terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Os Dez Mandamentos - Esequias Soares - CPAD

Os Dez Mandamentos - Ev. Luciano de Paula Lourenço -
No 1º Trimestre de 2015 estudaremos, através das Lições Bíblicas da CPAD, sobre o tema: “A Lei de Deus - Valores imutáveis para uma sociedade em constantemudança”. As lições serão comentadas pelo pastor Esequias Soares, e estão distribuídas sob os seguintes títulos: Lição 1 - Deus dá a sua Lei ao Povo de Israel. Lição 2 - O Padrão da Lei Moral. Lição 3 - Não Terás outros deuses. Lição 4 - Não farás imagens de Esculturas. Lição 5 - Não Tomarás o Nome do Senhor Deus em Vão. Lição 6 - Santificarás o Sábado. Lição 7 - Honrarás Pai e Mãe. Lição 8 - Não Matarás. Lição 9 - Não adulterarás. Lição 10 - Não furtarás. Lição 11 - Não darás Falso Testemunho. Lição 12 - Não cobiçarás. Lição 13 - A Igreja e a Lei de Deus. Três meses depois da saída do Egito, Deus conduziu os hebreus pelo deserto até o Monte Sinai, onde ficaram acampados (Êx 19:1,2). Ali, Israel se tornou uma nação eleita e santa ao entrar em um relacionamento de aliança com Deus (Êx 19:3-8). A eleição divina de Israel colocou essa nação em uma posição especialmente privilegiada no mundo. No Monte Sinai, o Senhor declarou, em particular, a Moisés, a quem chamou à Sua presença, as orientações preparatórias para a entrega da Lei (Êx 19:3-6). Ali, o Senhor proferiu os Dez Mandamentos (Decálogo) que se constituíram nos estatutos perpétuos para serem obedecidos (Êx 20:6; 24:12). Do meio de uma tremenda tempestade, acompanhada de terre­motos e do som sobrenatural de trombetas, com a montanha toda envolta em fumo e coroada de chamas aterradoras, Deus falou as palavras dos Dez Mandamentos e deu a Moisés a lei. Tais ordenanças revelam os princípios espirituais e relacionais de Deus ao Seu povo, bem como Sua natureza santa, os quais os seres humanos devem observar como parâmetro de conduta (Dt 33:3). Os “Dez Mandamentos” revelam, nesta aliança de Deus com Israel, o próprio caráter de Deus e, como tal, são uma demonstração do comportamento que Deus requer de todo ser humano em relação a Deus e ao semelhante, cuja profundidade e alcance foram bem demonstrados por Jesus no sermão do monte. Deus requereu de Israel e requer, também, de nós - Igreja do Senhor Jesus - duas atitudes em relação às Suas ordenanças: que possamos ouvir e obedecer (Dt 11:26,27). Desse modo, tornamo-nos Sua propriedade peculiar, Seu reino sacerdotal e Seu povo santo (Êx 19:5,6). O Ev. Dr. Caramuru Afonso Francisco, citando Meir Matzliah Melamed, em seu comentário sobre “A Ética Cristã e os Dez Mandamentos“, diz que “… A importância dos Dez Mandamentos não se resume unicamente no seu significado, mas ao fato de que constituem exemplos clássicos para todas as demais leis”. Hans Ulrich Reifler, em sua análise sobre “a ética dos Dez Mandamentos“, diz: Os Dez Mandamentos foram escritos por Deus em duas tábuas (Êx 31:18) e foram reconhecidas como o cerne ou o princípio da lei já em Êxodo 24:12: “Então disse o Senhor a Moisés: Sobe a mim ao monte, e fica lá; dar-te-ei tábuas de pedra, e a lei, e os mandamentos que escrevi, para os ensinares”. Além desses dois textos básicos, encontramos referências a elas em Deuteronômio 10:1-5. No Novo Testamento, com exceção do quarto mandamento, que se refere à observância do sábado, encontramos todos os Dez Mandamentos em suas formas inibidora (ou negativa) e positiva (ou construtiva). Mandamento Referência Correlata no Novo Testamento 1 e 2 1João 5.21 3 Tg 5.12 4 Nenhuma referencia 5 Ef 6.1-3 6 Rm 13.9 7 1Co 6.9, 10 8 Ef 4.28 9 CI3.9; Tg 4.11 10 Ef 5.3 Além dessas referências específicas, temos alusões ao Decálogo nos ensinos de Jesus em Mateus 15; 19; 22:37-40; Lucas 10:26-28, e em outras passagens. A expressão “Dez Mandamentos” deriva de Êxodo 34:28 e de Deuteronômio 4:13; 10:4: “E ali esteve com o Senhor quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão nem bebeu água; c escreveu nas tábuas as palavras da aliança, as dez palavras” (Êx 34:28); “Então vos anunciou ele a sua aliança, que vos prescreveu, os dez mandamentos, e os escreveu em duas tábuas de pedra” (Dt 4:13); “Então escreveu o Senhor nas tábuas, segundo a primeira escritura, os dez mandamentos que ele vos falara no dia da congregação, no monte, no meio do fogo” (Dt 10:4). Ao longo da história, os cristãos dividiram os Dez Mandamentos de maneiras diferentes. De um lado temos a Igreja Ortodoxa Grega e a Igreja Ortodoxa Russa, juntamente com as Igrejas Reformadas e os anabatistas, seguindo a divisão proposta por Orígenes, Agostinho, Bonifácio e Calvino; e do outro lado encontramos a divisão empregada pela Igreja Católica Romana e pelas Igrejas Luteranas. As Igrejas Ortodoxas e Reformadas A Igreja Católica Romana e as Igrejas Luteranas 1. Não terás outros deuses diante de mim (Ex 20:3). 1. Não terás outros deuses e não farás imagens. 2. Não farás imagens de escultura (Ex 20:4-6). 2. Não tomarás o nome de Deus em vão. 3. Não tomarás o nome de Deus em vão (Ex 20:7). 3. Lembra-te do dia de sábado. 4. Lembra-te do dia de sábado, para o santificar (Ex 20:8-11). 4. Honra teus pais. 5. Honra teus pais (Ex 20:12). 5. Não matarás. 6. Não matarás (Ex 20:13). 6. Não adulterarás. 7. Não adulterarás (Ex 20:14). 7. Não furtarás. 8. Não furtarás (Ex 20:15). 8. Não dirás falso testemunho. 9. Não dirás falso testemunho (Ex 20:16). 9. Não cobiçarás a casa de teu próximo. 10. Não cobiçarás a casa de teu próximo, nem sua mulher ou servo, ou animal (Ex 20:17). 10. nem sua mulher ou servo, ou animal. Seguindo o modelo proposto por Calvino, baseado em Agostinho e Orígenes, percebemos que os primeiros quatro mandamentos, correspondente a “primeira tábua, tratam da relação vertical, ou seja, das responsabilidades do homem para com seu Criador, enquanto a “segunda tábua”, ou os seis mandamentos restantes, trata da relação horizontal, isto é, das responsabilidades do homem para com seu próximo. Reencontramos esta dupla relação no ensino de Jesus Cristo, quando o Mestre respondeu a respeito do grande mandamento: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas” (Mt 22:37-40). Outra maneira de dividir os Dez Mandamentos e agrupá-los em três partes: Mandamentos Êxodo 20 Assunto 1-3 vv. 2-7 Relação correta com Deus. 4 vv. 8-11 Relação correta com o trabalho. 5-10 vv. 12-17 Relação correta com a sociedade. Ou então: Mandamentos Êxodo 20 Assunto 1-3 vv. 2-7 Moral teológica. 4-6 vv. 8-14 Moral individual. 7-10 vv. 15-17 Moral social. Assim, partindo da observação dos aspectos vertical e horizontal do Decálogo, traçamos o seguinte esboço: 1. O testemunho da singularidade e exclusividade de Deus (Êx 20:3). 2. O testemunho da incomparabilidade de Deus (Êx 20:4-6). 3. O testemunho da santidade de Deus (Êx 20:7). 4. O testemunho do senhorio de Deus sobre o tempo (Êx 20:8-11). 5. A proteção da velhice (Êx 20:12). 6. A proteção da vida (Êx 20:13). 7. A proteção do matrimonio e do corpo (Êx 20:14). 8. A proteção da propriedade e do trabalho (Êx 20:15). 9. A proteção da honra (Êx 20:16). 