De maneira geral, esse Dualismo ensinava que a matéria era má e o espírito bom, que o corpo corrupto era habitado por uma alma preexistente boa e pura, alma essa possuidora de um conhecimento inato derivado da contemplação de Ideias eternas.9 Pode se derivar facilmente desse platonismo uma divisão entre mundano e santo, profano e sagrado, material e espiritual, vida secular e vida cúltica. Nesse modelo, a pessoa poderia levar uma vida torpe e vulgar por ser o corpo material e, ao mesmo tempo, levar uma vida de adoração irrepreensível. A antropologia hebraica distingue o material do espiritual sem, todavia, separá-los. O ser humano é uma unidade indivisível de corpo e alma! Consequentemente, é a pessoa como um todo que cultua a Deus. Jeová é visto como aquele que perdoa o pecado interior e, simultaneamente, cura o corpo e o supre com riquezas: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga ao seu santo nome... Ele é quem perdoa todas as tuas iniquidades; quem sara todas as tuas enfermidades; quem da cova redime a tua vida e te coroa de graça e misericórdia; quem farta de bens a tua velhice,... (Sl. 103: 1, 3-5a). Essa unidade, então, faz do indivíduo um ser íntegro, um ser composto de material e imaterial, porém indivisível e, portanto, devendo prestar culto como um todo. Uma consequência direta da integridade da pessoa é a rejeição do formalismo. Em relação à atividade cúltica, o termo, ‘formalismo’, pode ser definido como culto exterior divorciado de conteúdo interior. Os profetas da Antiga Aliança atacaram duramente tal formalismo. Através da ênfase na ‘forma’, todo o aparato levítico era fielmente seguido, enquanto que, concomitantemente, o suborno era cometido, o justo perseguido, o pobre rejeitado (Am. 5:2); ...e ainda, o roubo era praticado, o crime perpetrado, o órfão e a viúva ignorados (Is. 1:21-23). Noutras palavras, as belas ordenanças e festas comandadas pela Torah eram mantidas em meio a um caudal de impiedade e hipocrisia (Is. 1:10-16). Jesus, de igual modo, censurou o culto hipócrita: tanto a esmola como a oração não deveriam chamar a atenção (Mt. 6:2-5). A estrita observação da forma—como no caso dos escribas e fariseus—era um contra senso quando a piedade pessoal era descartada (Mt. 23:1-33). 10 IV.2. - Unidade corporativa O individualismo contemporâneo—no qual o indivíduo é uma ilha completamente separável de sua comunidade—pareceria estranho ao povo da Velha Aliança. No Antigo Testamento tanto bênçãos quanto maldições eram prometidas à comunidade como um todo: “Eu sou o Senhor teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem, e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos” (Êx. 20:5 e 6). 11 O mesmo conceito de unidade corporativa pode ser visto reiterado na transversalidade dos testamentos: “E por assim dizer, também Levi que recebeu dízimos, pagou-os na pessoa de Abraão. Porque aquele ainda não tinha sido gerado por seu pai, quando Melquisedeque saiu ao encontro deste” (Hb. 7:9-10). 12 Este princípio demonstra que há pontos de conexão entre o indivíduo e a comunidade que ele pertence. Por exemplo, aquele que alega cultuar individualmente a Deus, mas insiste em não fazer parte da igreja local, “nega” a unidade corporativa e abdica da participação no corpo visível de Cristo. Isto representa uma anomalia combatida pela própria Bíblia: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns;...” (Hb.10:25). IV.3. – Introdução a ‘princípios do culto Cristão’ (1Co 11-14) Há uma grande diferença entre o culto no Antigo versus no Novo Testamento. Enquanto que naquela Aliança havia um rico manual de procedimentos cúlticos, nesta há apenas parcos e gerais princípios de adoração. “A religião do judeu era repleta de tipos, símbolos e figuras; a religião de Cristo contém apenas dois símbolos: o Batismo e a Ceia do Senhor. A religião do judeu alcançava o adorador principalmente por meio dos olhos; a religião do Novo Testamento apela diretamente ao coração e a consciência... Os Judeus podiam abrir os escritos de Moisés e achar rapidamente os itens de sua adoração; os cristãos podem apenas indicar alguns textos e passagens isolados que devem ser aplicados a cada igreja, de acordo com as circunstâncias”. 