10. A proteção contra as ambições erradas e a cobiça (Êx 20:17). Segundo o pr. Esequias Soares, o Decálogo é a única parte do Pentateuco escrita “pelo dedo de Deus” (Êx 31.18), linguagem figurada que, segundo Agostinho de Hipona, indica “pelo Espirito de Deus” e, de acordo com Clemente de Alexandria, “pelo poder de Deus”. É também a única porção da lei que Israel ouviu partir da voz do próprio Deus no monte quando ele transmitia essas Dez palavras (Êx 19.24, 25; 20.18-20). Os demais preceitos foram transmitidos por Javé exclusivamente a Moisés. Além dessas características, elas servem como esboço de toda a lei de Moisés. Todavia, isso não coloca o seu conteúdo numa posição acima da legislação mosaica porque toda a lei veio de Deus e “toda a Escritura é inspirada por Deus” (2Tm 3.16 - ARA). Ainda, segundo o pr. Esequias Soares, as Dez palavras foram dadas a Israel logo após a libertação dos israelitas do Egito e se aplicam primariamente aos hebreus, não a toda a humanidade. Isso fica muito claro na expressão “para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá” (Êx 20.12; Dt 5.16), que diz respeito à terra de Canaã. E o quarto mandamento, na recapitulação em Deuteronômio, afirma “porque te lembrarás de que foste servo na terra do Egito e que o SENHOR, teu Deus, te tirou dali com mão forte e braço estendido; pelo que o SENHOR, teu Deus, te ordenou que guardasses o dia de sábado” (Dt 5.15). O sábado legal era o sinal do concerto entre Javé e o seu povo Israel (Êx 31.13,17). São peculiaridades do sábado no sistema mosaico que o Senhor Jesus e seus apóstolos não incluíram como parte obrigatória na fé cristã. Alguns interpretam que o Senhor Jesus Cristo sintetizou as duas tábuas nos dois grandes mandamentos (Mt 22:34-40), com a ressalva do sábado, pois não há ensino no Novo Testamento para a observância do quarto mandamento. O sábado (mencionado pela primeira vez em Gênesis 2:1-3 e depois juntamente com o relato do maná em Êxodo 16) agora é formalmente instituído como lei à nação de Israel. Esse dia era um símbolo do descanso que os cristãos hoje desfrutam em Cristo e também da redenção que a criação desfrutará no milênio. O sábado judaico (hb. Shabbath - “cessar, interromper“), o sétimo dia da semana, começa ao pôr-do-sol da sexta-feira e termina ao pôr-do-sol do sábado. Nenhuma passagem do Novo Testamento ordena os cristãos a observar o sábado. Conquanto o cristão não esteja mais obrigado a observar o sábado judaico, ele tem fortes razões bíblicas para dedicar um dia, em sete, para seu repouso e adoração a Deus: a) O princípio de um dia sagrado de repouso foi instituído antes da lei judaica - “E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou” (Gn 2:3). Isto indica que o propósito divino é que um dia, em sete, fosse uma fonte de benção para toda a humanidade e não apenas para a nação judaica. b) O propósito espiritual de um dia de descanso em sete é benéfico ao cristão. No Novo Testamento esse dia era visto como uma cessação de labor e ao mesmo tempo um dia dedicado a Deus; um período para se conhecer melhor a Deus e adorá-lo; uma oportunidade para dedicar-se em casa e em público às coisas de Deus (Nm 28:9; Lv 24:8). c) Jesus nunca ab-rogou o princípio de um dia de descanso para o homem. O que Ele reprovou foi o abuso dos líderes judaicos quanto à guarda do sábado (Mt 12:1-8; Lc 13:10-17; 14:1-6). d) Jesus indica que o dia de descanso semanal foi dado por Deus para o bem-estar espiritual e físico do homem (Mc 2:27). e) Nos tempos do Novo Testamento os cristãos dedicavam um dia especial, o primeiro dia da semana, para adorar a Deus e comemorar a ressurreição de Cristo (At 20:7; 1Co 16:2; Ap 1:10). Muitos identificam o Decálogo como lei moral sem fazer restrição ao quarto mandamento, que fala do sábado. É importante que se saiba que o sábado foi dado como uma bênção para os israelitas e posto como sinal entre Deus e Israel, como memorial da libertação do Egito (Êx 31.13, 17; Dt 5.15). Nem a Igreja e nem nenhuma nação têm compromisso com o sábado legal de Moisés para observar o sétimo dia da semana (Cl 2.14-17). Jesus disse que o sábado é um preceito cerimonial (Mt 12.1-5; João 7.21, 22). Segundo o pr. Esequias Soares, matar, adulterar, furtar e proferir falso testemunho já existia nos códigos mesopotâmios e do Egito como crimes, embora os fundamentos e propósitos fossem diferentes dos revelados na lei de Moisés. Os hebreus do período pré-Sinai sabiam que era errado desonrar a Deus pelo uso impróprio do seu nome, como era igualmente errado faltar com o respeito aos pais e cobiçar a propriedade alheia. Mas com a revelação do Sinai, eles tiveram uma compreensão mais ampla desses mandamentos e passaram a entender que não se tratava de meras normas jurídicas, mas da vontade de Deus. Foi Javé quem colocou a lei no coração e na mente de todos os seres humanos, dando-lhes assim as condições necessárias para discernirem entre o certo e o errado, por meio da consciência (Rm 2.14-16). O concerto do Sinai mostra a origem divina de todos esses mandamentos. Diz, ainda, o pr. Esequias Soares: Os Dez Mandamentos não aparecem como tal na sua totalidade nenhuma vez sequer no Novo Testamento. Os mandamentos que o Senhor Jesus citou para o moço rico (Mt 19:18,19) e os mencionados pelo apóstolo Paulo (Rm 13:9), além de não serem a totalidade, não estão na sequência canônica. Na fé cristã, a sua autoridade é a mesma das demais partes das Sagradas Escrituras. A lei cerimonial é a parte da legislação mosaica que trata das cerimônias de sacrifícios e das festas religiosas, do kashrut, leis dietéticas, dentre outras, que se cumpriu em Jesus. Os preceitos de caráter jurídico, como a lei civil, também já foram cumpridas, porque não existe mais um estado teocrático, e a Igreja não é um Estado. A questão é se a moral cristã deve estar fundamentada nos Dez Mandamentos e qual é o papel desses preceitos na vida da Igreja. Quando o Novo Testamento afirma que a lei foi abolida por Cristo, não especifica se é lei moral, cerimonial ou civil. O apóstolo Paulo inclui a parte do sistema mosaico que foi “gravado com letras em pedras” (2Co 2:7). Assim, quando se diz que não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça (Rm 6:14, 15), dizemos que essa lei é a Torá completa, e não parte dela. Toda a lei resume-se na lei do amor, amor a Deus e ao próximo (Mt 22:37-40; Rm 13:8-10). Estar debaixo da graça significa que fomos libertos da lei para servir e não para pecar, nós somos servos de Cristo e não da lei, é o Espírito Santo que guia o cristão no dia a dia (Rm 7:6) (Ensinador Cristão). É válido, ainda, ressaltar o seguinte: Todo o Pentateuco é considerado a Lei de Deus e não meramente os Dez Mandamentos (ler Josué 24:26). O que de fato existem são preceitos morais, cerimoniais e civis, mas a Lei é uma só. “É chamada de Lei de Deus porque veio de Deus, e lei de Moisés porque foi ele o mediador entre Deus e Israel (Ne 10:29). Ambos os termos aparecem alternadamente na Bíblia (Ne 8:1,2,8,18; Lc 2:22,23). A cerimonia dos holocaustos, a circuncisão e o preceito sobre o cuidado dos bois são igualmente reconhecidos como lei de Moisés (2Cr 23:18; 30:16; At 15:5; 1Co 9:9)” (LBM - CPAD). Desejo a todos um ditoso ano! Um trimestre letivo sobremaneira profícuo e abençoado por Deus! ____ Ev. Luciano de Paula Lourenço Referências Bibliográficas: Hans Ulrich Reifler. A ética dos dez Mandamentos. Vida Nova. Esequias Saores. Os Dez Mandamentos - Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. CPAD. Paul Hoff - O Pentateuco. Ed. Vida. Leo G. Cox - O Livro de Êxodo - Comentário Bíblico Beacon. CPAD. Victor P. Hamilton - Manual do Pentateuco. CPAD. Dr. Caramuru Afonso Francisco. A Ética Cristã e os Dez Mandamentos. PortalEBD. Publicado no Blog do Luciano de Paula Lourenço

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

BLOG DO PR. ALTAIR GERMANO: ANO NOVO E PERDÃO

BLOG DO PR. ALTAIR GERMANO: ANO NOVO E PERDÃO: Não inicie um novo ano com o coração repleto de rancor e mágoas. Na vida magoamos e somos magoados, ferimos e somos feridos, ofendemo...

BLOG DO PR. ALTAIR GERMANO: NO HEBRAICO E NO GREGO...

BLOG DO PR. ALTAIR GERMANO: NO HEBRAICO E NO GREGO...: A citação de termos hebraicos e gregos durante a pregação ou o ensino será interessante se a exegese ou a análise etimológica dos refer...