13 Uma dessas passagens encontra-se na primeira carta de Paulo aos Coríntios. Desse texto, extrairemos seis princípios gerais relativos ao culto. São eles: amor, autoridade, participação, inteligibilidade, reverência e edificação. IV.3.i. O Princípio do amor Não há dúvidas que o amor é um princípio cúltico. Tanto é assim que Paulo inicia as discussões acerca da hierarquia dos dons com este princípio norteador: “Segui o amor e procurai com zelo os dons espirituais, ...” (1Co. 14:1). Os dons serão corretamente exercitados se o amor estiver em primeiro lugar. O “amor”, aqui ressaltado, não é mero emocionalismo. A palavra grega traduzida como “segui” (διώκετε) foi apropriadamente rendida pela Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH - SBB) como “esforcem-se para ter o amor”. Consequentemente, o “amor” solicitado por Paulo é uma atitude voluntária que lubrificaria o funcionamento dos dons na igreja. Tanto para os que apoiam quanto para os que negam o cessacionismo,14 o princípio do amor, obviamente, não mudou! A falta de amor na igreja corintiana estava gerando divisões, contendas, ciúmes e partidarismo: “eu sou de Paulo, eu de Apolo, eu de Cefas, eu de Cristo...” (1Co. 1:10-12; 3:3). A falta de amor estava fazendo com que um irmão levasse outro a tribunal. Que tipo de culto pode haver quando “vós mesmos fazeis a injustiça e fazeis o dano, e isto aos próprios irmãos?” (1Co. 6:6-8). A soberba do irmão, supostamente “maduro”, revela a falta de amor para com o irmão fraco. Ao participar na “mesa, em templo de ídolo”, o indivíduo demonstra falta de amor a Deus (“mas se alguém ama a Deus esse é conhecido por Ele” - 1Co. 8:3) e falta de amor ao irmão fraco (“...e assim por causa do teu saber, perece o irmão fraco pelo qual Cristo morreu” - 1Co. 8:11). A falta de amor durante o culto Eucarístico fazia com que um irmão passasse fome, enquanto o outro se embriagasse (“porque ao comerdes, cada um tome antecipadamente a sua ceia; e há quem tenha fome, o passo que há quem se embriague” - 1Co.11:21). A falta de amor fazia com que pessoas em posição de maior autoridade menosprezassem os que ocupassem posições inferiores. Embora Deus tenha estabelecido “primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres”, etc. (1Co. 12:28); é bom também levar em conta que “o mesmo espírito não pode dizer a mão: não precisamos de ti... Pelo contrário, os membros do corpo que parecem mais fracos, são necessários” (I Co. 12:21-22). Bem no meio das orientações cúlticas, há um capítulo inteiro sobre a preeminência do amor ante qualquer dom, seja dom sobrenatural, como “fé ao ponto de transportar montes” (1Co. 13:2); ou natural, como conhecer “toda a ciência” (13:2); sacrifício extremo, como distribuir “meus bens entre os pobres” (13:3); e até mesmo o martírio, entregando “meu próprio corpo para ser queimado (13:3). Todas essas coisas são inúteis sem o amor. Esse é o princípio sine qua non do culto verdadeiro e aceitável a Deus. IV.3.ii. Princípio da autoridade Antes de fornecer instruções para a celebração da Ceia do Senhor (1Co 11:17-34), Paulo estabelece um princípio de liderança funcional masculina no ordenamento das atividades cúlticas: a mulher deve estar em sujeição e o homem deve exercer autoridade! Aparentemente, a igreja em Corinto enfrentava uma situação semelhante a que enfrentamos hoje, dado o fato daquela grei ter escrito a Paulo perguntando sua posição a respeito de vários assuntos: “Quanto ao que me escrevestes, ...” (1Co 7:1). Dentre outros assuntos (casamento, cap. 7; sacrifícios a ídolos, cap. 8; etc), os coríntios indagaram o apóstolo a cerca da submissão feminina. Paulo apresenta quatro razões para sustentar a liderança masculina. A primeira reza que a relação entre Cristo e Deus encontra paralelo entre o homem e a mulher. Deus é o cabeça de Cristo e o homem é o cabeça da mulher. Em ambos os casos, a mesma palavra grega (κεφαλὴ) é utilizada. Cristo, com a mesma essência e dignidade do Pai, possui um papel de sujeição diante de Deus. A mulher, com a mesma essência e dignidade do homem, possui