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

BLOG DO PR. ALTAIR GERMANO: PESCADOR - LOGOS

BLOG DO PR. ALTAIR GERMANO: PESCADOR - LOGOS
4Trim2014_Lição 12: Um Tipo do futuro Anticristo
4º Trimestre de 2014 Lição 12 21 de Dezembro de 2014 Lição 12: Um Tipo do futuro Anticristo TEXTO ÁUREO “Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição” (2Ts 2.3). VERDADE PRÁTICA As conquistas ditatoriais e as atrocidades de Antíoco Epifânio dão uma noção do que será o futuro Anticristo na Grande Tribulação. HINOS SUGERIDOS 8, 123, 191. LEITURA DIÁRIA Segunda - Dn 7.7,8 O pequeno chifre do animal espantoso S Terça - 1Jo 2.22 O “mentiroso” T Quarta - 1Jo 2.18 O “anticristo” Q Quinta - 2Ts 2.3,8 O “homem da iniquidade” Q Sexta - Mt 24.15 O abominável da desolação S Sábado - 2Ts 2.8; Ap 19.20 O Anticristo será lançado no Lago de Fogo S
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Daniel 11.1-3,21-23,31,36. 1 - Eu, pois, no primeiro ano de Dario, medo, levantei-me para o animar e fortalecer. 2 - E, agora, te declararei a verdade: Eis que ainda três reis estarão na Pérsia, e o quarto será cumulado de grandes riquezas mais do que todos; e, esforçando-se com as suas riquezas, agitará todos contra o reino da Grécia. 3 - Depois, se levantará um rei valente, que reinará com grande domínio e fará o que lhe aprouver. 21 - Depois, se levantará em seu lugar um homem vil, ao qual não tinham dado a dignidade real; mas ele virá caladamente e tomará o reino com engano. 22 - E, com os braços de uma inundação, serão arrancados de diante dele; e serão quebrantados, como também o príncipe do concerto. 23 - E, depois do concerto com ele, usará de engano; e subirá e será fortalecido com pouca gente. 31 - E sairão a ele uns braços, que profanarão o santuário e a fortaleza, e tirarão o contínuo sacrifício, estabelecendo a abominação desoladora. 36 - E esse rei fará conforme a sua vontade, e se levantará, e se engrandecerá sobre todo deus; e contra o Deus dos deuses falará coisas incríveis e será próspero, até que a ira se complete; porque aquilo que está determinado será feito. OBJETIVOS Após esta aula, o aluno deverá estar apto a: Conhecer as predições proféticas do capítulo onze de Daniel. Destacar o caráter perverso de Antíoco Epifânio, o imperador da Síria. Saber que Antíoco Epifânio prefigura o Anticristo que há de vir. PALAVRA CHAVE Anticristo: Falso Cristo; falso profeta. COMENTÁRIO INTRODUÇÃO No capítulo onze, Deus revela a Daniel eventos proféticos que se cumpriram no período interbíblico, ou seja, o período entre o Antigo e o Novo Testamentos. Nesta revelação profética destaca-se o personagem histórico que estudaremos nesta lição, Antíoco Epifânio. Esse personagem prefigura o Anticristo revelado em o Novo Testamento (Mt 24.15; 2Ts 2.3-12). [Comentário: O capítulo 11 traz uma profecia que abrange os dois últimos Impérios, o Medo-persa e o Grego. O seu cumprimento se inicia, literalmente, a partir do final dos dias da vida de Daniel sob o reinado de Dario, o medo. Neste capítulo Deus revela a Daniel eventos proféticos que se cumpriram no período interbíblico, ou seja, aquele período entre o Antigo e o Novo Testamentos. Porém, a revelação maior dessa profecia diz respeito ao personagem histórico Antíoco Epifânio. Esse personagem refere-se a um futuro rei com as mesmas características que aparecerá, escatologicamente, no futuro, como o Anticristo revelado no Novo Testamento. As profecias do capítulo 11 se cumpriram e ocorreram entre os reinados de Dario, o medo (539 a. C.) e Antíoco Epifânio (175-163 a. C.). Porém, a parte do texto dos versículos 36-45 diz respeito a Israel em tempos ainda não cumpridos e que estão relacionados intimamente com os capítulos 12 de Daniel e 13 de Apocalipse] Convido você para mergulharmos mais fundo nas Escrituras! I. PREDIÇÕES PROFÉTICAS CUMPRIDAS COM EXATIDÃO (11.2-20) Essas profecias reveladas a Daniel cumpriram-se fielmente por uns 500 anos até o período interbíblico, que vai do fim de Malaquias ao início de Mateus. 1. A revelação sobre o fim do Império Medo-Persa (11.2). Aparece no versículo primeiro o nome do rei “Dario, o medo” que é o mesmo de Daniel 5.31. A história bíblica diz que Ciro constituiu a Dario como rei. No capítulo onze é revelado a Daniel uma sucessão de reis que vai de Ciro até o desmoronamento do reino de Alexandre. Foi revelado a Daniel que o rei valente (v.3), Alexandre, se levantaria e dominaria muitos reinos, todavia o Senhor mostrou também que embora imponente, o reino de Alexandre seria partido aos quatro ventos do céu (v.4). Os reinos deste mundo, por mais importantes que sejam, são todos passageiros. Somente o Reino de Deus é eterno. A história apresenta diferentes datas quanto a estes reis, mas isso não afeta o cumprimento, com exatidão, dos fatos proféticos do capítulo onze. [Comentário: O primeiro ano do reinado de Dario foi em 539 a. C., conforme se pode constatar nos textos de Dn 6.1 e 9.1.0 mensageiro de 11.1 é mesmo de 10.20,21 que veio a Daniel, não apenas para confortá-lo, mas continuar a revelar o futuro de dois Impérios: o medo-persa e o grego (11.2-4). A revelação sobre o fim do Império Medo-persa (11.2). Aparece no versículo 1 o rei “Dario, o medo” que é o mesmo de Dn 5.31. No capítulo 9.1, ele é chamado “Dario, filho de Assuero”. A história bíblica diz que Ciro constituiu a Dario como rei enquanto ele estava no campo de batalha na conquista de outras terras e nações. Porém, o versículo 2 fala de três reis e destaca um quarto. Os três primeiros reis persas em sequência normal são, segundo Scofield, em seu comentário: Ciro II (550-530 a. C.), Cambises II (529-522 a. C.) e Dario I Histapes (521-486 a. C.). O quarto rei é Xerxes (486-465 a. C). Existe pouca informação acerca desses reis, sobre os quais Daniel citou que reinariam em sequência, não por muito tempo. Porém, os dados proféticos são precisos e confirmados pela própria história. As evidências históricas do cumprimento da profecia são tão reais, que os críticos da Bíblia sugerem que a profecia foi escrita, pelo menos 400 anos depois de Daniel, depois que tudo tinha acontecido. Entretanto, a revelação futura dada a Daniel encontra respaldo histórico e credibilidade porque Deus cumpre sua palavra. Além dos fatos cumpridos, a profecia aponta para o futuro, com o aparecimento do Anticristo, um tipo de Antíoco Epifânio. Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 150. Ele prevê o reino dos quatro reis persas (v. 2): “Agora, te declararei a verdade”, isto é, o verdadeiro significado das visões da grande imagem, e das quatro bestas, e explicarei com termos simples aquilo que antes foi representado através de tipologias difíceis. (1) Levantar-se-ão três reis na Pérsia, além de Dario, em cujo reino essa profecia foi datada (cap. 9.1). Broughton entende que esses reis eram Ciro, Artaxasta ou Artaxerxes, chamado pelos gregos de Cambises, e o Assuero que se casou com Ester, também chamado de Dario, filho de Histaspe. E, de acordo com Heródoto, a esses três reis os persas deram os seguintes atributos - Ciro era um pai, Cambises era um mestre, e Dario era um colecionador. (2) Haveria um quarto rei, muito mais rico do que todos eles, Xerxes, cuja riqueza foi registrada pelos autores gregos. Por causa do seu poder (do seu vasto exército que consistia de pelo menos 800.000 homens) e das suas riquezas, com as quais ele mantinha e pagava o seu vasto exército, ele era capaz de incitar a todos contra o reino da Grécia. A expedição de Xerxes contra a Grécia ficou famosa na história, assim como a vergonhosa derrota que sofreu. Aquele que quando partiu ameaçava ser o terror da Grécia, quando retornou não passava de um alvo do seu desdém. Ninguém precisava descrever a Daniel o desapontamento que Xerxes sentiu, pois ele havia feito o possível para obstruir a construção do templo. Mas, cerca de trinta anos após o primeiro retorno do cativeiro, Dario, um jovem rei, recomeçou a construção do Templo e atribuiu à mão de Deus as derrotas dos seus predecessores que haviam impedido essa reconstrução (Ed 6.7) HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag. 894-895.] 2. Um rei valente (11.3). O rei valente que seria levantado era Alexandre Magno. A importância dessa profecia está no fato de que é Deus que dirige a história para que sua soberana vontade seja exercida especialmente em relação a Israel. Até o versículo 35 a profecia de Daniel se concentra em revelar os reinos gentílicos. Depois, o foco principal passa a ser o povo de Deus e seus sofrimentos. Os reis do Sul descritos no versículo cinco eram os Ptolomeus, sucessores de Ptolomeu Soter, general de Alexandre. E os reis do Norte (v.6) eram os Selêucidas, sucessores de Seleuco I, que governou parte da Ásia Menor e Síria. [Comentário: Daniel previu as conquistas de Alexandre e a divisão do seu reino (v. 3). Alexandre é aquele poderoso rei que iria se opor aos reis da Pérsia e governar com grande autoridade e um poder despótico sobre muitos reinos, pois agia de acordo com a sua vontade, e da mesma forma desfazia o que havia feito. No entanto, a lei dos medos e dos persas impedia que os seus reis fizessem o mesmo. Depois de conquistar a Ásia, Alexandre quis ser adorado como um deus. Então esta palavra foi cumprida, que ele agiria de acordo com a sua vontade. Essa era a sua pretensão, embora fosse uma prerrogativa divina. HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag. 895. Depois se levantará um rei, poderoso. Esse poderoso rei seria Alexandre, o Grande, cabeça do império greco-macedônio, que derrubou o império persa, fechando as páginas da história sobre aquela potência. Quando Alexandre se pôs de pé, o mundo todo foi abalado, e em breve (no curto espaço de onze anos — 334-323 A. C.) o mundo inteiro da época estava sob seus pés. Alexandre morreu com apenas 32 anos de idade, devido à malária e às complicações com o alcoolismo. Talvez seu extraordinário poder e sucesso tenha decorrido do poder concedido pelo anjo guardião da Grécia (ver Dn 10.20). Ele fazia tudo de acordo com os ditames de sua vontade (cf. os vss. 16 e 36 e também Dn 8.4). Quintus Curtius, História de Alexandre X.5.35, diz: “Pelo favor de sua fortuna, ele parecia, aos povos, ser capaz de fazer o que bem entendesse". CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3421.] 3. A divisão do reino entre quatro generais (11.4-20). Afirma o versículo quatro que “estando ele em pé, o seu reino será quebrado”. Alexandre morreu na Babilônia aos 33 anos de idade. O seu reino, como havia sido revelado pelo Senhor, “foi repartido para os quatro ventos do céu” (v.4). Alexandre não teve um sucessor e seu reino foi dividido entre os seus quatro generais: Cassandro, Lisímaco, Seleuco e Ptolomeu. Ainda que os historiadores neguem a questão da soberania de Deus no destino das nações, não podemos duvidar que Ele permite que reinos sejam estabelecidos e destruídos. “Os quatro ventos do céu” (v.4) lembra a profecia sobre a figura das quatro cabeças do leopardo alado (7.6) e a visão do bode com quatro chifres notáveis (8.8). As figuras são diferentes, mas as representações dessas figuras são as mesmas, porque falam do Império Grego e sua divisão, depois da morte de Alexandre. Cassandro reinou na Macedônia; Lisímaco reinou na Trácia e Ásia Menor; Ptolomeu reinou no Egito e Seleuco reinou sobre a Síria e o restante do Oriente Médio. Nos versículos 5 a 20, temos uma sucessão de guerras entre esses quatro reis, especialmente entre Egito e Síria, entre os reinos do Norte e do Sul. O rei do Norte, Antíoco Epifânio (entre 175 e 164 a.C.) o qual tornou -se um tipo do Anticristo. [Comentário: Daniel aponta para vários reis da Síria e do Egito (v. 5-20). O poder alternou várias vezes, ora nas mãos da Síria, ora nas mãos do Egito. Vejamos inicialmente a aliança entre a Síria e o Egito (v. 5,6). Berenice, a filha do rei do Egito, Ptolomeu Filadelfo, foi dada em casamento ao rei da Síria, Antíoco II, para assegurar a aliança. Mas o casamento não teve o resultado desejado, ou seja, unir os dois reinos. Com a morte do pai de Berenice, Antíoco II voltou para sua ex-mulher, Laodice, e esta envenenou Berenice, o marido Antíoco II e o filho de Berenice, deixando um clima totalmente desfavorável para uma aliança de paz entre os dois reinos. No reinado de Ptolomeu II os judeus foram cercados de todos os favores e garantias. Ele construiu várias cidades em território palestino com o propósito de ganhar a amizade do povo judeu. Foi nesse período que a Septuaginta foi feita, a versão grega do Antigo Testamento. A seguir, observemos a derrota da Síria pelo Egito (v. 7-12). O irmão de Berenice, Ptolomeu III, venceu a batalha contra o Norte e matou todos os que assassinaram sua irmã. Também levou todos os tesouros da Síria de volta para sua terra. Por algum tempo houve considerável superioridade dos ptolomeus sobre os selêucidas. Notemos agora a derrota do Egito pela Síria (v. 13-16). Embora o Egito esteja fortificado, ele será destruído. A superioridade do Sul durou pouco. O Norte teve uma decisiva vitória em Sidom (v. 15). Antíoco, o Grande, rei do Norte, parecia invencível. Ninguém era capaz de lhe resistir (v. 16). Finalmente, vejamos o impasse entre a Síria e o Egito (v. 17-20). O rei da Síria, Antíoco, o Grande, dá sua filha ao rei do Egito em casamento para destruir internamente o reino (v. 17). O rei do Norte, para conquistar o Sul, mudou de tática. Antíoco concluiu que a melhor maneira de vencer o Sul seria por meio do uso de sutileza. Muito convincentemente foi ao Egito e contratou o casamento de sua filha, Cleópatra, com o rei Ptolomeu V que na época tinha apenas 12 anos de idade. O casamento realizou-se cinco anos depois. Pensou que por intermédio desse casamento firmaria seu poder sobre o reino do Sul. O plano falhou miseravelmente, pois Cleópatra não fez o jogo do pai, ficando do lado de seu marido. Assim, a profecia cumpriu-se mais uma vez (v.17). Antíoco, assim, resolve conquistar outros mundos e é fragorosamente derrotado (v. 18). Foi uma enorme derrota que causou o fim das ambições territoriais de Antíoco (v. 19). Selêuco Filopater, seu sucessor, mandou confiscar os tesouros do templo de Jerusalém. Mas essa ordem nunca foi cumprida. Crê-se que Heliodoro, o emissário responsável por saquear o templo de Jerusalém, advertido por uma visão, desistiu de executar esse ato sacrílego. Crê-se ainda que o próprio Heliodoro o tenha envenenado (v. 20). Assim, cada detalhe profetizado aconteceu integralmente. O povo judeu muito sofreu com essas sucessivas guerras, visto que seu território servia de passagem e, às vezes, também de campo de batalha para os dois exércitos rivais. LOPES. Hernandes Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 137-139.] SINOPSE DO TÓPICO (1) O capítulo onze de Daniel é uma profecia a respeito da queda do império medo-persa, a ascensão do império grego e a sua posterior divisão em quatro partes. II. O CARÁTER PERVERSO DE ANTÍOCO EPIFÂNIO (11.21-35) Os quatro generais de Alexandre que se tornaram reis não se contentaram com seus territórios e passaram a lutar entre si. Seleuco IV ocupava o trono da Síria em Antioquia e reinou de 187 a 175 a.C. Ele morreu envenenado e seu filho deveria assumir o trono, mas seu tio Antíoco Epifânio tomou o trono da forma mais ignominiosa e detestável possível. Assumiu o trono sírio e mudou seu título de Antíoco IV para Antíoco Epifânio, isto é, o glorioso. 1. Antíoco Epifânio foi um rei perverso e bestial. Ele chegou ao poder em 175 a.C. e tinha apenas 40 anos de idade. O vocábulo Antíoco significa adversário, e Epifânio significa ilustre, o que é uma contradição. Segundo a história, reinou apenas onze anos, e morreu em 164 a.C. Porém, em seus poucos anos de reinado usou artifícios mentirosos, enganosos e cruéis como ninguém. Antíoco Epifânio não tinha escrúpulo. Sua ascensão ao trono da Síria foi através de intrigas e engano (11.21). Ele derramou muito sangue em guerras. Enriqueceu com os despojos quando lutou contra o Egito (11.25-28). O versículo vinte e um o chama de “homem vil”, porque fingindo amizade e aliança, entrou no Egito e se apoderou do reino de Ptolomeu Filometer. [Comentário: Dn 11.25-28 Suscitará a sua força e o seu ânimo contra o rei do Sul. Tendo consolidado seu poder, Antioco atacou o Egito, porque ali havia mais poder e bens a serem obtidos. O “rei do sul” foi atacado em 170 a.C. Nas fronteiras com o Egito, ele teve de enfrentar o exército egípcio. Isso ocorreu em Pelúsio, que ficava perto do delta do rio Nilo. Embora os egípcios contassem com numeroso exército, foram derrotados. Então Antioco resolveu mostrar-se amigo desse povo, e ambos os lados favoreciam a cessação das hostilidades, mas suas esperanças nunca se cristalizaram, pois ambos se mostravam espertos e enganadores, o que novamente é próprio da política. “Em 169 a.C., Antioco invadiu o Egito e capturou Ptolomeu VI. Mas dificuldades em sua pátria o forçaram a deixar o Egito e, a caminho de volta (levando muito despojo), ele saqueou Jerusalém e o tesouro do templo” (Oxford Annotated Bible, na introdução aos vss. 25-28). Foi nesse tempo que começaram as grandes atrocidades de Antioco IV Epifânio contra os judeus, e essa circunstância inspirou o autor sacro a passar algum tempo descrevendo o sucesso das campanhas de Antioco. O vs. 25 mostra-nos que seu sucesso contra o Egito foi prejudicado por conspirações em sua pátria, traições da parte de alguns de seu próprio povo. Eles “fizeram planos contra ele”. O vs. 26 pode referir-se a parte das conspirações contra Epifânio. As pessoas que tinham aceitado riquezas da parte dele não hesitaram em atacá-lo pelas costas. E também deram-lhe maus conselhos que o levaram a entrar em conflito com seu sobrinho, o qual, eventualmente, foi feito cativo. O fato de Antioco ter saqueado Jerusalém incluiu, naturalmente, grande matança do povo judeu (Veja I Macabeus 1.20-24; II Macabeus 5.11-16; Josefo, Guerras, 1.1.1; Antiq. XII.5.3). Tendo aprisionado seu sobrinho, Ptolomeu, ele fingiu estar agindo em seu favor, mas o que sucedeu foi que conseguiu submeter larga porção do Egito. Foi forçado a parar em Alexandria. O romano Polílio Laenas estragou os planos de Antioco. Ele precisou evacuar o Egito, pelo que sua ira se voltou contra os judeus não helenizados de Jerusalém. Antioco contaminou o templo em 167 a.C. O vs. 27 refere-se à falsa barganha de Antioco no Egito. Os dois reis que figuram naquele versículo são Antioco e Ptolomeu Filometer, seu sobrinho. Teoricamente, Filometer estava em aliança com seu tio contra o irmão mais novo do usurpador. Foi assim que Antioco reuniu riquezas e conquistou terras, presumivelmente em favor de Filometer, mas, na realidade, ele não se importava em nada com seu sobrinho. Ele agia em interesse próprio o tempo todo. Todo esse esquema teve um fim nomeado, que alguns estudiosos fazem ser uma referência escatológica, transferindo tudo para o fim dos tempos e elegendo o anticristo como a verdadeira personagem traiçoeira. Ou o fim pode ter sido do poder e da vida de Antioco, ou então da guerra. Mas alguns insistem em dizer: “O Fim”. CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3423.] 2. Antíoco Epifânio invadiu Jerusalém (11.28). Antíoco Epifânio, depois de ter entrado no Egito e ter tomado posse do reino de Ptolomeu VI (vv.25,26), resolveu investir contra a Terra Santa, especialmente, Jerusalém. Ele tinha um ódio enorme de Israel. Por isso, partiu para a profanação do Templo e fez cessar os sacrifícios diários (11.30,31). Houve resistência da parte de judeus fieis que não cederam aos abusos de poder e a arrogância desse rei sírio. Ele ordenou o sacrifício de porcos sobre o altar sagrado para profanar o Santuário. [Comentário: Antioco voltou para sua terra levando muitos despojos, pelo que seu tempo passado no Egito não foi desperdiçado. O grande saque do Egito é referido em I Macabeus 1.19. Passando por Jerusalém, ele ainda foi prejudicial. Entre outras coisas, quis reintegrar Menelau como sumo-sacerdote e expulsou Jasom. Talvez seja isso o que está em vista na expressão “santa aliança", ou seja, fazer Jasom ficar no poder. Outros estudiosos, contudo, mais corretamente, referem-se à fé judaica quando lêem “santa aliança”, pois essa fé se baseava nos pactos, a começar por Abraão Cf. I Macabeus 1.15,63 quanto à distheke agia, “santa aliança”. Ver também I Macabeus 1.20-24 e 29.36. Antioco causou muitos danos a Jerusalém, por causa do conflito entre Jasom e Menelau. Ele saqueou o tesouro do templo e estacionou tropas na cidade para manter a ordem. Contaminou o templo ao oferecer uma porca sobre o altar, e então retornou à própria terra. “Antioco lançou um grande exército contra Jerusalém e tomou-a em ataque relâmpago; matou 40.000 pessoas; vendeu muitos judeus como escravos; cozinhou carne de porco e salpicou o caldo sobre o altar; invadiu o Santo dos Santos; pilhou os vasos de ouro e outros itens sagrados do tesouro, que alcançaram o valor de mil talentos; restaurou Menelau ao ofício sumo-sacerdotal e fez de Filipe o governador frígio de Judá (I Macabeus 1.24; II Macabeus 5.21)” (Adam Clarke, in loc., ao descrever os leitos de Antioco Epifânio). A interpretação escatológica vê o anticristo tipificado em tudo isso. CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3423-3424.] 3. Antíoco Epifânio era cruel (vv.31-35). Ao invadir Jerusalém, Antíoco Epifânio desrespeitou valores morais e éticos da sociedade israelita. Estabeleceu regulamentações contra a circuncisão, a observância do sábado e outras práticas dietéticas do povo hebreu. O versículo 31 fala da “abominação desoladora”, quando Epifânio construiu um altar a Zeus, deus grego, sobre o altar dos holocaustos no Templo. [Comentário: Sua crueldade (v. 31-35). Antíoco Epifânio possuía um ódio infernal por Israel. Ele profanou o templo e fez cessar os sacrifícios diários (v. 31). Ele levantou um altar pagão no templo e mandou sacrificar um porco no altar e borrifar o sangue no templo. Ele seduziu os judeus apóstatas (v. 31b,32). Contudo, aqueles que conheciam a Deus eram fortes e ativos (v. 32) e não cederam nem à sedução nem à violência. Homens com percepção espiritual circulavam entre o povo ensinando as Escrituras (v. 33). Continuaram pregando, mesmo sob perseguição e morte (v. 33-35). Muitos desses sábios morreram, mas aqueles que sobreviveram permaneceram puros até o fim. Um grupo de judeus, liderados pelo sacerdote Matatias, resistiu às ordens sacrílegas de Antíoco Epifânio e começou uma guerra de resistência, chamada a guerra dos macabeus. Evis Carballosa registra esse fato assim: O terrível ataque de Antíoco Epifânio não enfraqueceu o espírito dos judeus fiéis. Ao contrário, a perseguição fez com que muitos se unissem para dar começo ao que se conhece como a guerra dos macabeus. O líder do movimento contra Antíoco foi um ancião sacerdote chamado Matatias. O fiel sacerdote não só se recusou a obedecer a ordem de oferecer sacrifícios a um deus pagão, mas também matou o emissário real e destruiu o altar pagão. Seguidamente, Matatias e seus filhos João, Simão, Judas, Eleazar e Jônatas organizavam uma guerra de guerrilhas que começou a causar sérios estragos entre as forças de Antíoco. No ano 166 a. C., só uns meses depois de começada a guerra, Matatias morreu e um de seus filhos, Judas, sucedeu-o como líder do movimento. Antíoco pensava que seu exército destruiria a rebelião em curto espaço de tempo, m as equivocou-se. O exército sírio sofreu derrota após derrota. E m dezembro do ano 164 a.C., o exército dos macabeus marchou triunfante pelas ruas de Jerusalém. Em 25 de dezembro desse ano, o templo foi purificado e restaurado o culto a YAHVEH. LOPES. Hernandes Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 140-141.] SINOPSE DO TÓPICO (2) O imperador Antíoco Epifânio era perverso, bestial e cruel. Ele arrasou a cidade de Jerusalém. III. ANTÍOCO EPIFÂNIO, TIPO DO ANTICRISTO 1. O “homem vil” que chega ao poder. Até o versículo 35 a história se cumpriu perfeitamente. A partir do versículo 36, os fatos acontecem de modo especial e fala de um rei que agirá segundo a sua própria vontade. Trata-se de um homem que chega ao poder, prospera, cresce em força e, então, investe contra o Deus de Israel. Esse rei, na figura de Antíoco Epifânio, assume o papel de divindade. Essa profecia tem o respaldo do Novo Testamento nas palavras de Paulo, quando diz que “se opõe contra tudo que se chama Deus ou se adora” (2Ts 2.4). [Comentário: O rei obstinado — o Anticristo (11.36-45). Jerônimo deu uma dupla interpretação a essa parte (11.21-45): a primeira, em referência a Antíoco Epifânio, e a segunda, ao Anticristo. Mas muitos comentaristas conservadores, incluindo Young e Seiss, entendem que os versículos 21-35 se referem de maneira apropriada a Antíoco e secundariamente ao Anticristo, e os versículos 36-45 devem referir-se a alguém maior, mais profano e ímpio do que Antíoco. E esse rei fará conforme a sua vontade, e se levantará, e se engrandecerá sobre todo deus; e contra o Deus dos deuses falará coisas incríveis e será próspero (36). Aqui a figura clara de Antíoco começa a desvanecer no meio da escuridão e um aspecto disforme do Anticristo começa a tomar forma nas sombras do pano de fundo. Lembramo-nos das advertências de Paulo acerca do “homem do pecado” (2 Ts 2.3-4) e da visão de João acerca da “besta” (Ap 13.5-8). Vemos claramente refletido o “pequeno chifre” dos capítulos 7 e 8 de Daniel. Uma diferença interessante aparece quando comparamos os dois pequenos chifres com esse rei furioso do capítulo 11. Enquanto o pequeno chifre do capítulo 8 e o rei furioso do capítulo 11 estão relacionados ao terceiro reino da profecia de Daniel, a Grécia, o pequeno chifre do capítulo 7, surge do quarto reino, Roma. Talvez isso nos deve lembrar que o Anticristo vai procurar tomar para si toda a glória e poder do empreendimento humano e combinar a cultura da Grécia e a glória de Roma. Não nos deveria surpreender que o caráter culminante do mal buscará usurpar para si toda a bondade humana bem como a adoração divina. Roy E. Swim. Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 542] 2. O futuro governante mundial no “tempo do fim”. Nos versículos 36 a 45 do capítulo onze está escrito que ele fará conforme sua própria vontade. O versículo quarenta fala do “fim do tempo” apontando para a Grande Tribulação que é a septuagésima semana do texto de Daniel 9.27. Nesse período, os reis do Norte e do Sul se unirão numa coligação de nações na “terra gloriosa” (11.41) para a grande batalha do Armagedom, onde o Anticristo será derrotado na Segunda Vinda de Cristo (Ap 19.11-20). [Comentário: “E no fim do tempo” (11.40). Na verdade, os versículos 40 a 45 retratam as lutas finais de Antíoco Epifânio com o Egito, o rei do Sul, seu rival maior naquele tempo. Porém, a descrição desses conflitos prenunciam os atos futuros do Anticristo. No versículo 45 está descrito o fim de Antíoco Epifânio. Ninguém ostenta uma glória que só pertence ao Deus Todo-Poderoso. Nos versículos 36-45 está descrito que ele fará conforme sua própria vontade. Quando o versículo 40 fala do “fim do tempo” estava apontando, não só para o fim do personagem histórico Antíoco Epifânio, mas estava apontando para um tempo especial que a Bíblia descreve como sendo a Grande Tribulação, identificada como a 70a Semana do capítulo 9.27. (11.41) Segundo o texto, os reis do norte e do sul (Egito e Síria) se unirão numa coligação de nações na “terra gloriosa”(11.41) para a grande batalha do Armagedom, onde o Anticristo será derrotado na segunda Vinda de Cristo (Ap 19.11-20). (11.41-43) Escatologicamente, esses versículos falam da extensão do reino do Anticristo. Ele entrará na “terra gloriosa” que é Jerusalém e promoverá grande perseguição aos judeus existentes. Os povos que rodeiam como Edom,Moabe e Amon, identificados hoje, como a Jordânia e pequenas nações próximas estarão sob o seu domínio. Porém, os povos do Oriente, como a China e rumores vindos do Norte, a Rússia, mobilizarão seus exércitos e poderes bélicos para combater o Anticristo na “terra santa”. (11.44,45) A destruição do Anticristo. Esses versículos indicam que a força de governo do Anticristo será arrojada por terra e suplantada pela vinda gloriosa de Jesus Cristo, o glorioso Messias, desejado e sonhado dia e noite pelos judeus (Zc 14.1,2). Depois de sete anos da Grande Tribulação, no seu final, o Senhor matará com o sopro da sua boca e com o esplendor da sua vinda (2 Ts 2.7,8). “mas o seu fim virá” (11.44,45). Subtende-se que a expressão “entre o mar Grande e o monte santo” refere-se ao Mar Mediterrâneo (“o mar grande”, e “o monte santo e glorioso” não é outro que não o lugar do Templo de Deus em Jerusalém. O Anticristo armará suas tendas militares em Jerusalém, nas cercanias do vale do Armagedom (Ap 16.16; Zc 14), mas será neste vale que ele será derrotado pelo Messias glorioso. O falso Profeta e ele serão lançados no lago de fogo para sempre, e o Senhor instalará seu reino de mil anos (Ap 19.11-21). Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 155-156.] 3. Precisão profética. Como vimos, Antíoco Epifânio é um personagem da história que representa o rei futuro, o Anticristo, que provocará o grande conflito com Israel e fará tudo para destruir a nação, até que venha o Senhor para aniquilar o seu poder. [Comentário: Stuart Olyott aponta várias lições decorrentes do estudo deste precioso texto: a primeira é que a Palavra de Deus é absolutamente confiável. O livro de Daniel foi escrito no século 6 a.C. Ele conta a história .minuciosamente antes dela acontecer. Isso prova que a Palavra de Deus é infalível, inerrante e sobrenatural. A Palavra de Deus não apenas contém a verdade, ela é a verdade infalível e inerrante. Assim como ela é confiável nos relatos históricos, também o é em sua revelação acerca de Deus, do homem e da salvação, também como da consumação dos séculos. É loucura consumada ignorar, negligenciar ou descrer desse livro. A segunda lição é que Deus é o Senhor soberano da história. Como poderia o Senhor ter dado a Daniel uma detalhada visão do futuro, se esse estivesse fora de seu controle? Tudo aconteceu como Deus disse. Ele é quem levanta reis e abate reis. Ele levanta reinos e abate reinos. Tudo acontece como Deus disse. O que fora profetizado se cumpriu. Tudo o que ocorre na história, ocorre porque está escrito no livro de Deus. Tudo que acontece confirma os decretos de Deus. Todas as coisas se movem em direção ao triunfo final de nosso Senhor Jesus Cristo e ao castigo final e eterno dos ímpios. Osvaldo Litz interpreta corretamente quando diz: O real valor da profecia não está na predição, mas em nos mostrar tudo acontecendo sob a onipotência de Deus, para que à luz da profecia achem os o caminho certo em meio às tentações e aos perigos e estejam os consolados em tudo. Pois para os discípulos de Jesus sobre todos os acontecimentos do tempo do fim estão também as palavras de Jesus: ‘Levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção se aproxima. A terceira lição é que Deus continua Deus, ainda que não O vejamos em parte alguma. Vimos o anjo anunciar o futuro a Daniel. Nesse relato não há qualquer menção à pessoa de Deus. Há um verdadeiro catálogo de guerras, alianças, casamentos, traições e uma quantidade estonteante de reis que surgem e desaparecem. O homem ocupa todo o cenário. Frequentemente, temos a impressão de que os acontecimentos são controlados pelo homem mais forte de sua respectiva época. Deus não é mencionado em parte alguma. Aparentemente, é como se a história nada tivesse a ver com Ele. Mas, mesmo nesse tempo, Deus continua o Senhor da história. Esse fato continua sendo verdade, ainda que pareça não existir evidência de que Deus está trabalhando. A atenção do mundo estava voltada para os medos e persas, para os gregos ou para os reinos dos ptolomeus e selêucidas. Nesse tempo, o povo de Deus parecia apagado. Tinha, sim, muita tribulação e perplexidade. Mas nesse tempo, Deus continua o Senhor de toda a história. Mesmo quando não pode ser visto, Ele está governando os assuntos do mundo e também os destinos do Seu povo. Deus continua Deus ainda que não vejamos em parte alguma. LOPES. Hernandes Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 142-144.] SINOPSE DO TÓPICO (3) Antíoco Epifânio assumiu o papel de divindade tal qual o apóstolo Paulo revela acerca do Anticristo: “se opõe contra tudo que se chama Deus ou se adora”. CONCLUSÃO A Bíblia declara que o “último dia” não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja manifestado “o homem da iniquidade, o filho da perdição” que é o Anticristo (2Ts 2.3). Isto se dará no período da Grande Tribulação, todavia, a Igreja do Senhor não estará mais na Terra e assim não verá o Anticristo. [Comentário: A figura de Antíoco Epifânio representa o ápice do cumprimento da profecia bíblica. Foi um ser cruel e histórico. Entrou no lugar santo o blasfemou. Voltou-se contra o Deus de Israel profanando o altar do Templo. Antíoco Epifânio é uma prova de como uma profecia bíblica cumpri-se na história. Mostra como Deus é atemporal e encontra-se para além da história. De acordo com os estudiosos da linha dispensasionalista, até o versículo trinta e cinco do capítulo onze de Daniel vemos a exata descrição de Antíoco Epifânio. Pelo caráter traiçoeiro, cruel, astuto e enganador de Antíoco Epifânio é que muitos estudiosos colocam como um tipo do Anticristo de acordo com o Novo Testamento. Estudar a história de um povo para compreendermos o todo de uma profecia é uma tarefa importantíssima.] “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”, Graça e Paz a todos que estão em Cristo! Francisco Barbosa Cor mio tibi offero, Domine, prompte et sincere! Hoje, em CampinaGrande-PB Dezembro de 2014. BIBLIOGRAFIA SUGERIDA LAHAYE, Tim; HINDSON (Ed.). Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2004. SILVA, Severino Pedro. Daniel Versículo por Versículo: As visões para estes últimos dias. 13ª Edição. RJ: CPAD, 2005. EXERCÍCIOS 1. Quem constituiu a Dario como rei? R. A história bíblica diz que Ciro constituiu a Dario como rei. 2. Qual é a importância da profecia a respeito do Império Grego? R. A importância dessa profecia está no fato de que é Deus que dirige a história para que sua soberana vontade seja exercida especialmente em relação a Israel. 3. Quais eram os quatro generais de Alexandre? R. Os seus quatro generais eram Cassandro, Lisímaco, Seleuco e Ptolomeu. 4. Segundo a lição, qual é o significado do nome Antíoco Epifânio? R. O vocábulo Antíoco significa adversário, e Epifânio significa ilustre. 5. Antíoco Epifânio é um tipo de quem? R. Um tipo do Anticristo. NOTAS BIBLIOGRÁFICAS -. Lições Bíblicas do 4º Trimestre de 2014 - CPAD - Jovens e Adultos; -. Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital); -. Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999; Autorizo a todos que quiserem fazer uso dos subsídios colocados neste Blog. Solicito, tão somente, que indiquem a fonte e não modifiquem o seu conteúdo. Agradeceria, igualmente, a gentileza de um e-mail indicando qual o texto.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Augusto Cury e sua conversão

Esqueceram do Menino de novo?
Um menino é esquecido por sua família em plena época do Natal. Qual é o nome do filme? Fácil: "Esqueceram de mim". Essa engraçada produção de 1990, estrelada por Macaulay Culkin, sempre é reapresentada por algum canal de TV no mês de dezembro. Culkin interpreta o "indefeso" garotinho Kevin, que, ao ser esquecido em casa sozinho por seus pais, tem de se defender de dois bandidos atrapalhados. Há outro Menino que sempre é esquecido no mês de dezembro. Quem vai a São Paulo, mais precisamente à iluminada Avenida Paulista, ou aos grandes centros comerciais brasileiros, a fim de ver as decorações e apresentações do Natal, vê luzes, estrelas, neve, ursos polares, duendes e gnomos coloridos, Papais Noéis de todos os tipos, danças, apresentações teatrais... E o Menino? Não há nenhuma — nenhuma, mesmo! — alusão ao Natal de Cristo. Se pudéssemos entrevistar o Senhor Jesus, nessa época do ano, e perguntar-lhe a respeito do Natal, creio que Ele responderia: "Esqueceram de mim". Sim, a humanidade se esqueceu da linda história do Natal de Cristo e substituiu-a por enfeites coloridos e reluzentes que aludem a fábulas sem graça, sem vida, sem verdade bíblica e histórica. Não somos deste mundo, mas vivemos nele. Como servos do Senhor, temos liberdade para admirar as invenções humanas dessa época natalina. E elas, de fato, são encantadoras, iluminadas, engenhosas, surpreendentes. Mas que Deus nos guarde de, influenciados pelo espírito do Anticristo prevalecente neste mundo tenebroso, nos esquecermos do verdadeiro sentido do Natal. Em Jeremias 23.27 está escrito: “Os quais [falsos profetas] cuidam que farão que o meu povo se esqueça do meu nome, pelos sonhos que cada um conta ao seu companheiro, assim como seus pais se esqueceram do meu nome, por causa de Baal”. Penso exatamente isso ao ver as decorações de Natal. À semelhança dos falsos profetas dos dias de Jeremias, muitos, hoje, querem fazer com que as pessoas se esqueçam definitivamente do Menino. O que é mais triste é ver cristãos — inclusive, alguns pastores — afirmando que não vão comemorar o Natal, pois se trata de uma festa pagã. Onde eles aprenderam isso? O Natal de Cristo precede e transcende o paganismo! E, se tem um povo que deve fazer questão de celebrar o Natal, esse é a Igreja de Cristo! Mesmo sabendo que Jesus não nasceu em 25 de dezembro, não podemos deixar de aproveitar essa data para lembrar o mundo daquela sublime noite em Belém! Que privilégio tiveram aqueles pastores belemitas, envolvidos pela glória de Deus enquanto guardavam seu rebanho... Mas a mensagem outorgada a eles é extensiva a toda a humanidade: “Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo, pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.10-12). Não nos esqueçamos, portanto, de que Jesus é Salvador, Cristo e também Senhor. E, por isso, jamais deve ser ignorado ou esquecido. Não ajamos como os crentes de Laodiceia, que deixaram Jesus do lado de fora (Ap 3.20). Ele continua batendo à porta dos corações e dizendo: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada” (Jo 14.23). Adoremos a Cristo diariamente! E celebremos o nascimento dEle, a fim de que o mundo conheça o verdadeiro protagonista do Natal!
Ciro Sanches Zibordi

sábado, 6 de dezembro de 2014

O cristão deve participar do Natal secular?