um papel de sujeição relativo ao homem: “Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça [κεφαλὴ] de todo o homem, e o homem o cabeça [κεφαλὴ]da mulher, e Deus o cabeça [κεφαλὴ] de Cristo” (1Co. 11:3). Portanto, a liderança masculina deve ser mantida no culto. Ao abdicar sua posição ou função de autoridade, o homem “desonra sua própria cabeça” (1Co 11:4).15 Os papeis devem ser mantidos no ambiente do culto desta maneira porque Deus deu ao homem o papel de líder, enquanto que à mulher foi dado o papel de coadjuvante (1Co. 11:7, “Porque, na verdade, o homem não deve cobrir a cabeça por ser ele imagem e glória de Deus, mas a mulher é glória do homem.” Cf. Pv. 12:4.). Ao homem foi dada a honra de reger a criação: Adão recebeu domínio e autoridade sobre a ordem criada, portanto o homem—funcionalmente—é a “imagem e glória de Deus”.16 Por outro lado, como vice-regente, a mulher leva a cabo o governo do homem, representando-o de modo excelente. Esta magnífica embaixadora é a “glória do homem”. Este ponto pode ser resumido da seguinte forma: da mesma maneira que “o homem manifesta quão magnífica criatura Deus pode criar a partir de Si mesmo, assim também a mulher manifesta quão magnífica criatura Deus pode criar a partir do homem (Gn. 2:21-22)”. 17 Em seguida, Paulo apresenta duas outras razões para sustentar a liderança masculina: primeiro, um argumento fundamentado na ordem da criação; e, segundo, um argumento a partir da finalidade. No primeiro argumento, ecoando Genesis 2 ,18 o apóstolo afirma que o homem foi criado antes da mulher e essa tem sua origem nele: “Porque o homem não foi feito da mulher; e, sim, a mulher do homem” (1Co 11:8). Noutras palavras, o homem, por assim dizer, é “primogênito” e “fonte” de onde veio a mulher. No segundo argumento, Paulo mostra que a finalidade da mulher é ajudar o homem e não vice-versa: “Porque também o homem não foi criado por causa da mulher; e, sim, a mulher, por causa do homem” (1Co 11:9).19 Estas três razões até aqui apresentadas—cabeça, criação e finalidade—são claramente aculturais. Noutras palavras, não há aqui o elemento limitador cultural que cerceie a aplicação do princípio de liderança masculina aos nossos dias. A primeira razão—cabeça (κεφαλὴ)—transcende a própria criação; enquanto que as duas últimas—ordem e finalidade—foram estabelecidas no ato da criação.20 Ainda há uma quarta razão elencada pelo apóstolo, e essa com um viés cultural. Paulo aponta para a subserviente ordem sobrenatural, alegando que os poderosíssimos anjos que estão em perpétua e completa submissão a Deus ficariam ofendidos ao ver insubmissão feminina. Noutras palavras, as mulheres devem manter-se sujeitas não apenas por causa da ordem natural instituída na criação, mas também por causa da ordem sobrenatural: “Portanto, deve a mulher, por causa dos anjos, trazer véu na cabeça como sinal de autoridade” (1Co 11:10). Enquanto que o véu perdeu o conteúdo representativo (o véu sobre a cabeça de uma mulher hoje não transmite a mensagem de submissão que representava no primeiro século), o princípio representado pelo véu—submissão à autoridade—continua válido. A validade deste princípio é corroborada pelas três primeiras razões apresentadas! Por fim, Paulo afirma que a diferença de função não deve nos separar: ”No senhor, todavia, nem a mulher é independente do homem, nem o homem é independente da mulher. Porque, como provém a mulher do homem, assim o homem é nascido da mulher; e tudo vem de Deus” (1Co 11: 11-12). Ou seja, espiritualmente somos todos iguais, a despeito da manutenção dos papeis estabelecidos por Deus. Diante de todos esses argumentos, não há como negar o fato de que, no geral, compete ao homem liderar e a mulher ser liderada. Esta diferença de papeis não implica, de modo algum, em inferioridade espiritual; essa diferença visa apenas a ordem funcional do culto. Por sinal, cabe ressaltar que a mesma ordem é normativa para o funcionamento do lar: em reverência a Cristo, esposas devem ser lideradas pelos maridos, bem como filhos pelos pais (Ef 5:22-6:1). Assim, o homem que não lidera bem a sua própria casa não deve liderar na igreja (1Tm 3:4-5). Em uma sentença: o Novo Testamento atribui ao homem o papel de líder! IV.3.iii. Princípio da Participação Uma diferença marcante entre ‘cultuante’ e ‘espectador’ é a atividade daquele versus a passividade deste. Enquanto o adorador interage no culto, o espectador é um mero receptáculo. Uma palavra parece resumir tudo: participação! Assim diz o apóstolo: “Que fazer, pois, irmãos? Quando vos reunis, um tem salmo, outro doutrina, este traz revelação, aquele outro língua e ainda outro interpretação...” (1Co. 14:26). A pergunta que inicia o versículo em destaque—“Que fazer, pois, irmãos?”