Não sabemos, ao certo, quando o Senhor Jesus nasceu. O que sabemos é que Ele não nasceu em 25 de dezembro, pois, nessa época do ano, o forte frio na Judeia inviabilizaria a iniciativa imperial de realizar um alistamento (Lc 2.1-3). E isso é reforçado pelo fato de os pastores de Belém estarem no campo na noite de Natal (v. 8). Até o século III, o nascimento de Jesus era comemorado no fim de maio, no Egito e na Palestina (que nada tinha que ver com a Palestina de hoje). Em outros lugares, a celebração ocorria no começo de janeiro ou no fim de março. O imperador Aureliano estabeleceu, em 275, a comemoração obrigatória do Natalis Invicti Solis (Nascimento do Sol Vitorioso) em 25 de dezembro. E, a partir de 336, o romanismo, fazendo uma unificação de várias festas religiosas, adotou essa data oficialmente para a comemoração do nascimento de Jesus. Independentemente de Jesus não ter nascido em 25 de dezembro e de ninguém saber, ao certo, quando Ele nasceu, nos dois últimos meses do ano só se fala em Natal. E, mesmo que muitos não saibam a diferença entre o Natal de Cristo, pelo qual se celebra o nascimento do Senhor Jesus Cristo, e o Natal secular, no qual o Aniversariante torna-se um mero coadjuvante, a celebração existe, sendo inútil ignorá-la. Diante dessa constatação, como devemos nos comportar nessa época de festas? Em primeiro lugar, podemos aproveitar esse período do ano para apresentar ao mundo o Protagonista do Natal: Jesus Cristo. E isso pode ser feito por meio de cantatas ao ar livre e nos centros comerciais, cultos e mensagens especiais, evangelísticas, nos templos, publicação de textos alusivos ao nascimento de Cristo, etc. Além disso, não precisamos demonizar o Natal secular por causa do que afirmei sobre 25 de dezembro. Afinal, nas datas festivas de fim de ano, com muito ou pouco dinheiro no bolso, é bom que as famílias cristãs — que conhecem o verdadeiro sentido do Natal — se confraternizem, troquem presentes, enfeitem suas casas, se desejarem, etc. Que mal haveria nisso? Pensemos em um cristão que more ou que esteja de passagem em uma grande cidade, como: Paris, Nova York, Londres, São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires, etc. Nos últimos meses do ano, essas cidades são decoradas especialmente para o Natal. Deve o cristão ficar dentro de casa ou em um quarto de hotel, isolado, em sinal de protesto ao Natal? Por que não podemos, como cristãos equilibrados e maduros, aproveitar esse período do ano para passear com a família e tirar fotos nos lugares enfeitados? Outra questão: Há algum problema em colocar presentes debaixo de uma árvore colorida e enfeitada, a fim de abri-los à meia-noite do dia 25 de dezembro? A despeito de haver legalistas de plantão dizendo que fazer isso é idolatria, penso que não convém ao servo do Senhor Jesus ser extremista e perder uma grande oportunidade de se alegrar com sua família e seus amigos, especialmente na véspera do tradicional dia de Natal. É evidente que não ignoramos o paganismo, impregnado na sociedade brasileira. Entretanto, as questões relacionadas com os festejos do Natal secular passam, obrigatoriamente, por uma reflexão à luz de alguns princípios bíblicos. Primeiro: de acordo com Eclesiastes 7.16,17, não nos é vedado o entretenimento. Segundo: a participação eventual, com prudência e vigilância, em festas seculares — muitas vezes tidas como pagãs — é mencionada em 1 Coríntios 10.23-32. Terceiro: segundo os Evangelhos, o Senhor Jesus participou de festas em que havia pessoas pecadoras e comeu na casa delas. Pensemos. Que males a celebração do Natal secular traz, efetivamente, para as nossas vida e família? Alguém poderá dizer: “O Papai Noel usurpa o lugar de Cristo. E a árvore de Natal é idolátrica”. Certo. Mas, qual é o cristão que põe uma árvore em sua sala para efetivamente adorar ídolos? Se quisermos ser cristãos legalistas — que rejeitam toda e qualquer coisa que tenha origem pagã —, teremos de proibir o uso de vestido de noiva, o bolo de aniversário, os ovos de chocolate... E assim por diante? Ora, lembremo-nos do que a Palavra do Senhor assevera em 1 Coríntios 6.12: “todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma”. E, quanto às crianças, que vivem no mundo da fantasia? Muitas delas, inclusive, por influência dos colegas de escola, da mídia, etc., acreditam em Papai Noel. Imaginemos como se sente a criança que ouve de seu pai: “Não vou lhe dar presente de Natal porque esta festa é pagã e consumista”. Isso denota zelo e santidade, ou falta de equilíbrio e hipocrisia? Sinceramente, um pai que, tendo condições, não presenteia o seu filho no Natal, está agindo de modo extremado, podendo até provocar-lhe a ira (Ef 6.4). Como os pais devem agir? Cabe a eles ensinar aos seus filhos, com muita sabedoria, o verdadeiro sentido do Natal. Não é preciso se opor ferrenhamente à celebração secular. A transição do mundo da fantasia para a realidade ocorre de modo natural. Com o tempo, a criança percebe que o Papai Noel é uma figura ficcional, mítica, e que o Senhor Jesus é real. Pais excessivamente preocupados com questiúnculas privam seus filhos da alegria desse período de festas; proíbem-nos de posar para uma foto ao lado do chamado “bom velhinho” ou de uma árvore enfeitada, em um shopping. Mas, têm eles ensinado seus filhos em casa (Dt 6.7) e os conduzido à Escola Bíblica Dominical para aprenderem a Palavra do Senhor? Ora, as únicas pessoas que, de fato, acreditam em Papai Noel são as inocentes e ingênuas crianças. Privá-las desses encantamento e alegria passageiros é uma maldade sem tamanho, cujo combustível é o legalismo hipócrita e farisaico. Lembremo-nos do que Senhor Jesus ensinou em Mateus 23.24: “Condutores cegos! Coais um mosquito e engolis um camelo”. Ciro Sanches Zibordi
Não confunda a pregação com o ensino -
Na Bíblia, a pregação e o ensino são intercambiáveis. Ou seja, vemos no Novo Testamento, especialmente, que a pregação pode ser um ensino ou conter ensinamentos, bem como o ensino pode ter a dinâmica de uma pregação, etc. A despeito disso, as Escrituras fazem uma clara distinção entre a pregação e o ensino, entre o ensinador e o pregador. É importante observar, em princípio, que uma mesma pessoa pode receber de Deus o ministério de pregador e o de ensinador. Comecemos a nossa abordagem por Jesus Cristo, Pregador por excelência e Mestre de quinta-essência. Em Mateus 4.23 está escrito que Ele percorria a Galileia “ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo”. O Deus-Homem tinha, na terra, um ministério tripartido: ensinava, pregava e curava. Um estudo cuidadoso dos Evangelhos apontará que dois terços do ministério terreno de Jesus foi voltado para o ensino e a pregação do Evangelho. E, em Mateus, curiosamente, o verbo “ensinar” sempre vem primeiro em lugar, quando mencionado ao lado do verbo “pregar” (cf. 9.35; 11.1, etc.). Isso sugere que o Senhor priorizava o ensino. Em Atos dos Apóstolos vemos que os primeiros ministros escolhidos pelo Senhor, “todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e de anunciar a Jesus Cristo” (5.42). Aqui, o verbo “ensinar” denota “doutrinar”, o que engloba, evidentemente, conteúdo e técnica. Isso significa que ensinar é mais difícil que pregar? Não, necessariamente. Pregar também tem as suas características peculiares, mencionadas, especialmente, em 1 Coríntios 2.1-5 e 1 Tessalonicenses 1.5: o conteúdo, isto é, a sã doutrina (gr. logos); a certeza gerada pela unção do Espírito Santo sobre o pregador (gr. pathos); e o caráter percebido do pregador (gr. ethos). Vejamos agora a diferença entre a pregação e o ensino na vida de Paulo. Este, aliás, à semelhança do Senhor Jesus, também recebeu do Senhor um ministério tríplice: “Para o que (digo a verdade em Cristo, não minto) fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios, na fé e na verdade” (1 Tm 2.7). Esse apóstolo tanto pregava o Evangelho quanto ensinava as Escrituras, haja vista ter sido um pregador e um doutor chamado pelo Senhor (cf. 2 Tm 1.11). Na sua Primeira Epístola a Timóteo, o apóstolo Paulo, ao fazer menção do trabalho dos presbíteros, afirmou: “Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina” (5.17). Um leitor desatento poderá pensar que Paulo foi redundante ao empregar os termos “palavra” e “doutrina”. Mas esses termos, em grego, aludem à pregação e ao ensino, ao predicar e ao enseñar, como consta da versão castelhana Reina-Valera. No inglês, na English Standard Version (ESV), foram empregados os substantivos preaching (pregação) e teaching (ensino). Há, portanto, diferença entre a pregação e o ensino. A primeira é mais incisiva e persuasiva; apela para uma reflexão profunda e urgente, seguida de uma tomada de posição imediata. Isso nos faz lembrar da mensagem de Pedro, no dia de Pentecostes, da exposição de Estêvão, diante dos seus acusadores (At 2; 7). E assim por diante. Já o ensino tem uma dinâmica diferente. Ele é muito mais voltado para a razão. E o ensinador precisa de tempo para explicar; pressa não combina com ensino. Isso nos faz lembrar da explanação de Paulo em Trôade, em que ele “alargou a prática até à meia-noite” (20.7). Em seguida, depois de um intervalo para “partir o pão”, o apóstolo “ainda lhes falou largamente até à alvorada” (v. 11). Gosto muito da abordagem a partir da Bíblia, mas não poderia concluir este pequeno artigo sem mencionar, pelo menos, duas importantes obras literárias sobre a pregação e o ensino. Quanto à pregação, recomendo o melhor livro sobre o assunto já lido pelo eminente R.C. Sproul: Pregação Cristocêntrica, de Bryan Chapell (Editora Cultura Cristã, 2002). E sobre o ensino recomendo o Manual de Ensino para o Educador Cristão, editado por Kenneth O. Gangel e Howard G. Hendricks (Editora CPAD, 1999). Duas obras simplesmente extraordinárias. Que Deus abençoe a todos os pregadores do Evangelho e ensinadores das Escrituras! Ciro Sanches Zibordi
VENDEDORES DA PALAVRA - "MINISTÉRIO E LIDERANÇA CRISTÃ"
O magistério se tornara um fardo pesado para Agostinho de Hipona (354-430) diante da convicção que teve da chamada de Deus para a sua vida, o que lhe impulsionou a abrir mão de sua cátedra e consagrar-se ao serviço cristão. É nesse contexto que ele se auto intitula um vendedor da palavra, fazendo referência ao seu trabalho como professor acadêmico. Nos dias atuais o caminho é inverso, quando muitos se tornam no ministério cristão vendedores da palavra, fazendo de sua vocação e chamado fonte de lucro (1 Tm 6.3-10). É claro que o trabalhador é digno do seu salário (Lc 10.7; 1 Co 9.13-14; 1 Tm 5.17-18), mas este salário deve ser considerado como um ter consequencial, ou seja, não deve ser a motivação do ministério, vindo a substituir dessa maneira o nosso amor pelo servir naquilo para o qual fomos chamados. Sejamos gratos pelo nosso digno sustento, e não nos tornemos vendedores da palavra. * Por Pr. Altair Germano
ESPIRITUALIDADE CIRCUNSTANCIAL E INSTABILIDADE EMOCIONAL NA LIDERANÇA CRISTÃ - " MINISTÉRIO E LIDERANÇA CRISTÃ "
Chegando os filhos de Israel, toda a congregação, ao deserto de Zim, no mês primeiro, o povo ficou em Cades. Ali, morreu Miriã e, ali, foi sepultada. Não havia água para o povo; então, se ajuntaram contra Moisés e contra Arão. E o povo contendeu com Moisés, e disseram: Antes tivéssemos perecido quando expiraram nossos irmãos perante o SENHOR! Por que trouxestes a congregação do SENHOR a este deserto, para morrermos aí, nós e os nossos animais? E por que nos fizestes subir do Egito, para nos trazer a este mau lugar, que não é de cereais, nem de figos, nem de vides, nem de romãs, nem de água para beber? Então, Moisés e Arão se foram de diante do povo para a porta da tenda da congregação e se lançaram sobre o seu rosto; e a glória do SENHOR lhes apareceu. Disse o SENHOR a Moisés: Toma o bordão, ajunta o povo, tu e Arão, teu irmão, e, diante dele, falai à rocha, e dará a sua água; assim lhe tirareis água da rocha e dareis a beber à congregação e aos seus animais. Então, Moisés tomou o bordão de diante do SENHOR, como lhe tinha ordenado. Moisés e Arão reuniram o povo diante da rocha, e Moisés lhe disse: Ouvi, agora, rebeldes: porventura, faremos sair água desta rocha para vós outros? Moisés levantou a mão e feriu a rocha duas vezes com o seu bordão, e saíram muitas águas; e bebeu a congregação e os seus animais. Mas o SENHOR disse a Moisés e a Arão: Visto que não crestes em mim, para me santificardes diante dos filhos de Israel, por isso, não fareis entrar este povo na terra que lhe dei. (Números 20.1-12, ARA) Mas uma vez Moisés foi confrontado pelo povo, que duvidava de sua liderança espiritual. Os constantes embates, injustiças, pressões e incompreensões da liderança podem deixar o líder debaixo de um profundo estresse. A atitude inicial de Moisés foi bem espiritual, ou seja, buscou a presença de Deus na porta da tenda da congregação e lhe apresentou a situação em oração, com o rosto em terra. Aumentando mais ainda a espiritualidade envolvida no episódio, testemunharam a manifestação da glória do Senhor e o ouvir da sua voz dando-lhes a devida direção a ser tomada. Que momento maravilhoso! Em meio às angústias e labores da liderança espiritual, nada melhor do que a perceptiva presença do Senhor e o ouvir a sua voz. Tal experiência é revigorante, renovadora e fortalecedora. Diante de um momento como este o líder geralmente se enche de convicção da sua autoridade espiritual, e descansa na direção daquele que tudo sabe e pode. Moisés saiu daquela atmosfera espiritual e caminhou em direção ao povo. Acontece que entre aquele momento de singular e extraordinária experiência espiritual na porta da tenda da congregação, até a chegada diante do povo, algo acontece no mais profundo do ser de Moisés, que alterar o seu humor, e que lhe deixa cativo de suas emoções. O resultado é que ele acaba não seguindo as orientações de Deus, lhe desobedecendo radicalmente, e ainda culmina despejando toda a sua ira no povo e na pedra. O povo é ferido com palavras, a pedra é ferida com a vara, e Deus é ferido com a desobediência de Moisés. As emoções fora do controle geralmente se tornam armas que ferem todos e tudo que nos cercam, nos fazendo perder grandes oportunidades e bênçãos. Quando as nossas emoções saem do domínio do Espírito, quando nos deixamos ser controlados por elas, acabamos por repetir o erro de Moisés. Saímos do culto onde pregamos, oramos, glorificamos, adoramos, rimos, choramos e nos alegramos com a presença e diante da voz do Senhor, para logo no pátio da igreja, no trânsito ou ao chegarmos em casa despejarmos violentamente em alguém as nossas contrariedades emocionais em forma de gritos, xingamentos, humilhações e outras expressões grotescas. Já pude testemunhar oscilações de uma atitude espiritual para a instabilidade emocional em pleno culto, onde dirigentes discutem com músicos, com crianças, com adolescentes, com jovens, com sonoplastas, etc., e tudo isso em meio a uma atmosfera espiritual. Mais do que simplesmente experiências circunstanciais e momentos espirituais, precisamos viver no Espírito para a glória de Deus. Somente assim não nos inclinaremos para sentimentos e atitudes carnais que não agradam ao Pai (Rm 8.5-8). É preciso ter cuidado com as emoções, pois elas podem nos causar muitos danos. Quem nunca foi traído por elas? * por ALTAIR GERMANO
Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2015 "A Lei de Deus – Valores Imutáveis Para Uma Sociedade Em Constante Mudança".
Nova Lição Bíblica da CPAD – Jovens e Adultos, 1º Trimestre de 2015 "A Lei de Deus – Valores Imutáveis Para Uma Sociedade Em Constante Mudança". Temas Semanais: Lição 1 – Deus dá a sua Lei ao Povo de Israel Lição 2 – O Padrão da Lei Moral Lição 3 – Não Terás outros deuses Lição 4 – Não farás imagens de Esculturas Lição 5 – Não Tomarás o Nome do Senhor Deus em Vão Lição 6 – Santificarás o Sábado Lição 7 – Honrarás Pai e Mãe Lição 8 – Não Matarás Lição 9 – Não adulterarás Lição 10 – Não furtarás Lição 11 – Não darás Falso Testemunho Lição 12 – Não cobiçarás Lição 13 – A Igreja e a Lei de Deus
Comentarista: Pastor Esequias Soares - Pastor da Assembleia de Deus em Jundiaí-SP. Apologista, Graduado em Letras Orientais-Hebraico pela Universidade de São Paulo, é Mestre em Ciência da Religião, pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, é professor de Hebraico, Grego e Apologia Cristã, bem como Comentarista da Escola Bíblica Dominical, sendo Autor de Divesos livros.("Analisando o Divórcio à Luz da Bíblia" - CPAD "Manual de Apologética Cristã" - CPAD "Oséias" (Série: Comentário Bíblico" - CPAD "Visão Panorâmica do Antigo Testamento" - CPAD
Como o cristão deve celebrar o Natal -
O cristão que tem bom senso participa, de modo prudente, das confraternizações de fim de ano, com a família e os amigos, na igreja ou até mesmo com os colegas de trabalho. Quanto ao Natal, especificamente, toda a cristandade deveria participar dessa celebração com muita alegria e gratidão a Deus, mostrando ao mundo que o Senhor Jesus é o verdadeiro protagonista do Natal. Em Mateus 2.1-12, aprendemos com os magos do Oriente a celebrar o verdadeiro Natal de Cristo, que nada tem a ver com Papai Noel, árvore enfeitada e colorida, bacalhau, peru, pernil, panetone, rabanada, amigo oculto (ou secreto), etc. Embora tudo isso faça parte das confraternizações de fim de ano, é importante não ignorarmos o verdadeiro significado do Natal. Os magos do Oriente eram sábios (estudiosos dos astros), originários, possivelmente, da Pérsia. O romanismo diz que eles eram três reis e os chama de Melquior, Baltasar e Gaspar. A Palavra de Deus se limita a identificá-los como “uns magos” (Mt 2.1). Deduz-se que eram três por causa do número de presentes oferecidos ao Menino: ouro, incenso e mirra. Mas quem pode garantir o que e em qual quantidade cada um dos magos ofertou? Os magos não visitaram o Menino quando Ele estava em uma manjedoura, como vemos nos presépios romanistas. Quando aqueles sábios estiveram com o Senhor Jesus, viram-no em uma casa (Mt 2.11). E Ele já tinha pelo menos dois anos de idade, visto que Herodes Magno, depois de chamar os magos e inquirir “exatamente deles acerca do tempo em que a estrela lhes aparecera” (v.7), “mandou matar todos os meninos que havia em Belém e em todos os seus contornos, de dois anos para baixo, segundo o tempo que diligentemente inquirira dos magos” (v.16). Aos magos interessava encontrar o Menino. Eles “perguntaram: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus?” (Mt 2.2a). Nessa época do ano, poucos se lembram do Aniversariante! Mas o Senhor Jesus não pode ser ignorado. Em nenhum outro há salvação (At 4.12; Jo 10.9). Ele é único Mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5; Hb 7.25). Somente Ele nasceu sem pecado. Somente Ele viveu sem pecado. Somente Ele morreu por nossos pecados. E somente Ele ressuscitou para a nossa justificação! Os magos desejavam adorar o Menino. “Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos a adorá-lo”, disseram (Mt 2.2b). Eles não queriam adorar a estrela. Eles não queriam adorar a mãe do Menino. Eles queriam adorar o Rei dos reis e Senhor dos senhores! Os magos se alegraram ao achar o local onde estava o Menino. Eles seguiram a estrela que viram no Oriente. E, quando ela se deteve, souberam onde estava o Senhor Jesus e “alegraram-se muito com grande júbilo” (Mt 2.10). Os magos se alegraram antes de ver o Menino! Muitos precisam ver para crer, mas o verdadeiro adorador adora a Jesus mesmo sem vê-lo. Lembre-se do que o Senhor disse ao incrédulo Tomé: “Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram!” (Jo 20.29). Os magos abriram os tesouros. Eles tinham algo para oferecer ao Menino (Mt 2.11). Muita gente, nessa época de festas, só quer receber. Elas pensam que Deus é como o Papai Noel... Mas nós devemos oferecer algo ao nosso Senhor e Salvador: “Que darei eu ao SENHOR por todos os benefícios que me tem feito? Tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome do SENHOR” (Sl 116.12,13). Os magos ofereceram dádivas ao Menino. Eles levaram consigo ouro, incenso e mirra (Mt 2.11). O número três fala de uma oferta completa (Sl 103.1,2; 1 Ts 5.23). O ouro, metal nobilíssimo, representa a nossa adoração em espírito e em verdade (Jo 4.23,24). O incenso — que, no Tabernáculo e no Templo, era formado por quatro especiarias (estoraque, onicha, gálbano e incenso puro) — alude aos nossos louvor, ações de graça, intercessões e súplicas pessoais, que sobem perante a face do Senhor como cheiro suave (Sl 141.2; Ap 5.8). E a mirra, um perfume extraído de plantas especiais, fala do nosso “bom cheiro” (2 Co 2.15). Os magos foram guiados por Deus. Eles foram “por divina revelação avisados em sonhos para que não voltassem para junto de Herodes” (Mt 2.12). O crente que conhece o verdadeiro sentido do Natal não é guiado por horóscopo nem por conselhos de ímpios. Ele é guiado pela Palavra de Deus (Sl 119.105) e pelo Espírito Santo (At 8.29). Os magos partiram por outro caminho. Quem adora a Jesus de verdade encontra uma saída. Assim como o povo de Israel, nos dias do profeta Ezequiel, entrava por uma porta e saía por outra (Ez 46.9), os verdadeiros adoradores entram pela “porta do problema” e saem pela “porta da solução”; entram pela “porta da enfermidade” e saem pela “porta da cura”. E assim por diante. Lembre-se das palavras do protagonista do Natal: “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens” (Jo 10.9). Happy Christmas with Jesus Christ! Ciro Sanches Zibordi