—pode ser interpretada como apontando para uma sugestão, um comando, ou uma narrativa: os comentaristas divergem quanto ao exato significado dessa pergunta. Todavia, independente da mesma sugerir, comandar ou meramente narrar o que estava acontecendo na igreja, não há dúvidas que participação no culto não era privilégio apenas do oficiante. Ao contrário, a dinâmica do culto envolvia a participação do auditório com salmo, doutrina, revelação, língua e interpretação. Consequentemente, infere-se que a participação coletiva no culto era normal na vida da igreja. A maneira como essa participação deve acontecer hoje em nossas igrejas é facultado às mesmas decidirem. O que não pode acontecer é a não participação dos crentes no culto! IV.3.iv. Princípio da inteligibilidade Deus criou o ser humano com a distinta capacidade da razão (homo sapiens). Daí a habilidade de: entender, inferir consequências, e agir à luz das informações que chegam aos sentidos. O dito católico romano que alega que “a ignorância é a mãe da devoção” é falso.21 Imagens, sinais, linguagem, símbolos, representações e/ou qualquer coisa que obstrua, ao invés de ajudar, o entendimento deve ser evitado. “... , prefiro falar na igreja cinco palavras do meu entendimento, para instruir outros, a falar dez mil palavras em outra língua. Irmãos, não sejais meninos no juízo; na malícia, sim, sede crianças; quanto ao juízo sede homens amadurecidos” (1Co 14:19-20). Diz mais o apóstolo, “... irmãos, se eu for ter convosco falando em outras línguas, em que vos aproveitarei...? É assim que instrumentos inanimados, como a flauta, ou a cítara, quando emitem sons, se não os derem bem distintos, como se reconhecerá o que se toca na flauta, ou na cítara? Pois também se a trombeta der som incerto quem se preparará para a batalha? Assim vós, se com a língua, não disserdes palavra compreensível, como se entenderá o que dizeis? Porque estareis como se falásseis ao ar” (1Co. 14:6-9). Russell Shedd diz o seguinte em relação a intelegibilidade do culto: “lastimáveis e indesculpáveis são as reuniões das igrejas em que uma torrente de palavras é pronunciada, mas poucos, ou mesmo ninguém, consegue ouvir a voz de Cristo. ‘Eis que estou à porta (da igreja reunida, celebrando a ceia) e bato, se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo’ (Ap. 3:20). Obviamente, conforme o texto acima, a surdez espiritual não é um mal que surgiu em nosso século... O principal desejo daqueles que se reúnem para cultuar a Deus deve ser o reconhecimento de que de fato Ele está em nosso meio e fala através do salmo que um determinado irmão compartilha, ou pela doutrina exposta, ou pela revelação (desvendamento da presença do Senhor por meio da voz que fala com autoridade vinda dEle) ou língua, ou interpretação (1Co. 14: 25-26)... Poucas igrejas praticam este “culto primitivo” que Paulo descreve, mas isso não deve anular o objetivo de se reunir.22 O resumo do pensamento de Shedd é que a voz de Deus precisa ser ouvida pelos cultuantes de forma clara! IV.3.v. Princípio da reverência Este princípio geral resume a maneira pela qual a indecência e a desordem são evitadas: “Tudo, porém, seja feito com decência e ordem” (1Co 14:40). Embora as duas palavras, “decência e ordem”, tenham uma aplicação tanto individual como coletiva, “decência” visa mais o indivíduo, enquanto que “ordem” tem mais afinidade com o coletivo. A decência (εὐσχημόνως) tem relação com a reverência e respeito devidos ao culto a Deus prestado pelo indivíduo. De igual modo, a ordem (κατὰ τάξιν) indica a organização como um todo: essa expressão é também usada para descrever a formação militar. De forma resumida, a reunião da igreja deve ser conduzida com a reverência do indivíduo e sincronia do coletivo. IV.3.vi. Princípio da edificação Ao falar sobre os dons espirituais, Paulo diz que os mesmos devem ser buscados “com zelo” (1Co 14:1). Tal zelo deve ser empregado principalmente na busca por προφητεύω (προφητεύητε, no texto aparece o subjuntivo plural, “que vós profetizeis”). Independente do significado da palavra “profetizar”, busca-se aqui a razão pela qual o apóstolo coloca este dom em primeiro plano. Ele diz, explicitamente, que o uso de προφητεύω produz “edificação, exortação e consolo” (14:3). Enquanto que, aquele que possuía o dom de línguas edificava apenas “a si mesmo”, quem profetizasse edificava a igreja como um todo (14:4). De fato, diz Paulo, “Eu quisera que vós todos falásseis em outras línguas; muito mais, porém, que profetizásseis; pois quem profetiza é superior ao que fala em outras línguas, salvo se as interpretar ‘para que’ [ἵνα] a igreja receba edificação” (14:5). O contexto geral do capítulo em destaque revela que o objetivo dos dons espirituais era a “edificação da igreja” (14:12). Rompantes explosivos de individualismo espiritual—para não dizer, “ostentações”—devem ser evitados: “...porque tu de fato dás bem as graças, mas o outro não é edificado” (14:17). Assim, “não havendo intérprete, fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com Deus” (14:29). Como conclusão a esta seção, vale frisar que esse princípio foi exposto por último, porque tudo deve cooperar para a edificação do corpo de Cristo: seja o uso dos dons, seja a ‘reverência’ como possibilitadora de ordem e decência; seja a ‘participação’ como exercício dos dons visando crescimento; seja a ‘autoridade’ com vista ao correto princípio de funcionamento dos papeis estabelecidos por Deus; e, finalmente, seja até mesmo o amor, em cuja ausência a almejada edificação não aconteceria. V – Conclusão geral O próprio Cristo nos ensinou que Deus deseja culto “em espírito e em verdade” (Jo. 4:23-24). Esta dupla pauta envolve nosso interior (coração puro e sem fingimento, Sl. 103:1,2; e Sl. 24:3,4), e o exterior também. Consequentemente, há necessidade de buscarmos a verdade dos fatos concernente a Deus revelados em Sua Palavra. Devemos rejeitar modismos, garantindo, assim, a presença do Senhor em nossos cultos. Rejeição de modismo e de sincretismo - Modismos: Vivemos no mundo do “politicamente correto”, e esse ambiente tenta impor ideias que muitas vezes são hostis aos princípios bíblicos. Temos que ser corajosos e, por vezes, “nadar contra a correnteza”. Ao fazer assim, obviamente, teremos que pagar o preço de sermos taxados de preconceituosos, fundamentalistas, retrógrados, antiquados, etc. - Sincretismo: No Antigo Testamento o povo hesita no serviço ao Senhor e a outros deuses. Isto é assim nos tempos de Josué (Js. 24:14-19), passando pela ciclicalidade dos juízes e culminando na repreensão pública de Elias aos Israelitas (1Rs. 18:21) e posterior derrota dos profetas de Baal (1Rs. 18:36-40). Jesus, de igual modo, condena o sincretismo alegando ser impossível servir a Deus e a Mamon (Mt. 6:24). Paulo combateu ferozmente o sincretismo judaizante que misturava o evangelho com elementos legais (Gl. 3:1-14). Nossa postura não pode ser diferente! Presença assegurada Como conforto e garantia de vitória, temos as palavras do Mestre que nos assegurou sua presença onde estivessem dois ou três reunidos em seu nome (Mt. 18:20); nos assegurou sua presença no estabelecimento da nova aliança e comunhão de seu corpo e sangue (Mt. 26:26-29); e, finalmente, nos assegurou sua presença “até a consumação do século” (Mt 28:20). Nem anjos, nem principados, nem coisas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura, poderá nos separar da presença de Deus e de Cristo Jesus. Finalmente, sendo esta presença uma verdade irrefutável, cultuemos, “...àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos ante a sua glória imaculados e jubilosos, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, império e poder, antes de todos os séculos, e agora, e para todo o sempre. Amém” (Jd 24-25). __________________________ 1TORINHA, Francisco. Dicionário Latino Português. Porto: Gráficos reunidos, 1937, S.V. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1996, s.v. “cultu”. 2MULLER, Richard. Dictionary of Latin and Greek Theological Terms: Drawn Principally from the Protestant Scholastic Theology. Carlisle, United Kingdom: Paternoster Press, 1985, s. v. “cultus”. 3Thayer’s Greek Lexicon, s.v. Disponível em http://concordances.org/greek/4352.htm. Accesso em 05/jun/2012. 4A ênfase de Deus enquanto sujeito emerge principalmente do pensamento de Blaise Pascal (1623-1662), Soren Kierkegaard (1813-1885), Emil Brunner (1889-1966) e Karl Barth (1886-1968). Vide McKIM, Donald K. Westminster Dictionary of Theological Terms. Louisville, USA: Westminster John Knox Press, 1996, s. v. “God as subject”. Cf. Is. 45:21-22; 44:6-8; Rm. 3:30; ICo. 8:6; ITm. 2:5; etc. 5“A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” (Is. 6:8. Cf. Sl. 45:5,7; Gn. 11:7; Is. 48:16; etc.) 61Co. 12:4-6; Ef. 4:4-6; Jd. 20 e 21; 1Pe. 1:2, etc. 7Sermão comemorando a Ascenção de Cristo, uma série de sermões pregados na Basileia em 1956. Disponível em: http://www.worldinvisible.com/library/barth/prayerpreaching/ prayerpreaching.07.htm. Acesso em 10/nov/2009. 8 Palavra derivada de ‘íntegro’, do Latim, integer, ‘intato’, ‘inteiro’, ‘completo’. 9Cf. O’COLLINS, Gerald e FARRUGIA, Edward G. A Concise Dictionary of Theology. Edinburgh: T & T Clark, 2000, s.v. “Platonism”. 10ELWELL, Walter A. (Editor) Evangelical Dictionary of Biblical Theology. Paternoster Press: Carlisle, UK: 1998, s. v. “Worship”. 11 Em contra partida, Dt. 24:16 e Ez. 18:20. O contexto de Dt. 24:16 versa sobre procedimentos nas cortes de justiça vis-à-vis procedimentos judiciários: “Os pais não serão mortos em lugar dos filhos, e nem os filhos, nos lugares dos pais; cada qual será morto pelo seu pecado” (Dt. 24:16). Quanto a Ezequiel, o texto encontrado no capítulo 18 versículo 20 (“A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai levará a iniquidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele”), trata da Justiça de Deus em relação ao indivíduo que deseja se arrepender. Embora Deus trate individualmente com um e com outro, tal fato não impediu que todos fossem levados cativos na época de Ezequiel devido os pais terem desobedecido a Deus. 12Adão e Cristo como representantes da raça. 13RYLE, J. C. Adoração: Prioridade, Princípios e Prática. São José dos Campos: Editora Fiel, 2010, p. 25. 14Doutrina que reza que todos os dons extáticos cessaram após o período apostólico. 15 Calvino ilustra isto como segue: um embaixador nomeado por um rei para representá-lo, mas que não sabe como se comportar, e acaba “barateando sua posição”. Ao proceder dessa forma, ele traz desonra ao rei que ele representa. De igual maneira, a mulher ao atuar na igreja visível e independentemente—ou seja, com a cabeça descoberta ou tosqueada—desonra o homem (1Co 11:5-6). 16 A Queda “fortaleceu” ainda mais esta posição, introduzindo um grau de conflito: “Teu desejo será para teu marido e ele te governará”. Ou seja, a mulher tentaria dominar, conquistar, vencer o homem, mas o homem [“forçosamente”] a governaria! 17MACARTHUR, John. The MacArthur New Testament Commentary: First Corinthians. Chicago: Moody Publishers, 1984, p. 258. Gn. 2:21-22 “Então o Senhor Deus fez cair o pesado sono sobre o homem, e este adormeceu: tomou uma de suas costelas e fechou o lugar com carne. E a costela que o Senhor tomara ao homem, transformou-a numa mulher, e lha trouxe”. Cf. “Disse mais o Senhor: não é bom que o homem esteja só: far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (Gn. 2:18). Enquanto que o homem é independente da mulher, devendo liderar, proteger e cuidar da mesma; a mulher, por outro lado, é dependente e deve estar sujeita ao homem. Ainda poderíamos ressaltar que isso foi estabelecido, obviamente, antes da Queda! RYLE, Adoração, p. 19. SHEDD, Russell. Adoração Bíblica: Os Fundamentos da Verdadeira Adoração. Edições Vida Nova, 2007, p. 49.